54 resultados para Filhos não gémeos
Resumo:
O presente trabalho aborda o tema A contribuio da famlia para as possibilidades de incluso das crianas com Sndrome de Down. uma pesquisa com caracterstica de investigao qualitativa e enfoque metodolgico de estudo de caso. O estudo inclui trs famlias que tm filhos com Sndrome de Down, na faixa etria entre trs e cinco anos, freqentando classe de Educao Infantil, na rede de ensino municipal em Santa Maria - RS. O trabalho tem o propsito de analisar a contribuio da famlia para as possibilidades de incluso de crianas com Sndrome de Down. A busca dos dados ocorreu por meio da construo de memria de vida das famlias. Na compreenso dos dados foi possvel observar as mltiplas relaes construdas nos grupos familiares, procurando aproximar as descries, feitas pelos pais e as consideraes, identificadas nos estudos dos tericos que fundamentam o trabalho. O contedo descrito nas falas seguiu a seguinte seqncia, para observao e registro: relao estrutura organizativa da famlia e primeiras reaes no nascimento do filho com Sndrome de Down, alternativas encontradas pela famlia, para aceitao e superao do trauma de ter um filho com Sndrome de Down, atitudes diante da situao de ter um filho com Sndrome de Down e relao entre as atitudes dos pais e as caractersticas cognitivas dos filhos com Sndrome de Down Diante da interpretao dos dados, o entendimento de as famlias tem suas particularidades para contribuir com a possibilidade de incluso de crianas com Sndrome de Down. Portanto, parece importante que a escola adote medidas de acolhimento no somente para as crianas com Sndrome de Down, como tambm para os pais. Essas medidas contribuem para que tanto a criana como seus pais sintam-se confiantes e estimulados diante do direito de serem includos na escola de todos.
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O objetivo deste estudo foi avaliar a influncia de caractersticas parentais e do produto, como sexo, idade materna ao parto, nmero do parto em que nasceu o animal, nmero de irmos mais velhos vencedores de preos especiais, origem geogrfica e idade do garanho por ocasio da cobertura, sobre o desempenho esportivo de cavalos Puro Sangue de Corrida no Brasil. Foi estudado um total de 7.601 animais, sendo 7.449 participantes (vencedores e no vencedores) da temporada turfstica de 1997/1998, dos quais 129 foram vencedores de preos especiais, e 152 animais vencedores de preos especiais nas temporadas turfsticas de 1995/1996 e 1996/1997. Dados de nascimento foram analisados usando Regresso Logstica e teste de Qui-quadrado. Animais vencedores (3.496) e no vencedores (3.953) na temporada 1997/1998 foram avaliados quanto ao sexo, idade na temporada em questo, idade materna ao parto, nmero do parto em que nasceu o animal, nmero de irmos maternos vencedores de preos especiais, origem e idade do garanho. Entre os machos, a percentagem de vencedores (48,4%) foi significativamente superior (p<0,05) percentagem de fmeas (44,7%). O percentual de animais vencedores que nasceram no segundo parto (50,7%) tambm foi significativamente superior ao dos nascidos no primeiro e do terceiro parto em diante (p <0,05). A mdia de idade dos vencedores (4,8 anos) foi significativamente (p<0,05) inferior idade dos no vencedores O nmero mdio de preos disputados (8,6 preos) foi significativamente superior nos vencedores (p<0,05). Entre os vencedores de preos especiais na temporada 1997/1998, foram significativamente superiores (p<0,05) os animais com dois ou mais irmos maternos mais velhos vencedores de preos especiais (7,8%), os filhos de garanhes norte-americanos (2,58%) e os que obtiveram, na mesma temporada, duas ou mais vitrias comuns (3,34%), bem como a idade paterna mdia e o nmero mdio de preos disputados. A idade mdia dos vencedores de preos especiais (4,5 anos) foi significativamente inferior dos no vencedores. Entre os vencedores de provas de Grupo 1, apenas a ordem do parto influenciou positivamente, de forma significativa, as vitrias nesse tipo de preo. Conclui-se que, para a obteno de vitrias em preos comuns, o sexo, a idade, a ordem do parto e o nmero de apresentaes tm influncia significativa. J para a obteno de vitrias em preos especiais, observa-se novamente a influncia da idade e do nmero de apresentaes, associadas idade paterna, nmero de vitrias comuns, nmero de irmos vencedores de preos especiais e a origem paterna, enquanto o sexo do animal e a ordem do parto no tm influencia sobre as vitrias em preos especiais. No momento em que o universo estudado se restringe a cavalos com vitrias em provas de Grupo I, somente o nmero de irmos com vitria clssica influenciou.
