16 resultados para  Teste  de   associação  livre  de  palavras


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O Cinema e a Psicanlise so contemporneos. Ao longo do ano de 1995 muitos eventos marcaram a comemorao do centenrio de um e outro. Se ambos surgem no mesmo momento histrico, que outros elos poderiam ser estabelecidos? Algumas consideraes preliminares marcam possibilidades de intersees entre um e outro campo, para logo fazer um recorte onde a escolha recai por estabelecer uma associação entre os temas da associação-livre na psicanlise e a montagem no cinema. A questo bsica norteadora da pesquisa est dada pela busca de bases comuns entre o fazer do analista quando interpreta a cadeia associativa produzida por seus pacientes e o fazer do montador quando produz cortes e junes de trechos flmicos justapondo-os em uma seqncia determinada. A metodologia que perpassa a presente pesquisa est constituda basicamente pelo referencial psicanaltico. Subsidiariamente os aportes postos pelo mtodo clnico piagetiano, em suas origens, servem de guia e inspirao para alguns momentos do trabalho. Estudamos cadeias associativas produzidas em trs contextos diferentes, configurando trs fontes de coleta e anlise de dados: trechos de falas de pacientes em anlise, principalmente aqueles que fazem referncias a relatos de sonhos e filmes; "montagens" de trechos de filmes produzidas por alunos para ilustrar trabalhos na disciplina de "Teoria e Tcnicas Psicoterpicas" e cortes e transies numa seqncia flmica digitalizada utilizando os recursos propiciados pelo software Adobe Premiere LE. Algumas concluses apontam no sentido da possibilidade de ser profcuo o trabalho conjunto de cineastas e psicanalistas, especialmente na constituio de um laboratrio de estudos para construo de conhecimentos e desenvolvimento das habilidades requeridas para a formao de profissionais das duas reas. Muitas perspectivas para desdobramentos e continuidade so indicadas, visando constituir uma linha de pesquisa sistemtica na interseo dos campos do cinema e da psicanlise

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Essa pesquisa procurou investigar o processo de composio narrativa pela dupla estagirio-terapeuta/paciente, em uma situao de psicoterapia psicanaltica, a partir do contexto de uma prtica supervisionada de estgio em Psicologia Clnica. Participaram da pesquisa duas acadmicas de Psicologia que realizaram o estgio em um abrigo municipal. O trabalho clnico desenvolvido pelas estagirias foi acompanhado pela superviso acadmica, cuja responsvel na poca era a pesquisadora. Tambm participaram dessa pesquisa trs meninas de seis, nove e dez anos de idade, acolhidas temporariamente na instituio e em acompanhamento psicoteraputico pelas estagirias. Os atendimentos foram realizados uma vez por semana, individualmente, na prpria instituio. As estagirias relataram cada entrevista preliminar realizada com as crianas sob a forma escrita de entrevista dialogada, cujo objetivo a memorizao do desenvolvimento da entrevista. Essa memorizao associada s reflexes acerca do estgio produzidas no espao de superviso acadmica formaram as fontes dos dados. Para atingir o objetivo dessa pesquisa, trs estudos foram realizados e, em cada um deles, trs casos, constitudos por diferentes duplas teraputicas, foram analisados. Os resultados dos trs estudos demonstram, inicialmente, que o discurso elaborado pelas duplas teraputicas, em cada entrevista preliminar isoladamente, estrutura-se narrativamente porque esse discurso apresenta os dois princpios da narrativa, que so a sucesso e a transformao, como prope Tzvetan Todorov. A anlise conjunta dessas entrevistas denota, entretanto, que as narrativas constitudas nesse processo no podem ser reduzidas a uma lgica de sucesso linear como formula esse autor. A seqncia narrativa regida pela lgica de causalidade semntica, que de natureza polifnica, como prope Paul Ricoeur. As intervenes das estagirias sob a forma de construes, conforme conceito estabelecido por Freud, mesmo que guiadas pelo princpio da associação livre, so demarcadas, em sua maioria, pela repetio de uma verso j conhecida da histria da vida de seu paciente, geralmente quela que versa sobre o motivo do abrigamento. Assim, essas intervenes, cujo efeito possvel seria que o paciente pudesse desconstruir os sentidos dados a priori, reconstruindo novas verses para os acontecimentos de sua vida e, com isso, ocupasse o lugar de autor de sua histria, acabam insistindo no trauma. Dessa forma, fica explicitado um dos paradoxos do processo de formao da escuta clnica: o estagirio, ao procurar abrir os sentidos para o seu paciente, construindo junto com ele uma verso possvel para a sua histria, acaba, muitas vezes, fechando o sentido, construindo uma nica verso para os eventos narrados pelo paciente.

