47 resultados para Hormônios Peixes
Resumo:
Um sistema nacional de inovao que oferea suporte adequado ao crescimento sustentvel da economia, requer uma interao entre o sistema tcnicocientfico e o sistema produtivo. No caso do Rio Grande do Sul, alguns setores tradicionais de sua economia foram contemplados com plos de modernizao tecnolgica com o objetivo de induzir o fluxo de conhecimento. Este estudo aborda a questo da transferncia de conhecimento para o setor produtivo, sob a perspectiva do projeto de piscicultura do Plo de Modernizao Tecnolgica do Mdio Alto Uruguai PMTec, implantado junto Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Misses - URI, Campus de Frederico Westphalen. Este trabalho tem como objetivos verificar a estrutura de projetos implantada; avaliar o processo de difuso de tecnologia; avaliar impactos econmicos resultantes, bem como, oferecer subsdios para outras avaliaes. A investigao referente a estrutura de projetos e o processo de difuso de tecnologia foi elaborada com dados secundrios provenientes dos relatrios do Plo. Para a pesquisa relativa incorporao de tecnologia e de impactos econmicos foram entrevistados noventa e quatro piscicultores, que responderam a um conjunto de questes fechadas, resultando em dados quantitativos que, na anlise, foram acrescidos de dados qualitativos recolhidos nas entrevistas. As principais concluses da pesquisa so: a implantao do Plo e seu projeto de piscicultura foi responsvel pelo desenvolvimento de uma nova fonte de renda para as propriedades da regio; entretanto, o impacto econmico da nova atividade poderia ser melhor se aumentadas as aes de difuso da tecnologia como assistncia tcnica nas propriedades para a produo e comercializao dos peixes.
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Hiperplasia Prosttica Benigna (HPB) uma condio patolgica que acomete os homens na senescncia e est presente em 50% da populao masculina, com cerca de 85 anos de idade. A glndula prosttica alvo dos hormônios andrognicos que so responsveis pela diferenciao e crescimento do epitlio e estroma prostticos. Os mecanismos proliferativos da prstata envolvem uma srie de fatores que operam em conjunto para manter o equilbrio entre inibio e/ou proliferao celular. Este trabalho teve como objetivo investigar os mecanismos moleculares mediados por andrognio que possam estar envolvidos na proliferao de clulas epiteliais prostticas humanas derivadas de HPB. As clulas foram incubadas com diferentes concentraes de dihidrotestosterona (DHT). Uma baixa concentrao de DHT (10-13 M) provocou um aumento significativo na proliferao destas clulas. Para se verificar se o efeito proliferativo ocorre via receptor de andrognio (AR), as clulas foram tratadas com o antiandrognio hidroxiflutamida e a proliferao foi inibida. A expresso do gene do AR foi avaliada por RT-PCR em diferentes tempos de tratamento e concentraes de DHT. Os nveis de mRNA do AR aumentaram significativamente nos grupos tratados com DHT.10-13 M em 3, 4 e 6 horas de estmulo hormonal, sendo que um aumento marcante na expresso do AR foi observado em 4 horas de tratamento. Em relao s diferentes concentraes de DHT testadas no tempo de 4 horas (DHT.10-8, DHT.10-10 e DHT.10-13 M), a expresso do AR aumentou significativamente no grupo tratado com DHT.10-13 M em relao ao grupo controle. Buscando averiguar o possvel papel de genes envolvidos na proliferao celular que podem ser modulados pela ao andrognica, em clulas epiteliais prostticas, avaliou-se tambm por RT-PCR a expresso do p21 e do bcl-2. A expresso gnica do p21 foi verificada no intervalo de tempo de zero 6 horas de tratamento com DHT.10-13 M, no apresentando diferena em seus nveis de mRNA nos tempos avaliados. Quando as clulas foram incubadas durante 4 horas com diferentes concentraes de DHT, observou-se que a concentrao mais alta (10-8 M) provocou um aumento significativo nos nveis de mRNA do p21 em relao ao grupo tratado com DHT.10-13 M. O gene do bcl-2 teve sua expresso avaliada no mesmo intervalo de tempo do p21. Os nveis de mRNA do bcl-2 aumentaram significativamente em 15 minutos de tratamento com DHT.10-13 M em relao ao tempo zero e aos grupos tratados por 1 e 4 horas. Os dados obtidos neste trabalho indicam que baixas concentraes de dihidrotestosterona estimulam a proliferao das clulas epiteliais prostticas derivadas de HPB, por uma via que parece envolver a expresso do AR, do p21 e do bcl-2.
