190 resultados para Arapaçu Ecologia


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Capes naturais de vegetao florestal inseridas em meio a uma matriz dominada por campos freqentemente destacam-se na paisagem do planalto sul-brasileiro. So importantes ncleos de manuteno dos processos florestais, bem como fornecedores de alimento e refgio fauna silvestre. Baseado em recentes estudos paleopalinolgicos, nos ltimos sculos as florestas do sul do Brasil estariam em um franco processo de avano sobre a vegetao campestre. Hipotetza-se que os capes desempenham um papel fundamental nesta expanso, mesmo que o processo possa sofrer inmeras restries de distrbios como o pastejo e fogo, tradicionalmente utilizados como manejo por pecuaristas da regio. O objetivo principal deste estudo foi a identificao de padres vegetacionais na expanso das manchas florestais e relacion-los s condies ambientais de solo e topografia. O estudo foi realizado no Centro de Pesquisa e Conservao da Natureza Pr-Mata, localizado na poro leste do planalto, no municpio de So Francisco de Paula, RS, a cerca de 900 m de altitude. A rea, excluda da interferncia antrpica h aproximadamente 10 anos, caracteriza-se pelo predomnio de Floresta com Araucria entremeada por campos nativos. Foram selecionados cinco capes de tamanho e forma semelhantes, em cada qual foram demarcadas quatro transeces orientadas perpendicularmente borda entre floresta e campo. As transeces subdivididas em quadros contguos foram avaliadas quanto cobertura da vegetao dos componentes superior e inferior, alm da descrio de fertilidade qumica da poro superficial do solo. Os resultados demonstram padres consistentes e indicam uma expanso radial dos capes sem limitaes edficas. Sem a influncia dos distrbios, os capes estariam recuperando a capacidade de expanso e apresentam um rpido processo de reestruturao interna.

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Neste estudo, foram abordadas as implicaes da condio nutricional e caractersticas fsicas de Passiflora suberosa e Passiflora misera para a performance, comportamento de escolha pelo adulto, digesto e nutrio das larvas de H. erato phyllis. Inicialmente, avaliaram-se aspectos do desenvolvimento e foram realizadas medidas morfomtricas de Passiflora suberosa e Passiflora misera cultivadas em trs nveis de nitrognio no solo. Avaliou-se o crescimento, a rea foliar, o comprimento dos interndios, a dureza, a espessura, e a pilosidade, bem como analisou-se o contedo de gua, de macro e micronutrientes presentes nos tecidos das respectivas plantas de ambas espcies. A seguir verificou-se a influncia destas plantas na performance de Heliconius erato phyllis. Para isto, avaliou-se a sobrevivncia, o tempo de desenvolvimento das larvas, o tamanho das pupas e dos adultos. Tambm, testou-se o comportamento de escolha dos adultos para oviposio, frente aos ramos de tais passiflorceas. Aspectos da ecologia nutricional das larvas foram avaliados, de forma comparativa, frente a P. suberosa e P. misera, atravs de ndices nutricionais. Determinou-se: 1) o ndice de consumo; 2) a taxa de crescimento relativo; 3) a digestibilidade aparente 4) a eficincia na converso do alimento ingerido e 5) a eficincia na converso do alimento digerido e convertido em biomassa. Ainda, 6) foi traado um perfil de macro e micro nutrientes de P. suberosa e P. misera das plantas cultivadas e utilizadas para a criao das larvas, e de duas populaes naturais. Em nvel de digesto, determinou-se: 1) a quantidade de alimento ingerido, processado e retido 2) o tamanho dos fragmentos vegetais encontrados no intestino anterior e posterior; e ainda, 3) possveis modificaes morfolgicas dos fragmentos, no decorrer da passagem destes atravs do tubo digestivo. O crescimento, a rea foliar, e o comprimento dos interndios, de ambas passiflorceas, foram influenciados pelos nveis de nitrognio. As plantas sem adio deste mineral apresentaram menores medidas em todos estes parmetros. Foi detectada