38 resultados para Brasil Relações Exteriores


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Este trabalho uma leitura interpretativa do ltimo livro de contos de Machado de Assis, Relquias de Casa Velha (1905). Em nossa anlise, procuramos observar o olhar do escritor sobre a cidade do Rio de Janeiro do sculo XIX, que serve de cenrio para a obra machadiana, e sobre as transformaes urbanas que ocorreram na cidade no incio do sculo XX. Alm disso h nesse trabalho, uma tentativa de identificar algumas relações entre a temtica dos contos e as atividades desenvolvidas por Machado de Assis como funcionrio pblico do Governo Federal. Numa leitura histrica, geogrfica e literria, procura-se entender a tica do escritor sobre a Histria do Brasil e analisar sua qualidade contstica.

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A precarizao do trabalho vem sendo destacada como um dos principais problemas associados aos processos de reestruturao das formas de produzir e dos modos de organizar e gerir o trabalho que, no Brasil, vm ocorrendo de modo mais efetivo a partir da dcada de 90, no bojo das transformaes do sistema capitalista desencadeadas a partir do ltimo quartel do sculo XX. Nesse contexto, o presente estudo tem como objetivo geral investigar as repercusses desses processos na sociedade brasileira, analisando o modo como as mudanas vm reconfigurando as relações de trabalho desorganizando o padro vigente que remetia a um crescente assalariamento da mo-de-obra e a uma maior proteo social e criando e aprofundando situaes de precarizao no trabalho. Sendo um evento de propores planetrias, o estudo das transformaes aludidas requereu investigar suas principais caractersticas nas sociedades avanadas, com nfase nos impactos sobre o trabalho e as interpretaes forjadas com vistas a sua apreenso, em que sobressai o debate a respeito da centralidade do trabalho, contemporaneamente. No Brasil, onde tais mudanas se encontram condicionadas pelo legado histrico tanto quanto pela experincia nacional recente, de uma maior insero na economia globalizada, foram destacados os desdobramentos das mutaes sobre as formas de insero dos trabalhadores no mercado de trabalho. Na reviso da literatura, procurou-se avanar no debate relativo construo conceitual da noo de precarizao, retomando e retrabalhando o enfoque sobre o setor informal, luz dos achados empricos e das questes debatidas na tese. No desenvolvimento do estudo, elaborou-se uma metodologia com vistas apreenso de situaes de precariedade no trabalho, utilizando informaes da Pesquisa de Emprego e Desemprego Regio Metropolitana de Porto Alegre (PED-RMPA). A anlise abrangeu diferentes estratgias: 1) uma classificao dos trabalhadores em categorias ocupacionais; 2) a seleo de variveis e indicadores para caracterizar formas de insero ocupacional, permitindo explicitar situaes e graus de precarizao na insero laboral; e 3) a construo de um ndice de Precarizao. Tais estratgias foram aplicadas tambm para investigar a precarizao no trabalho sob o recorte de gnero. A anlise dos dados indicou que as transformaes recentes tm conduzido precarizao das formas de insero da populao economicamente ativa no mercado de trabalho o que se manifesta atravs do aumento do desemprego e da ampliao de formas de inseres mais frgeis e instveis nesse mercado, via de regra com menor proteo social , paralelamente retrao de inseres ocupacionais cobertas pelas normas legais vigentes. Tal situao requer seja construda uma nova regulao social, que inclua o polimorfismo do trabalho, contra-arrestando situaes de insegurana e vulnerabilidade sociais.

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O Centro de Porto Alegre (Brasil) caracteriza-se pela presena de vendedores de rua desde o sculo XVIII. Hoje, contudo, essa forma de comrcio informal assume propores extraordinrias, constituindo-se um fenmeno global relacionado produo e comercializao de pirataria, consumida generalizadamente em todas as camadas sociais. O universo desta pesquisa so os camels e sacoleiros regularizados que trabalham na Praa XV de Novembro da capital gacha e comercializam mercadorias contrabandeadas de Ciudad del Este (Paraguai), trazidas por eles prprios. A atuao dos camels no espao pblico envolve uma permanente negociao - ora pacfica, ora conflituosa - com o poder pblico, lojistas, meios de comunicao e vendedores de rua em situao irregular. Afora as dificuldades do trabalho de rua e a competitividade do ofcio, os comerciantes estudados formam suas redes de relações (sejam elas de vizinhana, de parentesco ou de companheirismo de viagem) pautadas pela presena constante da solidariedade e lealdade - cdigos simblicos que do sustentao ao trabalho cotidiano, conferindo sentido ao trabalho e vida social. Procura-se, com isso, fornecer uma viso ampla do universo estudado, mostrando vrias de suas facetas, acompanhadas ao longo de uma etnografia que aconteceu tanto em Porto Alegre, quanto na fronteira do Brasil com o Paraguai.

