190 resultados para Arapaçu Ecologia
Resumo:
A variao temporal e espacial da ecologia de lagos, esturios e reservatrios est relacionada com a variao na composio da populao de fitoplncton, j que esta comunidade a base da cadeia alimentar marinha e lacustre. Esta pesquisa desenvolveu um modelo para estimativa da dinmica de biomassa de fitoplncton, considerando os mecanismos de transporte no meio aqutico, crescimento e perdas de sua biomassa. O modelo possui trs mdulos: (a) hidrodinmico, que trata dos fluxos quantitativos do meio, associado a um algoritmo de secagem/inundao; (b) de transporte, que trata dos mecanismos de transporte das substncias no meio; e (c) biolgico, que retrata os mecanismos biolgicos relacionados ao fitoplncton. O mdulo hidrodinmico foi resolvido por um esquema semi-implcito de diferenas finitas, com uma abordagem mista Euleriana-Lagrangiana para os termos advectivos. Para os mdulos restantes foi utilizado um esquema mais simples, de diferenas centrais. O modelo foi aplicado no sistema formado pela Lagoa Mangueira e Banhado do Taim localizado na parte sul costeira do estado do Rio Grande do Sul. Este sistema est inserido no Sistema Hidrolgico do Taim como unidade de conservao federal, onde se desenvolve o projeto PELD (Pesquisas Ecolgicas de Longa Durao). A hidrodinmica do sistema foi ajustada e verificada apresentando bons resultados. Testes de secagem e inundao mostraram que as tendncias esperadas foram obtidas. O aprimoramento da soluo numrica do modelo foi comprovado atravs de testes de preservao de volume e massa em sistemas conservativos. A anlise de sensibilidade dos parmetros do mdulo biolgico mostrou que os parmetros para os quais o modelo mais sensvel a alteraes so aqueles relacionados aos efeitos de temperatura nas algas e as perdas por respirao e consumo por zooplncton. Os cenrios de anlise propostos proporcionaram uma maior compreenso do transporte do material particulado suspenso e do material escalar genrico, assim como a dinmica e as floraes de algas no sistema em condies fsicas e meteorolgicas reais.
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Este trabalho trata das questes ambientais vinculadas ao projeto de empreendimentos habitacionais. Inicialmente, apresentam-se as bases conceituais, discutindo, especialmente, o significado de termos como : ecologia,meio ambiente e desenvolvimento sustentvel, aplicados arquitetura. Como forma de ilustrao destes conceitos, analisa-se obras relevantes. Segue-se a caracterizao das vrias fases de um projeto desta natureza, destacando o planejamento, a construo, a ocupao e a desativao. Por fim, aplica-se estes conceitos atravs da anlise de um conjunto habitacional, monstrando se o mesmo sustentvel ou no. Dessa forma, colabora--se na compreenso das interdependncias ecolgicas e verifica-se o desempenho desse conjunto habitacional referente sustentabilidade.
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Esta dissertao teve como objetivo geral ampliar o conhecimento sobre a ecologia vegetal das matas de Restinga arenosa em substratos bem drenados no Rio Grande do Sul. Para tanto, foram realizados o estudo florstico e fitossociolgico do componente arbreo de cinco capes de Restinga e a verificao de padres de interaes mutualsticas entre aves frugvoras e as rvores, alm do estudo do componente de regenerao e suas relaes com o estrato arbreo adulto. Para a amostragem da vegetao, foi usado o mtodo de parcelas, incluindo-se todas as rvores com DAP 5cm, totalizando uma rea de 1,02ha. Com estes dados, foram estimados os parmetros usuais em fitossociologia. Em um dos capes, foi realizado tambm o levantamento florstico e fitossociolgico das plntulas (0,05 altura < 1m) e juvenis (altura 1m, DAP < 5cm), avaliando-se as relaes com o estrato arbreo adulto, o potencial e a taxa de regenerao natural para cada espcie. Para