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Duas enzimas, as iodotironinas desiodases tipos I e II (D1 e D2), catalizam a reao de 5 desiodao do T4 promovendo a formao do hormnio tireoidiano ativo, T3. A D1, principal fonte de T3 circulante no plasma, esta presente no fgado, rim e tireide. At recentemente, acreditava-se que a expresso da D2 estivesse restrita a tecidos nos quais a concentrao intracelular de T3 desempenha um papel crtico como na hipfise, sistema nervoso central e tecido adiposo marrom (TAM). Estes conceitos foram estabelecidos com base em estudos de atividade enzimtica em homogenados de tecidos de ratos. A recente clonagem dos cDNAs da D1 e D2, de ratos e humanos, forneceu novos meios para a avaliao da distribuio tecidual e dos mecanismos que regulam a expresso dos genes destas enzimas. Estudos anteriores demonstraram que altos nveis de mRNA da D2 so encontrados na tireide e msculos cardaco e esqueltico em humanos, entretanto este mesmo padro no foi observado em ratos. Os hormônios tireoidianos tem um efeito direto sobre as desiodases, regulando a ao dessas enzimas de maneira tecido-especfica. Estudos prvios demonstraram que elevados nveis de T4 reduzem metade a atividade da D2 no crebro e hipfise dos camundongos C3H/HeJ (C3H), linhagem de camundongos que apresenta uma deficincia inata da D1 compensada com o aumento dos nveis sricos de T4 que, nestes animais, so aproximadamente o dobro daqueles observados nos camundongos normais, C57BL/6J (C57). No presente trabalho, utilizamos a tcnica da PCR a partir da transcrio reversa (RT-PCR) para determinar o padro de expresso do mRNA da D1 e D2 em diferentes tecidos de camundongos e avaliar sua regulao pelos hormônios tireoidianos. Investigamos, tambm, os nveis de mRNA da D2 em diferentes tecidos de camundongos normais e com deficincia inata da D1 para avaliarmos o mecanismo pelo qual o T4 regula a atividade da D2 nos animais deficientes. Nossos resultados demonstraram, como esperado, que altos nveis de mRNA da D1 esto presentes no fgado e rim e em menores quantidades no testculo e hipfise. Detectamos mRNA da D2, predominantemente, no TAM, crebro, cerebelo, hipfise e testculo. Nveis mais baixos de expresso foram detectados, tambm, no corao. O tratamento com T3 reduziu, significativamente, a expresso da D2 no TAM e corao, mas no no crebro e testculo. Por outro lado, os nveis de mRNA da D2 aumentaram, significativamente, no testculo de camundongos hipotireoideos. Transcritos da D2 foram identificados no crebro, cerebelo, hipfise, TAM, testculo e, em menores quantidades, no corao em ambas as linhagems de camundongos, C57 e C3H. Entretanto, ao contrrio da atividade, nenhuma alterao significativa nos nveis basais de expresso do mRNA da D2 foi detectada nos tecidos dos camundongos deficientes. O tratamento com T3 reduziu de forma similar, os nveis de mRNA da D2 no TAM e corao em ambos os grupos de animais. Em concluso, nossos resultados demonstraram que o mRNA da D2 se expressa de forma ampla em diferentes tecidos de camundongos, apresentando um padro de expresso similar ao descrito em ratos. A co-expresso da D1 e D2 no testculo sugere um papel importante dessas enzimas no controle homeosttico do hormnio tireoidiano neste rgo. Demonstramos, tambm, que a deficincia da D1 no altera os nveis basais de expresso do mRNA da D2 nos camundongos C3H, confirmando que o T4 atua ao nvel ps-transcricional na regulao da atividade da D2 nestes animais. Alm disso, o T3 age de forma tecido-especfica e tem efeito similar sobre a regulao pr-transcricional do gene da D2 em ambas as linhagens de camundongos.
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A rizipiscicultura caracteriza-se pelo cultivo de arroz irrigado e peixes em consrcio, sendo uma prtica milenar realizada em diversos pases asiticos. No Brasil, esta atividade ainda no est muito difundida e os seus benefcios ainda so pouco conhecidos. Com o objetivo de avaliar o efeito de trs densidades de semeadura (70, 150 e 230 kg/ha) e de trs nveis de nitrognio (40, 80 e 160 kg/ha) sobre o rendimento de gros e outras caractersticas agronmicas de duas cultivares de arroz irrigado. Foi conduzido um experimento a campo em Santo Antnio da Patrulha, RS, no ano agrcola 2000/2001. Foram avaliados atributos fsicos e qumicos do solo, acamamento de plantas, crescimento e distribuio radicular, rendimento de gros, componentes do rendimento, esterilidade, qualidade de gros, rendimento de massa seca, ndice de colheita e nitrognio acumulado na parte area da planta. A fertilidade e a concentrao de razes na camada mais superficial do solo (0 5 cm) so maiores em relao camada de 5,1 15 cm. A elevao da densidade de semeadura na cultivar IRGA 417 resulta em aumento no rendimento de gros e no acamamento de plantas. Na cultivar IRGA 419 no h efeito do aumento da densidade de semeadura sobre estes parmetros. Independente da cultivar e da densidade de semeadura, o rendimento de gros de arroz irrigado e o acamamento de plantas no foram afetados pela adubao nitrogenada. O rendimento de massa seca da parte area aumenta com o aumento da densidade de semeadura somente at DPF. O teor de protena bruta dos gros de arroz irrigado maior na cultivar IRGA 417 do que na cultivar IRGA 419.