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Este trabalho tem como meta uma exposio sucinta sobre as relações entre economia e meio ambiente, que foram, durante muito tempo, ignoradas ou relegadas a um plano secundrio pela grande maioria dos economistas. Essas relações passaram a ser melhor investigadas aps os choques do petrleo na dcada de 70, que mudaram radicalmente o enfoque sobre o binmio economia-meio ambiente, contribuindo tambm para essa mudana os efeitos cada vez mais visveis causados pela poluio desenfreada do planeta. Discute-se tambm sobre o conceito de desenvolvimento sustentvel, bem como sobre sua evoluo ao longo do tempo e as duas vises concorrentes sobre essa questo, alm de abordar, resumidamente, a qualidade ambiental e os recursos naturais de propriedade comum como bens pblicos. O trabalho tambm traa um paralelo entre os modelos de crescimento neoclssicos e os modelos de crescimento endgeno, no que se refere incorporao de variveis ambientais, como poluio, energia e recursos naturais. Como contribuio emprica para a conexo entre capital natural e crescimento econmico, procuramos estimar a relao entre estoque de terras, empregado como proxy para o capital natural, e o crescimento da renda per capita para as unidades federativas brasileiras, a partir de 1970, por meio de uma relao cbica empregando dados de painel. Verificamos que, quando se consideram, para o clculo do ndice de expanso agrcola, os dados referentes rea agrcola utilizada, que a soma da rea agrcola permanente mais a rea agrcola temporria, o modelo empregado significativo e bem especificado. Neste caso, constatamos um padro de exploso e quebra do processo de crescimento econmico associado expanso da lavoura agrcola das unidades federativas brasileiras.

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A degradao da qualidade do ar troposfrico, especialmente em reas de grande densidade humana, e a interferncia desta degradao em organismos vivos motivou este trabalho. As alteraes da qualidade do ar podem causar danos e mudanas significativas em ecossistemas e afetar de modos diversos e cada vez mais acentuados, a qualidade de vida de todos os organismos, incluindo as populaes humanas. Os diversos poluentes atmosfricos gerados pelas atividades antrpicas da regio sofrem disperso com os ventos atingindo reas onde a gerao destes poluentes muito baixa, provocando o repasse dos mesmos por deposio seca ou pela precipitao com a chuva aos demais compartimentos abiticos e cadeia trfica. Por dependerem exclusivamente de material abitico de origem atmosfrica, foram selecionados indivduos de duas espcies de liquens, Rimelia simulans (Hale) Hale & Fletcher e Canomaculina sp., e uma bromelicea, Tillandsia usneoides (L.) Linnaeus (Barbade- pau), coletados em Tainhas, rea considerada como de baixo impacto ambiental. Estes indivduos foram expostos em trs diferentes reas da bacia hidrogrfica do arroio Sapucaia, durante um perodo de dez meses, com a inteno de verificar a relao das variaes nas concentraes dos elementos alumnio, clcio, chumbo, cobre, ferro, ltio, magnsio, mangans, mercrio, potssio, sdio e zinco em massa seca de seus tecidos e as concentraes destes mesmos elementos em material particulado da baixa troposfera. As reas de exposio apresentaram diferenas nas concentraes atmosfricas dos elementos, com maiores concentraes mdias anuais em material particulado coletado na rea industrial, e menores na rea rural. A rea urbana apresentou a maior mdia apenas para o elemento sdio. As trs espcies expostas evidenciaram comportamentos diferenciados em relao assimilao e bioacumulao destes elementos. Os elementos alumnio, chumbo, cobre, ferro, ltio e sdio foram concentrados nas trs espcies, que apresentaram diminuio nas concentraes de potssio. Os dois liquens apresentaram comportamento semelhante na concentrao de cobre, sendo estatisticamente evidenciadas, como bioacumuladoras deste elemento. A bioacumulao de zinco ocorreu de modo mais lento que a de cobre, mas de modo bastante similar nos dois liquens. Os indivduos das trs espcies, coletados em Tainhas apresentaram altas concentraes de mercrio, que foram diminuindo com o tempo de exposio nas trs reas da bacia do arroio Sapucaia. Os resultados indicam que R.simulans e Canomaculina sp. so mais sensveis que T.usneoides s alteraes ambientais a que foram expostas. Os resultados obtidos para esta ltima sofreram interferncia devida ao de predadores durante o perodo de primavera. Mesmo com estas interferncias possvel observar alteraes nas concentraes dos elementos analisados nas trs espcies, que podem ser atribudas tanto s concentraes dos mesmos na atmosfera, interferncia de outros contaminantes ou a fatores climticos que possam alterar o comportamento destas espcies em relao assimilao dos elementos. A aplicao de geoprocessamento evidenciou as relações entre as concentraes atmosfricas de Ca, Fe e Zn e suas nas trs espcies, bem como as diferenas e semelhanas entre concentraes atmosfricas dos outros elementos e as acumuladas pelas espcies.

