31 resultados para Polineuropatia amiloidótica familiar
Resumo:
No imaginrio social, poltico e at acadmico no Rio Grande do Sul persiste a idia que a estrutura fundiria do Estado estaria assentada na polarizao entre minifndios e latifndios. Conforme esta idia o Estado do Rio Grande do Sul estaria dividido em duas partes, onde a Metade Sul estariam assentados os latifndios e a Metade Norte os minifndios. Neste estudo buscou-se observar que a estratificao social e econmica que se verifica na estrutura agrria gacha no decorre, imediatamente, da distribuio fundiria, ou seja, h que produzir interpretaes muito mais complexas sobre a estrutura social no campo do que aquela que opera com a idia que separa a sociedade rural gacha em dois grupos de proprietrios: pequenos ou grandes, minifndios ou latifndios. Neste sentido, o objetivo deste estudo foi aprofundar os conhecimentos sobre a realidade de agricultores que pertencem a Metade Sul do Estado, que pouco conhecida, e no corresponde ao contexto que se formou sobre esta regio do estado. O estudo enfocou agricultores do municpio de Canguu-RS que tenham a pecuria bovina de corte como a base de seus sistemas de produo, e que, contudo, utilizam-se principalmente da mo-de-obra familiar na propriedade. Em funo destes fatores, estes agricultores foram denominamos como pecuaristas familiares. A partir do uso do referencial terico e metodolgico baseado no enfoque sistmico, o presente trabalho diagnosticou e analisou os diferentes sistemas de produo implementados pelos pecuaristas familiares do municpio de Canguu-RS Desta forma foi possvel identificar trs tipos de pecuaristas familiares, e trs estudos de caso de agricultores que tambm implementam a pecuria familiar. O primeiro tipo identificado formado por agricultores que, na sua maioria, so herdeiros dos estancieiros da regio que gradualmente tiveram suas reas produtivas reduzidas, fato que ocorreu atravs da partilha da propriedade pelos herdeiros; normalmente so aposentados e alm da criao de gado de corte extensiva tambm cultivam pequenas reas de milho e feijo, este tipo de agricultor foi denominado como pecuarista familiar tradicional. O segundo tipo identificado formado na sua maioria por descendentes de pees e agregados que trabalhavam nas estncias. Possuem pequenas propriedades, mas, por serem mais jovens, e possurem maior fora de trabalho que os pecuaristas familiares tradicionais, implementam diversos cultivos em suas propriedades alm de desenvolver alguma atividade no agrcola, como, por exemplo, o comrcio (venda na localidade). Por este fato, so denominados como sendo pecuaristas familiares pluriativos. O terceiro tipo formado por criadores de gado de corte, tambm de forma extensiva, mas que esto mais inseridos no mercado de carne, pois comercializam o gado diretamente com os frigorficos ou para intermedirios em detrimento deste fato denomina-se este tipo de agricultor como sendo um pecuarista familiar comercial. Estes agricultores possuem realidades diferentes, mas, utilizam sistemas de produo semelhantes, e carecem de polticas pblicas especficas para o seu desenvolvimento.
Resumo:
Este estudo analisa o desenvolvimento sustentvel dos agricultores familiares do Vale do Gurguia no Estado do Piau, ameaados pela expanso da agricultura empresarial no cerrado piauiense. Nesse contexto de modernizao agropecuria, pela ocupao capitalista reconcentrao de terra e avano tecnolgico e pela (re)colonizao da regio, os tradicionais produtores familiares enfrentam os impactos e os riscos decorrentes dessa dinmica de transformaes socioeconmicas e institucionais, a partir da construo de novas identidades socioprofissionais no desenvolvimento de formas organizativas sustentveis enquanto estratgias alternativas de sobrevivncia e de reproduo social. Para tanto, esses agricultores desenvolvem relaes socioculturais que se orientam tanto pela recriao de novos contextos interacionais e institucionais de sociabilidade quanto pela especializao de produtos e profissionalizao. Nesse sentido, associaes e cooperativas emergem como apoio produo e conquista de cidadania, espao poltico de luta e incluso social. A sustentabilidade da agricultura familiar fundamental para o desenvolvimento rural dessa regio, porque a sua insero econmica e social na produo capitalista depende de polticas pblicas agrcolas e agrrias conseqentes. A concluso do estudo mostra que a forma social de produo familiar na regio constitui o setor com maior potencial inclusivo dos seus diferentes segmentos, ressignificados segundo os valores culturais locais no uso social da terra e na organizao social, para alm da reproduo mercantil simples.Enfim, as relaes sociais com a terra, o trabalho e o mercado confirmam a existncia de novas dinmicas caractersticas da produo familiar em curso na regio, quanto apropriao e ao uso dos recursos disponveis, instituindo novos e/ou recriando estratgias produtivas e padres de interao social.