maior dureza e menor contedo de gua nas primeiras folhas de P. suberosa cultivadas sem adio de nitrognio. P. misera cultivada nesta condio tambm apresentou menor contedo de gua, no entanto no houve maior dureza nas folhas. P.misera apresentou maior espessura nas primeiras e quintas folhas cultivadas com mais nitrognio. A maioria dos macro e micronutrientes foram acumulados em maior concentrao nas plantas com maior adio de nitrognio no solo. O maior tempo no desenvolvimento e o menor tamanho alcanado pelos adultos foram causados pela menor porcentagem de nitrognio e gua contidos nos tecidos das plantas sem adio deste mineral. As larvas alimentadas com ramos de P. suberosa nesta condio, tambm enfrentaram a maior dureza da folha nos primeiros instares. As modificaes morfolgicas e nutricionais de ambas passiflorceas produziram efeitos na performance e na preferncia de H. erato phyllis. A maior taxa de crescimento das larvas alimentadas com P. misera foi explicada pelo maior consumo e pela maior digestibilidade. Conseqentemente, houve maior eficincia na converso do alimento ingerido em substncia corprea. No houve rompimentos das clulas da epiderme, nem dos fragmentos de P. misera nem dos de P. suberosa, retirados de ambas regies intestinais. A maior permanncia no intestino e o maior contato com o meio digestivo possibilitaram maior aproveitamento dos nutrientes de P. misera, em relao P. suberosa. Isto ocorreu devido ao menor tamanho com que P. misera foi cortada pelas larvas, e pela menor espessura da folha. Quanto aos nutrientes, com exceo do fsforo e do mangans, os demais foram encontrados em maior concentrao em P. suberosa. Dessa forma, as vantagens obtidas pelas larvas devem-se maior eficincia destas no aproveitamento dos nutrientes contidos em P. misera, e no a um contedo nutricional superior nesta espcie.

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A dengue representa um srio problema de sade pblica no Brasil, que apresenta condies climticas favorveis ao desenvolvimento e proliferao do Aedes aegypti, vetor transmissor da doea. O mosquito Aedes aegypti passa por diferentes estgios de desenvolvi- mento com caractersticas distintas, logo, para uma descrio mais aproximada da histria de vida desta espcie e, consequentemente, do comportamento da epidemia, considera-se neste trabalho um modelo com distribuio etria, fundamental para a determinao das propriedades de estabilidade de populaes que tm fases distintas de desenvolvimento. O modelo com distribuio etria para a populao de mosquitos descrito por um conjunto de equaes diferenciais ordinrias com retardo de difcil anlise e implementao. Inicialmente, apresenta-se o modelo SEIR com dinmica vital, onde a populao de mosquitos estabiliza rapidamente e, aps, incorpora-se a ele um modelo com competio larval uniforme para populao de insetos, com distribuio etria, o que provoca um perodo de instabilidade nas populaes de larvas e adultos, estgios de desenvolvimento considerados para o vetor. A anlise realizada investiga as consequncias que este perodo de instabilidade provoca na evoluo da epidemia.

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O Sistema Hidrolgico do Taim, que inclui o Banhado do Taim, insere-se em uma regio de reas alagveis contnuas caracterizadas por banhados e lagoas de gua doce, em uma dinmica de baixo relevo entre o Oceano Atlntico e a Lagoa Mirim, litoral Sul do Rio Grande do Sul. Este sistema encontra-se associado a uma vasta rea de monocultura de arroz irrigado. As alteraes antropognicas ou naturais dos nveis dgua no sistema podem afetar a estrutura das comunidades planctnicas associadas s lagoas e vegetao macroftica. O objetivo principal do presente trabalho foi caracterizar a estrutura da comunidade zooplanctnica e verificar sua variao horizontal e temporal num eixo formado por uma rea aberta (livre de vegetao) e uma rea vegetada por densos estandes de macrfitas, assim como verificar a relao das caractersticas limnolgicas e