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Introduo - Os acidentes de trnsito so um grave problema de sade pblica universal, em pases desenvolvidos e subdesenvolvidos, estando entre as primeiras causas de morte em quase todos os pases do mundo (DEL CIAMPO & RICCO, 1996). No Brasil, assu-mem grande relevncia, especialmente pela alta morbidade e mortalidade, predominncia em populaes jovens e/ou economicamente ativas, maior perda de anos de vida produtiva e ele-vado custo direto e indireto para a sociedade. Objetivo - Os objetivos deste trabalho foram descrever a magnitude da mortali-dade por acidentes de trnsito, avaliar sua correlao com indicadores sociais e proporo de jovens na populao e testar a sua associação com adolescncia, sexo masculino e consumo de lcool. Material e Mtodos - Foi realizado, inicialmente, um estudo ecolgico envolven-do todas as capitais das unidades da federao e Distrito Federal (exceto o municpio do Rio de Janeiro), com coleta de dados sobre acidentes de trnsito com vtimas no Departamento Nacional de Trnsito. Foram descritos os ndices de acidentes de trnsito com vtimas p/ 1.000 veculos (IAT-V) e de feridos p/ 1.000 veculos (IF-V) referentes aos anos de 1995, 1997 e 1998 e o ndice de mortos p/ 10.000 veculos (IM-V) referente ao perodo de 1995 a 1998. Em seguida, avaliou-se a existncia de correlao entre o IM-V e taxa de mortalidade infantil (TMI), ndice municipal de desenvolvimento humano (IDH-M), ndice de condies de vida (ICV), proporo de condutores adolescentes envolvidos em acidentes de trnsito com vtimas (PCJ-ATV) e proporo de residentes jovens (PRJ) nas diferentes capitais. Em um segundo momento, realizou-se um estudo de caso controle, onde foram estudados 863 condu-tores envolvidos em acidentes de trnsito com vtimas atendidos no Departamento Mdico Legal de Porto Alegre, no perodo de 1998 a 1999. Os condutores foram divididos em dois grupos: condutores envolvidos em acidentes de trnsito com vtima fatal (casos) e com vtima no fatal (controles). Os grupos foram comparados com relao a adolescncia, sexo mascu-lino e consumo de lcool, atravs da razo de chances e seu intervalo de confiana, com signi-ficncia determinada pelo teste de qui-quadrado. Resultados - No estudo ecolgico, observou-se, no Brasil, uma tendncia decres-cente quanto aos indicadores de eventos relacionados ao trnsito no perodo de 1995 a 1998. Nas capitais das unidades da federao e Distrito Federal, apesar da ampla variao apresenta-da, a maioria manteve a mesma tendncia decrescente observada para o pas como um todo. Na anlise das correlaes entre o IM-V e os indicadores sociais, observou-se forte correlao positiva com a TMI (r = 0,57; P = 0,002), ou seja, quanto maior a TMI, maior a mortalidade no trnsito, alm de correlao negativa com o IDH-M (r = - 0,41; P = 0,038) e com o ICV (r = - 0,58; P = 0,02). Quando se avaliaram o IDH-M e o ICV separados em suas dimenses, a dimenso renda de ambos indicadores foi a nica que no demonstrou correlao com o IM- -V. As demais dimenses do IDH-M e ICV demonstraram correlao negativa, sendo que a dimenso infncia (r = - 0,62; P = 0,001) apresentou a maior correlao. A anlise da asso-ciao entre o IM-V e a PCJ-ATV no demonstrou correlao, mas, quando avaliada a asso-ciao com a PRJ nas capitais, houve forte correlao positiva (r = 0,59; P = 0,002). No estudo de caso controle, quando avaliada a relao entre condutores envolvidos em acidentes com vtima fatal e adolescncia, sexo masculino e consumo de lcool, no foi observada asso-ciao importante em nenhum dos fatores em estudo. Concluses - Apesar de os indicadores de eventos relacionados ao trnsito (IAT- -V, IF-V e IM-V) terem apresentado uma tendncia decrescente durante o perodo de estudo, acidentes de trnsito continuam sendo um grave problema de sade pblica. O estudo ecolgico evidenciou a existncia de relao entre o IM-V e os indicadores sociais (TMI, IDH-M e ICV), sendo que a dimenso renda no demonstrou correlao e a dimenso infncia apresen-tou a correlao negativa de maior valor. Quanto PCJ-ATV, no foi encontrada associação relevante entre este indicador e o IM-V. Entretanto, observou-se forte associação entre a PRJ e o IM-V. O estudo de caso controle no evidenciou associação entre adolescncia e os de-mais fatores estudados e maior risco para acidente de trnsito fatal.

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Objetivo: Determinar a prevalncia de m absoro de lactose e sua associação com a cor da pele e a idade em crianas e adolescentes de escolas pblicas do municpio de Porto Alegre. Material e Mtodos: Foi realizado um estudo transversal que incluiu 225 indivduos de 8 a 18 anos, freqentadores de escolas pblicas do municpio de Porto Alegre. Os participantes foram classificados segundo a cor e a faixa etria. A m absoro de lactose foi diagnosticada atravs do teste do hidrognio expirado aps ingesto de 250 ml de leite. O teste teve durao de 3 horas e foi considerado como critrio de positividade o aumento 20 partes por milho na concentrao de hidrognio em relao ao nvel basal. Resultados: Foram estudados 225 alunos, com uma mdia e desvio padro de idade de 12,2 2,0 anos. Cento e cinqenta e quatro alunos eram de cor branca (68,4%) e os restantes, de cor no-branca (preta ou parda). A m absoro de lactose foi evidenciada em 19/225 casos (8,4%). Foram diagnosticados 8/154 casos (5,2%) nos alunos de cor branca e 11/71 casos (15,5%) nos alunos de cor no-branca (p = 0,02). Em relao faixa etria, ocorreram 15/143 casos (10,5%) nos alunos entre 8 e 12 anos e 4/82 casos (4,9%) entre 13 e 18 anos (p = 0,227). Concluses: A prevalncia de m absoro de lactose encontrada em alunos de escolas p-blicas de Porto Alegre alta, especialmente se considerarmos que foram utilizadas doses fi-siolgicas (250 ml de leite) para o diagnstico. As taxas de m absoro foram maiores entre as crianas de cor no-branca em relao s crianas de cor branca, confirmando a influncia racial na hipolactasia primria do tipo adulto.

