37 resultados para Bexiga Teses
Resumo:
Este trabalho foi realizado com o intuito de estudar as plantas utilizadas como medicinais pelos moradores do bairro Ponta Grossa e pelos Agentes Comunitrios de Sade relacionados ao Posto de Sade da Famlia do bairro Ponta Grossa, Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Como metodologia, foram realizadas entrevistas estruturadas, na forma de questionrios, para obteno dos dados socioculturais e semi-estruturadas para o levantamento dos dados sobre as plantas. Foram coletadas 150 espcies utilizadas pela populao, sendo 9 delas identificadas somente at gnero, pertencentes a 59 famlias botnicas. As famlias mais representadas em nmero de espcies foram Asteraceae e Lamiaceae. As partes das plantas mais utilizadas foram folhas e partes areas, sendo o ch a principal forma de utilizao. As doenas e/ou sintomas mais mencionados foram os relacionados aos aparelhos digestrio e respiratrio. Em uma anlise dos nomes populares foram encontradas 56 espcies com etnohomnimos e 73 espcies com etno-sinnimos verdadeiros ou falsos. Tambm foi realizada uma reviso bibliogrfica comparativa entre as indicaes de uso originais e as indicaes atuais referidas no estado do Rio Grande do Sul e pases limtrofes. Esta reviso teve como objetivo verificar se houve alteraes do conhecimento popular. Uma espcie apresentou equivalncia entre as indicaes de usos originais e atuais e 140 apresentaram alterao do conhecimento popular. Para 16 espcies foi detectada alterao total do conhecimento, 61 apresentaram ampliao do conhecimento e 21 reduo do conhecimento popular. Ferramentas quantitativas foram utilizadas, como Valor de Uso (UV) e a porcentagem de Concordncia corrigida quanto aos Usos Principais (CUPc), para verificar quais as espcies mais importantes para a populao e as mais promissoras para a realizao de estudos biolgicos posteriores. Para as 21 espcies mais importantes foram feitas revises na literatura cientfica com o objetivo de reunir dados qumicos e biolgicos, que resultaro na elaborao de um manual didtico, o qual ser devolvido como um retorno para a populao estudada.
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A elaborao de diagnsticos e a tomada de decises sobre o meio fsico, com a finalidade de estabelecer diretrizes para a ocupao racional do solo, so cada vez mais prementes, especialmente, no que diz respeito ao direcionamento da expanso urbana para reas mais favorveis. Da mesma forma, a facilidade de acesso aos parmetros geotcnicos de uma regio constitu um inestimvel recurso nas etapas preliminares dos projetos de Engenharia, no planejamento de atividades extrativas e nos programas de preservao ambiental. A cartografia geotcnica, nesse sentido, tem sido um dos instrumentos mais eficientes para a avaliao do meio fsico nas ltimas dcadas. Entretanto, o desenvolvimento de um mapa geotcnico requer a anlise de um grande nmero de informaes que precisam ser tratadas e combinadas com rapidez. Esta tese apresenta uma metodologia para a integrao de dados, por meio da ferramenta bsica geoprocessamento, visando agilizar, na fase de escritrio, a elaborao de mapas geotcnicos e a anlise de determinados aspectos do meio fsico sob o ponto de vista da Geotecnia, bem como suas interaes com a mancha urbana existente. A rea teste escolhida o municpio de Porto Alegre (RS) situado na poro leste do estado do Rio Grande do Sul, margem esquerda do Lago Guaiba, cuja paisagem marcada pela diversidade de cenrios naturais formados por terrenos de coxilhas, morros, cristas, lagos e plancies. A metodologia envolve a captura, o processamento e a integrao de informaes provenientes de fontes diversas como mapas temticos, levantamento aerofotogramtrico, cartas topogrficas, fotografias areas, imagens de satlite, boletins de sondagens SPT (Standart Penetration Test), dissertaes e teses acadmicas. Para isso, constituda por nove etapas distintas, que utilizam: a) sistema de digitalizao para a converso de informaes analgicas para o meio digital; b) modelagem digital do terreno (MDT) para o modelamento e a identificao do relevo, a determinao de declividades, o mapeamento de reas com isodeclividades e o clculo do fator topogrfico, esse ltimo objetivando a determinao da suscetibilidade eroso laminar; c) tcnicas de processamento e classificao de imagens orbitais para os mapeamentos das reas inundveis e da mancha urbana; d) Sistemas de Informaes Geogrficas (SIGs) para o processamento e a integrao de informaes georreferenciadas no computador; e) banco de dados digital para o armazenamento de dados descritivos sobre o meio fsico e parmetros geotcnicos obtidos em laboratrio, sondagens e outras formas de investigao in situ. A estimativa das unidades geotcnicas procedida com base na proposta metodolgica para mapeamento geotcnico desenvolvida por Davison Dias (1995), na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Alm da elaborao do mapa geotcnico, a metodologia prope a anlise e o cruzamento de vrios fatores do meio fsico com a mancha urbana existente, ou com uma subrea pertencente regio de estudo, a gerao de mapas de aptido do solo para diferentes usos e a identificao das reas consideradas de eventos perigosos e de risco geolgico. Os principais softwares empregados so o AutoCAD@, o SURFER@, ACESS@ e o IDRISI 2.0@, desenvolvido pela Clark University, USA. Os resultados obtidos a partir da implementao da metodologia demonstraram a importncia e a contribuio que a ferramenta bsica geoprocessamento pode trazer aos estudos geotcnicos. Os diferentes sistemas de geoprocessamento utilizados para a manipulao e tratamento das informaes espaciais mostraram-se adequados e eficientes quando aplicados na coleta, processamento e integrao de dados geotcnicos. Para a rea teste foram identificadas trinta e sete unidades com perfis de solos com comportamento geotcnico praticamente similar frente ao uso e ocupao do solo, cujas informaes descritivas sobre o meio fsico puderam ser facilmente acessadas e visualizadas, no computador, por meio da integrao banco de dados geotcnicos com Sistema de Informaes Geogrficas. Por outro lado, o emprego de tcnicas de processamento e classificao de imagens digitais revelou-se um recurso importante para a obteno de informaes sobre o meio fsico, enquanto o uso de modelagem digital do terreno (MDT) agilizou o mapeamento das declividades e o clculo da suscetibilidade potencial eroso laminar, alm de permitir a gerao do relevo em perspectiva da regio estudada.
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Esta tese tem como objeto de estudo o processo de formao e desenvolvimento da rea de Estudos da Religio nas Cincias Sociais brasileiras. Visa formular uma interpretao sociolgica desse processo, a partir da abordagem terica configuracional proposta por N. Elias, sendo esta complementada pela utilizao de outras categorias de anlises, tais como Identidade Histrica, Identidade Social e Identidade Cognitiva (W. Lepenies), que permitem focalizar a dinmica deste e incorporar a sua dimenso histrica. Conforme essa orientao terica, o objeto de estudo reconstrudo, tendo como eixo de anlise a direo que este apresenta no decorrer do seu desenvolvimento. Essa direo, nesta tese, foi definida como uma tendncia que oscila entre diferenciao/integrao/diferenciao de grupos de pesquisadores envolvidos no processo. A partir desta tendncia, so identificados e caracterizados trs perodos, sendo eles: primeiro perodo (pr-1964): Pioneiros e precursores uma Identidade Histrica em construo; segundo perodo (ps-1964 at 1986): a construo de espaos institucionais (Identidade Social) e a redefinio da Identidade Cognitiva; terceiro perodo (1987 em diante): uma rea de Estudos da Religio nas Cincias Sociais diferenciada internamente. A formao da rea de Estudos da Religio analisada tambm levando-se em considerao as transformaes do campo religioso, das Cincias Sociais e das principais condies scio-polticas da sociedade brasileira contempornea. Nas Consideraes Finais, formula-se uma sntese comparativa dos trs perodos identificados na reconstruo do processo, que fornece uma viso de conjunto da evoluo do mesmo. Logo se examina, igualmente em perspectiva comparativa, a formao e o desenvolvimento da rea de Estudos da Religio nas Cincias Sociais brasileiras em relao trajetria desses estudos nos trs pases do Cone Sul aqui selecionados: Argentina, Chile e Uruguai. Por fim, salientam-se algumas consideraes sobre a abordagem terica adotada neste estudo. O material emprico utilizado provm de vinte entrevistas realizadas, neste estudo, com antroplogos e socilogos dedicados ao estudo da religio e inseridos no campo das Cincias Sociais, de uma extensa reviso bibliogrfica de livros, artigos publicados em revistas acadmicas, teses de Doutoramento e dissertaes de Mestrado, bem como de bancos de dados disponibilizados pela Internet.
