25 resultados para Caprinovinocultura Rio Grande do Norte


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O roedor subterrneo tuco-tuco Ctenomys minutus (Rodentia, Ctenomyidae) habita campos arenosos da Plancie Costeira do RS. Esta espcie uma das cinco existentes no Rio Grande do Sul (Brasil), ocorrendo desde o Farol de Santa Marta (SC) at So Jos do Norte (RS). O objetivo deste trabalho foi descrever a biologia populacional de C. minutus e desenvolver um mtodo para classificao etria individual que utilize medidas corporais de fcil obteno em campo. Foram realizadas 22 campanhas de amostragens em 14 meses em trs locais de amostragem. Foram capturados 191 animais (73 machos e 118 fmeas) e foram obtidas 39 recapturas ao longo do estudo. Os animais foram capturados com armadilhas Oneida Victor n 0, anestesiados, marcados e soltos aps serem tomadas medidas corporais de peso, comprimento total, comprimento da cauda e largura do dente incisivo. Durante os trabalhos, foram registradas evidncias de atividade nas tocas, indicadas pelo bloqueio das aberturas das tocas aps a colocao das armadilhas. Foi desenvolvido um mtodo de classificao etria com base em diagramas de disperso de pontos entre medidas corporais e sua associao com estado reprodutivo de fmeas. Os resultados demonstram que a utilizao de pelo menos duas medidas corporais, associadas s informaes de estado reprodutivo permite a construo de um diagrama consistente com os dados biolgicos obtidos em campo. Com base nesta constatao, proposto o Diagrama de Classificao Etria que pode ser utilizado para quaisquer duas medidas, associado a dados de estado reprodutivo, podendo ser adaptado para outras espcies de tuco-tucos Entretanto, o mtodo deve ser aperfeioado para machos, possivelmente a partir de informaes sobre estruturas reprodutivas internas. As classes etrias utilizadas foram jovem, subadulto e adulto. As fmeas foram classificadas quanto ao estado reprodutivo em no perfurada, perfurada, cicatrizada e prenhe. O estado reprodutivo de machos no foi determinado porque estes no possuem testculos aparentes. A populao de C. minutus estudada foi composta por 84,8 % de adultos, 9,4 % de subadultos e 5,8 % de jovens, com razo sexual nas fases jovem e subadulta de 1:1 e na fase adulta de 0,5 machos:1 fmea. H uma poca preferencial de acasalamento nos meses de inverno e de nascimentos no final do inverno e primavera. Entretanto, ocorrem indivduos com atividade reprodutiva durante todas as estaes do ano, porm em menor nmero. Ctenomys minutus atinge a maturidade sexual com aproximadamente seis ou sete meses de idade, com o comprimento do corpo por volta de 155 mm e a partir de 170 mm todos os indivduos so considerados adultos. Os machos tendem a ser mais pesados que fmeas de mesmo comprimento, principalmente a partir de 150 mm de comprimento de corpo. O tamanho aproximado de primeira maturao (incio da fase adulta) de 155 mm de comprimento do corpo Com dados de captura-marcao-recaptura foi demonstrado que esta espcie pode viver at aproximadamente trs anos. Ctenomys minutus uma espcie solitria, que compartilha as galerias somente para o acasalamento e durante o cuidado das crias. Aparentemente, os machos no participam do cuidado da prole, uma vez que somente fmeas foram capturadas na mesma toca que jovens. O menor nmero mnimo de indivduos na populao de um local de amostragem foi de 20 indivduos (setembro/2001) e o maior foi de 39 indivduos (maro/2002). A densidade absoluta encontrada em cada dia de amostragem foi de no mnimo sete indivduos/ha (janeiro/2002) e de no mximo 15 indivduos/ha (setembro/2002). No foram detectadas diferenas sazonais no padro de atividade (IAp), nem no nmero mnimo de indivduos na populao ou na densidade absoluta (indivduos/ha) da populao estudada.