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Considerando no apenas a importncia das antraciclinas na teraputica do cncer, mas tambm os efeitos colaterais associados ao uso destas drogas, o presente estudo procurou avaliar a atividade genotxica de seis antraciclinas em uso clnico - doxorrubicina (DOX), daunorrubicina (DNR), epirrubicina (EPI), idarrubicina (IDA), alm dos anlogos de ltima gerao, pirarrubicina (THP) e aclarrubicina (ACLA). Para tanto, foi empregado o Teste de Mutao e Recombinao Somtica (SMART) em Drosophila melanogaster, que permite a deteco simultnea de mutao gnica e cromossmica, assim como de eventos relacionados com recombinao mittica - possibilitando quantificar a contribuio deste ltimo parmetro gentico para a genotoxicidade total induzida pelas drogas em estudo. Os dados obtidos a partir desta anlise demonstraram que todas as antraciclinas estudadas induziram acrscimos significativos, relacionados tanto mutao, quanto recombinao nas clulas somticas deste inseto. Alm disso, a recombinao mittica - entre cromossomos homlogos - foi o evento responsvel por, aproximadamente, 62 a 100% da toxicidade gentica observada. A comparao do potencial genotxico dos diferentes anlogos, atravs da padronizao do nmero de danos genticos por unidade de tratamento (mM), caracterizou a ACLA e o THP como as drogas mais potentes sendo cerca de 20 vezes mais efetivas, como genotoxinas, do que a DOX, o anlogo menos potente. J que a principal ao genotxica desta famlia de compostos est relacionada inibio da topoisomerase II (topo II) uma enzima que atua no relaxamento da supertoro da dupla hlice de DNA, atravs da quebra e posterior religao de suas fitas - as diferenas observadas podem ser atribudas ao mecanismo envolvido neste bloqueio Enquanto os anlogos DOX, DNR, EPI, IDA e THP atuam como venenos de topo II - tornando permanentes as quebras induzidas pela enzima - a ACLA inibe a funo cataltica desta enzima, impedindo a sua ligao ao DNA. Cabe ainda ressaltar que a genotoxicidade da ACLA no est restrita sua atividade cataltica sobre a topo II, mas tambm sua ao como veneno de topo I e sua habilidade de intercalar-se na molcula de DNA. Quando a potncia genotxica destas drogas foi associada a suas estruturas qumicas, observou-se que substituies no grupamento amino-acar levaram a uma maior atividade txico-gentica, quando comparadas a modificaes no cromforo. Cabe ainda ressaltar que as modificaes estruturais, presentes nos anlogos DOX, DNR, EPI, IDA e THP, no alteraram a sua ao recombinognica. No entanto, no que se refere a ACLA, observaram-se decrscimos significativos na induo de recombinao mittica - que podem ser atribudas s mltiplas substituies presentes tanto no grupamento amino-acar quanto no cromforo. O conjunto destas observaes evidencia que a genotoxicidade total das drogas em estudo est centrada na induo de recombinao homloga - um evento predominantemente envolvido tanto na iniciao, quanto na progresso do cncer. A alta incidncia de tumores secundrios, em pacientes submetidos ao tratamento com as antraciclinas, pode, pois, ser atribuda ao preferencial destas drogas sobre a recombinao mittica embora a atividade mutagnica no possa ser desconsiderada.

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O presente estudo identifica os efeitos dos novos acordos de livre comrcio sobre os produtores de arroz no Brasil e nas demais regies relevantes no mercado mundial. Inicialmente , so analisados os acordos comerciais de mbito multilateral e regional, bem como as principais tendncias. Na anlise, verificam-se as distores de mercado e os efeitos sobre os mercados agrcolas. Entre os produtos agrcolas comercializados no mercado internacional, o arroz tem a maior proteo por parte dos pases e dos blocos regionais. Em funo disto, o comrcio de arroz est limitado a 5% da quantidade produzida no mundo, e os preos apresentam uma te ndncia de queda ao longo das ltimas dcadas. A fim de compreender o funcionamento deste mercado, so definidas as principais regies, analisados os desempenhos destas no mercado internacional e avaliadas as polticas domsticas e de comrcio exterior adotadas pelos pases. Neste sentido, a rea de est udo foi definida com base na afinidade comercial e regional com os pases do Mercado Comum do Sul (MERCOSUL) e no desempenho em termos de produo, consumo e comercializao de arroz. Entre as regies de maio r relevncia em termos de produo e consumo, destacamse a China, a Associação das Naes do Sudeste Asitico (ASEAN) e o Acordo Preferencial de Comrcio do Sul da sia (SAPTA), enquanto por afinidade regional e comercial com os pases do MERCOSUL salientam-se os pases do Acordo de Livre Comrcio da Amrica do Norte (NAFTA), da Comunidade Andina (CAN) e da Unio Eur opia (UE) Na anlise do desempenho dos pases e regies no mercado internacional, observa-se que a performance de cada regio influenciada pelas polticas intervencionistas, de tal forma que grande parte dos pases exportadores adota algum tipo de incentivo exportao de arroz. Para analisar os efeitos dos novos acordos comerciais, como, por exemplo, da rea de Livre Comrcio das Amricas (ALCA), MERCOSUL-UE e MERCOSUL-CAN, desenvolve- se um modelo de alocao espacial e temporal utilizando-se de um Problema Complementar idade Mista (PCM). Este modelo permite considerar as diferentes barreiras tarifrias e os subsdios concedidos pelas regies em estudo, incluindo diferentes cenrios que contemplem redues tarifrias e de subsdios. Desta forma, no primeiro cenrio so includos os aspectos relacionados com os acordos multilaterais junto OMC. Por outro lado, os cenrios 2, (MERCOSUL-CAN), 3, (ALCA), e 4 (MERCOSUL-UE) simulam acordos de livre comrcio de mbito regional, considerando aspectos como, por exemplo, a eliminao (reduo) das barreiras tarifrias e a eliminao (reduo) de subsdios Por ltimo, o quinto cenrio subdividido em dois grupos: o primeiro deles considera a formao da rea de livre comrcio entre a ASEAN e a China; o segundo trata dos efeitos sobre o me rcado internacional de arroz dada a entrada da China na OMC. Entre os cenrios analisados destacam-se, como os mais favorveis aos produtores brasileiros , os acordos de livre comrcio com a CAN e os acordos de livre comrcio com a UE. Em ambos os cenrios existem perdas aos consumidores brasileiros e aos produtores dos pases da CAN e da UE.