o estudo dos mutualismos, foram feitas observaes visuais e capturas de aves durante um ano. Foram estimadas a conectncia do sistema mutualstico e o ndice de importncia das espcies. Tambm foi feita a rede de interaes do sistema e feita a anlise da variao destas interaes ao longo das estaes do ano. A composio florstica resultou em uma riqueza total de 20 famlias e 29 espcies para os cinco capes. A densidade total arbrea teve uma mdia mxima de 1207 ind/ha e mnima de 747 ind/ha. Sebastiania serrata apresentou o maior valor de importncia e Myrtaceae foi a famlia mais representada. A diversidade especfica foi baixa, variando de 1,08 a 2,38 (nats). No sistema mutualstico, registraram-se 29 espcies interagindo (aves e plantas), com uma conectncia de 23,9%. Turdus amaurochalinus e T. rufiventris interagiram com a maioria das espcies arbreas e tiveram o maior ndice de importncia, sendo caracterizadas como as principais dispersoras em potencial. Ocotea pulchella e Myrsine spp. foram registradas com maior nmero de eventos de consumo de frutos, no entanto, Ficus organesis interagiu com mais espcies frugvoras, alm de ter a maior importncia na dieta das aves. Houve variaes no nmero eventos de frugivoria ao longo das estaes, bem como no nmero de espcies frugvoras e de espcies arbreas consumidas. O componente de regenerao apresentou riqueza especfica e diversidade semelhantes s do estrato arbreo adulto, refletindo uma similaridade florstica maior que 70%. A maioria das espcies (73,7%) apresentou taxa de regenerao negativa, revelando o padro de 'J' invertido. Os resultados indicam a existncia de diferenas na composio e estrutura arbrea entre os capes de Restinga, alm de uma boa capacidade de regenerao para a maioria das espcies vegetais estudadas. Os dados revelam tambm um sistema disperso generalista, no qual poucas espcies de aves interagem com muitas espcies arbreas e vice-versa.
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Cunila galioides (Lamiaceae), conhecida popularmente como poejo, uma planta nativa encontrada em regies de campos de altitude do sul do Brasil. Devido suas propriedades qumicas empregada na medicina popular e apresenta potencialidades de utilizao como planta aromtica, visando a extrao do leo essencial. Neste sentido, foram desenvolvidos quatro experimentos com o objetivo de gerar subsdios para a explorao comercial desta espcie, avaliando a influncia de alguns parmetros agronmicos e ambientais na produo quantitativa e qualitativa em trs quimiotipos. Os experimentos desenvolvidos incluram a propagao sexuada e assexuada, diferentes nveis de calagem aplicada ao substrato, distintos nveis de alumnio em hidroponia e o cultivo em condies de campo em cinco regies agroecolgicas no Rio Grande do Sul utilizando-se nove populaes. Os resultados demonstraram que possvel realizar a propagao por sementes ou estaquia. A taxa de germinao de sementes baixa, aumentando consideravelmente utilizando-se tratamentos de superao de dormncia. A estaquia mostrou-se eficiente, mesmo sem a utilizao de hormnios, indicando que o poejo uma espcie de fcil enraizamento. A calagem mostrou efeito na produo de biomassa, teor e composio qumica do leo essencial, ocorrendo interao entre quimiotipo e dosagem de calcrio Foram observadas diferenas de tolerncia ao alumnio entre os quimiotipos com aumento na concentrao de flavonides nas populaes tolerantes. O cultivo em cinco regies do Estado mostrou diferenas de produo de biomassa entre as populaes e entre os locais, ocorrendo interao gentipo x ambiente. A composio qumica do leo essencial das populaes manteve-se praticamente estvel, em todos os locais, com algumas variaes. Observou-se, uma maior concentrao de sesquiterpenos em alguns leos essenciais que pode ser atribuda ao estresse ambiental.
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Resumo no disponvel.