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A enzima estudada no presente trabalho delta-aminulevulinato dehidratase (-ALA D), uma enzima sufidrlica, cuja atividade pode ser inibida por uma variedade de agentes bloqueadores de grupos tilicos . A reao catalisada pela -ALA D (formao do composto monopirrlico porfobilinognio) faz parte da rota de sntese de compostos tetrapirrlicos como o grupamento heme, consequentemente a inibio desta enzima implica em alteraes patolgicas decorrentes da inibio da rota de biossntese do heme e ainda resultar no acmulo do substrato ALA, o qual pode ter atividade pr oxidante por estar envolvido na produo de espcies ativas de oxignio. Avaliou-se a susceptibilidade da -ALA D de fgado de peixe e rato frente a inibio por selnio orgnico e inorgnico. Os resultados demostraram claramente que a enzima -ALA D de peixes e mamferos susceptvel a inibio in vitro por compostos orgnicos e inorgnicos de selnio. A anlise comparativa demostrou que a enzima -ALA D de peixes mais resistente a inibio por selnio em relao a de mamferos. Todavia no foi possvel esclarecer as causas deste diferente comportamento. Os resultados demostraram que o sistema de hidroxilao previamente descrito em ratos que acelera cataliticamente a oxidao de DTT na presena de disselenetos tambm ocorre em tecidos de peixe. Neste sistema esto envolvidos fatores enzimaticos, uma vez que este efeito foi anulado pela desnaturao trmica do sobrenadante. O presente trabalho mostra que a enzima -ALA D de peixes e ratos sensvel a inibio; in vitro, por composto de selnio orgnico e inorgnico. A manuteno dos grupos SH do stio ativo da enzima no estado reduzido essencial para a ao cataltica da -ALA D. A inibio da -ALA D causada por selnio orgnico ( (PhSe2) e (BuSe2)) e selnio inorgnico (selenito de sdio) prevenida por DTT. Estes resultados indicam que o selenio orgnico e inorgnico inibe a -ALA D por oxidao de grupos tiis essenciais da enzima. A inibio desta enzima e conseqentes alteraes na rota de sntese de tetrapirris podem ser responsveis pelos efeitos txicos de selenetos orgnicos e inorgnicos em peixes e outros animais. Em peixes os efeitos toxicos mais relatados referem-se a deficincias reprodutivas, principalmente na reduo da sobrevivncia larval. Coincidentemente os ovrios so o local de maior acumulao de selnio nos tecido de peixe e o desenvolvimento larval exige intensa atividade da enzima -ALA D.
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Resumo no disponvel.