climatolgicas com estas comunidades de forma a contribuir com elementos para a definio de regras adequadas ao uso dos recursos hdricos desta rea. O estudo foi conduzido numa lagoa rasa interna ao Banhado (Lagoa Jacar), e na poro do Banhado do Taim adjacente Lagoa. Foi definida uma transeco Banhado-Lagoa composta por trs pontos de amostragem (Banhado, Interface e Lagoa). Amostras de gua foram coletadas trimestralmente, ao longo de um ano (Agosto/2002 a Junho/2003), para a anlise do zooplncton e das caractersticas ambientais. A comunidade zooplanctnica esteve representada por um total de 85 espcies, dentre as quais 39 pertencem aos cladceros, caracterizando-o como o grupo de maior riqueza especfica. O ndice de Constncia demonstrou como espcies constantes no eixo Banhado-Lagoa, os rotferos Lecane leontina e Testudinella sp., e os cladceros Ceriodaphnia richardi e Chydorus sphaericus. Os coppodos foram o grupo de maior abundncia, representada pela dominncia dos nuplios e copepoditos, pois os indivduos adultos freqentemente ocorreram em nmero reduzido. Agosto (inverno) foi o perodo com o maior nmero de indivduos, com valores de densidade bastante acentuados em relao aos demais. O Banhado apresentou a maior densidade zooplanctnica, assim como os maiores valores de riqueza e diversidade especfica. Este habitat revela-se como uma zona potencial de abrigo e manuteno da fauna zooplanctnica, enfatizando a importncia da conservao dos ecossistemas de banhados. As flutuaes do nvel dgua demonstraram a maior correlao com a variao da comunidade zooplanctnica. A ocorrncia de nveis dgua elevados permitiu ampla conexo entre os habitats e grande disponibilidade de nichos, contribuindo para a manuteno de elevada densidade, riqueza e diversidade zooplanctnica nos perodos com tais condies.

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Este estudo teve como objetivos descrever e comparar a estrutura da comunidade fitoplanctnica, determinada pelos atributos densidade, composio, riqueza, diversidade especfica e uniformidade, na foz dos rios Gravata, Sinos, Ca e Jacu e verificar sua relao com variveis fsicas, qumicas, bacteriolgicas e hidrolgicas, em um ciclo anual. A investigao baseou-se em seis amostragens sazonais, na subsuperfcie da gua, no perodo de dezembro de 2000 a dezembro de 2001. A comunidade fitoplanctnica, na foz dos quatro rios, esteve composta por 471 txons, 135 gneros e nove classes taxonmicas. A classe Chlorophyceae foi a mais representativa em todos os rios, sendo substituda pela Bacillariophyceae no inverno, nos rios Gravata e Jacu e, no outono, no rio dos Sinos. As Bacillariophyceae cederam lugar para as Euglenophyceae, no rio dos Sinos, na primavera e, juntamen te com as Cryptophyceae, no rio Ca, no vero. A alta riqueza e alta diversidade esto, provavelmente, associadas ocorrncia de reservatrios e banhados no curso superior destes rios, bem como da presena de reas midas na plancie de inundao, no curso inferior. Estes ambientes frteis so importantes fontes de organismos para a comunidade fitoplanctnica na foz dos rios do delta do Jacu. A temperatura da gua e o nvel fluviomtrico foram os principais fatores determinantes da variao da densidade e riqueza do fitoplncton e, demonstraram um comportamento sazonal semelhante nos rios. Em geral, o incremento da densidade fitoplanctnica esteve relacionado ao perodo de guas baixas, com temperaturas mais elevadas da gua A riqueza especfica apresentou algumas variaes significativas entre os rios, estando provavelmente, associada s diferenas qumicas entre eles. Os resultados demonstraram a ocorrncia de um gradiente decrescente de eutrofizao dos rios, na seguinte seqncia: rio Gravata, rio dos Sinos, rio Ca e rio Jacu. Apesar das diferentes condies de trofia entre a foz dos rios do delta do Jacu, a comunidade fitoplanctnica apresentou alta riqueza e diversidade especfica e esteve composta em grande parte por organismos resistentes e/ou adaptados s condies ambientais destes rios.