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A famlia Hydrobiidae, que apresenta maior diversidade entre os moluscos lmnicos e estuarinos, com mais de 300 gneros e cerca de mil espcies Recentes, constitui-se em um importante componente bitico de guas continentais. A monofilia da famlia ainda duvidosa, uma vez que a maioria das espcies apenas conhecida pelos caracteres da concha, oprculo, pnis e rdula, insuficientes para traar relaes filogenticas em Hydrobiidae. Apresentam alta diversidade especfica e genrica, nos diferentes continentes, sendo a Amrica do Sul uma exceo, com 120 espcies em sete gneros recentes, enquanto que na Amrica do Norte as mais de 200 espcies da famlia esto distribudas em 40 gneros, como registrado pela literatura. Estes caracis acham-se distribudos ao longo de toda Plancie Costeira do Rio Grande do Sul, Brasil. A presente tese objetiva: identificar, definir e redefinir os hidrobiideos ocorrentes em ambientes lmnicos e estuarinos da Plancie Costeira do Rio Grande do Sul, a partir de colees cientficas e amostragens de material vivo. Examinou-se Hydrobiidae das colees: Museu Museu de Cincias Naturais da Fundao Zoobotnica do Rio Grande do Sul (MCNZ); Departamento de Zoologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS); coleo particular de Rosane Lanzer (RL); The Academy of Natural Sciences of Philadelphia (ANSP); The Natural History Museum, Londres (BMNH). Realizou-se coleta no rio Herclio em Santa Catarina, nas lagoas Itapeva, Tramanda, Rondinha, Fortaleza e arroio do Carvo (bacia do rio Maquin) no Rio Grande do Sul, utilizando peneira com malha de 1mm de abertura para a amostragem. Material coletado est depositado na coleo de moluscos da UFRGS. Obtiveram-se dados conquililgicos, conquiliometricos e morfoanatmicos in vivo - cabea-p, cavidade palial, sistemas reprodutores feminino e masculino e rdula. As ilustraes correspondem a desenhos da morfo-anatomia, e fotomicrografias da concha, oprculo, cabea-p e rdula. Foram inventariados 145 txons do grupo da espcie de Hydrobiidae, descritos para a Amrica do Sul, acrescidos de lista sinonmica e informaes morfolgicas de material-tipo. Registram-se os seguintes hidrobdeos para Plancie Costeira do Rio Grande do Sul: Heleobia australis (Orbingy, 1835) (rio Tramanda, lagunas Tramanda e Armazm, lagoas Custdia e Paur e laguna dos Patos); Heleobia bertoniana (Pilsbry, 1911) (lagoa Caieiras); Heleobia cuzcoensis (Pilsbry, 1911) ( lagoa Rondinha); Heleobia doellojuradoi (Parodiz, 1960) (lagoas Figueiras, Bojuru Velho e Mangueira); Heleobia parchappei (Orbigny, 1835) (lagoas Itapeva, Quadros, Ramalhete, Negra, Malvas, Marcelino, Quinto, Barro Velho, Moleques, Peixe, Jacar, Mangueira e Laguna dos Patos); Heleobia xi sp. (lagoas Itapeva, Quadros, Malvas, Palmital, Pinguela, Lessa, Peixoto, Marcelino, laguna Tramanda, lagoas Gentil, Manuel Nunes, Fortaleza, Rondinha, Cerquinha, Rinco das guas, Cip, Porteira, Capo Alto, Quinto, Charqueadas, Barro Velho, So Simo, Veiana, laguna Mirim, lagoas Nicola e Jacar); Potamolithus kusteri (Strobel, 1874) (arroio Carvo); Potamolithus philippianus Pilsbry, 1911 (lagoas Itapeva e Figueiras). Registra-se pela primeira vez para o Brasil, H. bertoniana, H. doelojuradoi e P. kusteri; para o Rio Grande do Sul, P. philippianus; e para a Plancie Costeira, H. cuzcoensis. A partir de toptipos, redescrito o txon Potamolithus catharinae Pilsbry, 1911, assinalado na literatura para o litoral norte da Plancie Costeira do Rio Grande do Sul, cuja ocorrncia no confirmada. Heleobia charruana (Orbigny, 1835), registrada na literatura para o litoral norte do RS, no tem sua ocorrncia confirmada. Transfere-se o gnero monotpico Parodizia, arrolado entre os hidrobdeos, para Pyramidellidae (Gastropoda, Heterobranchia), a partir da morfologia das partes moles, desconhecidas at o presente. A morfologia do pnis de exemplares de Potamolithus kusteri (Strobel, 1874), do arroio Carvo, justifica sua remoo de Heleobia para Potamolithus. Heleobia australis nana (MARCUS & MARCUS, 1963) considerada sinnimo de H. australis, por tratar-se de txons morfoanatomicamente iguais. As distintas dimenses da concha (2,0 a 8,4 mm) de populaes, ao longo da distribuio da espcie (Rio de Janeiro Baa San Bls), decorrem de fatores ambientais, provavelmente relacionados com o grau de variao da salinidade.