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Essa pesquisa tem como principal objetivo analisar e caracterizar a dinmica associada gerao, seleo e implementao de inovaes tecnolgicas nas cadeias produtivas agroindustriais. A estrutura de anlise vale-se da abordagem dos Sistemas Setoriais de Inovao-SSI, aplicada a um recorte vertical definido pelo conceito de cadeia produtiva. A abordagem de SSI definida como o sistema de firmas e instituies ativas no desenvolvimento e manufatura de produtos de um setor e na gerao e utilizao das tecnologias setoriais; esse sistema evolui atravs de processos de interao e cooperao no desenvolvimento de artefatos tecnolgicos, bem como por meio de processos de concorrncia e seleo em atividades de inovao. Utilizou-se o mtodo de estudos de caso para evidenciar as relações sistmicas e os trade-offs entre os fatores institucionais, tecnolgicos e organizacionais relacionados com o processo de inovao empreendido pelas agroindstrias Escolheu-se um desenho de pesquisa com uma unidade de anlise (agroindstrias que recentemente lanaram novos produtos na cadeia produtiva de leite fluido) e mltiplos estudos de caso (duas agroindstrias no Brasil e duas na Frana, que lanaram algumas das principais inovaes de produto nesses mercados na dcada de 1990, leite UHT Premium, leite esterilizado, leite UHT orgnico e leite microfiltrado, respectivamente). As estratgias desenvolvidas por fornecedores, o setor lcteo e o sistema de distribuio de alimentos esto sofrendo mudanas rpidas nesses pases, o que demonstra bem a robustez do fenmeno em contextos diferentes e complexos. Alm disso, a considerao de arqutipos contrastantes - grandes corporaes multinacionais e pequenas e mdias empresas agroindustriais em dois SSI que representam ambientes assimtricos pases desenvolvidos e em desenvolvimento favorece a gerao de insight sobre a inter-relao dos elementos-chave associados com a inovao tecnolgica. O SSI da cadeia produtiva de leite fluido na Frana caracterizado por um alto nvel de oportunidade, por um lado, devido disponibilidade de um mercado consumidor relevante, protegido e diversificado, por outro lado, graas a um sistema estruturado voltado ao suporte e financiamento das atividades inovadoras. Alm disso, este pas conta com uma grande variedade de agentes, capazes de ofertar e desenvolver um amplo leque de solues tecnolgicas inovadoras o que se expressa pela emergncia de variantes tecnolgicas pr-paradigmticas como aquelas consideradas nos estudos de caso Contudo, esse SSI emblemtico de uma concorrncia vertical feroz entre as indstrias de laticnios e o varejo. J no Brasil, o SSI da cadeia produtiva de leite fluido caracterizado por um nvel de oportunidade promissor, o segmento de distribuio , relativamente, menos concentrado, e a parcela de mercado de produtos com marca de varejo , ainda, limitado nesse SSI. Apesar disso, as assimetrias no potencial de consumo da populao restringem o tamanho dos mercados de nicho e instabilizam a demanda. Ainda, a variedade de solues tecnolgicas nesse SSI limitada pelo baixo investimento pblico e privado em pesquisa aplicada e pela restrita integrao entre instituies de pesquisa e indstrias de laticnios. Em ambos os SSI, os estudos de caso evidenciaram que o pioneirismo associado explorao de ativos complementares (especialmente imagem de marca) e aprendizagem tcita, so os meios mais importantes para garantir um certo grau de apropriabilidade das novas tecnologias.