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O momento de transio para a paternidade traz consigo implicaes que podem ser diferentes daquelas que ocorrem nas famlias onde o pai j possui outros filhos. Outro fato relevante o de que o pai vai conferir diferentes significados a sua funo como pai, e esta significao conferida paternidade poder influenciar o envolvimento do pai com seu beb. Modelos de paternidade tambm so considerados, uma vez que estes parecem influenciar nas expectativas e no tipo de envolvimento que o pai ter em relao ao seu beb. O presente estudo tem como objetivo examinar o envolvimento paterno com o beb em dois momentos desenvolvimentais, focalizando as expectativas de envolvimento do pai com seu beb durante a gestao, e o tipo de envolvimento do pai com seu beb, aos doze meses de idade. So estudados dois grupos, com quatro participantes cada: pais de primeiro filho, e pais que j possuem outro filho. O envolvimento analisado a partir de trs dimenses propostas por Lamb e cols. (1985, 1987): acessibilidade, engajamento e responsabilidade. No tocante s expectativas de envolvimento do pai com seu filho, observou-se que todos os pais de primeiro filho mostraram expectativas de acessibilidade, alm de engajamento, enquanto que os pais que j possuem outro filho mostraram predominantemente expectativas de engajamento. Quanto ao real envolvimento do pai com o beb aos doze meses deste ltimo, observou-se que todos os pais participantes, de ambos os grupos, disseram-se engajados com seus bebs, o que significa participar ativamente da vida do beb e interagir diretamente com o mesmo. No entanto, quanto aos cuidados com o beb, a me apareceu como referncia principal. Conclui-se que afirmaes sobre mudanas atuais relativas ao envolvimento paterno com o beb devem ser vistas com cautela.
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Dentro de um enfoque vygotskyano, o presente estudo investigou a passagem da heterorregulao para a auto-regulao nas interaes de mes/pais-criana. Mais especificamente, procurou identificar os primrdios do aparecimento da autonomia na criana e as situaes interativas que a fazem manifestar-se. Participaram do estudo 12 famlias, compostas por pai, me e criana. As crianas eram de ambos os sexos e tinham 2 anos de idade. Elas permaneceram dez minutos com cada um dos pais, explorando objetos no-familiares em sesses de observao em que as dades foram filmadas. Os dados foram analisados de forma quantitativa, utilizando-se a estatstica descritiva e inferencial; e qualitativa, atravs da microanlise. Os resultados no apresentaram diferenas significativas em relao a ambos, os comportamentos indicativos de htero e auto-regulao dos pais e das mes e os comportamentos das crianas na interao com os pais e com as mes. Tambm mostraram que aos 2 anos de idade j possvel observar os primrdios da passagem da htero para a auto-regulao, sugerindo relao entre tipo de interao - heterorregulao indireta -, desenvolvimento cognitivo da criana e a passagem da htero para a auto-regulao. Discute-se os resultados, mostrando que o processo de interao moldado nem pelas caractersticas dos pais nem pelas caractersticas da criana, mas pela criao de um espao intersubjetivo na interao adulto-criana que, por sua vez, reflete as prticas do grupo cultural, representado pela classe social.
