54 resultados para Bacia Hidrográfica do Rio Urucu - AM


Relevância:

100.00% 100.00%

Publicador:

Resumo:

Perfis de alterao em basaltos com baixos teores de Ti02 (LTiB) da Parte Sudeste da Bacia do Paran (SPB) associam-se a superfcies aplainadas, nos planaltos das Araucrias (Ab' Saber, 1973), entre altitudes de 950 m a 750 m (Vacaria) e 1000m a 920m (a Sul de Lages). Em domnios mais dissecados do relevo, que crescem de Este para Oeste, e nas encostas intensamente dissecadas destes planaltos a Sul (calha do rio Antas) e a Norte (calha do rio Pelotas), os perfis de alterao so truncados ou inexistentes. A associao dos perfis de alterao com superfcies geomorfolgicamente mais antigas (aplainadas e elevadas) faz supor que o incio dos processos de alterao seja correlativo s superfcies aplainadas, antigo e, provvel mente, Tercirio. As sequncias de alterao mais completas localizam-se em morros de topo plano e apresentam as seguintes fcies: Rocha me, saprlito, alterito argiloso, alterito esferoidal, "stone line", coberturas mveis e solo atual. Qumicamente os produtos de alterao intemprica dos basaltos so "lateritas" segundo definio de Schellmann (1981), com enriquecimento em Fe2D.3 e H20; perdas em Si02, FeO, MgO, CaO, Na20 e K20; provveis pequenas perdas emA12D.3. No saprlito, os pedaos de rocha fragmentada permitiram a descrio das alteraes hidrotermais refletidas nas para gneses dos stios intersticiais, constitui dos por materiais cristalinos e criptocristalinos. Os cristais de titanomagnetita aparecem com manchas azuis irregulares que sugerem variaes cristaloqumicas contnuas dentro de um mesmo cristal, tpicas da maghemitizao. O alterito argiloso sede de pseudomorfoses dos minerais magmticos e hidrotermais. Esmectitas, ocupam os stios das camadas mistas hidrotermais; halloysitas 7 e 10 so dominantes nos plasmas das pseudomorfoses de plagioclsios e plasmas ricos em ferro e slica predominam nas pseudomorfoses de piroxnios. Observa-se a transio halloysita -caolinita desordenada rica em ferro estrutural nas partes superiores do conjunto. Os plasmas secundrios so silico-aluminosos, nas partes baixas do conjunto, e predominantemente opacos no topo. Estes plasmas constituem-se de halloysita, litioforita (ou plasma rico em Mn), goethita e maghemita. O alterito esferoidal apresenta o ncleo de rocha e um crtex de cor amarelo -alaranjada em que se verifica a presena dominante da goethita aluminosa. Secundriamente, aparecem cristobalita, maghemita e gibbsita. As coberturas mveis, so constitui das de plasma caolintico e plasmas ricos em hematita e goethita. Aparecem ainda grnulos, pislitos e ndulos herdados de antigas couraas desmanteladas. Os minerais, formados em condies lateritizantes, so os filossilicatos halloysita 7 e lO, caolinita desordenada e os xidos e hidrxidos, hematita, goethita, gibbsita e litioforita.Observou-se que a mineralogia de alterao est intimamente associada textura da rocha original. Encontram-se, ainda, nestes horizontes de alterao intemprica, a cristobalita (metaestvel) e a titanomaghemita. As titanomaghemitas identificadas nos saprlitos e alteritos apresentam as caractersticas de maghemitizao: diminuio da taxa 32(Fe+ Ti)/O, aumento de lacunas na malha cristalina e diminuio do parmetro ~. Mg diminui com o intemperismo, Mn e AI se concentram nas fases magnticas. A halloysita 7 predomina sobre a lO, na frao < 2Jlm, do alterito argiloso, alterito esferoidal e no sistema fissural. A caolinita predomina no horizonte "tachet". No alterito esferoidal, ocorre tambm caolinita e esmectita. As argilas halloysticas apresentam quatro morfologias: esferas, tubos, lamelas planares e cones. A halloysita forma-se preferencialmente caolinita no crtex de alterao do alterito esferoidal e na fcies argilosa, constituindo um primeiro estgio de intemperismo. Os tubos e cones tm os menores teores de Fe23 enquanto as halloysitas planares tm os mais altos teores de Fe23. O teor de Fe das partculas esferoidais variado. Os xidos e hidrxidos destes perfis caracterizaram variaes da atividade a gua, de atividade da slica dissolvida e temperatura, refletindo as paleocondies (climticas) de formao destas coberturas fsseis.