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Esta tese fundamenta-se na descrio e interpretao das polticas e da gesto do ensino pblico desenvolvido em Porto Alegre durante os 16 anos (1989-2004) em que o PT- Partido dos Trabalhadores, atravs da Administrao Popular, governou a cidade, tendo como problemtica os avanos, os limites e as contribuies dessa experincia na produo de um outro mundo possvel. O referencial terico, fundamentado em autores do campo da poltica, sociologia, da educao e de teorias crticas de outros campos do conhecimento, como Karl Marx, Henri Lefebvre, Immanuel Wallerstein, Boaventura de Sousa Santos e Stephen Stoer, apresentado nos 3 primeiros captulos. O mesmo desloca-se do mais global e abstrato, da globalizao econmica, poltica e social, inserindo nela a discusso dos conceitos Estado, de gesto (gerir, surfar e pilotar), de poltica (polity, politics e policy) e as reconfiguraes dos sistemas de ensino (STOER, 2004) na transio paradigmtica (SANTOS, 1999) e da crise do sistema-mundo (WALLERSTEIN, 2005), para o mais cotidiano (LEFEBVRE, 1973, 1991) das relaes sociais e educativas na cidade. Chegando a este ponto, se verificou como estabeleceram as relaes da gestora da educao em Porto Alegre (a Secretaria Municipal de Educao) no sistema municipal de ensino, em particular, na sua relao com as escolas e professores, no processo de implementao das polticas educativas durante os 16 anos em que o Partido dos Trabalhadores esteve frente da Prefeitura Municipal da cidade. Na parte emprica do estudo, captulos 4 ao 8, apresento e discuto o que o PT, em seus documentos nacionais, percebia e qualificava como educao no contexto de nosso pas ao longo dos anos oitenta e noventa, como pano de fundo e paralelo ao desenvolvido em Porto Alegre atravs da SMED. Detalho manifestaes de dirigentes da educao e do governo municipal, das atividades de cada gesto (1989-2004) e das Leis encaminhadas pelo Executivo e/ou vereadores como as que criaram o Conselho Municipal de Educao, os Conselhos Escolares, as Eleio de Diretores e o Sistema Municipal de Ensino. Apresento manifestaes das escolas e dos professores e alunos, publicadas em mbito acadmico. Portanto, a partir do referencial terico (dialtico-histrico-espacial, HARVEY, 2004) que articulou o descritivo, o analtico-regressivo e o histrico-gentico (LEFEBVRE, 1984), na descrio, sistematizao e interpretao do material emprico (polticas, documentos, panfletos, programas do PT; mais Leis, relatrios de gesto, manifestaes de dirigentes da SMED; teses, dissertaes, pesquisas e artigos de pesquisadores da UFRGS), aponto os avanos, limites e contradies revelados na produo da democracia sem fim (SANTOS, 1998, 2005), desta experincia contra-hegemnica . Disto, a tese: foras polticas contra-hegemnicas ao sistema capitalista em que vivemos, ao ocuparem espaos de poder, podem avanar no desenvolvimento de polticas alternativas quele, bem como na produo de novas relaes sociais. Neste sentido, as escolas, professores, comunidades escolares e movimentos sociais podem se tornar sujeitos de suas prprias aes e obra educativa, na relao com o Estado/governo, ainda que o Estado e suas instituies estejam circunscritos a regras legais, normas e procedimentos e prticas sociais a grupos vinculados ao status quo e ao establishment. Isto depende da forma como as polticas, os contedos e as formas de implementao so geridas. Agindo assim, constri-se um Estado como novssimo movimento social (SANTOS, 1998, 2005), para o qual, a experincia de gesto da e na educao municipal de Porto Alegre, pelo PT e partidos de esquerda por 16 anos, aportaram contribuies significativas para a efetivao de um outro mundo possvel, em alternativa ao que vivemos.