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Este trabalho estuda o movimento de renovao do ensino da matemtica conhecido como o "movimento da matemtica moderna",surgido no Brasil no inicio dos anos 60. Atravs do estudo da ao, do discurso e do pensamento dos protagonistas em relao com o contexto histrico em que foram produzidos e com o movimento da matemtica moderna de mbito internacional, procura explicar o alcance e as limitaes desse movimento, em sua dinmica e elaborao pedaggica. A abordagem adotada considera tanto os aspectos do movimento que o identificam com um processo mais amplo e de mbito mundial de crescente valorizao do ensino das cincias naturais e da matemtica no perodo que sucedeu Segunda Guerra Mundial, no qual o movimento da matemtica se insere, como as especificidades do movimento relacionadas com a ao dos protagonistas e a realidade do pais. A anlise do movimento como ocorreu no Brasil feita fundamentalmente a partir da leitura de documentos produzidos durante o periodo de sua existncia e de depoimentos obtidos atravs de entrevistas semi-estruturadas com participantes do movimento. O contexto no qual situada essa anlise inclui uma descrio breve da realidade politica, econmica e social do pais, com nfase na realidade educacional - em particular, do ensino secundrio e nos debates pedaggicos produzidos no perodo As modificaes nas relações entre cincia e produo material no mbito da economia capitalista so tratadas como elemento decisivo para a explicao da combinao entre esforos de governos e de educadores para a renovao e melhoria do ensino da matemtica, desde os anos 50, em vrios paises. O trabalho apresenta, em suas concluses, conexes que contribuem para a clarificao de como o movimento foi marcado pelo contexto histrico em que surgiu e se desenvolveu. So enfatizadas as relações entre: o crescimento e a modernizao da economia brasileira e o otimismo acerca das consequncias sociais da melhoria do ensino e do desenvolvimento da cincia no pais; a expanso do ensino secundrio desde os anos 30, acelerada nos anos 60, e as preocupaes dos educadores acerca da eficincia e da deselitizao desse ensino. O trabalho aponta, tambm, as conexes entre o movimento da matemtica moderna e os debates sobre ensino de matemtica realizados no pais antes e depois do movimento, situando-o como momento de um processo iniciado nos anos 50, anos 80, de iniciativa dos professores de matemtica em torno da reflexo e renovao de sua prpria prtica.

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A realidade de mudanas no agronegcios requer novas ferramentas gerenciais dos proprietrios rurais e o conhecimento ganha importncia como fator gerador de diferencial competitivo. O objetivo desta tese desenvolver um mtodo dinmico de anlise da criao de conhecimento para o elo da produo no agronegcios no Brasil e na Austrlia com base no modelo de Nonaka e Takeuchi (1997). A presente pesquisa caracteriza-se por um estudo descritivo de carter qualitativo, complementada por dados quantitativos. realizado um estudo de dois casos, utilizando-se de documentao e observao in loco, questionrio, entrevista e focus group. As realidades estudadas localizam-se no Rio Grande do Sul, Brasil, e em Queensland, na Austrlia. Os dados da pesquisa possibilitaram o desenvolvimento de uma figura representativa do modo como ocorre a criao de conhecimento nas duas realidades. Da figura foi feito um desdobramento e desenvolveu-se um mtodo dinmico de anlise da criao de conhecimento para o elo da produo no agronegcios. Os resultados demonstraram haver significativas similaridades e diferenas entre as realidades, sendo, no Brasil, os produtores rurais inseridos num contexto cooperativo (Cooperativa Tritcola Mista Alto Jacu Cotrijal) e, na Austrlia, os negcios conduzidos individualmente. Para a ocorrncia da criao de conhecimento necessria a existncia de grupos de relacionamento e de certa liderana em nvel de propriedade, de comunidades de prtica (CoPs) ou da cooperativa. O aspecto cultural e o estilo das relações pareceram exercer forte influncia para que as trocas ocorram e para a maior ampliao da atuao das CoPs, as quais podem ser suporte para a criao de conhecimentos.As CoPs no se constituem num processo tecnolgico e, sim, num processo social e cognitivo; assim, sua formao nas CoPs no parece depender somente de tecnologia, mas do estabelecimento de relações informais, nas quais as pessoas podem utilizar esses ambientes para definir suas verdades quanto s suas posturas frente aos processos de mudana. A forma de conduzir os negcios pode afetar o modo como se d a criao de conhecimento, pois, numa propriedade onde as pessoas buscam socializar, questionar e inovar constantemente, evidencia-se haver maior espao para transformar conhecimento tcito em explcito; assim, pessoas mais abertas ao novo e ao questionamento de suas prticas demonstram apresentar maiores possibilidades para criar um campo de interao para que o conhecimento seja criado. O estudo mostrou que h um grande percurso entre o produtor rural ter conhecimento e a capacidade de torn-lo uma atitude que possibilite trazer bons resultados nos negcios.