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A infeco por Helicobacter pylori (Hp) uma das infeces bacterianas mais comuns em todo o mundo. As maiores prevalncias da infeco foram encontradas nos pases em desenvolvimento, onde, em geral so altas j na infncia. O mtodo diagnstico considerado mais acurado para a infeco por Hp, em crianas, o exame endoscpico com bipsias gstricas. Alguns autores referem que o nico aspecto macroscpico que pode predizer a infeco o da presena de nodosidades na mucosa gstrica. Este aspecto denominado de gastrite endoscpica nodular. A especificidade da gastrite endoscpica nodular para a infeco por Hp, entretanto, recentemente foi questionada por outros autores. Realizamos um estudo transversal em uma amostra de crianas (um a 12 anos) com dor abdominal crnica, que preenchiam os critrios para a realizao de endoscopia digestiva alta, no Hospital da Criana Conceio e no Hospital de Clnicas de Porto Alegre, de setembro de 1997 a setembro de 1999. O objetivo principal foi verificar a associação entre a infeco por Hp e a gastrite endoscpica nodular nessas crianas. A amostra foi constituda de 185 crianas de ambos os sexos, com baixa renda familiar, cujos pais apresentavam baixo nvel de escolaridade. Foi realizado estudo histolgico das lminas de bipsia gstrica (no mnimo cinco fragmentos, corados com H-E ou Giemsa), conforme o Sistema Sydney modificado. A infeco por Hp foi caracterizada pela presena de Hp na lminas de bipsias gstricas dos pacientes e a gastrite folicular, pela presena de folculos linfides bem formados, em mucosa gstrica inflamada. A prevalncia da infeco por Hp nas crianas com dor abdominal crnica foi de 27% (IC 95%: 20,8-34,0). Foi demonstrada uma associação muito forte entre a infeco por Hp e a gastrite endoscpica nodular nessas crianas (P<0,001; RP = 29,7). Houve um aumento da prevalncia tanto da infeco por Hp como da gastrite endoscpica nodular com a idade dos pacientes. A gastrite endoscpica nodular , embora tenha demostrado uma baixa sensibilidade (44,0%), apresentou um valor preditivo positivo de 91,7% para a infeco por Hp. Tanto o teste de urease, como a gastrite endoscpica nodular mostraram-se muito especficas, 94,5% e 98,5%, respectivamente, para o diagnstico da infeco. Quando se combinou o teste de urease com o aspecto de gastrite endoscpica nodular, encontrou-se, uma sensibilidade muito baixa (34,7%), mas uma especificidade de 100% para a infeco por Hp. A sensibilidade do teste de urease, isolado, para a infeco foi de 60,4% e o seu valor preditivo positivo de 80,5%. O aspecto endoscpico (gastrite endoscpica nodular) teve associação com o microscpico (gastrite folicular) (P<0,001). Houve uma forte e significativa associação entre a infeco por Hp e a gastrite crnica ativa ( P<0,001; RP = 10,8). O mesmo foi demonstrado entre a gastrite nodular e a gastrite crnica ativa (P<0,001; RP = 8,6). Tambm foi verificado um ntido aumento das razes de prevalncia da gastrite crnica ativa e da gastrite endoscpica nodular, com a acentuao dos graus de densidade de Hp. Finalmente, foi demonstrada a importante correlao entre o grau de intensidade da gastrite, verificado no exame histolgico, e a gastrite endoscpica nodular (r = 0,97; P<0,001). A prevalncia da infeco por Hp encontrada em Porto Alegre, nas crianas, foi menor do que a de outras cidades brasileiras e similar quela registrada em algumas cidades do primeiro mundo. A presena de nodosidade na mucosa gstrica foi a alterao, endoscopia, mais freqentemente verificada nas crianas com infeco por Hp. Considerando a baixa prevalncia da infeco encontrada na nossa amostra, a presena de gastrite endoscpica nodular significa uma elevada probabilidade de infeco por Hp, dado o alto valor preditivo verificado. O achado negativo para a gastrite endoscpica nodular, entretanto, no exclui a possibilidade da presena de infeco por Hp. Uma maior colonizao bacteriana da mucosa gstrica estaria associada ao aparecimento da gastrite endoscpica nodular, j que a sua prevalncia aumentou com os graus de densidade de Hp, assim como ocorreu com a gastrite crnica ativa. E quando ocorre, nas crianas, h maior probabilidade de se tratar de uma gastrite mais ativa e mais intensa.