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As espcies de peixes de gua doce neotropicais constituem um dos agrupamentos mais diversos do planeta, tanto em termos de riqueza de espcies como em relao diversidade de formas, comportamentos e modos de vida. A reproduo um dos aspectos mais interessantes e importantes desta plasticidade, podendo-se encontrar praticamente todos os mecanismos de reproduo sexuada entre as espcies de peixes. Apesar da importncia do conhecimento sobre a reproduo dos peixes, relativamente poucos estudos tratam deste tema, sobretudo se considerado o nmero de espcies descritas para o Neotrpico. H poucos anos, a maioria dos trabalhos sobre reproduo de peixes contemplavam as espcies de maior porte, de interesse comercial. Nos ltimos anos, vem aumentando o volume de informaes disponveis acerca das caractersticas reprodutivas de espcies de menor porte, sobretudo aquelas da famlia Characidae, a mais numerosa entre os Characiformes neotropicais. Embora represente um importante avano, o conhecimento da biologia reprodutiva das espcies de gua doce de grande ou pequeno porte ainda incipiente. Alm disso, muitos trabalhos deixam de abordar vrios aspectos da reproduo das espcies estudadas, dificultando a anlise comparada do conjunto de dados disponveis, bem como o estabelecimento de padres reprodutivos para a ictiofauna do Neotrpico. Este trabalho visa contribuir para o conhecimento da biologia reprodutiva de espcies de peixes de gua doce da famlia Characidae, oferecendo novas informaes sobre diversos aspectos da reproduo de trs espcies que apresentam uma estratgia reprodutiva peculiar, a inseminao, pertencentes a trs linhagens diferentes de caracdeos.O trabalho objetiva ainda analizar estes dados, juntamente com os disponveis na literatura, dentro do contexto da filogenia e da biologia comparada, procurando compreender melhor os padres e processos envolvidos nos aspectos reprodutivos destas espcies. O primeiro trabalho apresentado (Evoluo, comportamento, histria de vida e filogenia: um estudo de caso em peixes caracdeos com inseminao) discute a influncia das relaes genealgicas e filticas na reproduo e no comportamento, e o uso de caracteres reprodutivos e comportamentais como ferramentas em anlises filogenticas. No segundo trabalho (Biologia reprodutiva de Diapoma terofali (Eigenmann, 1915) (Teleostei: Glandulocaudinae) do rio Ibicui da Faxina, sul do Brasil), so apresentados diversos dados sobre reproduo e desenvolvimento de caracteres sexuais secundrios de Diapoma terofali, da subfamlia Glandulocaudinae. Da mesma forma, o terceiro trabalho (Biologia reprodutiva de Macropsobrycon uruguayanae Eigenmann, 1915 (Characidae: Cheirodontinae: Compsurini) do rio Ibicui, Rio Grande do Sul, Brasil) trata sobre os aspectos da reproduo e desenvolvimento de caracteres sexuais secundrios em Macropsobrycon uruguayanae, um caracdeo inseminado pertencente subfamlia Cheirodontinae. No quarto trabalho (Ocorrncia de inseminao e descrio da morfologia do testculo e ultraestrutura do espermatozide de espcies de Hollandichthys (Eigenmann, 1909) (Ostariophysi: Characidae)), descrita a ocorrncia de inseminao em espcies do gnero Hollandichthys, pertencente a uma terceira linhagem de Characidae com inseminao. Tambm so descritas as caractersticas morfolgicas e da ultraestrutura dos espermatozides destas espcies. Por fim, o quinto trabalho que compe esta tese (Caractersticas da reproduo de espcies de Characidae (Teleostei: Characiformes) e suas relaes com o tamanho corporal e filogenia), rene as informaes existentes na literatura sobre reproduo de espcies de Characidae e formula hipteses sobre a existncia de alguns padres reprodutivos em Characidae e sobre suas possveis explicaes evolutivas. So tambm discutidas as relaes entre estes supostos padres, o tamanho corporal e as relaes filogenticas das espcies da famlia.
Resumo:
Este estudo foi realizado com o objetivo de 1) determinar a eficcia de duas temperaturas (370 C e 390 C) e trs intervalos de tempo (48, 72 e 96h) comumente usados na maturao in vitro (MIV) de ovcitos caninos, 2) verificar o efeito de hormônios heterlogos: hormnio folculo estimulante (FSH) 0,5g/ml, estradiol 20g/ml e somatotropina humana (hST) 1g/ml; e o efeito de protenas: 0,4 % albumina srica bovina (BSA), 10 % de soro de vaca em estro inativado (SVE), e 10 % soro de cadela em estro inativado (SCE) na maturao nuclear de ovcitos caninos, 3) observar a influncia da condio reprodutiva das doadoras de ovrios (folicular, diestro, anestro, piometra, e prenhez) sobre os ndices de maturao in vitro ovocitria, 4) verificar a habilidade para fecundao in vitro de ovcitos coletados de fmeas em diferentes estgios do ciclo estral, previamente maturados in vitro e adicionalmente, examinar sua capacidade de desenvolvimento embrionrio in vitro. O meio de maturao usado nos experimentos foi TCM-199 suplementado com 25 mM Hepes/l (v/v) com 10 % de soro de vaca em estro inativado (SVE), 50 g/ml de gentamicina, 2,2 mg/ml de bicarbonato de sdio, 22 g/ml de cido pirvico, 1 g/ml de estradiol, 0,5 g/ml de FSH e 0,03 UI/ml de hCG. O meio de maturao era modificado de acordo com a proposta experimental apresentada. Os resultados do primeiro experimento no mostraram diferena estatstica no ndice de meiose de ovcitos maturados 37oC ou 39oC em quaisquer dos intervalos testados (48, 72, 96 horas), embora a proporo de ovcitos que alcanaram metfase II a 37oC aps 72 horas da maturao in vitro, mostrasse uma tendncia estatstica significncia (p = 0,064), quando comparada quela dos ovcitos maturados 39oC. Foi concludo que temperaturas de 37oC e 39oC so similares para maturao in vitro de ovcitos de cadelas. No segundo experimento deste estudo, os ndices mais elevados (p < 0,05) de retomada da meiose aps 72 horas de maturao in vitro foram obtidos, quando TCM 199 era suplementado com 0,4 % de BSA. Uma influncia positiva sobre a aquisio de metfase II (MII) foi observada com a suplementao de 1g/ml de hST no meio de maturao. Ao contrrio, ovcitos maturados em TCM 199 com 10 % de soro de cadela em estro no se desenvolveram at o estdio de MII. Os resultados deste experimento mostraram que a suplementao de protenas e de hormônios ao TCM-199 no facilitam as etapas finais da maturao in vitro de ovcitos de cadelas.No terceiro experimento, os resultados de maturao dos ovcitos no mostraram diferena estatstica na progresso do material nuclear at o estdio de MII entre os ovcitos provenientes de cadelas em vrias condies reprodutivas (fase folicular: 5,4 %; diestro: 4,2 %; anestro: 4,4 %; piometra: 8,1 % e prenhez: 4,7 %). A retomada da meiose mostrou ndices de 24,6 % na fase folicular, 19,6 % no diestro, 16,4 % no anestro, 37,1 % na piometra e 29,2 % na prenhez. ndices positivos e mais elevados de resduo acima do valor esperado foram observados para as condies de piometra e de prenhez nos estdios de metfase/anfase I (MI/AI). Nossos resultados indicam que a maturao nuclear in vitro de ovcitos caninos no influenciada pela condio reprodutiva in vivo da fmea no momento da coleta ovariana. No experimento de fecundao in vitro (FIV), 888 ovcitos selecionados atravs de sua qualidade morfolgica superior foram distribudos em 3 grupos de acordo com o estgio do ciclo estral da doadora em: a) folicular, b) anestro, c) luteal . Aps perodo de 48 horas de maturao a 37oC em TCM 199 suplementado com 25 mM Hepes/l (v/v), com 10 % soro de vaca em estro inativado (SVE), 50 g/ml de gentamicina, 2,2 mg/ml de bicarbonato de sdio, 22 g/ml de cido pirvico, 20 g/ml de estradiol, 0,5 g/ml de FSH, 0,03 UI/ml hCG e 1 g/ml de hST, os ovcitos eram fecundados in vitro (2x106 espermatozides/ml) por um perodo de 24 horas. A percentagem de ovcitos nucleados desenvolvendo-se em embries foi de 10,1 % (27/ 267). O ndice de clivagem (2-8 clulas) aps cinco dias da FIV foi similar nas fases reprodutivas (folicular, anestro, e luteal). Contudo, o ndice geral de fecundao foi superior nos ovcitos oriundos de cadelas nos estgios folicular (42,4 %) e anestro do ciclo (34,3 %) comparativamente queles provenientes da fase luteal (18,6 %) (p < 0,001). Alm disso, foi verificada influncia da fase folicular sobre o desenvolvimento de proncleos, com os ndices nesta fase (24,2 %) sendo estatisticamente diferentes daqueles observados no anestro e na fase luteal (9,6 % e 3,7 %, respectivamente) (p < 0,004). No foi estabelecida correlao entre a proporo de espermatozides capacitados ou com reao acrossmica e formao pronuclear e/ou percentagem de clivagem. Em resumo, conclui-se que: a) ovcitos caninos podem ser maturados in vitro de forma similar s temperaturas de 39oC e 37o. b) a adio de hormônios (FSH, estradiol, hST) e protenas (BSA, SVE, SCE) ao meio TCM 199 no eleva os ndices de maturao nuclear at o estdio de MII de ovcitos caninos maturados in vitro. c) em ces, a seleo de ovcitos com base na coleta dentro de um estgio especfico do ciclo estral no deve ser usada para prever ndices de meiose ou habilidade para desenvolvimento embrionrio in vitro. d) ovcitos caninos maturados, fecundados e cultivados in vitro podem se desenvolver a zigotos com at 8 clulas.