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A ordem Thysanoptera rene cerca de 5.500 espcies descritas, das quais, mais de 2.000 esto registradas para a regio Neotropical. Apesar da grande diversidade de tripes existente no Brasil - que engloba quase 10% das espcies do mundo inteiro - h uma lacuna no conhecimento dessa fauna em ambientes naturais e de sua biologia e ecologia. Os poucos estudos j realizados sugerem que a famlia Asteraceae apresenta uma tisanopterofauna mais rica que as demais e que flores e ramos so utilizados diferencialmente pelas espcies de tripes. Este estudo objetivou contribuir para o levantamento da tisanopterofauna nativa e averiguar a flora explorada por estes insetos, quanto utilizao de flores e ramos e sua ocorrncia em Asteraceae e outras famlias. A rea de estudo foi o Parque Estadual de Itapu (PEI), Viamo (50 50- 51 05W e 30 20- 30 27 S), RS. Quatro sadas de campo foram realizadas de junho de 2003 a abril de 2004. Foram determinadas trs trilhas de aproximadamente 500 m em diferentes tipos de vegetao. As trilhas estabelecidas foram a da praia da Pedreira (TP) (mata baixa e vegetao rupestre), a do morro do Ara (TA) (vegetao rupestre, vassourais e mata baixa) e a do morro da Grota (TG) (vegetao rupestre, butiazais e vassourais). Cada uma destas foi dividida em quatro subreas, de igual extenso. A cada sada foram sorteadas duas destas subreas, nas quais foram amostrados aleatoriamente trs indivduos de Asteraceae e trs de qualquer outra famlia. De cada indivduo era retirado um ramo com flores (F) e um sem flores (R). Cada ramo escolhido constituiu uma unidade amostral (UA). Para o total de 279 UAs, foram coletados 1.695 indivduos - 870 adultos (583 e 287 ) e 825 larvas - de 31 espcies de Thysanoptera, em 19 gneros e trs famlias. Os Terebrantia representaram mais de 90% dos adultos e 76% dos imaturos coletados e compreenderam a maioria das espcies (26). Dentre as famlias, a mais rica e abundante foi Thripidae, com 757 indivduos e 23 espcies. Frankliniella (9 spp.), Heterothrips (3 spp.) e Neohydatothrips (3 spp.), foram os gneros mais ricos. Frankliniella foi tambm o mais abundante, perfazendo cerca de 64% do total da amostra. Os tisanpteros mais comuns foram Frankliniella rodeos e Paraleucothrips minusculus Johansen, 1983, com 363 e 92 indivduos coletados. Os ndices de Shannon-Wiener (H) e de dominncia de Simpson (D) estimados para a tisanopterofauna do PEI foram de 2,19 e 0,211, respectivamente. Foram coletados 690 adultos e 572 larvas de tripes em F, distribudos em 29 espcies. J em R foram capturados 180 adultos e 253 imaturos, sendo registradas 22 espcies. O ndice de Shannon-Wiener aponta uma maior diversidade em R (H = 2,33) do que em F (H = 2,01), pois a dominncia foi notadamente maior em F (D = 0,255) do que em R (D = 0,133) devido a grande abundncia de Frankliniella spp. nos mesmos. Em 46 das 61 espcies vegetais coletadas foi constatada a presena de tisanpteros. Entre as famlias de plantas com maior nmero de espcies associadas com tripes, destacam-se Asteraceae (22), Myrtaceae (4) e Rubiaceae (4). Das 31 espcies de tripes identificadas, 19 ocorrem em Asteraceae e quatro foram registradas exclusivamente nesta famlia. Observou-se diferenas marcantes nos valores de H e D entre a tisanopterofauna habitante de asterceas (H = 1,68; D = 0,311) e aquela das demais famlias (H = 2,11; D = 0,178).