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A escria de aciaria eltrica um resduo gerado no processo de fabricao de ao, que apresenta propriedades fsicas adequadas quando aplicada em alguns materiais da rea de construo civil. Entretanto, possui algumas limitaes causadas pela presena de compostos que sofrem reaes expansivas quando exposta ao ambiente (xidos de clcio e magnsio livres, xidos de ferro e silicatos de clcio), provocando rupturas e desintegrao dos materiais onde aplicada. Alm disso, quando usada como base e sub-base na construo de estradas, pode ocorrer a formao de tufa (calcrio precipitado) causando entupimento de drenos das rodovias. O presente trabalho tem como objetivo avaliar o teor de cal livre em escria de aciaria eltrica utilizando a combinao de um mtodo titulomtrico com anlise trmica, pois um dos compostos mais citados pela literatura como responsvel pela expanso da escria. Dois mtodos titulomtricos foram selecionados para determinar o teor de cal livre, onde o primeiro foi desenvolvido para anlise em cimento (Mtodo do etilenoglicol) e o segundo foi adaptado para escria de ao (Mtodo de Franke) Os resultados mostraram que o mtodo de Franke, extrado da norma europia EN 1744:1998, foi o mais adequado para determinar cal livre em escrias de aciaria eltrica. A quantidade de cal livre encontrada no permitiu avaliar sua variao ao longo do tempo de exposio, somente considerando os mtodos titulomtricos. Entretanto, utilizando o mtodo de anlise trmica, observou-se um decrscimo no nmero de reaes do primeiro ms de exposio com relao aos meses seguintes, sugerindo uma estabilizao das escrias ao longo do tempo. Tambm, os resultados para cal original (em torno de 1%) sugerem uma potencialidade de formao de tufa. Finalmente, esse estudo mostrou que fundamental a associação dos mtodos titulomtrico e de anlise trmica para uma adequada avaliao de cal livre em escrias de aciaria eltrica.

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o objetivo do presente estudo foi analisar o pico de fora articular (FA) do tornozelo, joelho e quadril do membro inferior direito, e a ativao eletromiogrfia (AE) da musculatura da coluna dorso-lombar no manuseio de carga, no movimento de colocar e retirar uma caixa situada no cho e na altura dos olhos. Foram utilizadas cargas correspondentes a I% e 10% da massa corporal do sujeito, totalizando-se oito tarefas. A amostra foi composta por 4 mulheres e 4 homens, na faixa etria entre 23 a 36 anos. Nenhuma instruo foi dada em relao forma de execuo da tarefa caracterizando-a como estilo livre. Para a anlise do pico de FA utilizou-se a dinmica inversa 2D, com auxlio de rotinas desenvolvidas no software MATLAB. Para anlise da AE foi utilizada a eletromiografia de superfcie. Adotou-se um ndice Postural (IP) nas tarefas de altura baixa para quantificar a postura no incio da retirada da carga, e no final da colocao da mesma. Para o tratamento estatstico foi realizado o teste de normalidade de Shapiro-Wlik, e de homogeneidade de Levene aps a ANOVA e post-hoc Tukey-b. O nvel de significncia foi p< 0.05. Em todas as situaes o pico de FA apresentou um padro em que os valores foram maiores no tornozelo, seguidos pelo joelho e depois pelo quadril. O fator que influenciou significativamente o pico de FA, o valor RMS e pico de AE foi a altura, sendo os maiores valores encontrados na altura baixa com peso pesado no movimento de retirar. Em uma relao temporal, os picos de FA e picos de AE na tarefa da altura baixa no movimento de retirar, em sua maioria, ocorreram na primeira metade do movimento, e no movimento de colocar na segunda metade. J em uma relao temporal na tarefa da altura alta, no houve um padro. O IP identificou que a amostra realizou uma postura predominantemente de agachamento, no havendo diferena intra e entre os sujeitos. Durante o manuseio de carga na altura baixa, o instante do pico de FA ocorreu quando o joelho e o quadril estavam em flexo mxima, e o tornozelo em desiflexo. Infere-se, ento, que as articulaes estudadas podem estar mais suscetveis a leses nestes espaos temporais ao se manusearem cargas que se encontram ao nvel do cho.