Resumo:
O experimento avaliou o uso do meio TCM-199 suplementado com: SVE, SEE e SFB (meio indefinido); BSA (meio semi-definido) e PVA (meio definido); na presena ou ausncia de hormônios (FSH e hCG) na maturao in vitro de ocitos bovinos nas condies do Laboratrio de Embriologia e Biotcnicas de Reproduo da UFRGS. Complexos cumuli-oophorus (CCOs), em nmero total de 1458, foram aleatoriamente distribudos em doze tratamentos, maturados por 24 h em atmosfera de 5% CO2, em ar e 100% umidade relativa em estufa a 39C. A fecundao nos doze tratamentos foi realizada mediante exposio dos CCOs maturados aos espermatozides (1x106/mL), previamente capacitados, durante 20 h. O cultivo foi realizado em fludo sinttico de oviduto modificado (SOFaa) acrescido de 10% SVE a 39C, 100% de umidade relativa do ar e 5% CO2, 5% O2 e 90% N2. Na presena de hormônios os meios indefinidos (SVE: 63,6%, 70/110; SEE: 53,4%, 70/131 e SFB: 56,0%, 75/134) apresentaram maior eficincia em proporcionar suporte primeira diviso embrionria, em comparao ao meio definido (PVP: 50,6%, 45/89). Os CCOs maturados em meio indefinido suplementado com SVE e hormônios apresentaram maior competncia em fecundar e suportar o desenvolvimento embrionrio at o estdio de blastocisto aps sete dias de cultivo (27,3%, 30/110).
Resumo:
Durante o ano de 2003 foram realizadas coletas sazonais de peixes do Lago Guaba, Porto Alegre, Sul do Brasil. Os metais cdmio, cobre, cromo e zinco foram utilizados como indicadores qumicos na avaliao da qualidade ambiental da ictiofauna, sendo representada pela espcie Leporinus obtusidens (piava). Os exemplares de piava foram capturados dentro de trs grandes regies do Lago: Regio Norte, prximo ao Canal do Jacu; Regio Central, em frente cidade de Porto Alegre e Regio Sul, junto ponta de Itapu. Contedo de metais em amostras de fgado e msculo de cada exemplar foram avaliados por espectrofotometria de absoro atmica. Os resultados demonstram que h diferenas na acumulao entre os tecidos de machos e fmeas, com machos acumulando mais no msculo do que no fgado e fmeas apresentando comportamento contrrio. Considerando os locais de captura, o Ponto Central apresentou as maiores concentraes de cobre (msculo), cdmio (fgado) e zinco (msculo); e entre as estaes de captura, os indivduos coletados durante o vero apresentaram as maiores concentraes de todos os metais analisados. Apesar disso, nenhum indivduo amostrado apresentou-se inapto para o consumo humano, atestando a qualidade ambiental da ictiofauna do Lago Guaba para os metais estudados.
Resumo:
Os objetivos do presente estudo foram descrever a ultra-estrutura neuronal (n=8) e analisar a distribuio dos terminais sinpticos (n=1) no subncleo pstero-dorsal da amgdala medial (MePD) de ratos Wistar adultos usando microscopia eletrnica de transmisso e mensurar o volume somtico dos neurnios da MePD de ratos (n=5) e ratas em diestro, em proestro e em estro (n=4-5) para revelar diferenas sexuais, do ciclo estral e uma possvel lateralidade nesse parmetro morfolgico usando a tcnica de reconstruo seriada. Todos os animais foram perfundidos por via transcardaca e seus encfalos foram removidos, ps-fixados e processados para microscopia eletrnica. No primeiro experimento, seces ultrafinas (70 nm) foram analisadas e a ultra-estrutura da MePD descrita. No segundo, a estimativa do volume somtico neuronal mdio da MePD esquerda e direita foi realizada usando-se o mtodo de Cavalieri associado tcnica de contagem de pontos e os dados foram comparados entre os grupos por uma ANOVA de duas vias e o teste post-hoc de Bonferroni. No neurpilo da MePD de machos, dendritos com ou sem espinhos, feixes de axnios no-mielinizados, processos axonais nicos, poucos axnios mielinizados, processos gliais e vasos sangneos foram identificados. Sinapses axo-dendrticas foram as mais freqentemente observadas (58,3%) e foram principalmente excitatrias. Suas regies pr-sinpticas continham vesculas eltron-lcidas sozinhas ou mescladas com poucas vesculas de centro denso (DCV). Os dendritos muitas vezes receberam vrias sinapses sobre um mesmo ramo, mas terminais axonais contatando mais de uma estrutura ps-sinptica tambm foram observados. Os espinhos dendrticos apresentaram diferentes morfologias e geralmente recebiam um nico contato sinptico excitatrio (33,3%). Sinapses axosomticas (7,3%) excitatrias e inibitrias e sinapses axo-axnicas excitatrias (1%) tambm foram identificadas. Na MePD, o volume somtico neuronal mdio apresentou uma diferena estatstica entre os grupos estudados (machos e fmeas nas diferentes fases do ciclo estral) [F(3,37)=5,805; P=0,003], mas nenhum efeito da lateralidade [F(3,37)=0,246; P=0,863] ou interao entre ambos [F(3,37)=0,246; P=0,863]. Os machos (mdia