Relevância:

100.00% 100.00%

Publicador:

Resumo:

Um dos debates dentro a temtica ambiental concentra-se sobre o desenvolvimento de indicadores de sustentabilidade para monitorar, mensurar e avaliar a sustentabilidade do desenvolvimento. Neste contexto, o presente trabalho objetivou desenvolver um mtodo de modelagem de um sistema de indicadores para avaliar a sustentabilidade do sistema dos recursos hdricos, propiciando a participao dos atores sociais e visando ter maior conhecimento do problema e legitimidade do processo da gesto dos recursos hdricos numa bacia hidrográfica. Para tal, adotou-se o paradigma construtivista e foram abordados trs temas: gesto ambiental, sistemas de apoio deciso e indicadores de sustentabilidade. Esta metodologia foi aplicada, atravs de um estudo de caso, na bacia hidrográfica do Rio dos Sinos. A proposta do sistema de indicadores congrega duas reas de interesse: a primeira, na perspectiva dos objetivos privados - a sustentabilidade como fluxo de bens e servios, que contempla 8 Clusters: abastecimento pblico, abastecimento industrial, irrigao, criao de animais, gerao de energia eltrica, navegao, aquicultura, turismo e recreao; a segunda, na perspectiva dos interesses pblicos - a sustentabilidade como estoque dos recursos hdricos, que contempla 4 Clusters: regime hidrolgico, qualidade da gua, estrutura "habitat", resduos slidos. Em suma, foram definidos um total de 238 indicadores bsicos, alguns deles (88 indicadores) so partilhados entre os Clusters, mostrando a interao dos indicadores e dependncia entre os Clusters setoriais do sistema de recursos hdricos. Em termos gerais, recomenda-se empregar esse mtodo se o interesse for, alm do resultado, sendo a proposta de um sistema de indicadores de sustentabilidade, tambm do processo de participao dos atores envolvidos para compreender a problemtica dos recursos hdricos. Assim, a modelagem de um sistema de indicadores ser feita sob as inter-relaes da cincia, poltica e os valores e objetivos dos atores sociais.

Relevância:

100.00% 100.00%

Publicador:

Resumo:

Atravs do banco de dados referente a granulometria (cascalho, areia, silte e argila), carbonato biognico, carbono orgnico total (COT) e argilo-minerais (caulinita, esmectita, ilita e gibsita) do projeto MAPEM- Monitoramento Ambiental em Atividades de Perfurao Exploratria Martima (guas Rasas), foi realizado este estudo visando avaliar os efeitos da perfurao dos poos BO-022H e BO-023H, localizados em talude continental superior, regio sul da Bacia de Campos, Brasil, a 50 km da cidade de Cabo Frio, a 250m de profundidade. A promissora atividade de explorao e produo de petrleo e gs no Brasil tem exigido estudos detalhados do ambiente marinho, estes por sua vez devero considerar desde a tcnica de perfurao at a minuciosa alterao causada no substrato sedimentar. Nesta perspectiva foram coletadas amostras de sedimentos superficiais na regio no em torno da rea perfurada. Durante o cruzeiro I foram coletadas 48 amostras, no cruzeiro II, trs meses aps a perfurao, foram coletadas 61 amostras e no cruzeiro III, 22 meses aps a perfurao, foram coletadas 54 amostras. Paralelamente foram amostradas 6 estaes de controle. A preocupao compreender quais so as alteraes ambientas causadas pela perfurao, para isso as anlises dos sedimentos geraram informaes sobre a composio granulomtrica, o teor carbonato biognico e carbono orgnico total, e, composio mineralgica (argilo-minerais). Essas variveis comparadas variao espacial (rea de monitoramento/estaes de referncia) e temporal (3 cruzeiros oceanogrficos) permitiram compreender como o substrato sedimentar marinho reagiu a atividade de perfurao. Com o background da rea, para os trs cruzeiros oceanogrficos, definiu-se os nveis mdios das variveis analisadas, identificando sinais de contaminao pela atividade de perfurao. Estes resultados demostram que a atividade de perfurao no promoveu alteraes significativa nas propriedades sedimentares, que a variao dos valores de backgrounds, do cruzeiro II para o cruzeiro III, permaneceram muito prximo daqueles do cruzeiro I. Entre os argilo-minerais, a esmectita e a ilita , aumentaram, porm no cruzeiro III, os valores sofrem reduo ficando muito prximo daqueles do cruzeiro I.