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Este trabalho trata do estudo taxonmico da tribo Dalbergieae no estado de Santa Catarina, Brasil. Foram reconhecidos seis gneros e 17 espcies nativas: Andira Lam. (A. fraxinifolia Benth.); Centrolobium Mart. ex Benth. [C. microchaete (Mart. ex Benth.) Lima]; Dalbergia L.f. [D. brasiliensis (Vell.) Britt., D. ecastaphyllum (L.) Taub., D. ernest-ulei Hoehne, D. frutescens (Vell.) Britt., D. lateriflora Benth.]; Machaerium Pers.[M. dimorphandrum Hoehne, M. hatschbachii Rudd, M. hirtum (Vell.) Stellfeld, M. nyctitans (Vell.) Benth., M. paraguariense Hassl., M. stipitatum Vogel, M. uncinatum (Vell.) Benth., M. vestitum Vogel]; Platymiscium Vogel (P. floribundum Vogel); Pterocarpus Jacq. (P. rohrii Vahl). So fornecidos chaves analticas para identificao de gneros e de espcies, descries, ilustraes, dados e mapas de distribuio geogrfica, dados sobre florao, frutificao e utilidades e observaes ecolgicas.
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A eficincia da tcnica de cultura de anteras, em escala comercial, ainda pode ser considerada baixa quando medida em nmero de plantas duplo-haplides frteis obtidas para cada antera estabelecida in vitro. Dessa forma, o presente trabalho pioneiro no estudo detalhado da embriognese in vitro do micrsporo e do gro de plen de cevada (Hordeum vulgare L. ssp. vulgare). Com o objetivo de contribuir para o aperfeioamento da tcnica de cultura de anteras foi analisada a embriognese, com especial nfase na etapa da induo, atravs de anlises citolgicas e histolgicas de anteras cultivadas in vitro. Foram analisadas uma cultivar brasileira de cevada, em comparao com linhagens de duas outras cultivares brasileiras, que foram selecionadas, por seleo divergente para maior ou para menor resposta na induo da rota embriognica e, respectivamente, para menor ou para maior capacidade de regenerar plntulas verdes. Somente foram estabelecidas em cultivo in vitro as anteras que apresentaram micrsporos e plens jovens, das linhagens selecionadas da cultivar A-05 (S3A22 e S3A23), e da cultivar BR-2(S3B63 e, apenas na cultura de anteras, S3B61), bem como da cultivar MN-599 (noselecionada). Para as anlises histolgicas, foram fixadas, a cada dois dias, duas anteras, correspondentes a cada fileira da mesma espiga, aps o incio do cultivo in vitro. As anteras em cultivo e respectivas estruturas multicelulares foram fixadas em FAA 50%, desidratadas em srie etlica e includas em hidroxietilmetacrilato. Os blocos de resina polimerizada foram secionados longitudinalmente com 3 mm de espessura. Para as anlises citolgicas foram fixadas, de cada espiga recm-coletada, trs espiguetas sendo uma da base, outra do meio e outra do pice. Aps o pr-tratamento baixa temperatura (5 C), porm antes do cultivo in vitro, foram fixadas trs anteras (amostras