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No imaginrio social, poltico e at acadmico no Rio Grande do Sul persiste a idia que a estrutura fundiria do Estado estaria assentada na polarizao entre minifndios e latifndios. Conforme esta idia o Estado do Rio Grande do Sul estaria dividido em duas partes, onde a Metade Sul estariam assentados os latifndios e a Metade Norte os minifndios. Neste estudo buscou-se observar que a estratificao social e econmica que se verifica na estrutura agrria gacha no decorre, imediatamente, da distribuio fundiria, ou seja, h que produzir interpretaes muito mais complexas sobre a estrutura social no campo do que aquela que opera com a idia que separa a sociedade rural gacha em dois grupos de proprietrios: pequenos ou grandes, minifndios ou latifndios. Neste sentido, o objetivo deste estudo foi aprofundar os conhecimentos sobre a realidade de agricultores que pertencem a Metade Sul do Estado, que pouco conhecida, e no corresponde ao contexto que se formou sobre esta regio do estado. O estudo enfocou agricultores do municpio de Canguu-RS que tenham a pecuria bovina de corte como a base de seus sistemas de produo, e que, contudo, utilizam-se principalmente da mo-de-obra familiar na propriedade. Em funo destes fatores, estes agricultores foram denominamos como pecuaristas familiares. A partir do uso do referencial terico e metodolgico baseado no enfoque sistmico, o presente trabalho diagnosticou e analisou os diferentes sistemas de produo implementados pelos pecuaristas familiares do municpio de Canguu-RS Desta forma foi possvel identificar trs tipos de pecuaristas familiares, e trs estudos de caso de agricultores que tambm implementam a pecuria familiar. O primeiro tipo identificado formado por agricultores que, na sua maioria, so herdeiros dos estancieiros da regio que gradualmente tiveram suas reas produtivas reduzidas, fato que ocorreu atravs da partilha da propriedade pelos herdeiros; normalmente so aposentados e alm da criao de gado de corte extensiva tambm cultivam pequenas reas de milho e feijo, este tipo de agricultor foi denominado como pecuarista familiar tradicional. O segundo tipo identificado formado na sua maioria por descendentes de pees e agregados que trabalhavam nas estncias. Possuem pequenas propriedades, mas, por serem mais jovens, e possurem maior fora de trabalho que os pecuaristas familiares tradicionais, implementam diversos cultivos em suas propriedades alm de desenvolver alguma atividade no agrcola, como, por exemplo, o comrcio (venda na localidade). Por este fato, so denominados como sendo pecuaristas familiares pluriativos. O terceiro tipo formado por criadores de gado de corte, tambm de forma extensiva, mas que esto mais inseridos no mercado de carne, pois comercializam o gado diretamente com os frigorficos ou para intermedirios em detrimento deste fato denomina-se este tipo de agricultor como sendo um pecuarista familiar comercial. Estes agricultores possuem realidades diferentes, mas, utilizam sistemas de produo semelhantes, e carecem de polticas pblicas especficas para o seu desenvolvimento.