Resumo:
Esta dissertao aborda as transformaes na forma familiar de produo atravs da anlise das estratgias de reproduo que levaram os colonos do Alto Uruguai a se transformarem em agricultores familiares. Esta transformao se d mediante um processo de insero mercantil que se acentua a partir da dcada de 1970, levando os agricultores a uma plena mercantilizao da vida social e econmica. Embora o estudo abranja o territrio do Alto Uruguai como referncia emprica, os dados foram coletados no municpio de Trs Palmeiras, onde se procura valorizar os processos sociais que envolvem a trajetria histrica de uma forma de trabalho e produo que cada vez mais se insere nos circuitos mercantis e, por isso, passa a ter a sua reproduo cada vez mais mercantilizada. A mercantilizao entendida como um processo de externalizao das relaes de produo, onde o agricultor se torna dependente das relaes com o ambiente social e econmico seja para comprar insumos e produtos, seja para vender a produo aps um ano de trabalho. Este processo de mercantilizao tem levado os agricultores familiares a estabelecer relaes sociais e econmicas que privilegiam a especializao produtiva, a concentrao dos meios de produo e a individualizao do processo produtivo. Desta maneira, acabam reforando um padro agrcola de produo que historicamente tem se demonstrado concentrador e excludente, o que acentua os processos de diferenciao social e econmica entre os agricultores familiares. Este trabalho pretende dar uma contribuio ao estudo da agricultura familiar inserida num ambiente e sociedade de mercado e compreender a diversidade social e econmica que determina os processos de reproduo e diferenciao social e econmica na agricultura familiar. Da mesma forma, busca-se fornecer subsdios para os formuladores de polticas pblicas e administradores locais na medida em que a agricultura familiar a base social, econmica e cultural da sociedade da regio estudada.
Resumo:
O novo cenrio econmico, desenhado pela abertura econmica e de mercados, desencadeou uma srie de desafios para o setor lcteo brasileiro, resultando na necessidade de alguns ajustamentos, buscando amenizar problemas, tanto de natureza estrutural como tecnolgica. Este trabalho se prope a estudar a forma de organizao, o padro tecnolgico e alguns indicadores sociais de unidades produtivas familiares de leite no Rio Grande do Sul, atravs de diferentes Tipologias, a fim de proporcionar subsdios para o desenvolvimento de polticas para o setor, partindo do pressuposto da existncia de caractersticas peculiares em cada sistema de produo, objetivando promover um desenvolvimento social e econmico mais harmnico. A utilizao de diferentes Tipologias ideais quais sejam, produtor Moderno Convencional, em Transio e Tradicional, no estudo de produtores familiares de leite, possibilitou a anlise de unidades produtivas, mesmo considerando sua diferenciao frente s estratificaes Tradicionalmente empregadas.