utilizadas como controles). A cada trs dias, durante o cultivo, trs anteras foram fixadas (at 18 dias). As anteras em cultivo e estruturas multicelulares foram fixadas em Farmer e FAA 50%, transferidas aps 24 horas para etanol 70%. Na cultura in vitro das anteras houve diferenas entre uma das linhagens da cultivar A-05 em relao a cultivar MN- 599, na produo inicial de estruturas embriognicas, diferena que desapareceu na produo total. Entretanto, houve diferenas na formao dos xiii embries: a cv.MN-599 formou embries bem diferenciados ao passo que a linhagem S3A22 produziu um nmero aparentemente menor, sendo que os embries no eram bem diferenciados. A linhagem S3B63 no apresentou embries at o final da anlise histolgica. Considerando que a amostra dessa linhagem, mantida em cultura, formou plantas verdes, pode-se propor que a formao de embries deve ocorrer posteriormente ao desenvolvimento da cv.MN-599. Cabe destacar que houve diferenas significativas entre as cultivares A-05 e BR-2 quanto regenerao de plntulas verdes. Esses resultados indicam ter havido maior eficincia da seleo em relao etapa da regenerao. Com relao s categorias classificatrias dos micrsporos e gros de plen, constatou-se que desde o incio da anlise histolgica (2o dia de cultivo in vitro) at o final (34o dia), foram observados micrsporos, o mesmo tendo sido observado na anlise citolgica. Os gros de plen multinucleados ocorreram praticamente em todo o perodo de cultivo in vitro, em ambas anlises; no ocorrendo nos controles da citologia (antes do cultivo); os multinucleados foram observados a partir do 3o dia, enquanto que os multicelulares a partir do 4o dia de cultivo. As estruturas multicelulares foram observadas a partir do 8o dia. A quantidade e o tamanho das estruturas multicelulares foram variveis ao longo da anlise histolgica, sendo que do 14o ao 20o dia foram encontradas as de maiores dimenses, resultantes da proliferao celular por mitoses sucessivas. A partir do 22o dia (cultivar MN- 599), a ocorrncia de estruturas multicelulares no interior dos lculos da antera diminuiu, predominando o processo de proliferao externo s anteras. Para as linhagens, a partir do 18o dia foram observadas estruturas multicelulares liberadas das anteras. A anlise das estruturas multicelulares permitiu classific-las em quatro categorias: 1. SFD: Sem forma definida; 2. MAC: meristema apical caulinar; 3. MAR: meristema apical radical embrionrio adventcio; e 4. Embries. As estruturas amorfas apareceram em maior nmero, quando comparadas com as outras categorias. Em sntese: as linhagens selecionadas e a cultivar diferiram no apenas no tempo necessrio para a formao dos embries, mas tambm no desenvolvimento dos mesmos, que foi mais diferenciado na cultivar MN-599, porm sendo observados mais cedo na linhagem S3A22 e S3A23, do que na cultivar MN-599.