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A RPPN SESC-Pantanal, em Baro de Melgao, MT, apresenta caractersticas em grande parte associadas fisionomia do cerrado, com reas mais secas em relao s regies localizadas mais ao sul e a oeste do Pantanal. O mapa de cobertura do solo, produzido atravs de classificao no-supervisionada de imagens de satlite, identificou 18 classes de cobertura e nove domnios fisionmicos, que correspondem a uma representao sinttica da distribuio das unidades da paisagem na Reserva. O desenvolvimento apropriado de estratgias de manejo e de conservao fundamenta-se principalmente no conhecimento da fauna regional, ressaltado pela sua abundncia e formas de uso da rea. A anta, Tapirus terrestris, e o cervo-do-pantanal, Blastocerus dichotomus, so elementos bastante comuns na paisagem da RPPN. A estimativa do tamanho da populao de antas na regio de estudo foi de 581 indivduos; a densidade (0,71 ind./km2), no conjunto das fisionomias florestais da regio, foi 92% mais elevada do que para as formaes campestres (0,37 ind./km2). O tamanho populacional estimado para o cervo-do-pantanal foi de 135 indivduos (0,44 ind./km2) para o perodo seco, e 157 indivduos (0,73 ind./km2) para o perodo mido. Com base nos modelos de distribuio gerados, nos resultados obtidos via o ndice de Seleo e nas estimativas de densidade, pode-se inferir sobre a qualidade dos hbitats para as espcies. As Matas com Acuri (Scheelea phalerata) so de elevada importncia para T. terrestris, embora a espcie tenha ampla distribuio na Reserva. B. dichotomus tem sua maior populao no Pantanal e, na Reserva, est em condio peculiar em relao descrita como caracterstica para a espcie: ocupa hbitats mais secos do que na maior parte de sua rea de ocorrncia Os hbitats campestres, relacionados presena de murundus, foram selecionados positivamente pela espcie. A anlise espacial em diferentes escalas foi fundamental para evidenciar a importncia de corpos dgua (tanques ou baas) na previso da ocorrncia da espcie: as zonas de maior probabilidade dispem-se na forma de ncleos centrados na rede de tanques, na rea central da Reserva e nas adjacncias de baas na poro leste da UC. As anlises demonstraram uma hierarquia no uso dos hbitats, tanto para T. terrestris quanto para B. dichotomus, permitindo identificar zonas onde as chances so maiores de ocorrncia das espcies, uma expresso de conjuntos de fatores que devem se aproximar do timo para as espcies no contexto da paisagem estudada.

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A implementao da outorga do uso da gua no Brasil implica no estabelecimento de um balano hdrico de disponibilidades quali-quantitativas, que permita, ao gestor do recurso hdrico, determinar se existe possibilidade de incluir algum uso novo na bacia hidrogrfica ou se necessrio algum tipo de racionamento do uso da gua. Este balano deve garantir que as vazes necessrias para o abastecimento pblico e para a manuteno dos ecossistemas aquticos e ribeirinhos sejam mantidas. Nesta tese, discute-se a evoluo da ecologia de rios e sua implicao nas metodologias desenhadas para avaliao de vazes ecolgicas, demonstrando-se que metodologias sintonizadas com os avanos tericos da ecologia de rios somente surgem no final do sculo XX e incio do sculo XXI. Discute-se, tambm, a necessidade de desenvolvimento de metodologias constitudas com ancoragem ecolgica em situaes de carncia ou ausncia de dados, que compem a realidade da maior parte da rede hidrogrfica brasileira. Prope-se uma metodologia e apresenta-se um programa (FFTSint) para avaliao da significncia de pulsos em anlise espectral de sries temporais de vazes dirias, com base em sries sintticas, partindo-se do pressuposto de que processos adaptativos, manifestados em termos de tipos funcionais de plantas, dependem de um grau de previsibilidade dos pulsos (associada a pulsos significativos) A srie de vazes dirias, filtrada com utilizao do FFTSint, o hidrograma significativo, que pode, ento ser estudado atravs de programas como o IHA e Pulso. Aplicou-se esta abordagem metodolgica na estao fluviomtrica Rosrio do Sul, rio Santa Maria, Estado do Rio Grande do Sul, Brasil, onde verificou-se que o hidrograma significativo, est associado s cotas mais baixas da plancie de inundao, enquanto que os componentes aleatrios do hidrograma esto associados s cotas mais altas. Discute-se que processos adaptativos esto associados aos componentes previsveis, enquanto que processos sucessionais esto mais associados aos aleatrios. Esta observao permitiu a construo de um conjunto de limitaes ecolgicas ao regime de vazes resultantes do uso na bacia hidrogrfica, utilizando-se descritores do regime de pulsos da srie no filtrada (original) para as cotas mais altas e descritores filtrados com alta significncia para as cotas mais baixas.