24 resultados para Avaliação de serviços de saúde
Resumo:
A constituio de um novo paradigma tecno-econmico, denominado economia do aprendizado, estabelece uma nova diviso setorial da atividade produtiva, em que o setor de serviços ocupa papel preponderante em relao ao setor industrial na composio do produto agregado das principais economias desenvolvidas, bem como na gerao de renda e de novos postos de trabalho. Es sa relativa maior importncia dos serviços, entretanto, no encontra correspondncia nas anlises tericas sobre o desenvolvimento econmico, que, em geral, consideram o setor industrial como o motor da economia e conferem ao setor de serviços, por sua vez, um carter residual. No que diz respeito teoria da inovao, essa compreenso permanece representada pela abordagem tecnicista que entende a inovao em serviços como um processo de difuso de inovaes tecnolgicas geradas na indstria. A abordagem baseada nos serviços, em outro extremo, considera que as inovaes em serviços so independentes da indstria, respondendo basicamente s demandas da relao usurioprodutor. Uma terceira abordagem, no entanto, procura analisar o processo de inovao a partir dos elementos comuns indstria e aos serviços, reunindo variveis que permitam uma anlise integradora do processo de inovao. Frente a esse contexto, este estudo foi desenvolvido com o objetivo de identificar e descrever o processo de inovao em serviços, analisando os casos de oito hospitais porto-alegrenses. Para tanto, a partir de entrevistas semi-estruturadas, identificaramse as inovaes introduzidas nesses hospitais, procurando observar a forma como agentes externos e internos interferem nesse processo, as caractersticas da gesto da inovao, bem como as principais barreiras inovao. A anlise dos casos aponta que, por um lado, essas inovaes foram definidas e implementadas autonomamente pelas organizaes investigadas, tendo sido estabelecidas expressamente em ferramentas de planejamento e em planos de investimento prprios. Por outro, observa-se que o conjunto das inovaes decorre majoritariamente de mudanas organizacionais adaptadas e redefinidas a partir de prticas de reconhecido sucesso na indstria. Es ses elementos apontam a necessidade de novos estudos, que, incorporando os elementos da especificidade dos serviços, aprofundem uma viso integrada do processo de inovao.
Resumo:
Resumo no disponvel.
Resumo:
Este estudo problematiza a insero dos psiclogos nas equipes municipais de saúde, a partir da anlise da experincia de um grupo formado por psiclogas que trabalham nas equipes de saúde de municpios do Vale do Taquari. So municpios pequenos: um deles tem 70 mil habitantes, os demais so menores, entre 3 e 20 mil habitantes. O estudo foi realizado no perodo de maro de 2002 a janeiro de 2004. Partiremos do pensamento foucaultiano com relao aos dispositivos, que no nosso estudo funcionam para o disciplinamento que forma-conforma psiclogos enquanto profissionais da rea da saúde. Atravs de encontros mensais com o grupo de psiclogas, discutimos e conhecemos suas prticas nos serviços municipais de saúde, e os conceitos de Sistema nico de Saúde (SUS) e do processo saúde-doena que sustenta essas prticas. A separao entre teoria e prtica, cincia e profisso, mantida pelos cursos de graduao, aliado manuteno de currculos voltados para a clnica tradicional (modelo mdico hegemnico), mostrou que os psiclogos no se reconhecem como trabalhadores do SUS, mas importam para os serviços do Sistema prticas tradicionais, desconsiderando necessidades e especificidades do contexto scio-econmico e cultural. A partir destas constataes entendemos que o psiclogo no se reconhece como trabalhador de saúde do SUS e, uma das razes fortes pode ser atribuda ao modelo de formao e prtica que vem produzindo e reproduzindo esses modelos h 41 anos. Precisamos formar parcerias para inventar estratgias e promover mudanas nos modos de fazer psicologia.