desvio-padro, 2038,03 543,92 e 2113,14 339,87 m3, para a MePD esquerda e direita, respectivamente) apresentaram maior volume somtico neuronal mdio do que fmeas em proestro (1521,10 136,82 e 1447,71 120,78 m3; P=0,007) e em estro (1680,67 272,38 e 1551,77 174,40 m3; P=0,035), mas no do que fmeas em diestro (2028,02 459,07 e 1852,87 385,31 m3; P > 0,05). Enfim, os presentes resultados demonstram que: 1) as caractersticas nucleares e citoplasmticas dos neurnios da MePD so similares quelas de outras reas enceflicas; 2) a maioria das sinapses sobre os neurnios da MePD so excitatrias, ocorrendo principalmente sobre ramos e espinhos dendrticos; 3) os espinhos dendrticos da MePD recebem somente um contato sinptico excitatrio; 4) terminais sinpticos contendo somente DCV no foram identificados, no entanto, essas vesculas apareceram mescladas s mais numerosas vesculas eltron-lcidas em todas as regies dos neurnios da MePD; 5) o volume somtico neuronal da MePD outro parmetro sexualmente dimrfico; 6) separar as diferentes fases do ciclo estral de suma importncia para revelar a presena dos efeitos dos hormônios gonadais nos neurnios da MePD de ratos; e 7) o volume somtico neuronal no se modifica ao longo do ciclo estral, apesar de uma tendncia ser observada entre as fmeas em diestro e proestro. Portanto, o presente trabalho provm novos achados que so relevantes para o estudo da organizao celular e sinptica da MePD, que poderiam ser associados a outros dados morfolgicos de modo a aumentar nossa compreenso a respeito da atividade funcional dessa rea em ratos adultos.
Resumo:
A lactao um processo fisiolgico complexo que ainda no foi compreendido na sua totalidade. Inmeros fatores intervm na sntese e secreo do leite, sendo os mais importantes a nutrio e o metabolismo endgeno dos nutrientes. A qualidade do leite valorizada tanto pela sua composio qumica, como pelo contedo de clulas somticas. No entanto, visando a comercializao do leite, as maiores mudanas e melhoras na qualidade podem ser atingidas atravs da manipulao da dieta dos animais, em especial em vacas leiteiras de alta produo. Avaliar os processos de absoro de alimentos, bem como o metabolismo catablico e anablico direcionado para a sntese do leite, tm sido uma grande preocupao na pesquisa de nutrio e bioqumica da produo animal. O principal objetivo da presente pesquisa foi gerar modelos matemticos que pudessem explicar a participao de diferentes metablitos sobre a composio qumica do leite. Neste intuito foram coletadas amostras de fludo ruminal, sangue, urina e leite de 140 vacas da raa Holandesa nas primeiras semanas de lactao e mantidas sob sistema semi-intensivo de produo e dieta controlada. Os animais foram selecionados de sistemas de produo no ecossistema do Planalto Mdio de Rio Grande do Sul e foram amostrados em dois perodos climticos crticos. No fluido ruminal foram avaliados o pH e o tempo de reduo do azul de metileno. No sangue foram determinados os metablitos: glicose, colesterol, -hidroxibutirato (BHB), triglicerdeos, fructosamina, cidos graxos no esterificados (NEFA), protenas totais, albumina, globulina, uria, creatinina, clcio, fsforo e magnsio. As enzimas: aspartato amino transferase (AST), gama glutamil transferase (GGT) e creatina kinase (CK). Os hormônios: cortisol, insulina, triiodotironina (T3), tiroxina (T4), e leptina. Foi efetuado hemograma, para conhecer: hematcrito, hemoglobina, e contagem total e diferencial de clulas brancas. Na urina foram dosados: corpos cetnicos, pH e densidade. No leite foi determinada: protena, gordura, lactose, slidos totais, slidos no gordurosos, contagem de clulas somticas e uria. Para a determinao de cada um dos metablitos ou compostos foram usadas tcnicas especficas validadas internacionalmente. Os diferentes valores obtidos constituram os parmetros bsicos de entrada para a construo dos diversos modelos matemticos executados para predizer a composio do leite. Mediante procedimentos de regresso linear mltipla algoritmo Stepwise, procedimentos de correlao linear simples de Pearson e procedimentos de anlise computacional atravs de redes neurais, foram gerados diferentes modelos para identificar os parmetros endgenos de maior relevncia na predio dos diferentes componentes do leite. A parametrizao das principais rotas bioqumicas, do controle endcrino, do estado de funcionamento heptico, da dinmica ruminal e da excreo de corpos cetnicos aportou informao suficiente para predizer com diferente grau de preciso o contedo dos diferentes slidos no leite. O presente trabalho apresentado na forma de quatro artigos correspondentes aos parmetros energticos, de controle endcrino, modelagem matemtica linear mltipla e predio atravs de Artificial Neural Networks (ANN).