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O estudo buscou identificar as relações entre letramento/alfabetizao e gnero, raa e condies de ocupao no Brasil e diferentes Unidades da Federao, tendo como base emprica os microdados da Pesquisa Nacional por Amostras de Domiclios (PNAD), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE) em 2002. O modelo de anlise foi elaborado com base nos nveis de letramento propostos por Ferraro (2002) a partir da varivel anos de estudo concludos com xito, incluindo-se o nvel 0, que corresponde a quem se declarou sem instruo ou com menos de um ano de estudo. Verificaram-se grandes desigualdades entre as regies e as Unidades da Federao em termos de sua distribuio pelos diferentes nveis de letramento. Apenas o Distrito Federal e os estados de So Paulo e Rio de Janeiro, da Regio Sudeste, e Paran e Rio Grande do Sul, da Regio sul, apresentaram, no nvel mais alto de letramento, taxas superiores do Brasil como um todo. No nvel mais alto de letramento (Nvel 4 - 11 anos ou mais anos de estudo), as mulheres superam os homens em todos os grupos de idade mais jovens, de 10 a 14 anos at 50 a 54 anos. Apenas nos grupos de idade mais avanada, de 55 ou mais anos, os homens continuam a superar a mulheres nesse nvel de letramento Isto indica que, a partir de meados do sculo XX, foi verificando-se uma inverso histrica do fenmeno da desigualdade em educao, com vantagem, agora, para as mulheres no que se refere a nveis de letramento. A interseco de raa e gnero revelou que essas duas dimenses se somam e se sobrepem, mas mantendo cada uma dessas duas dimenses a sua especificidade. Com efeito, em todas as idades, independentemente de qual gnero leve vantagem em termos de letramento, os homens brancos sempre superam os homens negros, da mesma forma que as mulheres brancas sempre levam vantagem em relao s mulheres negras. As variveis gnero e raa contriburam tambm muito para o diagnstico das desigualdades no estudo do letramento quando analisadas em relao condio de ocupao das pessoas.

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Vive-se em um mundo no qual as relações humanas se tornam cada vez mais precrias, fenmeno exemplificado por diversos conflitos espalhados pelo planeta e pela crescente excluso social, a qual afeta quase que a totalidade das sociedades. Neste cenrio, a Economia Popular e Solidria se apresenta como uma alternativa de gerao de trabalho e renda, representando uma forma de desenvolvimento scio-econmico no Brasil. Este trabalho, por meio de um estudo de caso em uma associao de reciclagem de resduos slidos, tem como objetivos investigar em que medida as relações entre os membros da organizao so perpassadas pela confiana e, ao mesmo tempo, estudar o significado do construto para os prprios membros da organizao. As concluses apontam que a confiana ainda se encontra muito timidamente presente nas relações mencionadas e que a honra, a empatia e a intuio so importantes elementos para o entendimento do conceito segundo a tica dos participantes.