Relevância:

100.00% 100.00%

Publicador:

Resumo:

A implementao dos instrumentos previstos na poltica de recursos hdricos representa um grande avano para a modernizao do setor. Porm, especialmente em relao cobrana pelo uso da gua, persistem muitas dvidas, receios e inquietaes. Os objetivos, inclusive estabelecidos na prpria legislao, podero ser alcanados com o uso da cobrana pelo uso da gua? Efetivamente, qual ser a destinao dos recursos obtidos com a cobrana? Quais sero os impactos da cobrana pelo uso da gua nas diversas atividades econmicas? O uso da cobrana, como instrumento de gesto, aumentar a excluso social? So questes que suscitam debates, muitas vezes apaixonados, e que tem inspirado a realizao de diversos estudos tericos e at mesmo conduzido a formulao de leis no nvel de cada Estado. O objetivo central desta pesquisa proceder a uma anlise do arcabouo terico-conceitual da cobrana pelo uso da gua como um instrumento de gesto, discutir os limites da abordagem econmica, analisar a experincia internacional e, devido grande influncia da 'escola francesa' na definio do modelo brasileiro, avaliar a evoluo do sistema naquele pas. Como no Brasil, a instalao do sistema de gerenciamento de recursos hdricos est em marcha, particularmente no que se refere cobrana pelo uso da gua, tambm objetivo desta pesquisa analisar a situao atual do processo de implementao no nvel Federal e nas diversas unidades da federao. Para conectar as discusses das partes precedentes com a realidade, simulam-se diferentes critrios de cobrana pelo uso da gua na bacia hidrográfica do rio dos Sinos, localizada no Rio Grande do Sul. O trabalho conclui que, apesar da cobrana pelo uso da gua ter sua fundamentao conceitual assentada na economia, esse ramo da cincia deve, apenas de forma subsidiria, aportar informaes para as definies do tipo quanto cobrar, de quem cobrar, etc. As definies que norteiam a cobrana so, antes de tudo, decises polticas e por essa razo devem ser consideradas em um processo de negociao social, envolvendo os diversos atores da bacia hidrográfica. Alm disso, apesar de ser um instrumento bastante poderoso, a cobrana pelo uso da gua no deve ser vista como um instrumento de gesto isolado e capaz de resolver todas as questes relacionadas com o planejamento e gesto de recursos hdricos.

Relevância:

100.00% 100.00%

Publicador:

Resumo:

A iminente cobrana pela garantia de ter gua no ambiente e pelo decorrente uso deste recurso natural deve ser condicionada ao quanto e ao que seja outorgado reter e usar. Tem carter contingencial, somente sendo aplicvel se, onde e quando for necessria. O pretendido que nada se pague e que haja gua para todos em qualquer tempo e lugar, como ocorria no passado. No entanto, este ideal est cada vez mais distante. Diante desta realidade, o trabalho contm uma proposta de como estruturar o problema da possvel cobrana em questo, na forma de uma Hierarquia de Objetivos, por meio do emprego dos Mapas Cognitivos, uma forma de representar com ordenamento e consistncia o consenso das preferncias dos decisores, a partir dos seus valores e percepes particulares, para os contextos decisrios dos Comits de Gerenciamento de Bacia Hidrográfica. Complementarmente e para fins de operacionalizao do instrumento de gesto proposto, utiliza-se a modelagem multicritrio para o estabelecimento das contribuies financeiras, atravs de cotas de participao, buscando o tratamento justo e proporcional aos usurios, alm da constante induo ao uso racional da gua. Uma aplicao real apresentada, atravs de simulaes, para a regio da bacia hidrográfica do rio Santa Maria, no Estado do Rio Grande do Sul.