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Este trabalho aborda as estratgias de reproduo da agricultura familiar do municpio de David Canabarro e da microrregio do Alto Taquari. O principio metodolgico que o norteia est assentado na tcnica do estudo de caso. O estudo de caso recurso metodolgico pelo qual procura-se estudar uma determinada realidade exaustivamente a fim de se obter o mximo de informaes possveis. Trata-se de um estudo emprico que investiga um fenmeno mediante a utilizao de vrias fontes de evidncias, tanto qualitativas quanto quantitativas. A partir dessas tcnicas procura-se verificar a origem da agricultura familiar no Alto Taquari. Os colonos italianos assentados na regio Nordeste do Rio Grande do Sul estabeleceram um sistema produtivo e um modo de vida colonial, com um sistema produtivo semiautnomo e uma forma de sociabilidade caracterizada pela existncia de relaes de reciprocidade e solidariedade em nvel de comunidade. Durante meio sculo, a reproduo desse sistema esteve relacionada s migraes dos filhos dos colonos para as zonas de fronteira agrcola, primeiro no norte do estado e, posteriormente, para o Oeste de Santa Catarina e Sudoeste do Paran Na medida em que a fronteira de expanso foi se restringindo, o sistema produtivo colonial entrou em crise. Esta crise implica no aumento da presso demogrfica, intensificao do uso do solo e redirecionamento das migraes para os centros urbanos. Paralelamente, a partir de meados da dcada de 1960, os agricultores vo se inserindo em sistemas agrcolas cada vez mais intensivos na utilizao de insumos industriais. Nesse perodo, a relativa autonomia dos agricultores vai perdendo espao para sistemas produtivos crescentemente mercantilizados. Todavia, a partir de meados da dcada de 1980, o cultivo da soja entra em crise, tendo como principal causa a emergncia de um cenrio desfavorvel sua produo, devido baixa valorizao do produto e ao crescente aumento nos custos. A partir de ento, muitos agricultores passam a se dedicar a diferentes atividades, tanto na agricultura como fora dela. A produo de frangos, fumo, sunos e leite, so as principais estratgias de reproduo ligadas agricultura. A extrao de basalto, a costura de bolas de futebol no prprio domiclio e o trabalho em fbricas de calados so as principais estratgias no-agrcolas. O desenvolvimento das novas atividades leva os agricultores a uma diferenciao social, todavia, a mercantilizao no implicou na proletarizao dos agricultores, mas no aparecimento de novas estratgias sociais de reproduo. Nesse sentido, acredita-se que a principal contribuio desta dissertao ao estudo da agricultura familiar e da pluriatividade consista na revelao de novas atividades, como a extrao do basalto e a confeco de bolas de futebol a domiclio, bem como do local em que estes processos esto se desenvolvendo.