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O objetivo deste trabalho foi investigar a aplicao de mtodos de ultra-som para avaliao e caracterizao da microestrutura de materiais cermicos base de alumina e sua associação com as propriedades mecnicas destes materiais. Para tanto, foram conformados por prensagem uniaxial corpos cermicos contendo 94,3% em peso de Al2O3. Os corpos cermicos foram sinterizados em forno de resistncia eltrica em temperaturas que variaram entre 1100 e 1600 C. A resistncia mecnica e o KIc foram determinados por ensaios de flexo a quatro pontos. Para medir a resistncia ao dano por choque trmico, os corpos cermicos foram colocados em um forno pr-aquecido na temperatura de teste e permaneceram nesta temperatura por 40 min, quando, ento, foram resfriados bruscamente atravs da imerso dos corpos cermicos em gua mantida a 0oC. A microestrutura dos corpos cermicos foi caracterizada por microscopia eletrnica de varredura e microscopia ptica. Para os ensaios de ultra-som foram utilizados transdutores piezeltricos de 2 e 4 MHz de freqncia nominal. A imagem resultante foi tratada via software e utilizouse um osciloscpio para padronizao. Foram utilizados como parmetros a velocidade da onda ultra-snica e a sua atenuao. Os resultados indicaram a correlao entre as propriedades acsticas do material com a sua microestrutura e com suas propriedades mecnicas, tais como, resistncia mecnica, mdulo de elasticidade e dano por choque trmico. Foi possvel propor equaes relacionando a resistncia mecnica com a variao do coeficiente de atenuao e da velocidade de propagao das ondas ultra-snicas. Sugere-se tambm a possibilidade de utilizao do coeficiente de atenuao para a determinao da confiabilidade do material cermico e o seu uso para a estimativa de vida til do material sob carga constante ou submetido a choque trmico.

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O objetivo do presente estudo foi avaliar a associação entre idade, placa visvel, inflamao gengival, experincia de crie, atividade de crie e presena de cavidade na leso de crie proximal com radiolucidez na poro externa de dentina em molares decduos. Alm disso, validar o exame visual direto aps a separao dentria como mtodo de diagnstico de cavidade cariosa. Para tal, um estudo observacional transversal analtico foi desenvolvido com 51 crianas entre 4 e 10 anos de idade, atendidas no Ambulatrio de Odontopediatria da FO-UFRGS. Uma leso de crie proximal por indivduo foi sorteada, caracterizada pela presena de radiolucidez na metade externa de dentina na superfcie proximal, ausncia de cavidade clnica envolvendo outras faces e de restaurao na superfcie proximal adjacente. Um examinador calibrado registrou os ndices de placa visvel (IPV) e sangramento gengival (ISG) (AINAMO; BAY, 1975) e experincia de crie (ceo-s e CPO-S modificados). Um elstico ortodntico foi inserido no espao interproximal, sendo removido aps 2 a 3 dias, o que permitiu o diagnstico por meio da visualizao direta da leso. A impresso do stio interproximal foi utilizada como mtodo de validao do exame clnico. As variveis quantitativas (idade, ceo-s e CPO-S) foram categorizadas e relacionadas ao desfecho atravs do teste qui-quadrado e da anlise de regresso logstica. O percentual mdio de superfcies com IPV e ISG foi 31,115,6% e 39,212,8%, respectivamente. A experincia de crie da amostra nos dentes decduos foi 10,17,8 (ceo-s) e permanentes, 2,22,8 (CPO-S). A freqncia de leses cariosas com cavidade foi 60,8%, sendo 67% destas de natureza inativa. Alm disso, 60,8% dos indivduos apresentaram atividade de crie (presena de leso cariosa de natureza ativa). No foram observadas associaes significativas entre idade, placa visvel, sangramento gengival, experincia e atividade de crie e presena de cavidade. A sensibilidade, especificidade, valores preditivos positivo e negativo foram 93,5% (IC95% 79,3-98,2), 80,0% (IC95% 58,4-91,9), 87,9% (IC95% 72,7-95,2) e 88,8% (IC95% 67,2-96,9), respectivamente. Concluiu-se que no foi possvel demonstrar associação entre idade, placa visvel, inflamao gengival, experincia e atividade de crie com a presena de cavidade em leses de crie proximais com radiolucidez na metade externa da dentina de molares decduos. O exame visual direto aps a separao temporria dos dentes decduos um recurso til de diagnstico, mas no considerado padro para a determinao de cavidade de crie.

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Objetivo: Avaliar a correlao do volume de pulmo com densidade anormal atravs da Densitovolumetria (DV) com caractersticas clnicas e testes de funo pulmonar em crianas com Bronquiolite Obliterante (BO). Mtodos: Realizou-se um estudo transversal em 19 crianas, com idade entre 7 e 15 anos, com diagnstico clnico-evolutivo e tomografia de trax caractersticos de BO. Foram excludas ou-tras doenas que cursam com obstruo ao fluxo areo. Todas as crianas fizeram o Teste da cami-nhada de seis minutos com monitorizao da saturao de oxignio da hemoglobina. A espirometria foi feita em repouso, aps o Teste da caminhada e aps a administrao de broncodilatador. A Den-sitovolumetria foi realizada em um tomgrafo computadorizado helicoidal de pista simples, marca Toshiba, modelo Xvision EX, com ps-processamento de imagem em estao de trabalho O2 da Si-licon Graphics, com programa de computao Alatoview. Cada paciente foi submetido a 9 aquisi-es tomogrficas eqidistantes de alta resoluo e a duas varreduras helicoidais, cobrindo toda a extenso do trax em pausa da respirao no final da inspirao e expirao profundas. Para separar parnquima normal de parnquima com diminuio de atenuao utilizou-se o limiar -950 UH e um outro limiar escolhido de forma subjetiva pelo radiologista Resultados: O volume de parnquima pulmonar com densidade anormalmente baixa na inspirao variou de 0,03 a 8,67 % e, na expirao, de zero a 7,27% do volume pulmonar total. O volume de pulmo hipoatenuado teve boa correlao com os testes de funo pulmonar; na inspirao com VEF1% (r= -0,56) e com VEF1/CVF%(r= -0,75). O percentual de zonas hipoatenuadas na inspirao apresentou correlao com VEF1%(r= -0,64) e com VEF1/CVF%(r= -0,71). Na expirao, houve correlao com VEF1% (r= -0,50) e no houve com o VEF1/CVF%. Na comparao com o previsto em adultos, a correlao foi melhor na inspirao. A saturao de oxignio em repouso no apresentou associação com o volume de reas hipoatenuadas, enquanto que a saturao mnima durante o exerccio apresentou correlao negativa forte com o volume de zonas com hipoatenuao na inspirao (r= -0,60) e na expirao (r= -0,61). Os pacientes com volumes pulmonares maiores percorreram uma distncia maior (r=0,53), e a distncia percorrida no foi afetada significativamente pelo volume de reas hipoatenuadas. Concluso: Em crianas com BO, o volume de zonas hipoatenuadas correlaciona-se com o VEF1% e VEF1/CVF% e com a queda na saturao durante o exerccio, mas no se correlaciona com a saturao em repouso e a distncia percorrida.