Relevância:

100.00% 100.00%

Publicador:

Resumo:

De acordo com a Lei Federal n 9.433/97, que instituiu a Poltica e o Sistema Nacional de Gerenciamento dos Recursos Hdricos, o planejamento de recursos hdricos deve ter um enfoque sistmico, de uso mltiplo das guas e descentralizao das decises, adotando a bacia hidrográfica como unidade de gesto. Dentro deste contexto, de descentralizao de decises e participao de grandes grupos no processo de tomada de deciso sobre a gesto dos recursos hdricos, os procedimentos clssicos de avaliao de alternativas para planejar o uso, controle e proteo das guas tornam-se limitados por sua impossibilidade de incluir outros critrios, alm da minimizao dos custos ou da maximizao dos benefcios, e por no considerarem a subjetividade inerente ao processo de tomada de deciso, que corresponde ao sistema de valores dos atores envolvidos na tomada de decises. Assim, este trabalho apresenta um Mtodo Multicritrio em Apoio Deciso para o planejamento de recursos hdricos de bacias hidrográficas, que alm de incorporar vrios critrios na avaliao de alternativas, por adotar uma abordagem construtivista, propicia a participao de todos os atores envolvidos no processo de tomada de deciso. Para testar a aplicabilidade prtica do mtodo proposto foi escolhida a bacia hidrográfica do rio dos Sinos, localizada no estado do Rio Grande do Sul, sendo construdo um Modelo Multicritrio de Avaliao de Alternativas para o Plano da Bacia Hidrográfica do Rio dos Sinos. Os resultados do trabalho demonstraram a robustez da proposta que, ao possibilitar a gerao e avaliao de alternativas para o Plano da Bacia Hidrográfica do Rio dos Sinos, a partir de diversos critrios, e levando em conta o sistema de valores dos decisores, se constituiu em um diferencial capaz de conferir maior legitimidade ao processo de tomada de decises sobre o planejamento de recursos hdricos de bacias hidrográficas.

Relevância:

100.00% 100.00%

Publicador:

Resumo:

Os egldeos constituem o nico grupo de anomuros que ocorrem em guas continentais, na regio subtropical e temperada da Amrica do Sul. Com o objetivo de obter informaes sobre o comportamento reprodutivo desse grupo, machos e fmeas de Aegla platensis foram coletados no Arroio do Mineiro, na bacia hidrográfica do rio Gravata, no municpio de Taquara, localidade da Fazenda Fialho, RS (29 46 S - 50 53 W) e trazidos para o laboratrio para aclimatao e posterior observao. Na sala de cultivo do laboratrio de crustceos da UFRGS, os animais foram mantidos, observados e filmados durante seis meses ad libitum. Foram montados trs experimentos (experimentos 1, 2 e 3), com casais, trincas (um macho e duas fmeas) e quartetos (um macho e trs fmeas), respectivamente. A partir dos protocolos de observaes dirias dos experimentos e das filmagens, as atividades dos animais, o comportamento reprodutivo e a influncia da maturidade fisiolgica das fmeas no comportamento reprodutivo foram descritos e analisados. Ao longo das observaes os animais exibiram atos de inatividade e atividades de rotina. Tanto os machos quanto as fmeas alternaram perodos de atividade, nos quais basicamente alimentaram-se e limparam-se, com perodos de letargia, nos quais estavam escondidos. O nmero e a maturidade fisiolgica das fmeas nos experimentos influenciaram as atividades dos animais. Fmeas maduras em um mesmo aqurio com fmeas imaturas (experimento 2) apresentaram uma maior atividade, podendo ser explicada por competio por comida. Com trs fmeas em um mesmo aqurio (experimento3), os machos aumentam suas atividades. Talvez os machos, com o aumento do nmero de fmeas precisem sair dos abrigos ou do estado de letargia para controlar o ambiente. O comportamento reprodutivo da espcie foi descrito em trs diferentes fases: fase pr-copulatria, fase copulatria e fase ps-copulatria. A fase pr-copulatria foi caracterizada pela exibio dos atos de agarrar e cortejar exibidos pelos machos. Verificou-se uma tendncia, ao longo dos experimentos, com o aumento do nmero de fmeas, de um aumento na exibio do ato de agarrar, e conseqente diminuio da corte, sugerindo que o ato de agarrar est relacionado com o reconhecimento das fmeas e de seus diferentes estgios de maturao das gnadas. Durante a fase copulatria, evidncias indicam que o quinto par de pereipodos pode ser o apndice responsvel pela produo e transferncia desse pacote de espermatozides. Aps a cpula, o macho permanece prximo fmea, para que essa dar incio fertilizao e posterior fixao dos ovos aos plepodos. O comportamento reprodutivo de A. platensis caracteriza-se por uma fase prcopulatria diretamente relacionada maturidade fisiolgica das fmeas, mediada por atos agonsticos (agarrar) ou atos ritualizados (cortejar), alm de uma fase copulatria envolvendo fmeas em estgio de inter-muda, que tambm so encontradas em outros grupos de crustceos decpodos. Algumas dessas caractersticas podem ser identificadas em outros anomuros at ento estudados, mas o fato novo dentro do grupo que a espcie no possui espermatforos produzidos nos vasos deferentes.