Resumo:
Este trabalho foi desenvolvido no municpio de Porto Alegre e analisa qual a possibilidade de autonomia do gestor municipal da saúde, para definir prioridades para a rea, frente trajetria institucional da poltica de saúde brasileira. Duas caractersticas do desenvolvimento do sistema de saúde no Brasil foram consideradas de maior relevncia neste estudo: a centralizao decisria e financeira no governo federal e a posio que conquistaram as organizaes privadas prestadoras de serviços de saúde na gesto e operacionalizao do sistema. Considerando as caractersticas citadas, dois foram os objetivos principais que nortearam a pesquisa: (a) verificar a autonomia do gestor municipal na gerncia dos recursos financeiros da saúde e (b) verificar a capacidade de ao do gestor municipal frente influncia das instituies privadas prestadoras de serviços de saúde. Observou-se que a autonomia dos gestores municipais da saúde na gesto dos recursos setoriais limitada, por um lado, pela prvia estruturao dos recursos de transferncias federais, e, por outro lado, pela estrutura dos gastos fixos com os quais esto comprometidos os recursos prprios municipais. Apesar da regulamentao do Sistema nico de Saúde (SUS) garantir ao gestor municipal a prerrogativa de regular os serviços prestados pelo setor privado, esse mostra resistncia em se submeter gesto pblica. O que acaba por configurar uma tenso entre as tentativas do gestor pblico de expandir seu espao de ao na gesto dos serviços privados e as tentativas do setor privado de manter sua posio no sistema de saúde.
Resumo:
O estudo tem por objetivo identificar e analisar os motivos pelos quais os usurios utilizam o pronto atendimento de um Centro de Saúde e analisar a organizao do trabalho nesse servio, identificando como se do o acesso, o acolhimento e o vnculo de usurios ao Sistema de Saúde. Trata-se de um estudo de caso, com abordagem qualitativa. A coleta de dados foi realizada por meio da observao livre, por amostragem de tempo. O foco de observao foi a organizao do processo de trabalho e o atendimento prestado aos usurios que obtiveram algum tipo de atendimento no Servio de Pronto Atendimento, no perodo de agosto, outubro, novembro e dezembro de 2003. A anlise dos dados teve uma abordagem dialtica. Os dados obtidos foram classificados em estruturas de relevncia e, posteriormente, agrupados em dois ncleos: as demandas do pronto atendimento; organizao do trabalho e a utilizao de tecnologias leves. O processo de trabalho no pronto atendimento est organizado para atender a algumas das necessidades de saúde da populao, respondendo, dentro de limites, finalidade de tratar a queixa principal, encaminhando os usurios, quando necessrio, para as referncias nos diferentes nveis de complexidade, normatizados na hierarquizao do Sistema de Saúde. O acolhimento est presente nas aes dos profissionais, mas ainda pouco explorado como estratgia de ampliao de acesso e vnculo com o Sistema. Os principais motivos pelos quais os usurios procuraram o servio foram: situaes graves e de risco, queixas agudas que envolviam desconforto fsico e emocional, necessidades pontuais caracterizadas como no urgentes, atendimento complementar ao recebido em outros serviços de saúde e vnculo com o prprio servio. Ficou evidenciado que para os usurios a procura por um servio de saúde diferente daquela identificada pelo trabalhador. O usurio busca o pronto atendimento para resoluo de necessidades que lhe trazem dificuldade e desconforto; para os trabalhadores, as necessidades do usurio so definidas com base no modelo biolgico e na organizao do Sistema.
Resumo:
Nos ltimos anos, as relaes interorganizacionais assumiram importncia acadmica e prtica em funo do potencial de inovaes e aprimoramentos que a gesto desse novo ambiente demonstra ter para as organizaes e para a sociedade. Ao mesmo tempo, os atuais sistemas de saúde so concebidos para serem integrados e, com isso, ter maior efetividade. O objetivo desse trabalho propor uma sistemtica de anlise de cadeias produtivas de saúde. Consideram-se os referenciais tericos mais relacionados ao tema para a formulao dessa proposta: cadeias produtivas, eco nomia do custo das transaes, imbricamento das relaes sociais nas atividades econmicas, cooperao entre organizaes, redes sociais, anlise de cenrios e qualidade em saúde. Essa sistemtica de anlise aplicada, de forma preliminar, em duas cadeias de saúde: os serviços que atendem aos pacientes diabticos e outra destinada a atender aos pacientes com HIV/AIDS. Os resultados indicam que a sistemtica proposta identifica a predominncia de modos de governana entre as organizaes, o uso de instrumentos de gesto do relacionamento, a presena de estruturas de rede entre unidades de saúde e as aes de cooperao entre organizaes. Acredita-se que seu uso possa trazer importantes contribuies na formulao de polticas dos sistemas de saúde e organizacionais.