Resumo:
A introduo de espcies exticas uma prtica que acompanha a histria da humanidade, sendo as espcies introduzidas a base da nutrio e economia em vrios pases. Porm, esse processo contnuo tem levado a uma homogeneizao da flora e fauna global. Os ecossistemas aquticos, que tm recebido menor ateno que os terrestres, tm sofrido perda de diversidade, hibridao, introduo de patgenos, degradao do habitat alm da necessidade e alto custo de controle das espcies introduzidas. O desenvolvimento da aqicultura tem acelerado a introduo de peixes exticos, que so a base dessa produo em pases como o Brasil. Alm desta, entre as razes para a introduo citam-se o esporte, a manipulao ecolgica com controle de organismos indesejveis, o melhoramento dos estoques, a ornamentao ou ainda introdues acidentais. No Rio Grande do Sul, nos rios dos Campos de Cima da Serra esto ocorrendo introdues da espcie extica truta arco- ris (Oncorhynchus mykiss) desde meados da dcada de 90 como forma de estmulo ao turismo rural. O objetivo dessa prtica a pesca esportiva, que atrai turistas de vrias regies. Porm, os rios da regio possuem vrias espcies de peixes endmicas e as conseqncias dessa prtica sobre a biota aqutica so desconhecidas. O objetivo do presente trabalho avaliar o efeito da introduo da truta arco-ris sobre o ecossistema de rios de baixa ordem no municpio de So Jos dos Ausentes RS, Brasil. Para tanto foi descrita a biologia da truta arco- ris no novo ambiente, verificando sua alimentao, movimentao, presena e viabilidade da reproduo. A ictiofauna autctone dos rios com ausncia e presena de trutas foi comparada, bem como o efeito da predao sobre a macrofauna bentnica. A ictiofauna foi amostrada com o uso da pesca eltrica, sendo o contedo estomacal das trutas avaliado sazonalmente. Trs trutas foram marcadas e acompanhadas por ii biotelemetria para determinao da sua rea de vida. Um experimento com ninhos artificiais foi conduzido para verificao da sobrevivncia de ovos de trutas nas condies dos rios de So Jos dos Ausentes. O experimento de excluso de peixes foi feito a fim de avaliar o efeito da predao sobre a macrofauna bentnica, comparando a macrofauna em rios com e sem trutas. Os resultados indicaram que a truta arco- ris tem como alimento principal os invertebrados bentnicos, porm as maiores classes de tamanho incluem peixes em seus alimentos principais. Logo aps sua introduo a movimentao restrita, porm alguns exemplares foram capturados em um rio onde no foi feita introduo dessa espcie. Apesar de baixa, a sobrevivncia dos adultos ocorre, assim como a reproduo. A sobrevivncia dos ovos tambm baixa, porm, uma ps-larva foi encontrada. A ictiofauna autctone diferenciada nos rios com presena de truta, apresentando menor riqueza e diversidade e uma tendncia a diminuio da biomassa. A macrofauna bentnica tambm diferenciada, apesar de no ser possvel atribuir essa diferena somente presena das trutas.
Resumo:
O presente trabalho visa estudar as similaridades e diferenas dos atributos do peixe cultivado na percepo de produtores, varejistas e consumidores do municpio de Santo ngelo - RS. Este municpio foi escolhido devido produo de peixes estar em fase de desenvolvimento, escassez de informaes referentes produo, comercializao e ao consumo. Para tanto, foram formados trs grupos focais constitudos de dez produtores, dez varejistas e dez consumidores. Este trabalho contribui com dados sobre as caractersticas dos integrantes de cada grupo focal e permite comparar as percepes dos trs grupos focais relativas aos atributos como: espcie, tamanho, peso, forma de comercializao, preo, caractersticas e status da carne de peixe, forma de preparao e embalagens. O estudo evidenciou que existem percepes similares e percepes diferentes nos trs grupos. Conclui-se que existe demanda para outras espcies de peixe cultivado alm das que so atualmente disponibilizadas pelos produtores. Alm disto, os consumidores tem preferncias por tamanhos, pesos e freqncia de comercializao, forma de preparao e informaes nas embalagens diferentes das que so oferecidas pelos produtores. Comprova-se, com isto, uma falta de comunicao entre os diferentes elos da cadeia produtiva, pois os consumidores e varejistas tm necessidades que no so totalmente atendidas pelos produtores. Evidencia-se, portanto, um mercado potencial que poder ser atendido na medida em que haja uma melhor capacitao tcnica dos produtores e uma maior proximidade entre os elos da cadeia produtiva.