Relevância:

100.00% 100.00%

Publicador:

Resumo:

Este trabalho apresenta o desenvolvimento de uma metodologia para a avaliao de critrios de outorga do uso da gua na bacia do rio Santa Maria. A escolha da bacia do rio Santa Maria se deve ao fato da existncia de conflitos pelo uso da gua, principalmente durante o vero, quando surge a demanda de gua para o cultivo do arroz. A carncia de dados hidrolgicos, a existncia de um grande nmero de pequenos reservatrios e a sazonalidade das demandas fazem da bacia do rio Santa Maria um caso interessante de ser estudado. comentado o processo de evoluo da outorga atravs das legislaes, a situao atual em que se encontra a implementao deste instrumento, quais as tendncias e fica estabelecida uma forma de comparao de diferentes critrios. A anlise feita de forma sistmica (admitindo a bacia hidrográfica como unidade de planejamento) com o uso de modelos matemticos de avaliao e gesto, particularmente modelos de simulao hidrolgica, em conjunto com dados experimentais sobre o efeito de gua no rendimento das culturas. A avaliao de diversos valores de outorga levando em considerao bases econmicas como custos de plantio, preos de mercado dos produtos e recorrncia das falhas de atendimento associada probabilidade de ocorrncia de rendimentos lquidos no negativos revela um modelo de utilizao otimizado dos recursos hdricos superficiais da bacia.

Relevância:

100.00% 100.00%

Publicador:

Resumo:

A tomada de decises um procedimento complexo e que envolve muitas variveis. A anlise multiobjeto estabelece relaes para que, em projetos e planejamento de unidades de gerenciamento, sejam analisados os diversos condicionantes envolvidos. Como nos recursos hdricos a tomada de deciso envolve cada vez mais a resoluo de conflitos e um aumento da diversidade de objetivos, a anlise multiobjetivo vem sendo cada vez mais utilizada..O objetivo deste trabalho desenvolver ferramenta e metodologias que busquem formas de quantificar, avaliar e analisar mltiplos objetivos envolvidos na tomada de deciso em projetos, planejamento e gerenciamento de bacias hidrográficas. Para a elaborao dos estudos foi escolhida a bacia do rio dos Sinos. A bacia do rio dos Sinos abrange parte da Regio Metropolitana de Porto Alegre, e importante plo econmico do Estado do Rio Grande do Sul Foram identificados condicionantes para a bacia, quais sejam: eficincia econmica, melhoria da qualidade da gua, comprometimento social e minimizao do impacto ambiental. Cada condicionante foi modelado por metodologias j consagradas para tal. A novidade o casamento delas o que tornou o problema mais complexo de ser resolvido. Foi elaborada funo de compromisso para a bacia do rio dos Sinos.Por fim, baseado em preferncias estabelecidas pelo Comit da Bacia Hidrográfica, foram elaborados tabela e grficos que auxiliam na tomada de deciso para intervenes no rio, definindo assim, o que deve ser feito primeiro com os recursos disponveis em um plano de despoluio para a bacia.

Relevância:

100.00% 100.00%

Publicador:

Resumo:

A avaliao do potencial genotxico um importante ndice da ao do homem sobre os corpos dgua, complementando os critrios legalmente exigidos na avaliao da qualidade de guas. A bacia do Lago Guaba a mais importante do Rio Grande do Sul em termos scio- econmicos, concentrando em suas margens mais da metade da populao e 86% da produo do estado. Esse estudo avaliou o potencial mutagnico de amostras no concentradas das guas superficiais dos rios que compem a bacia hidrográfica do Guaba, e do prprio Lago Guaba, pelo ensaio Salmonella/Microssoma. Paralelamente foi analisada a presena de hidrocarbonetos aromticos policclicos (criseno e benzo[a]pireno), de pesticidas (pentaclorofenol, organofosforados e carbamatos), e de elementos inorgnicos, buscando uma possvel correlao desses com os efeitos mutagnicos encontrados. As amostras apresentaram fraca atividade mutagnica, sendo detectado um nico resultado positivo frente a linhagem TA98, na presena de ativao metablica em guas coletadas no lago Guaba prximo a um local de liberao de efluente urbano Foram ainda observados cinco indcios de mutagenicidade, indicando a provvel presena de compostos de ao indireta sobre o DNA, que causam mutaes do tipo substituio nos pares de bases (detectado pela TA100). Os efeitos txicos encontrados foram igualmente pouco intensos, podendo estarem relacionados presena de elementos inorgnicos detectados acima dos limites permitidos pela resoluo nmero 20 do CONAMA. Alm disso, observou-se influncia sazonal sobre a resposta mutagnica das amostras de gua da bacia do Lago Guaba. Os resultados nos levam a concluir que os rios que formam a Bacia do Guaba contribuem com uma parte muito pequena da atividade genotxica das guas do Lago Guaba, sendo o grande problema a contaminao por esgoto urbano.

Relevância:

100.00% 100.00%

Publicador:

Resumo:

Os registros de vazes lquidas obtidos das estaes fluviomtricas so vlidos, unicamente, para o local de onde foram coletados ou muito prximo a ele. Na maioria das vezes, a regio de influncia deste no inclui o local de interesse para o desenvolvimento de projetos de recursos hdricos. Este inconveniente, geralmente, pode ser resolvido atravs do uso de mtodos de regionalizao hidrolgica. Para determinar os coeficientes da equao de regionalizao, o procedimento mais usado consiste em: i) estabelecer uma relao do tipo exponencial multivariada entre a varivel dependente (vazo mdia de longo prazo ou mdia anual de cheia) e as covariveis (variveis climticas e fisiogrficas da bacia hidrográfica); ii) linearizar a equao anterior mediante a transformao logartmica de ambos os membros; iii) utilizar modelos lineares de regresso para estimar os coeficientes, geralmente, o mtodo dos mnimos quadrados ordinrios; e iv) aplicar a transformao inversa para definir a equao. A aplicao deste procedimento implica assumir certas propriedades dos dados (assimetria positiva, registros da mesma extenso e que os mesmos possuem o mesmo perodo de incio e fim, entre outros) que dificilmente podem ser atendidas, prejudicando a verificao das hipteses nas quais esto baseados os mtodos lineares de regresso e, em conseqncia, seu adequado uso, bem como a confiabilidade dos resultados obtidos. Esta pesquisa apresenta um aprimoramento dos mtodos de regionalizao de vazes geralmente empregados, incluindo-se tcnicas que levam em considerao as limitaes anteriores. Estas tcnicas foram: i) uso da transformada de Box-Cox na linearizao da equao exponencial multivariada; ii) determinao dos coeficientes da equao de regionalizao usando mnimos quadrados ponderados; e iii) verificao se os resduos da regresso esto correlacionados ou no. Para o desenvolvimento e verificao da metodologia proposta foram usados somente registros fluviomtricos de Bacias Hidrográficas Brasileiras, que drenam suas guas para o Rio Grande do Sul e/ou que estejam localizadas dentro dele. Geograficamente, a rea de estudo inclui a totalidade do estado do Rio Grande do Sul e parte de Santa Catarina. As equaes de regionalizao foram definidas usando dados de vazes mdias de longo prazo e mdia de cheia, para tempo de retorno de 2,33 e 50 anos. Neste ltimo caso, as freqncias foram estimadas atravs do mtodo dos momentos-L.Comparando os resultados obtidos utilizando o modelo de regionalizao hidrolgica proposto neste trabalho (transformada de Box-Cox / mnimos quadrados ponderados) junto a seus similares gerados usando a metodologia convencional (transformada logartmica / mnimos quadrados ordinrios) e de modelos intermedirios (transformada logartmica / mnimos quadrados ponderados e transformada de Box-Cox / mnimos quadrados ordinrios), os mesmos podem ser considerados satisfatrios, visto que em todas as simulaes realizadas o modelo proposto forneceu melhores resultados que aqueles obtidos com os outros modelos, sendo utilizado como padro de comparao: 1) a qualidade do ajuste, 2) o grau de verificao das hipteses dos mtodos lineares de regresso e 3) os erros na estimativa das descargas, em termos de vazo especfica. Nas simulaes realizadas usando os modelos intermedirios, observou-se que: i) na regionalizao de vazes mdias, o ganho de considerar a heterogeneidade temporal dos dados maior do que corrigir a assimetria dos mesmos; ii) quando so usadas sries de descargas mximas, ocorre o efeito contrrio, visto que o ganho de corrigir a assimetria das sries maior do que o efeito da heterogeneidade temporal dos dados. Com relao aos resduos da regresso, contrariamente ao esperado, os mesmos no sugerem estar correlacionados; isto pode ser conseqncia de utilizar como varivel dependente um nico registro por estao (vazo mdia de longo prazo ou mdia anual de cheia).