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O conhecimento da ecologia das plantas espontneas e de seu banco de sementes do solo (BSS) em reas agrcolas pode contribuir para a proposio de tcnicas agronmicas de manejo integrado dessas plantas. Ao mesmo tempo, este conhecimento importante para situaes em que se deseja a restaurao, a partir do BSS, de reas de campo natural impactadas pelo cultivo. O trabalho teve o objetivo de verificar a influncia de diferentes prticas de manejo em cultivos agrcolas, estabelecidos sobre campo nativo da Depresso Central do RS (3005S, 5140O, alt. 46 m, prec. 1398 mm) sobre a vegetao espontnea e sobre o seu BSS. A partir de um experimento com diferentes sistemas de cultivo (semeadura direta SD, preparo reduzido PR, e preparo convencional PC) em trs parcelas dispostas em sete blocos, efetuaram-se duas avaliaes (maio e outubro de 2002) da composio florstica da vegetao e do BSS, em cada sistema de cultivo. A vegetao foi avaliada atravs da escala de Braun-Blanquet, em 24 quadros de 0,25 m2 por parcela. Para o levantamento do BSS de cada parcela, amostras de solo foram coletadas e postas a germinar em casa de vegetao, e as plntulas foram contadas e identificadas. Foram realizados quatro ciclos de germinao para avaliar a quantidade mxima possvel de sementes no BSS. Variveis ambientais foram registradas com a finalidade de relacionar com os dados obtidos. Anlises estatsticas dos dados (ordenao, agrupamento, autoreamostragem bootstrap e testes de hipteses) foram realizadas por meio dos aplicativos computacionais MULTIV e SYNCSA. O sistema de semeadura direta (menor revolvimento do solo), proporcionou maior nmero de espcies espontneas perenes na vegetao do que os preparos reduzido e convencional. Brachiaria plantaginea foi a espcie mais abundante, tanto na vegetao quanto no BSS, tendo menor abundncia-cobertura e freqncia na semeadura direta. Desmodium incanum apresentou potencial para restaurao de reas campestres, nas parcelas de semeadura direta com trs anos de cultivo de vero e dois de inverno. Algumas variveis de solo, como pH e teor de matria orgnica da camada superficial de 0-5 cm do solo, apresentaram associaes positivas com a vegetao e com o BSS. Os resultados indicam que diferentes sistemas de cultivo influenciam a composio da vegetao espontnea e do BSS, e que determinadas espcies respondem diferentemente a estes efeitos. Apesar dessas constataes, a aplicao dos resultados deve ser feita com precauo, havendo a necessidade de estudos de longo prazo para revelar a dinmica temporal da vegetao espontnea em cultivos nas condies da Depresso Central do Rio Grande do Sul.
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O modo como o ser humano v, pensa e imagina a natureza muito varivel no tempo e no espao. O meio ambiente um campo que toca profundamente o imaginrio, as representaes e o sistema de valores sociais, obrigando o homem a repensar as relaes entre sociedade, tcnica e natureza e, portanto, tudo o que rege essas relaes na organizao social. Escolheu-se analisar, neste estudo, o grupo de agricultores que pertencem primeira associao de agricultores ecolgicos criada no estado. A AECIA Associao dos Agricultores Ecologistas de Ip e Antnio Prado, foi criada em 1989, por um grupo de jovens que assumiu o desafio da agricultura ecolgica e do associativismo. Esses municpios localizam-se na Serra do Rio Grande do Sul, regio de forte presena da imigrao italiana. Atravs de suas histrias de vida e de alguns indicadores ambientais, analisa-se a percepo que esses agricultores possuem a respeito dos recursos naturais locais (gua, solo, biodiversidade), sua relao com o destino final dos resduos slidos, e suas concepes e expectativas a respeito da certificao e comercializao de produtos orgnicos. Igualmente, dentro de uma perspectiva antropolgica, pretendeu-se trabalhar com o estudo do contexto cultural, em que esses agricultores esto inseridos, analisando-se a questo dos sentidos que so construdos nas relaes sociais e como eles so negociados, a dimenso simblica dos discursos, a valorizao do cotidiano como campo fundamental das relaes sociais, suas relaes de parentesco, processos de mediao, ritos, smbolos religiosos, a forma como as polticas pblicas afetam a vida desses agricultores, sua relao com as diferentes instituies, as ligaes e associaes que eles mantm com os animais e plantas de seu ambiente e o quanto o conhecimento emprico que esses agricultores adquiriram ao longo de sua histria pode estar relacionado aos princpios bsicos da ecologia. Por meio dos diferentes aspectos analisados, podem-se conhecer quais fatores foram fundamentais para a mudana de modelo agrcola experimentada por esses agricultores. Atravs dos relatos, pode-se observar, tambm, quais instituies tiveram papel essencial nessa transformao. Suas vises sobre qualidade de vida, expectativas futuras, o grau de confiana nas instituies e como eles se vem em relao situao das pessoas que vivem melhor e pior no Brasil tambm esto contemplados neste estudo. A relao desses produtores com os recursos naturais da regio e os conceitos e expectativas que eles apresentam frente aos processos de certificao e comercializao de seus produtos so, igualmente, discutidos ao longo do texto.