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Esta dissertao teve como objetivo geral ampliar o conhecimento sobre a ecologia vegetal das matas de Restinga arenosa em substratos bem drenados no Rio Grande do Sul. Para tanto, foram realizados o estudo florstico e fitossociolgico do componente arbreo de cinco capes de Restinga e a verificao de padres de interaes mutualsticas entre aves frugvoras e as rvores, alm do estudo do componente de regenerao e suas relaes com o estrato arbreo adulto. Para a amostragem da vegetao, foi usado o mtodo de parcelas, incluindo-se todas as rvores com DAP 5cm, totalizando uma rea de 1,02ha. Com estes dados, foram estimados os parmetros usuais em fitossociologia. Em um dos capes, foi realizado tambm o levantamento florstico e fitossociolgico das plntulas (0,05 altura < 1m) e juvenis (altura 1m, DAP < 5cm), avaliando-se as relaes com o estrato arbreo adulto, o potencial e a taxa de regenerao natural para cada espcie. Para o estudo dos mutualismos, foram feitas observaes visuais e capturas de aves durante um ano. Foram estimadas a conectncia do sistema mutualstico e o ndice de importncia das espcies. Tambm foi feita a rede de interaes do sistema e feita a anlise da variao destas interaes ao longo das estaes do ano. A composio florstica resultou em uma riqueza total de 20 famlias e 29 espcies para os cinco capes. A densidade total arbrea teve uma mdia mxima de 1207 ind/ha e mnima de 747 ind/ha. Sebastiania serrata apresentou o maior valor de importncia e Myrtaceae foi a famlia mais representada. A diversidade especfica foi baixa, variando de 1,08 a 2,38 (nats). No sistema mutualstico, registraram-se 29 espcies interagindo (aves e plantas), com uma conectncia de 23,9%. Turdus amaurochalinus e T. rufiventris interagiram com a maioria das espcies arbreas e tiveram o maior ndice de importncia, sendo caracterizadas como as principais dispersoras em potencial. Ocotea pulchella e Myrsine spp. foram registradas com maior nmero de eventos de consumo de frutos, no entanto, Ficus organesis interagiu com mais espcies frugvoras, alm de ter a maior importncia na dieta das aves. Houve variaes no nmero eventos de frugivoria ao longo das estaes, bem como no nmero de espcies frugvoras e de espcies arbreas consumidas. O componente de regenerao apresentou riqueza especfica e diversidade semelhantes s do estrato arbreo adulto, refletindo uma similaridade florstica maior que 70%. A maioria das espcies (73,7%) apresentou taxa de regenerao negativa, revelando o padro de 'J' invertido. Os resultados indicam a existncia de diferenas na composio e estrutura arbrea entre os capes de Restinga, alm de uma boa capacidade de regenerao para a maioria das espcies vegetais estudadas. Os dados revelam tambm um sistema disperso generalista, no qual poucas espcies de aves interagem com muitas espcies arbreas e vice-versa.
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Nas ltimas dcadas o conhecimento florstico e taxonmico sobre a famlia Solanaceae no Rio Grande do Sul tem recebido incremento significativo de informaes. Dos gneros com espcies nativas, Bouchetia, Calibrachoa, Nicotiana, Nierembergia, Petunia e Solanum j foram alvo de revises. Visando complementar o estudo desta famlia no Estado, foram estudados os gneros Acnistus, Athenaea, Aureliana, Brunfelsia, Capsicum, Cestrum, Dyssochroma, Grabowskia, Lycianthes, Solandra e Vassobia, alm das espcies do gnero Solanum seo Pachyphylla (Cyphomandra sensu lato). Foram catalogadas 22 espcies nativas, sendo trs destas, novas citaes de ocorrncia. Para os onze primeiros gneros foram identificados 19 espcies, dos quais cinco so de ocorrncia restrita (Athenaea picta, Dyssochroma longipes, Grabowskia duplicata, Lycianthes rantonnei e Solandra grandiflora). A seo Pachyphylla do gnero Solanum est representada por trs espcies. Dessa forma, foram atualizados os dados quali e quantitativos sobre a participao da famlia Solanaceae na flora sul-riograndense. Para cada gnero e para cada txon especfico foram elaboradas descries, e acrescentados dados sobre fenologia, hbitat, comentrios pertinentes e mapas de ocorrncia. Chaves analticas para identificao das espcies, quando mais de uma, tambm foram elaboradas. A reviso de doze herbrios regionais possibilitou a elaborao de uma sinopse taxonmica e de uma chave analtica para identificao dos gneros presentes no Estado. Dos 27 gneros confirmados, 22 tm espcies nativas. O nmero de espcies nativas de 114 e o de introduzidas, cultivadas ou assilvestradas, at o momento 26.