Relevância:

100.00% 100.00%

Publicador:

Resumo:

Uma das questes mais debatidas na atualidade diz respeito problemtica ambiental. A impossibilidade da verificao de muitos dos possveis efeitos da atividade agrcola no ambiente rural tem levado pesquisadores das mais diversas reas a buscar alternativas viveis para uma utilizao sustentvel do ambiente. O presente trabalho apresenta o desenvolvimento de uma metodologia diferenciada para lidar com a questo. Utilizou-se, para isto, um estudo de caso em uma unidade de planejamento, a saber, uma bacia hidrográfica, ou microbacia hidrográfica (MBH) como ser explanado no decorrer do texto, localizada no municpio de Maximiliano de Almeida, no Estado do Rio Grande do Sul, com uma rea de cerca de 11,96 km2. Para esta bacia foram aplicadas as tcnicas vinculadas s Metodologias Multicritrio em Apoio Deciso (MCDA Multicriteria Decision Aided) visando formulao de critrios quando do uso do geoprocessamento. Assim, a partir de uma reviso bibliogrfica geral sobre os aspectos relacionados ao assunto em pauta, foram realizados os procedimentos metodolgicos pertinentes, vinculados ao uso de MCDA e geoprocessamento, os quais resultaram em mapas especficos. A anlise dos mapas resultantes corroborou as hipteses apresentadas. Os resultados obtidos servem, portanto, como indicativos para a utilizao desta metodologia nas demais bacias hidrográficas trabalhadas pela Associao Riograndense de Empreendimentos de Assistncia Tcnica e Extenso Rural EMATER/RS tida como parceira neste trabalho.

Relevância:

100.00% 100.00%

Publicador:

Resumo:

Este trabalho refere-se a um estudo de identificao de fontes de sedimentos realizado em uma pequena bacia hidrográfica rural localizada em uma regio montanhosa no sul do Brasil. Essa bacia representa um ecossistema tpico de explorao agrcola, realizado por pequenos agricultores que cultivam fumo em reas marginais, com conseqncias severas aos recursos naturais. A identificao das fontes de sedimentos, a partir dos sedimentos que so transportados em suspenso nos rios, possibilita avaliar quais so as reas que esto realmente contribuindo para produo de sedimentos e, com isso, fazer inferncias sobre o potencial poluidor desses sedimentos e, tambm, orientar as aes a serem realizadas para o controle da emisso desse sedimentos. A metodologia utilizada foi a aproximao fingerprinting. O trabalho explorou as principais limitaes da metodologia, bem como as suas potencialidades na identificao das fontes de sedimentos. O mtodo baseou-se em variveis geoqumicas para discriminar as fontes de sedimentos e classificar os sedimentos em suspenso, utilizando tcnicas de anlise estatstica multivariada. Dentre todas fontes possveis de sedimentos na bacia, as possveis de discriminao foram os potreiros, as lavouras e as estradas no pavimentadas. A classificao dos sedimentos em suspenso possibilitou a identificao da contribuio relativa das fontes, considerando lavouras e estradas como preponderantes. Os resultados mostraram que a contribuio dessas duas fontes foram variveis no tempo e que a proporo relativa da contribuio de cada fonte variou de acordo com o manejo e a cobertura do solo que ocorreu nas lavouras e das obras de manuteno realizadas nas estradas. Entretanto, a contribuio mdia das fontes mostrou que as lavouras e as estradas contriburam com 64% e 36%, respectivamente, dos sedimentos amostrados no exutrio da bacia.