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Dois experimentos foram realizados com o objetivo de verificar o efeito de diferentes doses de eCG, aps tratamento com progestgeno e estrgeno, sobre a fertilidade de vacas de corte. No experimento 1 foram utilizadas 133 vacas tipo Braford ( Nelore x Hereford), multparas, 150 a 155 dias ps-parto, com idades entre 4 e 6 anos e escore de condio corporal (ECC) mdio de 3 (escala de 1-5). Todos os animais foram submetidos a colocao de implante auricular subcutneo (dia 0) contendo 3 mg de norgestomet (N) e aplicao de soluo injetvel intramuscular (im) de 3 mg de N e 5 mg de valerato de estradiol (VE). No momento da retirada do implante (dia 10), as vacas foram separadas, aleatoriamente, em 4 grupos distintos: Grupo I (n=33): no recebeu eCG; Grupo II (n=34): 300 UI de eCG; Grupo III: 500 UI de eCG e Grupo IV: 700 UI de eCG. As inseminaes artificiais (IAs) foram realizadas em tempo fixo, de 52-54 hs aps a retirada do implante, com smen de qualidade comprovada atravs de avaliao prvia. Aps 15 dias, as fmeas permaneceram com touros por 45 dias afim de serem submetidas a monta natural (MN) caso retornassem ao estro. Aos 40 e 100 dias aps a IA foi realizado, mediante palpao retal, o diagnstico de gestao para identificao dos animais que conceberam por IA ou MN respectivamente. As taxas de prenhez da IA foram: Grupo I: 33.3% (11/33); Grupo II: 50,0%(17/34); Grupo III: 39,4% (13/33); Grupo IV: 45,5% (15/33). Para a anlise estatstica das variveis foi utilizado o teste Qui-Quadrado. As taxas de prenhez no foram diferentes estatisticamente (p=0,539) em relao a dose de eCG utilizada. As taxas de prenhez totais, aps a temporada de MN, foram: Grupo I: 78,8% (26/33); Grupo II: 79,4% (27/34); Grupo III: 90,9% (30/33); Grupo IV: 75,8% (25/33). Tambm no houve diferena estatstica (p=0,411) entre os grupos. No Experimento 2, foram utilizadas 56 vacas ( 27 Nelore x Charols e 26 Braford), multparas, no lactantes, cclicas, com idades variando entre 4 e 7 anos e ECC mdio de 3,5. As fmeas receberam aplicao de implante auricular subcutneo de 3 mg N e aplicao injetvel (im) de 3 mg de N e 5 mg de VE no momento da colocao do implante (dia 0). No momento da retirada do implante (dia 10) os animais foram divididos em 3 grupos com a finalidade de receber aplicao injetvel (im) de eCG: Grupo I (n=18): 500 UI eCG; Grupo II (n=19): 1.000 UI eCG e Grupo III (n=19): 1.200 UI eCG. A partir do dia seguinte retirada do implante e aplicao de eCG, os animais tiveram o estro controlado, duas vezes ao dia em intervalos de 12 hs. As IAs foram realizadas 12 hs aps a identificao do estro. Nos animais em que o estro no foi identificado, realizou-se IA em tempo fixo de 52-54 hs aps a retirada do implante. O diagnstico de gestao foi realizado mediante palpao retal aos 45 dias aps a IA. Os animais diagnosticados prenhes foram acompanhados durante o perodo de pario com o propsito de avaliar o nmero de produtos nascidos, j que foram utilizadas altas doses de eCG que poderiam originar nascimentos mltiplos. Atravs do Qui-Quadrado, primeiramente analisou-se a presena dos sinais de estro em relao a dose de eCG utilizada a cada grupo. No intervalo de 36 a 48 hs aps a retirada do implante, 87,5% do animais apresentaram estro. No houve diferena significativa (p=0,866) entre os grupos, indicando ausncia de relao entre estro e dose de eCG utilizada. As taxas de prenhez obtidas em cada grupo tambm no resultaram diferentes (p=0,25) em funo da dosagem de eCG utilizada. Grupo I: 44,4% (8/18); Grupo II: 36,8% (7/19), Grupo III: 63,2% (12/19). Os ndices de prenhez dos animais que no demonstraram sinais de estro e que foram inseminados em tempo fixo, foram analisados mediante Regresso Logstica e no diferiram (p=0,666) daqueles que foram inseminados 12 hs aps a deteco do estro. No foram observados partos gemelares e distocia nas vacas dos diferentes grupos experimentais. Nas condies de realizao destes experimentos, o uso de eCG, ao final do tratamento com progestgenos e estrgenos, no interferiu nos resultados de prenhez em vacas no-lactantes ou lactantes, inseminadas 12 hs aps o estro ou em tempo fixo, no demonstrou efeito sobre o aparecimento de estro em vacas solteiras e, nas doses utilizadas, no originou partos gemelares. A IA de vacas no-lactantes realizada em tempo fixo de 52-54 hs aps o tratamento apresentou resultados de prenhez semelhantes aos observados nas IAs realizadas 12 aps a identificao do estro.