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O objetivo deste trabalho foi identificar as expectativas futuras de adolescentes em situao de rua, em relao educao, ao trabalho, famlia e moradia, examinando as interconexes existentes entre elas e buscando compreender os fatores relacionados ao processo de construo e desconstruo dos projetos de vida. luz da Abordagem Ecolgica do Desenvolvimento Humano, cada tema foi investigado considerando a dimenso Tempo em toda a sua extenso, buscando fatores no presente e no passado que fornecessem subsdios para entender o processo de construo de projetos futuros. A amostra foi composta por 14 adolescentes em situao de rua, do sexo masculino, com idades entre 12 e 16 anos, encontrados nas ruas de Porto Alegre e identificados por cinco fatores principais: 1) atividades realizadas nas ruas; 2) vinculao familiar; 3) aparncia pessoal; 4) local de permanncia; e, 5) presena/ausncia de um adulto responsvel. Na primeira etapa da pesquisa, foi utilizada uma entrevista semi-estruturada, baseada nos fatores ecolgicos de Contexto, Tempo e Processo. As entrevistas foram submetidas anlise de contedo. Na segunda etapa da pesquisa, baseada no mtodo autofotogrfico, os adolescentes receberam uma cmera fotogrfica e foram solicitados a registrar 12 fotografias em resposta pergunta "Como voc se v no futuro?". Aps a revelao, as fotos foram entregues aos participantes e, com base nestas, foi realizada nova entrevista. As imagens fotogrficas foram submetidas anlise de contedo, de acordo com o mtodo citado. Os dados mostraram que, em geral, os adolescentes em situao de rua apresentam projetos futuros bem elaborados em relao s reas profissional, familiar, educacional e habitacional. Sobre as expectativas profissionais, os adolescentes almejaram trabalhar em diferentes profisses, buscando principalmente a melhoria financeira e a valorizao social atravs do resultado final do trabalho. Apesar dos conflitos vivenciados no contexto familiar presente, os adolescentes apresentaram o desejo de constituir famlia, buscando um modelo tradicional formado por esposa e filhos. Os participantes depositaram grande importncia na Educao como forma de ascenso profissional, indicando o estudo como principal forma de realizao de seus projetos. Todos os adolescentes referiram a inteno de continuar ou retomar os estudos no futuro. Os adolescentes buscaram a prpria insero social atravs da mudana do local de moradia. Configurou-se, como principal expectativa, a sada das favelas e a ida para os bairros, percebidos como setores mais valorizados socialmente, com menos riscos vida e sade de seus moradores.
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A autora faz um estudo de natureza qualitativa que busca compreender a trajetria da famlia que vivencia o risco de vida do filho, e utiliza os pressupostos do Interacionismo Simblico, para a compreenso desta trajetria. O mtodo utilizado para a coleta de dados o da observao participante e entrevistas. Os sujeitos so seis famlias que vivenciam o risco de vida de um dos filhos e intemao na Unidade de Terapia Intensiva Peditrica de um Hospital Geral de Porto Alegre. O processo de anlise indutivo e conhecido como anlise compreensiva dos dados, cujos resultados desvelam um processo dinmico na trajetria da famlia, apresentados em trs temas: "Percebendo que algo no est bem e mobilizando-se" - perodo pr-hospitalizao; "Concentrando a ateno no filho doente: vivenciando a hospitalizao" - perodo da hospitalizao da criana; e "Construindo e reconstruindo o cotidiano: reorganizando-se aps a alta" - a volta da famlia ao seu mundo cotidiano. O presente estudo converge para a ampliao do conhecimento sobre famlias e seu processo de viver e ser saudvel, oferecendo subsdios enfermagem que desenvolve assistncia junto s famlias e s crianas em risco de vida.
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A disputa por um filho uma situao tratada nas instituies judiciais atravs da nomeao do guardio mais apto para permanecer com a criana ou atravs de acordos entre as partes envolvidas, sempre considerando o princpio de priorizar o interesse superior da criana. Este estudo tem como objetivo elucidar aspectos da condio psicopatolgica da disputa por um filho e suas repercusses no processo identificatrio da criana. Para tanto, a pesquisadora partiu da pesquisa psicanaltica e da proposta de construo de caso psicanaltico para elaborar um ensaio metapsico(pato)lgico do caso. Foram realizados trs estudos enfocando a criana na situao de disputa entre a famlia biolgica e a famlia guardi, na disputa entre uma dupla e mediante a separao conjugal. Ao finalizar o estudo levantou-se a questo sobre a importncia da retomada do processo identificatrio da criana disputada mediante a firmao do contrato identificatrio. A posio dos pais na disputa pelo filho caracterizou a necessidade de exposio de um risco de perda deste filho e do desejo pelo mesmo. O compromisso identificatrio da criana dever ter suas clusulas revistas e o desejo de um filho, para os pais, incluir a assuno de um filho desejado e do no desejo de desejo por este filho. A possibilidade de mudana surgir com a revelao de uma demanda que se autoriza e com a nova posio, que s poder ser assumida pela criana com a participao da tolerncia e flexibilidade daqueles que so os signatrios de seu compromisso identificatrio. O processo identificatrio da criana, nos casos de disputa de guarda, ter a possibilidade de ser retomado atravs de sua mediao em situao psicanaltica de tratamento.