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Este estudo busca investigar as lgicas da ao em cooperativas de produo e associaes de catadores de lixo no bojo de processos de reestruturao econmica que no somente precarizam as condies de emprego, mas tambm implicam em processos de desassalariamento da fora de trabalho. Tomando como perspectiva analtica a sociologia da experincia de Franois Dubet, decompomos as lgicas da ao de trabalhadores com insero social distinta, ou seja, um primeiro grupo caracterizado por uma cultura operria e sindical e um segundo grupo caracterizado por um processo de dissociao em relao ao mundo do trabalho formal. Neste sentido, procurou-se investigar: a) as formas de insero e integrao sociais configuradas pelas relações de solidariedade, b) a dimenso da racionalidade estratgica de cada grupo traduzida nas lutas por reconhecimento, e, c) os processos de subjetivao expressos na afirmao identitria de cada coletivo de trabalhadores. Ou seja, quais as condies de possibilidade da ruptura com as hierarquias que organizam e estruturam o universo de coletivos de trabalhadores com origens sociais to diversas quando confrontados com o princpio meta-social da igualdade? Noutras palavras, quando compelidos com a necessidade de organizar uma cooperativa ou associao, enquanto alternativa palpvel de subsistncia, os trabalhadores se deparam com um contexto bem diverso da situao de assalariamento. Com efeito, a experincia associativa ir implicar que a adeso cooperativa ou associao deve ser livre e voluntria e que a gesto e os processos de deliberao devem ser democrticos. A partir da pesquisa de campo verificou-se um processo de subjetivao marcado por estratgias distintas nas cooperativas e associaes: enquanto nas cooperativas a adeso dos trabalhadores era caracterizada por uma certa ambivalncia entre o compromisso com o projeto de construo da cooperativa e uma postura pautada por um certo pragmatismo tipificado por um campo de possveis restrito no tocante as alternativas de insero social, nas associaes de catadores de lixo verificou-se um processo de ruptura com os padres de sociabilidade primria acentuadamente hierarquizados a partir da participao das mulheres nas associaes, bem como um efetivo compromisso com o projeto associativo. Na esfera da ao coletiva, a constituio de cooperativas a partir de empresas em situao falimentar revelou uma nova estratgia sindical marcada por uma ao defensiva ante os processos de reestruturao econmica que eliminam postos de trabalho. J, na ao coletiva das associaes constatou-se um movimento de luta pelo reconhecimento de direitos e recuperao da cidadania. Tal movimento caracterizado por uma lgica do respeito possuindo uma dupla inflexo, ou seja, por um lado busca romper no mbito da esfera privada com a dominao masculina expressa num cdigo de honra, cuja conseqncia mais dramtica se traduz na violncia domstica, e por outro lado se constata um movimento em direo esfera pblica a partir da articulao de uma associao com um movimento social traduzindo desta maneira a reivindicao pelo reconhecimento da dignidade de indivduos sujeitos a todo tipo de reconhecimento recusado.

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O servio da docncia tem apontado para um crescente adoecimento do professor, podendo ser confirmado atravs dos registros biomdicos e do elevado abstesmo nas instituies de ensino do Brasil. A demanda do trabalho do professor vai alm do que de fato est prescrito na sua tarefa. Diante disso, os objetivos deste estudo, visam identificar e classificar as patologias que prevalecem nesta categoria e, a partir deste levantamento, investigar os fatores que determinam o nvel de sade geral destes trabalhadores, propondo ainda, medidas para melhorar a qualidade de vida no trabalho. Esta proposta de investigao aplicou dois instrumentos para verificar os fatores que interferem no trabalho dos professores. Para tal, foi escolhido um instrumento de avaliao de sade mental, o Questionrio de Sade Geral de Goldberg (QSG), que contempla indicadores de estresse, desejo de morte, capacidade de desempenho, distrbios do sono, distrbios psicossomticos e sade geral. Tambm foi aplicado o Questionrio Geral, na finalidade de identificar as caractersticas pessoais, de sade geral, funcionais e organizacionais. A aplicao destes mtodos mostrou-se adequada, principalmente o QSG, que possibilitou expressar os sentimentos no presente, enfatizando a realidade da sade mental.Com os resultados obtidos foi possvel traar o perfil sintomtico do grupo avaliado, e ainda, subsidiar a organizao pblica analisada, na adoo de medidas que contemplem a melhoria das condies de trabalho e de vida das professoras.