Relevância:

100.00% 100.00%

Publicador:

Resumo:

O comportamento hidrolgico de grandes bacias envolve a integrao da variabilidade espacial e temporal de um grande nmero de processos. No passado, o desenvolvimento de modelos matemticos precipitao vazo, para representar este comportamento de forma simplificada, permitiu dar resposta s questes bsicas de engenharia. No entanto, estes modelos no permitiram avaliar os efeitos de modificaes de uso do solo e a variabilidade da resposta em grandes bacias. Este trabalho apresenta o desenvolvimento e a validao de um modelo hidrolgico distribudo utilizado para representar os processos de transformao de chuva em vazo em grandes bacias hidrográficas (maiores do que 10.000 km2). Uma grade regular de clulas de algumas dezenas ou centenas de km2 utilizada pelo modelo para representar os processos de balano de gua no solo; evapotranspirao; escoamentos: superficial, sub-superficial e subterrneo na clula; e o escoamento na rede de drenagem em toda a bacia hidrográfica. A variabilidade espacial representada pela distribuio das caractersticas da bacia em clulas regulares ao longo de toda a bacia, e pela heterogeneidade das caractersticas no interior de cada clula. O modelo foi aplicado na bacia do rio Taquari Antas, no Rio Grande do Sul, na bacia do rio Taquari, no Mato Grosso do Sul, e na bacia do rio Uruguai, entre Rio Grande do Sul e Santa Catarina. O tamanho destas bacias variou entre, aproximadamente, 30.000 km2 e 75.000 km2. Os parmetros do modelo foram calibrados de forma manual e automtica, utilizando uma metodologia de calibrao automtica multi-objetivo baseada em um algoritmo gentico. O modelo foi validado pela aplicao em perodos de verificao diferentes do perodo de calibrao, em postos fluviomtricos no considerados na calibrao e pela aplicao em bacias prximas entre si, com caractersticas fsicas semelhantes. Os resultados so bons, considerando a capacidade do modelo de reproduzir os hidrogramas observados, porm indicam que novas fontes de dados, como os fluxos de evapotranspirao para diferentes coberturas vegetais, sero necessrios para a plena utilizao do modelo na anlise de mudanas de uso do solo.

Relevância:

100.00% 100.00%

Publicador:

Resumo:

Este trabalho apresenta um estudo experimental realizado na bacia hidrográfica do arroio Donato, localizada na regio central do derrame basltico sul-riograndense, com o objetivo de avaliar se a variabilidade espao-temporal do contedo de gua no solo pode ser explicada a partir de fatores do ambiente, tais como topografia e solo. Para isto foi analisado um conjunto de mais de 2000 medies de contedo de gua no solo, coletadas numa malha regular em toda a bacia, nas profundidades de 0, 30 cm e 60 cm, com detalhamento em dois perfis com 280 m (Perfil P1) e 320 m (Perfil P3) de comprimento. As medies do contedo de gua no solo foram realizadas pelo mtodo gravimtrico, na camada superficial, e com TDR, nas camadas inferiores. A anlise geoestatstica dos dados mostrou que, na superfcie do solo, a estrutura espacial muito varivel temporalmente. Na profundidade de 30 cm a presena de estrutura mais permanente, indicando que nesta profundidade os processos laterais de distribuio de gua so predominantes sobre os processos verticais. Os semivariogramas calculados com os dados do perfil P3 apresentam uma clara estrutura espacial, com o modelo exponencial com pepita apresentando um excelente ajuste. A anlise de correlao mostrou que os atributos topogrficos com maior correlao com o contedo de gua no solo foram: rea de contribuio, aspecto e curvatura no perfil, na superfcie; e declividade, rea de contribuio e aspecto, a 30 cm de profundidade. Os dados dos perfis P1 e P3 mostraram correlao muito fraca com praticamente todos os atributos topogrficos testados nesta tese. Com relao aos ndices de contedo de gua, observou-se que os mesmos apresentam boa correlao com os dados da malha regular, principalmente com os obtidos a 30cm de profundidade. Nos conjuntos de dados obtidos somente numa vertente (perfis P1 e P3) os ndices de contedo de gua no apresentam bom desempenho. A anlise de estabilidade temporal mostrou que na bacia do arroio Donato a estabilidade completa do padro espacial do contedo de gua no solo no existe na camada superficial existindo somente para a profundidade de 30 cm. No entanto, foi possvel identificar pontos na bacia com estabilidade temporal, principalmente na profundidade de 30 cm e no perfil P1. O uso de pontos de estabilidade temporal permite estimar a mdia espacial do contedo de gua no solo com erro inferior a 5% e 1% na superfcie e 30 cm, respectivamente.