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O presente estudo examinou as eventuais diferenas na interao me-beb entre mes com e sem indicadores de depresso, bem como as impresses das mes sobre a experincia da maternidade no final do primeiro ano de vida do beb. Participaram do estudo 26 dades me-beb, sendo 15 com mes sem indicadores de depresso e 11 com mes com indicadores de depresso. As mes foram designadas aos dois grupos com base nos escores obtidos no Inventrio Beck de Depresso. Foi realizada uma observao da interao das dades durante uma sesso de brinquedo livre. As mes tambm responderam a uma entrevista sobre a experincia da maternidade. Anlise multivariada dos totais de comportamentos maternos e infantis revelou que mes com indicadores de depresso apresentaram menos comportamentos facilitadores da explorao de brinquedos pelos bebs, assim como seus filhos mostraram mais afeto negativo durante a interao. Anlise de varincia realizada separadamente para cada categoria de comportamentos maternos mostrou que mes com indicadores de depresso evidenciaram mais apatia, mantiveram menos a ateno de seus filhos nos brinquedos e demonstraram menos ternura e afeio. Anlise de varincia realizada separadamente para cada categoria de comportamentos infantis mostrou que bebs de mes com indicadores de depresso apresentaram mais vocalizaes negativas. Anlise de contedo das entrevistas mostrou que, apesar da ocorrncia de vrias semelhanas entre os grupos, mes com indicadores de depresso apresentaram mais impresses negativas do que mes sem indicadores de depresso. Estes resultados apoiam as expectativas de que a presena de indicadores de depresso materna no final do primeiro ano de vida do beb est associada a uma relao me-beb menos adequada e a manifestaes mais negativas das mes sobre a experincia da maternidade.
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Esta dissertao parte da anlise dos fluxos migratrios que vm ocorrendo entre o municpio de Salvador do Sul, no Rio Grande do Sul, e os municpios do Oeste de Santa Catarina, mais especificamente Itapiranga, Palmitos, So Miguel dOeste, So Carlos e Tunpolis, no perodo de 1950 2000. O primeiro fluxo migratrio ocorrente entre 1950 e 1970 teve como agente potencializador o acesso a terra. Jovens casais gachos emigraram rumo fronteira agrcola do Oeste Catarinense, onde se ofereciam terras a preos baixos, constituindo pequenas propriedades familiares. No segundo fluxo, os filhos e netos desses primeiros migrantes que se estabeleceram no Oeste Catarinense migram de volta ao Rio Grande do Sul, na regio dos municpios do Vale do Ca, entre os quais desponta Salvador do Sul. A motivao que leva a essa migrao a busca de emprego assalariado sem exigncia de mo-deobra especializada, aliada rede de parentesco existente no municpio.