Resumo:
Este trabalho procura analisar a produo e a apropriao de significaes socioculturais ao longo da trajetria social dos produtores familiares modernos de laranja no Estado de So Paulo, municpio de Bebedouro. A pesquisa emprica realizada centrou-se no universo dos pequenos proprietrios de terra (com at 50 ha) devido s grandes transformaes pelas quais eles passaram no que diz respeito s formas sociais de produo, num perodo de duas ou trs geraes. Suas experincias vivenciadas no tempo e no espao social, ao fazerem, dinamicamente, parte do campo conflitual na citricultura em torno da terra, trabalho, tcnicas de produo e mercado, estruturam referncias significativas e particulares da identidade scioprofissional de empresrio rural, face aos outros grupos sociais presentes na esfera da produo agrcola. Estas referncias os articulam com o contexto atual de competitividade na citricultura, influenciando a direo das estratgias de desenvolvimento do setor. Os produtores familiares modernos apresentam uma grande adaptao lgica agroindustrial de produo e comercializao e revelam modos de insero estrutural, funcional ou cultural, a partir dos conflitos sociais. Trata-se, portanto, de compreender sua constituio social atravs da gnese e afirmao de seus princpios identitrios, levando em conta os fatores de ordem objetiva (complexidade estrutural), mas dando uma importncia particular anlise de suas representaes sociais e ao dos mediadores polticos a partir destas representaes.
Resumo:
Esta dissertao analisa o papel da produo para autoconsumo na agricultura familiar e as polticas pblicas e iniciativas locais no territrio do Alto Uruguai do Rio Grande do Sul. Desde a dcada de 1970, a agricultura familiar deste territrio vem passando por transformaes profundas desde o incio da modernizao da agricultura devido a sua crescente insero mercantil. A partir deste perodo, a agricultura familiar se torna uma forma de produo e trabalho marcada pela mercantilizao social, econmica e financeira. Neste contexto, a produo de alimentos para consumo que era uma caracterstica tpica destas unidades de produo sofreu um processo de mercantilizao. Este estudo procura demonstrar que isto decorreu, em grande parte, devido aos processos de especializao produtiva via plantio de gros e commodities agrcolas, do uso cada vez mais intenso de tecnologias em larga escala e da perda do conhecimento acumulado pelos agricultores. Com a mercantilizao da produo de alimentos que se destina ao consumo, as famlias se tornam vulnerveis em relao produo de alimentos bsicos e o abastecimento alimentar passa a ocorrer mediante compras nos mercados locais. Este processo de mercantilizao e vulnerabilizao do consumo fez com que no Alto Uruguai aparecessem situaes de pobreza e de insegurana alimentar entre os agricultores familiares. Em face desta situao, a dissertao busca analisar em que medida as polticas pblicas destinadas a fortalecer a agricultura familiar, esto contemplando aes de reforo a produo para autoconsumo. Atravs de pesquisa de campo e entrevistas semidiretivas realizadas no Alto Uruguai, estuda-se o Pronaf e um conjunto de iniciativas locais que operam com a agricultura familiar. A concluso que, em grande medida, o Pronaf e, em menor escala, as iniciativas locais, no esto conseguindo intervir e estimular os agricultores familiares a retomar a produo para autoconsumo. Neste sentido, o trabalho mostra que as polticas pblicas e as iniciativas locais acabam reforando o padro produtivista e no permitem que os agricultores familiares possam diversificar as suas estratgias de vivncia e de desenvolvimento rural no Alto Uruguai.