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o presente estudo efetua um diagnstico da cultura da cebola no Litoral Centro, municpios de So Jos do Norte, Mostardas e Tavares, do Rio Grande do Sul realizando a anlise de suas especificidades a partir do reconhecimento, da descrio da rea, da anlise dos dados estatsticos e das informaes dos diversos aspectos socioeconmicos que configuram o ambiente e a sua dinmica,fornecendo informaes e proposta de recuperao econmica consistentes para a tomada de decises dos agentes pblicos e privados. O resultado da anlise das especificidades do Litoral Centro nos leva a reconhecer fatos relevantes que determinam a estagnao da regio como um todo. Podemos dizer que os principais incmodos a cebolicultura e a regio so: o isolamento geogrfico e o abandono poltico/econmico da regio; o baixo ndice de educao da populao da regio; ausncia de profissionalismo entre os cebolicultores; a inrcia das tradies; o individualismo do campons e a desorganizao do associativismo/cooperativismo; ausncia de infraestrutura pblica. Com este estudo pode-se investigar, projetar polticas e estratgias que ajudem a transformar a cebolicultura da regio em um real fator de desenvolvimento regional.

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O comportamento antagnico dos deslocamentos anuais da linha de costa coincide com os eventos de ENSO. Foi observado tambm que a linha de costa tende a retornar a sua forma e posio anteriores, sazonalmente no litoral sul, anualmente no litoral mdio e a cada 19 meses no litoral norte. A variabilidade espacial na resposta da linha de costa s mudanas sazonais e interanuais deve-se a uma combinao de fatores, incluindo granulometria, orientao da linha de costa e transporte sedimentar ao longo da costa. A anlise regional da costa do RS permitiu classific-la em quatro classes de manejo: (1) reas de manejo crtico, ocorrem em 177 km ou 29% da costa do RS e consistem basicamente nas reas urbanizadas, concentradas principalmente no litoral norte, (2) reas prioritrias, ocorrem em 198 km ao longo do litoral mdio, ocupando 32% da costa do RS, (3) reas latentes ocorrem em 65 km ou 10% da costa, localizados no litoral sul entre o Hermenegildo e o Albardo e (4) reas naturais, ao longo de 178 km ou 29% da costa gacha, encontradas no litoral central e sul.

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Perfis de alterao em basaltos com baixos teores de Ti02 (LTiB) da Parte Sudeste da Bacia do Paran (SPB) associam-se a superfcies aplainadas, nos planaltos das Araucrias (Ab' Saber, 1973), entre altitudes de 950 m a 750 m (Vacaria) e 1000m a 920m (a Sul de Lages). Em domnios mais dissecados do relevo, que crescem de Este para Oeste, e nas encostas intensamente dissecadas destes planaltos a Sul (calha do rio Antas) e a Norte (calha do rio Pelotas), os perfis de alterao so truncados ou inexistentes. A associao dos perfis de alterao com superfcies geomorfolgicamente mais antigas (aplainadas e elevadas) faz supor que o incio dos processos de alterao seja correlativo s superfcies aplainadas, antigo e, provvel mente, Tercirio. As sequncias de alterao mais completas localizam-se em morros de topo plano e apresentam as seguintes fcies: Rocha me, saprlito, alterito argiloso, alterito esferoidal, "stone line", coberturas mveis e solo atual. Qumicamente os produtos de alterao intemprica dos basaltos so "lateritas" segundo definio de Schellmann (1981), com enriquecimento em Fe2D.3 e H20; perdas em Si02, FeO, MgO, CaO, Na20 e K20; provveis pequenas perdas emA12D.3. No saprlito, os pedaos de rocha fragmentada permitiram a descrio das alteraes hidrotermais refletidas nas para gneses dos stios intersticiais, constitui dos por materiais cristalinos e criptocristalinos. Os cristais de titanomagnetita aparecem com manchas azuis irregulares que sugerem variaes cristaloqumicas contnuas dentro de um mesmo cristal, tpicas da maghemitizao. O alterito argiloso sede de pseudomorfoses dos minerais magmticos e hidrotermais. Esmectitas, ocupam os stios das camadas mistas hidrotermais; halloysitas 7 e 10 so dominantes nos plasmas das pseudomorfoses de plagioclsios e plasmas ricos em ferro e slica predominam nas pseudomorfoses de piroxnios. Observa-se a transio halloysita -caolinita desordenada rica em ferro estrutural nas partes superiores do conjunto. Os plasmas secundrios so silico-aluminosos, nas partes baixas do conjunto, e predominantemente opacos no topo. Estes plasmas constituem-se de halloysita, litioforita (ou plasma rico em Mn), goethita e maghemita. O alterito esferoidal apresenta o ncleo de rocha e um crtex de cor amarelo -alaranjada em que se verifica a presena dominante da goethita aluminosa. Secundriamente, aparecem cristobalita, maghemita e gibbsita. As coberturas mveis, so constitui das de plasma caolintico e plasmas ricos em hematita e goethita. Aparecem ainda grnulos, pislitos e ndulos herdados de antigas couraas desmanteladas. Os minerais, formados em condies lateritizantes, so os filossilicatos halloysita 7 e lO, caolinita desordenada e os xidos e hidrxidos, hematita, goethita, gibbsita e litioforita.Observou-se que a mineralogia de alterao est intimamente associada textura da rocha original. Encontram-se, ainda, nestes horizontes de alterao intemprica, a cristobalita (metaestvel) e a titanomaghemita. As titanomaghemitas identificadas nos saprlitos e alteritos apresentam as caractersticas de maghemitizao: diminuio da taxa 32(Fe+ Ti)/O, aumento de lacunas na malha cristalina e diminuio do parmetro ~. Mg diminui com o intemperismo, Mn e AI se concentram nas fases magnticas. A halloysita 7 predomina sobre a lO, na frao < 2Jlm, do alterito argiloso, alterito esferoidal e no sistema fissural. A caolinita predomina no horizonte "tachet". No alterito esferoidal, ocorre tambm caolinita e esmectita. As argilas halloysticas apresentam quatro morfologias: esferas, tubos, lamelas planares e cones. A halloysita forma-se preferencialmente caolinita no crtex de alterao do alterito esferoidal e na fcies argilosa, constituindo um primeiro estgio de intemperismo. Os tubos e cones tm os menores teores de Fe23 enquanto as halloysitas planares tm os mais altos teores de Fe23. O teor de Fe das partculas esferoidais variado. Os xidos e hidrxidos destes perfis caracterizaram variaes da atividade a gua, de atividade da slica dissolvida e temperatura, refletindo as paleocondies (climticas) de formao destas coberturas fsseis.