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A predao de rebanhos domsticos por predadores silvestres o conflito mais intenso entre seres humanos e animais silvestres por causa do prejuzo econmico. A soluo encontrada pelos fazendeiros o abate do predador, causa principal de mortalidade destes animais ao redor do mundo. Para compreender melhor as variveis ambientais relacionadas a este conflito na regio do Parque Nacional de So Joaquim, SC, Brasil, e entorno, foram visitadas propriedades que registraram a presena de lees-baios (Puma concolor) e propriedades que sofreram perdas para este animal durante o ano de 2004. Informaes relacionadas ao manejo utilizado com os rebanhos e com a rea da fazenda foram coletadas e analisadas conjuntamente com dados provenientes de geoprocessamento (cobertura florestal, altitude, declividade, distncia de corpos hdricos e de estradas) mostrando que o manejo utilizado com os rebanhos na rea de estudo potencializa os eventos de predao de rebanhos domsticos pelo feldeo em questo. Melhorias no manejo dos rebanhos e das propriedades, diminuio da caa de animais silvestres e a proteo dos fragmentos florestais so aes que, considerando a regionalidade do conflito, podem reduzir os ndices de predao. Agncias ambientais federais e estaduais tem papel importante na disseminao de informaes a respeito da ecologia dos predadores, fornecendo subsdios para os proprietrios melhorarem o manejo de seus rebanhos e propriedades. rgos extensionistas devem planejar e implantar programas de apoio com tcnicas adequadas de manejo das propriedades visando a conservao do meio ambiente.
Resumo:
As florestas ciliares so formaes vegetais extremamente importantes em termos ecolgicos, principalmente para a manuteno da qualidade dos cursos dgua. Porm, apesar de serem protegidas por lei, elas vm sendo erradicadas, principalmente em reas urbanas. Desta forma, estudos detalhados sobre a composio florstica e a ecologia dos remanescentes dessas florestas so fundamentais para embasar qualquer iniciativa de proteger e restaurar essas formaes vegetais. Com o objetivo de avaliar a estrutura, o estado de preservao da floresta ciliar e fornecer subsdios para as adequadas aes de manejo na restaurao dessa formao, foi realizado um levantamento florstico e fitossociolgico da vegetao arbreo/arbustiva do Arroio da Brigadeira na cidade de Canoas/RS, numa rea remanescente dentro do Parque Municipal Fazenda Guajuviras. Para a caracterizao da composio do estrato arbreo dominante da floresta e categorias sucessionais, a vegetao lenhosa foi separada em trs componentes: regenerante (0,20m h < 1m); arbreo-arbustivo (1m h e DAP < 5cm); arbreo (DAP 5cm). O delineamento amostral foi de 20 parcelas para todos os componentes, sendo as dimenses de 4m, 25m e de 100m para cada parcela, respectivamente para o primeiro, segundo e terceiro componente. A estrutura da vegetao foi verificada atravs da distribuio horizontal e vertical dos seus indivduos. A estimativa da regenerao natural baseou-se nos valores relativos de freqncia e densidade de cada espcie em trs classes de altura. A organizao das comunidades vegetais foi analisada por anlise de agrupamentos atravs do programa MULVA 5. Na composio florstica encontraram-se 56 espcies distribudas em 27 famlias botnicas. As espcies com maiores valores de regenerao natural total (RNT), responsveis por mais de 50%, foram: Myrcia multiflora (Lam.) DC. (22,03%), Eugenia hyemalis Cambess. (14,04%), Daphnopsis racemosa Griseb. (10,60%) e Ocotea pulchella Mart. (10,16%). O alto potencial de regenerao natural, com abundncia de espcies tpicas de sub-bosque, ressalta a importncia do estudo dos componentes dos estratos inferiores da floresta para o conhecimento da dinmica florestal. No componente arbreo constatou-se a densidade total por rea (DTA) de 2120 617 indivduos.ha-1. O ndice de Diversidade de Shannon foi de 2,80. O DAP mdio foi de 10,45 5,65cm. As espcies com maior valor de importncia (VI) foram Eugenia hyemalis Cambess. (44,09), Prunus myrtifolia Urb. (34,51), Myrsine coriacea (Sw.) R.Br. (30,12) e Mimosa bimucronata (DC.) Kuntze (29,68). Os exemplares mortos apresentaram alta DTA, 280 204,17 indivduos.ha-1, possivelmente em decorrncia da competio por espao a ser ocupado. Pelos resultados obtidos, possvel afirmar que a floresta est em processo de regenerao, no estdio secundrio inicial, e que existem agrupamentos vegetais. Conclui-se que o processo de restaurao da floresta ciliar pode darse de forma natural, desde que seja garantido o isolamento de fatores desestabilizadores, preservando os processos naturais de estruturao das comunidades vegetais e interaes biticas.