Resumo:
Esta dissertao trata inicialmente de questes relativas ao papel das polticas pblicas voltadas modernizao da agricultura nos contextos internacional e brasileiro. Com efeito, procurou-se evidenciar como foram concebidos os processos de modernizao agrcola assentados no produtivismo. A propsito, os problemas scio-ambientais gerados por estas polticas propiciaram o incio do debate sobre a multifuncionalidade da agricultura. No caso brasileiro, a contestao das polticas de modernizao conservadora da agricultura chegando levou ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF), cujo pblico-alvo, os agricultores familiares, estiveram, em grande medida, alijados at ento das polticas pblicas modernizantes. Num segundo momento, chamou-se a ateno para a emergncia da noo de multifuncionalidade da agricultura, particularmente no que ela pode vir a transformar os rumos do desenvolvimento rural brasileiro, alm da questo da produo. Traando paralelos com o debate da multifuncionalidade, dedicou-se um captulo sobre a evoluo das concepes em torno da propriedade fundiria: de um direito irrestrito sua funo scio-ambiental. Na atualidade, a incorporao de demandas ambientais reorientaram essa discusso. Por outro lado, a dissertao permite tambm discutir o lugar do Conselho de Desenvolvimento Rural (CMDR) de Roca Sales, a partir de uma interpretao fundada nas lgicas de seu funcionamento. Destacou-se a dependncia do conselho em relao a programas estaduais e federais cuja alocao de recursos exige a cauo dos conselheiros do desenvolvimento rural. Enfim, procurou-se discutir as representaes sociais dos atores locais, de alguma maneira implicados no conselho, sobre a agricultura e o mundo rural. Notadamente, tentou-se examinar em qual medida as preocupaes com o desenvolvimento rural consideram funes no produtivas da agricultura, principalmente nas dimenses da: reproduo socioeconmica das famlias; promoo da segurana alimentar da sociedade e das prprias famlias rurais; manuteno do tecido social e cultural e preservao dos recursos naturais e da paisagem rural. Nesse sentido, puderam-se apreender nas vises dos atores locais percepes que se aproximam dos fundamentos da noo de multifuncionalidade da agricultura, principalmente quando relacionados temas como: agroindustrializao familiar, diversificao, profissionalizao do agricultor, segurana alimentar, autoconsumo e turismo rural. Com efeito, as preocupaes com o desenvolvimento rural revelam propenses dos atores locais em considerar as funes no mercantis da agricultura.
Resumo:
Resumo no disponvel.
Resumo:
A colnia Porto Novo (atual Itapiranga, SC) foi construda a partir do ano de 1926, tendo seu processo de ocupao se efetuado at o incio da dcada de 1970, essencialmente com migrantes gachos teutos, de confisso catlica, provenientes das chamadas Colnias Velhas. Percebe-se no municpio de Itapiranga um perodo de transformao e de crise na pequena propriedade agrcola, que se instala em fins da dcada de 1970, se estende no decorrer da dcada de 1980, declinando na segunda metade da dcada de 1990. Essa transformao se expressa na destruio das formas histricas de organizao e produo do pequeno produtor rural, seguida da expropriao de parte dessa populao do campo. O modelo de modernizao na agricultura no municpio, via Complexos Agroindustriais (CAIs), surgido no incio da dcada de 1970, teve um grande incremento em fins da dcada de 1990, quando o municpio retoma o crescimento, com a diminuio da sada do pequeno produtor agrcola do meio rural. Parte significativa dos pequenos produtores rurais buscou uma combinao de atividades agrcolas e no-agrcolas para complementar sua renda a pluriatividade. A pluriatividade considerada a marca desse novo agricultor ao permitir que a pequena propriedade agrcola familiar passe novamente a ter sucessores, alm de evitar a sada das famlias para outras regies.
Resumo:
Os transtornos globais do desenvolvimento (TGD) caracterizam-se pelo comprometimento severo em trs reas do desenvolvimento: habilidade de interao social recproca, habilidade de comunicao, e presena de comportamentos, interesses e atividades estereotipadas (DSM IV TR, 2002). As caractersticas prprias do comportamento, somadas severidade do transtorno podem constituir estressores em potencial para familiares e/ou cuidadores. A anlise da literatura revelou que esse tema tem sido abordado com base, principalmente, em modelos de dficit, os quais focalizam, predominantemente, a psicopatologia familiar. O modelo biopsicossocial da adaptao doena crnica de Bradford (1997) pode ser til na compreenso dos transtornos do desenvolvimento, pois chama a ateno para a interao entre alguns fatores: crenas sobre sade, apoio social, padres de interao e comunicao familiar e estratgias de coping. Este estudo investiga as possveis relaes entre auto-eficcia materna e estresse em mes e indivduos portadores de TGD, tendo como hiptese a correlao negativa entre as variveis. Participaram deste estudo 30 mes com filhos portadores de TGD, com idades variando entre 30 a 56 anos, cujos filhos tinham diagnstico de TGD e idades que variam de 12 a 30 anos. Tambm foram examinadas a viso materna acerca do suporte social recebido, preocupaes e dificuldades para lidar com o filho, estratgias de coping, crenas e relacionamento entre os membros da famlia. Os resultados revelam altos nveis de estresse materno e altos nveis de auto-eficcia materna, porm no foi encontrada correlao entre estes. A anlise qualitativa das entrevistas revelou, entre outros aspectos, que a qualidade do relacionamento familiar, rede de apoio social e estratgias de coping so mediadores do efeito TGD sobre o estresse materno. Os dados corroboram as premissas do metamodelo de adaptao familiar doena crnica ao demonstrar que a presena de um membro com TGD na famlia no representa necessariamente um evento adverso para as mes, desde que exista uma mediao por parte do suporte social, percepo e identificao dos recursos intra e extrafamiliares, estratgias afetivas de coping e qualidade oferecida pelos sistemas de sade, sendo particularmente importante, a qualidade das relaes familiares.