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A enorme complexidade dos sistemas ecolgicos tem sido uma grande barreira para a compreenso e o gerenciamento da problemtica ambiental. Neste sentido a modelagem matemtica uma valiosa ferramenta, devido a sua capacidade de organizar as informaes disponveis sobre estes sistemas e de fazer previses a seu respeito para diferentes condies. Desta forma a anlise de sistemas naturais vem sendo abordada de diferentes maneiras, sendo que nas ltimas dcadas a teoria de ecossistemas expandiu-se e ramos especficos, que permitem seguir e predizer a evoluo de ecossistemas, foram formulados. Um destes enfoques, conhecido como anlise do fluxo de insumo-produto, pode ser utilizado para explicar o funcionamento e estrutura dos subsistemas de um ecossistema atravs da descrio dos fluxos de matria ou energia. A anlise do fluxo de insumo-produto pode ser representada atravs de dois modelos: o modelo determinstico ou o modelo estocstico, tendo sua origem em estudos de caso com o objetivo de analisar a econmica norte-americana, sendo uma extenso prtica da teoria clssica de interdependncia geral. Este trabalho faz uma abordagem sinttica da evoluo desta anlise, avaliando dados tericos e principalmente dados referentes Lagoa Itapeva. A anlise de input-output (determinstica e estocstica) com o propsito de obter informaes no que diz respeito aos fluxos (matria e energia), bastante simples; sendo que os modelos determinsticos se prestam melhor para traar um panorama global e para obter projees para as variveis j os modelos estocsticos so mais complexos, mas provem uma descrio mais acurada. Na Lagoa Itapeva os processos determinsticos demonstraram um baixo ndice de ciclagem do carbono entre os trs compartimentos em estudo e o fluxo preferencial na normalizao corresponde ao compartimento dos produtores primrios, isto decorre de no existir loop nos compartimentos em estudo e tambm no existir fluxos em dois sentidos. Em relao avaliao estocstica foram observadas uma baixa relao no sentido espacial superfcie-meio-fundo da lagoa, e uma boa distribuio espacial norte-centro-sul. Quanto distribuio temporal, foi constatada uma baixa concordncia entre os dados analisados e os dados reais quanto das anlises realizadas em intervalos de tempo pequeno (horas) e uma boa concordncia nas medidas feitas quando o intervalo foi significativo (meses). Tambm em relao Lagoa Itapeva, foi verificado nas anlises estocsticas, utilizando-se operadores espaciais, que como a dinmica biolgica nem sempre linear, os organismos no podem acompanhar imediatamente e perfeitamente as mudanas do ambiente, resultando em tempos de residncia de matria significativamente baixo. Alm da anlise dos fluxos ligados a este ecossistema lagunar, foram desenvolvidas tcnicas de correo e adaptao de dados referentes amostragem ocorrida na Lagoa durante um ano de campanha. Assim, prope-se uma nova perspectiva no uso desta metodologia de forma simples e de fcil manipulao matemtica.

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No presente trabalho foram estudadas as variaes sazonais do material orgnico e inorgnico transportado pelo efluente que deixa o Sistema Hidrolgico do Taim via comportas de drenagem. O Sistema Hidrolgico do Taim, localizado a sudeste do estado do Rio Grande do Sul, Brasil, compreende um complexo de banhados e lagoas que trocam massas de gua entre si e com sistemas lacustres adjacentes (Lagoa Mirim). Uma das principais caractersticas de banhados (wetlands) so os altos nveis de produo primria, relacionados principalmente a grande quantidade de macrfitas aquticas presentes nestes ecossistemas, que associados a intensas variaes dos nveis e dos fluxos de gua, fazem com que estes tenham importncia primordial na bacia da qual fazem parte no sentido de reterem ou exportarem biomassa detrtica e nutrientes. Neste sentido, esta dissertao pretende esclarecer sobre a dinmica dos processos ecolgicos ocorrentes em banhados e estabelecer metodologias que permitam uma melhor gesto dos recursos hdricos destes ecossistemas. Mais especificamente pretende definir e quantificar os padres na exportao de matria e nutrientes do Sistema Hidrolgico do Taim para Lagoa Mirim e obter subsdios para compreender as influncias destes banhados marginais em sistemas lacustres contguos. Uma srie de variveis hidrometeorolgicas (Precipitao, Velocidade do Vento e Nvel da Coluna Dgua) e fsico-qumico-biolgicas (Temperatura, Condutividade, pH, ORP, Carbono Orgnico Total, DQO, Slidos, Fsforo Total e Clorofila ) foram usadas para descrio do efluente e, ao longo do ano de 2002, duas campanhas paralelas realizaram coletas peridicas da gua que deixa o banhado via as comportas drenagem situadas a norte do sistema Os resultados evidenciaram que grande parte do material transportado pelo efluente drenado do Sistema Hidrolgico do Taim se encontra na forma dissolvida, alm deste mostrar uma variao sazonal determinada principalmente pelos perodos de cheia e estiagem do banhado, que caracterizam o hidroperodo, e pelo vento, fator constante e decisivo para a dinmica de ecossistemas costeiros. A concentrao de nutrientes na coluna dgua, e conseqentemente carreada pelo efluente, baixa, o que pode estar relacionado principalmente rpida ciclagem e mobilizao destes na biomassa vegetal.