Resumo:
A falta de informaes sobre a distribuio e status do macaco-prego (Cebus nigritus) no Estado do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, Brasil, dificulta os trabalhos de conservao da espcie. Estudos sobre as relaes das populaes humanas locais com os animais silvestres so raros, porm interessantes, pois atravs destes estudos torna-se possvel reconhecer o conhecimento e as atitudes dessas populaes frente a estes animais. O presente estudo visa contribuir com informaes sobre a distribuio de C. nigritus e o conhecimento ecolgico local sobre a mastofauna na regio do Parque Estadual de Itapeva (PEVA) e arredores, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, Brasil. De junho de 2004 a fevereiro de 2006, foram realizadas entrevistas e coletados relatos da populao residente no entorno de 36 fragmentos, os quais indicaram: a) presena de C. nigritus em 20 fragmentos; b) ausncia do mesmo em 16; c) captura, caa e suplementao alimentar como principais atividades humanas afetando a espcie. De outubro de 2004 a fevereiro de 2006, foram realizadas expedies a campo, nas quais a presena da espcie foi confirmada em 13 fragmentos e o fornecimento de alimentao de origem antrpica foi registrado em dois destes. A interao de C. nigritus com cultivos foi citada por moradores para sete fragmentos, porm no se obteve o registro da mesma em nenhum deles. Oito mtricas relacionadas rea, forma, isolamento e matriz dos 36 fragmentos foram analisadas. Para trs dessas mtricas (rea, ndice da forma e ndice de proximidade) a diferena entre fragmentos onde a espcie est presente e fragmentos onde est ausente foi significativa. A anlise multivariada das oito medidas tambm apresentou diferena significativa entre esses dois grupos de fragmentos. A dinmica de sobrevivncia de C. nigritus na regio estudada complexa e provavelmente a manuteno de suas populaes seja dependente do conjunto de fragmentos na paisagem, sendo possvel que as mesmas constituam uma metapopulao. Atravs de visitas a instituies mantenedoras de C. nigritus em cativeiro no Rio Grande do Sul e de informaes obtidas atravs de instrumentos de mdia popular e de divulgao cientfica, foi realizado um levantamento sobre: a) condies oferecidas em cativeiro; b) aes, em nivel regional, de apreenso e soltura por rgos de fiscalizao ambiental. As principais deficincias nas condies de cativeiro foram a dieta oferecida, a superlotao e a falta de enriquecimento ambiental nos recintos. Parece comum a relocao, sem planejamento e monitoramento, por instituies mantenedoras e rgos de fiscalizao ambiental. Com relao ao conhecimento da populao local sobre a mastofauna da regio do PEVA e arredores, os resultados revelaram que a comunidade analisada sabe reconhecer as espcies que compunham e/ou ainda compem a mastofauna local e possui alguns conhecimentos a respeito da biologia geral destes animais. Ainda, as entrevistas e relatos demonstraram que a situao de ocorrncia e abundncia dessas espcies, no passado e no presente, est relacionada : presso de caa, presso de captura, destruio do habitat e construo da rodovia RS-389. Assim sendo, atividades cruciais para um programa de conservao das populaes remanescentes da fauna silvestre incluem: a) o desenvolvimento de aes de educao ambiental na regio do PEVA e arredores; b) a reviso do status regional de conservao de C. nigritus; c) a criao e manuteno de unidades de conservao e corredores ecolgicos; d) a inibio eficaz do comrcio ilegal de animais silvestres; e) a capacitao dos agentes fiscalizadores dos rgos ambientais para a realizao adequada de relocaes. Ainda, ressalta-se a importncia de considerar os conhecimentos da populao humana local no planejamento de aes conservacionistas como passo fundamental para que estas obtenham sucesso.