Resumo:
Este trabalho examina a possibilidade de existncia de uma crise social na agricultura familiar, na medida em que os filhos dos agricultores no podem ou no querem exercer a mesma profisso de seus pais. Procura-se identificar as caractersticas sociais e econmicas que influenciam as aspiraes educacionais e ocupacionais dos jovens, assim como suas opes de local de moradia (rural ou urbana). A pesquisa foi desenvolvida no municpio de Santo Cristo, localizado na regio Fronteira Oeste, e no municpio de Candelria, localizado na regio Vale do Rio Pardo, ambos no Estado do Rio Grande do Sul. Foram aplicados questionrios padronizados e realizadas entrevistas com jovens rurais, alunos de escolas estaduais do ensino mdio, na faixa etria de 14 a 25 anos. Levando-se em considerao que muitos jovens decidiram cursar o ensino mdio na cidade aps terem optado por uma escolha profissional no-agrcola, a freqncia a este tipo de escola tende a reforar ou incentivar esta opo. Observam-se diferenas entre os jovens, pois as moas mostram maior inclinao a deixar a agricultura e o meio rural do que os rapazes. Embora as regies pesquisadas tenham perfil socioeconmico diferente, o comportamento dos jovens em relao atividade agrcola praticamente o mesmo, pois, nas duas regies, em sua maioria, eles formulam criticas semelhantes ao trabalho agrcola e descartam a possibilidade de suceder os pais como produtores rurais, pois recusam seu estilo de vida.
Resumo:
Este trabalho trata sobre continuidades e rupturas nas polticas de assistncia infncia em relao s diferentes concepes de famlia, infncia, direitos e bem-estar de crianas e adolescentes. Particularmente aborda o caso do acolhimento familiar em Porto Alegre (Rio Grande do Sul, Brasil) e visa analisar os diversos programas de colocao familiar implementados entre 1946 e 2003. Sua histria se apresenta como um exemplo de continuidade no que refere participao de membros da comunidade em programas pblicos de assistncia, que envolvem vrias geraes, tanto entre as famlias de acolhida como entre as famlias de origem. Neste trabalho, a questo da extraordinria longevidade (de mais de cinco dcadas) do sistema de acolhimento familiar abordada a partir da analise etnogrfica da experincia de famlias participantes do Programa Lares Substitutos -ltima das modalidades de colocao familiar implementada pela FEBEM-RS. Essa perspectiva revela a forma como os mecanismos oficiais de funcionamento do programa se reformularam a partir das prticas informais de circulao de crianas. Essas prticas, j existentes dentro da comunidade, colaboraram os objetivos originalmente planejados desde a administrao, otimizando a utilizao dos recursos disponibilizados pelos poderes pblicos. A suspenso do Programa Lares Substitutos -que implica a ruptura da poltica oficial de acolhimento familiar, mas no da prtica informal de circulao de crianas- analisada no contexto das mudanas produzidas no marco do processo de implementao do Estatuto da Criana e do Adolescente, entre 1994 e 2003.