3 resultados para Història -- Narrativa

em CentAUR: Central Archive University of Reading - UK


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The author contends that many of the conventions of Italian film studies derive from the conflicts and the critical vocabulary that shaped the Italian reception of neorealism in the first decade after the Second World War. Those conflicts, and that critical vocabulary, which lie at the foundation of what has been called the ‘institution of neorealism,’ established an irreconcilable binary: Cronaca and Narrativa. For the neorealists and their critics, Cronaca stood for the effort to record data faithfully, while Narrativa represented the effort to employ the shaping force of human invention in the representation of information. This essay’s first section analyzes the earliest reviews of Rossellini’s Roma città aperta alongside the contemporaneous literary debates over Cronaca and Narrativa. The second section reconsiders the reception of Pratolini’s Metello and Visconti’s Senso, which similarly centered upon the conflict between Cronaca and Narrativa. The third section proposes that the concepts which have often been employed to unify neorealism are destabilized by the Cronaca/Narrativa binary. In search of a solution to neorealism’s conceptual instability, this essay proposes more critical and purposeful appropriations of the movement’s problematic genealogy.

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Neste texto, irei abordar três filmes ambientados em Portugal, cujas locações oferecem uma visão privilegiada da função do tempo e da magnitude no cinema, os quais, por sua vez, nos permitem reavaliar as categorias de clássico, moderno e pós-moderno aplicadas a esse meio. Trata-se de O estado das coisas (Der Stand der Dinge, Wim Wenders, 1982), Terra estrangeira (Walter Salles and Daniela Thomas, 1995) e Mistérios de Lisboa (Raúl Ruiz, 2010). Neles, a cidade se compõe de círculos viciosos, espelhos, réplicas e mise-en-abyme que interrompem o movimento vertiginoso característico da cidade modernista do cinema dos anos 20. Curiosamente, é também o lugar em que a assim chamada estética pós-moderna finalmente encontra abrigo em contos auto-irônicos que expõem as insuficiências dos mecanismos narrativos no cinema. Para compensá-las, recorre-se a procedimentos de intermídia, tais como fotografias de polaroid em O estado das coisas ou um teatro de papelão em Mistérios de Lisboa, que transformam uma realidade incomensurável em miniaturas fáceis de enquadrar e manipular. O real assim diminuído, no entanto, se revela um simulacro decepcionante, um ersatz da memória que evidencia o caráter ilusório da teleologia cosmopolita. Em minha abordagem, começarei por examinar a gênese interligada e transnacional desses filmes que resultou em três visões correlatas mas muito diversas do fim da história e da narrativa, típico da estética pós-moderna. A seguir, irei considerar o miniaturismo intermedial como uma tentativa de congelar o tempo no interior do movimento, uma equação que inevitavelmente nos remete ao binário deleuziano tempo-movimento, que também irei revisitar com o fim de distingui-lo da oposição entre cinema clássico e moderno. Por fim, irei propor a stasis reflexiva e a inversão de escala como demonominadores comuns entre todos os projetos ditos modernos, que por esta razão, segundo creio, são mais confiáveis que a modernidade enquanto indicadores de valores artísticos e políticos.