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Este estudo busca investigar as lgicas da ao em cooperativas de produo e associaes de catadores de lixo no bojo de processos de reestruturao econmica que no somente precarizam as condies de emprego, mas tambm implicam em processos de desassalariamento da fora de trabalho. Tomando como perspectiva analtica a sociologia da experincia de Franois Dubet, decompomos as lgicas da ao de trabalhadores com insero social distinta, ou seja, um primeiro grupo caracterizado por uma cultura operria e sindical e um segundo grupo caracterizado por um processo de dissociao em relao ao mundo do trabalho formal. Neste sentido, procurou-se investigar: a) as formas de insero e integrao sociais configuradas pelas relaes de solidariedade, b) a dimenso da racionalidade estratgica de cada grupo traduzida nas lutas por reconhecimento, e, c) os processos de subjetivao expressos na afirmao identitria de cada coletivo de trabalhadores. Ou seja, quais as condies de possibilidade da ruptura com as hierarquias que organizam e estruturam o universo de coletivos de trabalhadores com origens sociais to diversas quando confrontados com o princpio meta-social da igualdade? Noutras palavras, quando compelidos com a necessidade de organizar uma cooperativa ou associação, enquanto alternativa palpvel de subsistncia, os trabalhadores se deparam com um contexto bem diverso da situao de assalariamento. Com efeito, a experincia associativa ir implicar que a adeso cooperativa ou associação deve ser livre e voluntria e que a gesto e os processos de deliberao devem ser democrticos. A partir da pesquisa de campo verificou-se um processo de subjetivao marcado por estratgias distintas nas cooperativas e associaes: enquanto nas cooperativas a adeso dos trabalhadores era caracterizada por uma certa ambivalncia entre o compromisso com o projeto de construo da cooperativa e uma postura pautada por um certo pragmatismo tipificado por um campo de possveis restrito no tocante as alternativas de insero social, nas associaes de catadores de lixo verificou-se um processo de ruptura com os padres de sociabilidade primria acentuadamente hierarquizados a partir da participao das mulheres nas associaes, bem como um efetivo compromisso com o projeto associativo. Na esfera da ao coletiva, a constituio de cooperativas a partir de empresas em situao falimentar revelou uma nova estratgia sindical marcada por uma ao defensiva ante os processos de reestruturao econmica que eliminam postos de trabalho. J, na ao coletiva das associaes constatou-se um movimento de luta pelo reconhecimento de direitos e recuperao da cidadania. Tal movimento caracterizado por uma lgica do respeito possuindo uma dupla inflexo, ou seja, por um lado busca romper no mbito da esfera privada com a dominao masculina expressa num cdigo de honra, cuja conseqncia mais dramtica se traduz na violncia domstica, e por outro lado se constata um movimento em direo esfera pblica a partir da articulao de uma associação com um movimento social traduzindo desta maneira a reivindicao pelo reconhecimento da dignidade de indivduos sujeitos a todo tipo de reconhecimento recusado.

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Portadores de diabetes parecem ter mais queixas de olho seco do que o resto da populao. Acredita-se que isto possa estar associado a uma forma de neuropatia diabtica expressa por uma reduo na sensibilidade corneana desses pacientes. Nossos principais objetivos neste estudo foram avaliar a influncia da diabetes melito tipo 2 na sensibilidade corneana central e verificar se h uma associação entre a sensibilidade corneana central e a sndrome do olho seco em indivduos com a doena. Assim, 62 portadores de diabetes tipo 2 foram submetidos a um exame oftalmolgico de rotina, a uma ceratoestesiometria e a testes especficos para avaliar olho seco e polineuropatia distal simtrica. Num outro grupo, 20 voluntrios saudveis tiveram seus olhos avaliados da mesma forma, exceto pela no realizao dos testes especficos para disfuno lacrimal. Entre os indivduos diabticos avaliados, foram observados 53.2% com hipoestesia corneana, 54.2% com retinopatia diabtica, 45.9% com polineuropatia distal simtrica e 51.6% com a sndrome do olho seco. Entre os principais achados, observamos associaes significativas envolvendo: diabetes tipo 2 e hipoestesia corneana central, sndrome do olho seco e hipoestesia corneana central, produo lacrimal reflexa (avaliada pelo teste de Schirmer II) e sensibilidade corneana central e retinopatia diabtica proliferativa e sensibilidade corneana central. Uma possvel associação foi encontrada envolvendo sndrome do olho seco retinopatia diabtica proliferativa. Os autores discutem os resultados obtidos e os mecanismos envolvidos.