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Partindo dos dados referentes criminalidade e violncia executada pelos policiais civis e militares do Estado do Rio Grande do Sul, foi-se em busca do estudo sobre as relaes entre a violncia e a vitimizao policial, bem como as relaes entre estes fenmenos e a violncia social em geral, onde a polcia no participa. Circulando por caminhos tortuosos, driblando a falta e a inconsistncia de alguns dados, chegou-se a concluses, algumas at surpreendentes, sobre as disparidades das metades norte e sul do Estado, influenciando na forma de (re)agir do policiais. Buscou-se tambm caracterizar, conectando os dados empricos com teoria sociolgica, as dinmicas de ao violenta, tanto das polcias quanto dos no-policiais, atravs do estudo das leses corporais e homicdios agregados por Coredes do Estado, separando os que tiveram policiais como vtimas e autores, daqueles onde a polcia no participou diretamente.

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A tartaruga-verde, Chelonia mydas, possui ampla distribuio geogrfica circuntropical, ocorrendo em toda zona costeira brasileira. A espcie est includa em diversas listas de animais ameaados de extino, sendo assim fundamental a elaborao de modelos demogrficos que possam vir a subsidiar futuros planos de manejo. Contudo, muitos aspectos referentes histria de vida destes animais ainda so pouco conhecidos, por serem animais marinhos de difcil observao, especialmente durante o perodo que despendem nas reas de alimentao e durante as grandes migraes. As tartarugas marinhas apresentam caractersticas, em seu ciclo de vida, que dificultam a realizao de estudos de marcao e recaptura, para determinao de parmetros importantes como crescimento e determinao de idade. Por esta razo, muitos estudos envolvendo determinao de idade utilizando linhas cclicas de crescimento presentes nos tecidos rgidos - esqueletocronologia, vm sendo acumulados para esta espcie. Muito pouco se sabe sobre quaisquer aspectos relacionados s etapas do ciclo de vida das tartarugas marinhas que habitam o litoral do Rio Grande do Sul, deste modo, este estudo tem como principal objetivo avaliar a tcnica histolgica utilizada usualmente nas anlises de esqueletocronologia em tartarugas marinhas a fim de verificar a ocorrncia de crescimento cclico nos ossos e de se obter estimativas de idade para a populao local. As amostras so provenientes de tartarugas-verdes encalhadas no litoral norte do Rio Grande do Sul e coletadas, de forma sistemtica entre Torres e Mostardas, de maro de 1994 a setembro de 2003. Os 89 exemplares (35%) de tartarugas-verdes registrados indicam que a espcie a segunda em nmero de ocorrncias, sendo menos freqente apenas que Caretta caretta (54%). Foi verificada apenas a ocorrncia de exemplares juvenis (ccc = 29,0 a 52,0 cm, mdia = 38,9cm), que esto iniciando o perodo de desenvolvimento costeiro. A tcnica avaliada no apresentou os resultados esperados, necessitando de algumas modificaes metodolgicas. A partir da observao dos cortes histolgicos pde-se constatar a presena de linhas de crescimento sseo em apenas onze dos vinte e quatro indivduos que apresentaram resultados satisfatrios na preparao histolgica, indicando que a deposio das linhas pode ser varivel e dependente de fatores ambientais. Nos onze indivduos puderam ser distinguidas de uma a cinco linhas de crescimento, indicando uma idade entre 1 e 5 anos para o trmino da fase no ambiente pelgico. Com estes resultados obteve-se o primeiro registro da presena de linhas de crescimento sseo, assim como, a primeira estimativa de idade para a populao de Chelonia mydas no incio de sua fase de desenvolvimento costeiro no Brasil.