2 resultados para Contos portugueses
em CentAUR: Central Archive University of Reading - UK
Resumo:
Gracias a su riqueza y complejidad, las imágenes marítimas de Rocha se convirtieron en la fuente principal de los motivos utópicos disponibles en el cine brasileño. En particular, “El Cinema de Retomada” de mediados de los años noventa trajo mitos inaugurales y los impulsos vinculados a la formación de Brasil y la identidad nacional, favoreciendo el retorno del pensamiento utópico. Terra em Transe ofrece un punto de partida para la trayectoria utópica más reciente. Representaría el oscuro período de gobierno del presidente Collor, cuando la transición a la democracia parecía condenada al fracaso, Brasil se había convertido en una nación de emigrantes, y el mar, que un día fue cruzado por los descubridores portugueses, llevó a los personajes hacia la derrota y la muerte, en lugar del paraíso esperado. Desde ese momento, impulsada por un giro económico favorable en el país, la curva se eleva, proporcionando una lectura más positiva de las imágenes del sertón del Cine Nuevo. Películas como Corisco y Dada (Rosemberg Cariry, 1996), Baile perfumado, (Lírio Ferreira y Paulo Caldas, 1997) y Crede-mi (Bia Lessa y Dany Roland, 1997) muestran un sertón colorido junto al mar e imágenes marinas, evidenciando la posibilidad, o incluso la realización del paraíso prometido. Muchas otras películas de los noventa presentaron imágenes del mar y extensiones de agua, ya sea en sus escenas de apertura o en momentos claves en los que adquieren un significado totalmente alegórico. Por ejemplo O Sertão das memorias (José Araújo, 1996), Bocage, o triunfo do amor (Djalma Limongi Batista, 1998), Ação entre amigos (Betro Brant, 1998), Terra do mar (Eduardo Caron y Mirella Martinelli, 1998) y Hans Staden (Luiz Alberto Pereira, 1999). La lista en sí, de ninguna manera exhaustiva, da fe de la importancia del tropo marítimo en el reciente cine brasileño y al rol inaugural de Rocha en la formación de la imaginación cinematográfica de Brasil.
Resumo:
Neste texto, irei abordar três filmes ambientados em Portugal, cujas locações oferecem uma visão privilegiada da função do tempo e da magnitude no cinema, os quais, por sua vez, nos permitem reavaliar as categorias de clássico, moderno e pós-moderno aplicadas a esse meio. Trata-se de O estado das coisas (Der Stand der Dinge, Wim Wenders, 1982), Terra estrangeira (Walter Salles and Daniela Thomas, 1995) e Mistérios de Lisboa (Raúl Ruiz, 2010). Neles, a cidade se compõe de círculos viciosos, espelhos, réplicas e mise-en-abyme que interrompem o movimento vertiginoso característico da cidade modernista do cinema dos anos 20. Curiosamente, é também o lugar em que a assim chamada estética pós-moderna finalmente encontra abrigo em contos auto-irônicos que expõem as insuficiências dos mecanismos narrativos no cinema. Para compensá-las, recorre-se a procedimentos de intermídia, tais como fotografias de polaroid em O estado das coisas ou um teatro de papelão em Mistérios de Lisboa, que transformam uma realidade incomensurável em miniaturas fáceis de enquadrar e manipular. O real assim diminuído, no entanto, se revela um simulacro decepcionante, um ersatz da memória que evidencia o caráter ilusório da teleologia cosmopolita. Em minha abordagem, começarei por examinar a gênese interligada e transnacional desses filmes que resultou em três visões correlatas mas muito diversas do fim da história e da narrativa, típico da estética pós-moderna. A seguir, irei considerar o miniaturismo intermedial como uma tentativa de congelar o tempo no interior do movimento, uma equação que inevitavelmente nos remete ao binário deleuziano tempo-movimento, que também irei revisitar com o fim de distingui-lo da oposição entre cinema clássico e moderno. Por fim, irei propor a stasis reflexiva e a inversão de escala como demonominadores comuns entre todos os projetos ditos modernos, que por esta razão, segundo creio, são mais confiáveis que a modernidade enquanto indicadores de valores artísticos e políticos.