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O trabalho teve por objetivo avaliar os efeitos de cargas animais de 240 e 320 kg PV/ha em campo nativo (T1 e T2, respectivamente), de 400 kg PV/ha em pastagem melhorada com azevm (Lolium multiflorum L.) por 80 dias ps-parto e, aps, carga animal igual a T2 em campo nativo (T3), e do desmame dos terneiros aos 100 dias (DP) ou aos 180 dias (DC) de idade sobre o desempenho reprodutivo de vacas de corte primparas Hereford e Braford, e sobre o desenvolvimento de seus terneiros. A taxa de prenhez (TP) no foi influenciada (P>0,05) pelos tratamentos (T1 = 93,8%; T2= 90,6%; T3= 100%), nem pela idade de desmame (DP= 97,8%; DC= 91,3%). Houve efeito significativo dos tratamentos (P<0,05) sobre a TP aos 21 dias (T1= 15,6%; T2= 0,0%; T3= 17,9%) e aos 42 dias (T1= 46,9%; T2= 37,5%; T3= 71,4%) aps iniciada a estao de acasalamento. O intervalo entre partos (IEP) e o intervalo parto-concepo (IPC) foram influenciados (P<0,01) pelos tratamentos. O IEP e o IPC para T1, T2 e T3 foram 390,9; 399,0 e 386,8 dias e 105,9; 114,0 e 101,8 dias, respectivamente Terneiros filhos de vacas Braford no T2 foram mais pesados ao desmame (P<0,05) do que terneiros filhos de vacas da mesma raa no T1 e filhos de vacas Hereford no T2. Os terneiros do DP tiveram pesos ajustados aos 180 dias menores (P<0,01) do que os do DC (174,6 kg vs. 197,2 kg, respectivamente). No houve efeito (P>0,05) dos tratamentos, nem da idade de desmame sobre o peso dos terneiros aos 365 dias de idade. Os novilhos do DP tiveram pesos de abate e de carcaa, aos 14 meses, inferiores (P<0,01) aos novilhos do DC. Entretanto, o ganho de peso e o rendimento de carcaa dos novilhos do DP foram superiores (P<0,01) aos novilhos do DC. No houve efeito (P>0,05) da idade de desmame sobre a espessura de gordura subcutnea.
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O autismo apresenta uma alta herdabilidade e uma etiologia heterognea, com o provvel envolvimento de vrios genes. Estudos recentes sugerem que caractersticas presentes nos pais de crianas com autismo apresentam paralelo com as apresentaes de traos associados nos filhos. Este estudo avaliou 15 famlias de autistas, de Porto Alegre e regio metropolitana, e controles. Foram utilizados quatro instrumentos de avaliao no estudo: dois avaliando as caractersticas nos filhos (ADI-R e Protocolo de Bosa) e dois aplicados aos pais (ITC e EDS). Os resultados deste estudo apontaram para a confirmao da agregao familiar de caractersticas fenotpicas herdadas independentemente. Apesar de diferirem dos resultados dos controles (pais de crianas com desenvolvimento tpico), no comprovou-se a existncia de uma diferena significativa na severidade de apresentaes fenotpicas em pais de crianas autistas. Foi possvel estabelecer a presena de uma configurao de caractersticas fenotpicas ligadas a aspectos do autismo em pais e crianas com autismo. Esta pesquisa aponta pistas para a existncia de um padro de herana dentro das famlias autistas.
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Nas ltimas dcadas, diversos autores tm indicado que a condio de ser filho adotivo implica maior risco de desadaptao psicolgica. Frente a isto, esta pesquisa investigou as relaes existentes entre auto-estima, depresso, estilo parental percebido e adoo. A amostra foi composta por 524 adolescentes entre 14 e 15 anos de idade (68 adotados e 456 criados pelas famlias biolgicas). Os instrumentos utilizados foram um questionrio demogrfico, as Escalas de Responsividade e Exigncia Parental, o CDI e a Escala de Auto-Estima de Rosenberg. Anlises de Regresso apontaram que as variveis que apresentaram maior efeito sobre os ndices de sade emocional foram a responsividade parental, o sexo e o tipo de filiao. Os achados indicaram que pais adotivos so significativamente mais indulgentes do que pais biolgicos. Em comparao, pais biolgicos foram descritos por seus filhos como mais negligentes. Os resultados demonstraram ainda que a adoo isoladamente no resulta em maior depresso entre os jovens, mas a interao da afiliao com diversos outros fatores determina diferenas nestes escores. Os achados corroboraram o efeito transcultural dos estilos parentais sobre a adaptao psicolgica e confirmaram a hiptese de que as estratgias de socializao parental moderam o desenvolvimento dos adolescentes adotados.