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O estudo taxonmico do gnero Eleocharis R. Br. para o Rio Grande do Sul foi desenvolvido atravs dos mtodos tradicionais em taxonomia. Os dados foram obtidos atravs da bibliografia, reviso de herbrios regionais e coleta de exemplares a campo. O gnero est representado no Rio Grande do Sul por 27 espcies: Eleocharis acutangula (Roxb.) Schult., E. bonariensis Nees, E. contracta Maury, E. dunensis Kk., E. elegans (Kunth) Roem. & Schult., E. filiculmis Kunth, E. flavescens (Poir.) Urb., E. geniculata (L.) Roem. & Schult., E. interstincta (Vahl) Roem. & Schult., E. loefgreniana Boeck., E. maculosa (Vahl) Roem. & Schult., E. minima Kunth var. minima, E. montana (Kunth) Roem. & Schult., E. montevidensis Kunth, E. nudipes (Kunth) Palla, E. obtusetrigona (Lindl. & Nees) Steud., E. ochrostachys Steud., E. parodii Barros, E. aff. quinquangularis, E. quinquangularis Boeck., E. rabenii Boeck., E. radicans (Poir.) Kunth, E. sellowiana Kunth, E. squamigera Svenson, E. subarticulata (Nees) Boeck., E. viridans Kk. e Eleocharis sp. O trabalho apresenta descries, ilustraes, dados sobre distribuio geogrfica, habitat e perodos de florao e frutificao das espcies, alm de uma chave dicotmica para diferenci-las.
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O presente trabalho teve por objetivo avaliar o efeito de trs ecossistemas sobre, a ocorrncia de fungos rizosfricos, endofticos e epifticos. As reas de estudo esto localizadas em uma propriedade rural, situada na cidade de Venncio Aires, RS. Os fungos endofticos e epifticos foram isolados de amostras de razes de guajuvira, (Patagonula americana L.), coletadas na mata (rea 1), de uva-do-japo (Hovenia dulcis Thunb.), na rea intermediria (rea 2) e de fumo ou de milho, na lavoura (rea 3) e, os fungos rizosfricos isolados de solo coletado junto as razes dos vegetais citados. As amostras foram coletadas nos meses de janeiro, maio, setembro e novembro de 2004 e 2005. Os fungos foram identificados segundo caractersticas morfolgicas com auxlio de chaves de identificao. As reas 2 e 3 foram mais similares com relao aos fungos rizosfricos e epifticos, enquanto, que, as reas 1 e 2 foram mais similares com relao aos fungos endofticos. A diversidade dos fungos isolados das trs reas no diferiu ao longo dos dois anos de coleta. A presena de Fusarium spp., em vegetais sem sintomas de doena indica que, as mesmas podem ser raas avirulentas ou patgenos latentes em equilbrio com o hospedeiro e o ambiente. A presena de fungos antagonistas, principalmente Trichoderma spp. tambm, so responsveis por esse equilbrio, o qual ocorre nas trs reas.
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Espcimes de Hypholoma (Fr.) P. Kumm. e Stropharia (Fr.) Qul., ambos pertencentes famlia Strophariaceae Singer & A.H. Sm., de ocorrncia no estado do Rio Grande do Sul foram estudados. O estudo baseou-se em coletas realizadas pelo autor no perodo entre maro de 2004 e setembro de 2005, e tambm na reviso do material depositado em herbrios do estado, Brasil e exterior. As anlises macro e microscpica dos basidiomas foram realizadas segundo metodologia usual para estudo de fungos agaricides, e todo o material coletado encontra-se preservado no Herbrio do Departamento de Botnica da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (ICN). Neste estudo, concluiu-se que o gnero Hypholoma est representado no Rio Grande do Sul pelas seguintes espcies: H. aurantiacum (Cooke) Faus, H. ericaeum (Pers.: Fr.) Khner, e H. subviride (Berk. & M.A. Curtis) Dennis. Da mesma forma, o gnero Stropharia encontra-se representado no estado por: S. acanthocystis Cortez & R.M. Silveira, S. aeruginosa (Curtis: Fr.) Qul., S. alcis var. austrobrasiliensis Cortez & R.M. Silveira, S. apiahyna (Speg.) Cortez & R.M. Silveira, S. araucariae Cortez & R.M. Silveira, S. coronilla (Bull.: Fr.) Qul., S. dorsipora Esteve-Rav. & Barrasa, S. earlei Norvell & Redhead, S. rugosoannulata Farl. ex Murrill e S. semiglobata (Batsch: Fr.) Qul. Dentre estas, Stropharia acanthocystis, S. alcis var. austrobrasiliensis e S. araucariae, so descritos como novos txons para a cincia; S. apiahyna proposta como uma nova combinao; S. dorsipora, S. aeruginosa e S. earlei so citadas, respectivamente, pela primeira vez para a Amrica do Sul, Brasil e Rio Grande do Sul. So apresentadas chaves de identificao, descries e ilustraes macro e microscpicas de todas as espcies estudadas.