Resumo:
Um programa de preparo de alta hospitalar, enquanto uma estratgia de Educao em Saúde, pode contribuir para que a famlia ou o idoso possam dar continuidade aos cuidados no contexto domiciliar, aps a alta hospitalar. Assim, este estudo de carter qualitativo descritivo objetiva analisar a percepo que tem o cuidador familiar de idosos com Acidente Vascular Cerebral (AVC) em relao ao Programa de preparo de alta para o paciente com seqelas neurolgicas de um Hospital Universitrio. Aps aprovao pelo Comit de tica e Pesquisa da instituio onde foi desenvolvido o presente estudo, foram entrevistados 12 cuidadores familiares de 9 idosos que participaram de tal Programa. As entrevistas foram transcritas e seu contedo foi analisado conforme a tcnica de anlise de contedo, emergindo quatro categorias: opinio sobre o programa, adequao das orientaes s demandas de cuidados, pontos de melhoria e repercusses do ser cuidador. Assim, sugere-se a implantao de programas similares nos serviços de saúde, bem como o desenvolvimento de estratgias educativas em saúde que contemplem o idoso com AVC e sua famlia.
Resumo:
Pesquisa o uso de indicadores para avaliação do desempenho de serviços de informao tecnolgica, sob a tica da abordagem centrada no usurio. Tem por objetivo principal propor um conjunto de indicadores de desempenho que sejam aplicveis mensurao e gesto dos serviços brasileiros de informao tecnolgica, com foco no cliente-usurio. O referencial terico engloba aspectos referentes informao tecnolgica, serviços de informao, gesto da qualidade, avaliação de serviços, mtrica e indicadores. Faz uma anlise de documentos sobre indicadores de desempenho aplicados Sociedade do Conhecimento, Cincia e Tecnologia, Inovao Tecnolgica, Tomada de Deciso e Unidades de Informao. Define a Norma Internacional ISO 11620 e o EQUINOX como os documentos base para a seleo dos indicadores de desempenho propostos anlise de especialistas. Utiliza, para o levantamento dos dados, a tcnica Delphi, tendo como instrumento o questionrio. O questionrio aplicado em duas ocasies, em dez (10) especialistas, que avaliam cada questo proposta. As questes, em nmero de vinte e cinco (25), referem-se aos indicadores de desempenho selecionados pela pesquisadora. Estes indicadores so analisados pelos especialistas sob os aspectos pertinncia, relevncia e viabilidade, a partir de uma escala de atitude, os quais justificam suas escolhas. A cada rodada, o painel de especialistas recebe, como feedback, os aportes da rodada anterior. Esta interao permite um reposicionamento de cada um dos participantes, reposicionamento este que se reflete nas respostas da rodada seguinte. Como produto final da pesquisa , gera-se uma relao de vinte e dois (22) indicadores considerados pela maioria dos especialistas como os mais pertinentes e relevantes. Conclui com a anlise dos aportes dos especialistas e da tcnica metodolgica utilizada. Recomenda o uso de indicadores de desempenho pelos serviços de informao tecnolgica; a promoo de aes que visem sensibilizar rgos de pesquisa e organismos governamentais quanto sua utilizao; o incentivo implementao, junto aos cursos de Cincia da Informao, de contedos sobre avaliação por indicadores. Completamenta com a relao de outros indicadores propostos pelo painel de especialistas. Sugere novos temas de estudo, relacionados ao desenvolvido.