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Este estudo tem o objetivo de desvelar os processos envolvidos na construo da identidade coletiva dos professores de uma escola pblica, da Rede Municipal de Porto Alegre, problematizando a unidade assumida por seus atores e reconhecida publicamente.Partindo do modo com que os professores apresentam-se como ator coletivo e da auto-imagem que revelam, o estudo procura abordar as razes e os modos de viver em conjunto, bem como a dinmica das interaes que realizam, envolvendo conflitos, negociaes, intercmbios e decises. Surgem, a, os processos individuais de insero no coletivo de professores e no contexto escolar, exigindo o estudo das suas trajetrias profissionais e a influncia das culturas profissionais, dos espaos de formao e das prticas de gesto da escola, tanto na construo das identidades individuais, como da identidade coletiva docente. O estudo apresenta os contextos poltico e pedaggico no s da escola analisada mas tambm da rede de ensino de Porto Alegre, na medida em que eles produzem e exigem mudanas, geram crises e influenciam os processos identitrios dos professores. Na escola, a histria da comunidade e a conquista da prpria escola, assim como o projeto pedaggico voltado incluso irrestrita de alunos e, nele, o trabalho coletivo, os espaos de formao, a gesto administrativa e pedaggica surgem como fatores interrelacionados que influenciam significativamente o modo como se assumem professores, individual e coletivamente, para si e para os outros A identidade coletiva docente tem as marcas do lugar: de um morro chamado Morro Alto e de uma comunidade que conseguiu uma escola para seus filhos. A ao coletiva formaliza-se no projeto pedaggico que, ao mesmo tempo em que agrega novos valores, preserva os que lhe garantem a identificao com um projeto poltico, voltado para as classes populares. A pesquisa participante, desenvolvida no perodo de novembro de 2001 a outubro de 2002, envolveu a totalidade dos professores da escola em encontros coletivos, uma estratgia de entrevista coletiva. Foram realizadas entrevistas individuais com parte dos professores da escola e com ex-professores, com uma assessora pedaggica da Secretaria de Educao e com alguns ex-alunos, como possibilidade de olhares diversos e singulares sobre a escola e seus professores. A anlise documental incluiu especialmente textos produzidos pelos docentes e vdeos sobre a escola.Autores como Paulo Freire, Alberto Melucci, Claude Dubar, Georges Snyders, Cludia Vianna e Antnio Nvoa constituem as principais referncias tericas deste estudo.
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Viva Maria: dez anos, um estudo que se props, a partir de uma abordagem scio-histrica, a problematizar a trajetria dos dez anos, de 1992 a 2002, da Casa de Apoio Viva Maria e a caracterizar, do ponto de vista sociodemogrfico e epidemiolgico, as mulheres abrigadas nessa casa, nesse perodo. A Casa de Apoio Viva Maria uma Unidade especializada da Secretaria Municipal da Sade de Porto Alegre. uma casa-abrigo para mulheres e seus filhos menores em situao de violncia, inaugurada em setembro de 1992. Para a descrio dessa trajetria utilizou-se a memria dos sujeitos sociais, trabalhadoras e usurias que vivenciaram o cotidiano da casa-abrigo, desde a sua implantao at 2002. As informaes obtidas atravs das trabalhadoras e usurias, agregaram-se s da pesquisa documental nos arquivos formais e informais da Casa de Apoio Viva Maria. Essas fontes evidenciam, atravs do perfil a precria insero socioeconmica das usurias e a importncia da casa-abrigo como um espao, no qual as mulheres, em situao de violncia domstica, encontram refgio seguro, apoio psicolgico, jurdico, social e novas perspectivas de vida. O estudo mostra a necessidade de constituio de servios como este, como uma poltica pblica de sade, atuando como retaguarda dentro de uma rede de atendimento s mulheres em situao de violncia domstica, em um sistema de referncia e contra-referncia