Resumo:
Com o objetivo de conhecer a composio florstica, a fitossociologia e a dinmica vegetacional em parcelas de campos limpos do sudoeste do RS, foi desenvolvido um estudo em uma rea de campo nativo submetido a pastejo contnuo. A rea de estudo est situada ao longo dos sedimentos de fundo de vale da encosta de um morro tabular, no municpio de So Francisco de Assis, RS. Nesta rea foram delimitadas duas subreas com diferentes caractersticas com relao ao processo de arenizao: subrea 01, com arenizao, e subrea 02, sem ocorrncia do processo. Para a florstica, as subreas foram percorridas de fevereiro de 2004 a junho de 2005, quando foi coletado material em estgio reprodutivo. Foram listadas 77 espcies pertencentes a 22 famlias na subrea 01 e 86 espcies pertencentes a 24 famlias na subrea 02. Para a fitossociologia foram inventariadas 35 unidades amostrais permanentes, de 0,25 m, em cada subrea. Foi registrada a cobertura de todas as espcies vegetais vasculares, mantilho e solo exposto em setembro de 2004, janeiro e maio de 2005 nas duas subreas. Nos trs levantamentos da subrea 01, solo exposto, Paspalum stellatum H. & B. ex Fl. e P. nicorae Parodi, detiveram as maiores coberturas e, na subrea 02, foram solo exposto, P. nicorae e P. stellatum. Foi avaliada a cobertura das espcies, do solo exposto e mantilho, considerando o tempo e a distncia da encosta como fatores de variao. A estes valores foi aplicada a anlise de varincia univariada com testes de aleatorizao, atravs da Distncia Euclidiana. Os resultados indicam uma reduo progressiva da diversidade especfica e da cobertura vegetal e aumento de solo exposto na subrea 01 ao considerar o fator tempo. Na subrea 02, o aumento da cobertura de solo exposto e a reduo da cobertura vegetal ocorreram tanto ao considerar o fator tempo quanto distncia da encosta, porm com menor intensidade. A ocorrncia de picos com precipitao elevada de janeiro de 2004 a junho de 2005, associada chuvas torrenciais, seguidos de perodos com reduo significativa na precipitao, influenciaram diretamente na alterao da cobertura vegetal e na ocorrncia da arenizao na subrea 01. Identifica-se, tambm, que na subrea 01 os baixos ndices de matria orgnica e argila, baixa capacidade de trocas catinicas, baixo ndice de saturao de bases, reduzida disponibilidade de P (fsforo), K (potssio) e Mg (magnsio) e alta saturao de Al (alumnio) influenciam as dinmicas da cobertura vegetal. Essas caractersticas imprimem ao solo da subrea 01 maior tendncia lixiviao, um dos fatores determinantes para a ocorrncia da arenizao. O solo da subrea 02, ao contrrio, apresenta caractersticas que favorecem o desenvolvimento da vegetao e contribuem para a maior estabilidade do sistema local.