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Esta dissertao documenta as principais aes realizadas pela rea internacional do governo do Rio Grande do Sul entre 1987 e 2002, aponta as motivaes que guiaram a atuao externa deste Estado, investiga suas interaes com a diplomacia nacional e avalia os resultados da paradiplomacia gacha. Tambm analisa como o Estado brasileiro vem reagindo participao de seus entes federados no cenrio externo. Conclui-se que a redemocratizao ocorrida nos anos 1980, a integrao no Cone Sul e o aprofundamento da abertura econmica nos anos 1990 foram os principais motivadores da paradiplomacia no pas e o governo federal vem reagindo positivamente s aes paradiplomticas realizadas pelos Estados brasileiros. O Rio Grande do Sul desenvolveu uma extensa agenda paradiplomtica no perodo estudado, visando, inicialmente, defender seus interesses nas negociaes entre os pases do Cone Sul e, posteriormente, promover as exportaes e atrair investimentos estrangeiros. Constata-se que este Estado, ao no ter tido, ao longo do perodo, um planejamento estratgico para a rea internacional, teve limitado xito nas aes paradiplomticas desenvolvidas

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Este trabalho analisa as iniciativas brasileiras de integrao energtica com a Venezuela (petrleo), Bolvia (gs natural), Argentina e Paraguai (hidreltricas). O perodo considerado corresponde a quinze anos (1988-2002). Embora a gnese dos Acordos, que permitiram esses processos de integrao, seja anterior a esse perodo especfico, interessa-nos compreender o que representa a integrao energtica nos marcos atuais da poltica externa brasileira para a Amrica do Sul. A hiptese de trabalho, que orientou a pesquisa realizada, deriva da Teoria Realista da Economia Poltica Internacional, na verso proposta por Robert Gilpin (2001). Basicamente, esta hiptese estrutura-se na afirmao de que os pases tomam decises (sobre o nvel de integrao econmica com seus vizinhos) tendo em conta as consideraes de poder poltico, tanto ou mais do que motivados pela busca de vantagens comparativas resultantes da especializao. O teste da presente hiptese foi realizado em duas etapas sucessivas: em primeiro lugar, foram analisadas a matriz energtica brasileira e a racionalidade econmica dos Acordos de integrao energtica do ponto de vista das necessidades do desenvolvimento econmico brasileiro; em seguida foram analisados os processos de negociao dos Acordos propriamente ditos, contrastado-os e comparando-os com o discurso diplomtico brasileiro sobre a nova liderana na Amrica do Sul. A recuperao histrica da lgica subjacente de cada processo integrador permitiu verificar at que ponto os objetivos polticos de consolidao da liderana brasileira foram favorecidos, sendo possvel concluir que esses trs processos em questo foram teis para o projeto de liderana do Brasil no mbito sul-americano, tanto do ponto de vista econmico, quanto do poltico.

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Na presente dissertao, foram descritos materiais ps-cranianos de dois cinodontes no-mamalianos (Therapsida, Cynodontia) do Trissico sul-rio-grandense (Bacia do Paran, Formao Santa Maria). Os espcimes descritos (UFRGS PV-0146-T, um chiniquodontdeo, e UFRGS PV-0715-T, um traversodontdeo) representam ramos distintos na evoluo dos cinodontes (Probainognathia e Cynognathia, com os chiniquodontdeos pertencendo ao primeiro grupo e estando mais intimamente relacionados ao surgimento dos mamferos). A comparao entre estes dois espcimes e os cinodontes j descritos na literatura no mostrou a presena de nenhum padro que pudesse ser aplicado ao esqueleto ps-craniano das duas linhagens por eles representadas. Por vezes, o chiniquodontdeo mostrou similaridades anatmicas com txons de Cynognathia e o traversodontdeo apresentou aspectos mais similares aos Probainognathia. O fato de os dois espcimes estudados apresentarem semelhanas morfolgicas com txons filogeneticamente no muito prximos e diferenas em relao txons mais estreitamente vinculados indica a ocorrncia de inmeras homoplasias na evoluo dos cinodontes e mostra que a interpretao das relações filogenticas entre estes animais (e sua implicao mais significativa, a que diz respeito ao surgimento e evoluo dos mamferos) deve ser tratada com extremo cuidado, uma vez que homoplasias certamente ocorrem tambm no esqueleto sincraniano e na dentio, nos quais esto baseadas as hipteses filogenticas mais usuais.