4 resultados para PEDIATRIA| - NVESTIGACIONES
em Centro Hospitalar do Porto
Resumo:
Introduo: Em situaes clnicas selecionadas aconselhada investigao complementar da criana com febre, nomeadamente realizao de hemocultura. Objetivos: Analisar as hemoculturas positivas por bactrias patognicas num servio de pediatria, nomeadamente agentes mais frequentes, sua evoluo, respetivos antibiogramas e correlao com dados clnicos. Material e Mtodos: Estudo retrospetivo de dados micro- biolgicos das bactrias patognicas isoladas em hemoculturas e dados clnicos de crianas com idade entre um ms e 17 anos, admitidas num servio de pediatria, entre 2003 e 2012. Resultados: No perodo estudado, a percentagem anual de hemoculturas positivas por bactrias potencialmente patognicas variou entre 0,8% e 2,9%. No total isolaram-se 158 bactrias patognicas, sendo mais frequentes: Staphylococcus aureus (29,1%), Streptococcus pneumoniae (27,8%), Escherichia coli (10,1%), Enterococcus faecalis (8,2%), Neisseria meningitidis (5,7%) e Streptococcus pyogenes (5,7%). Nenhuma Neisseria meningitidis foi resistente resistente ampicilina, 9% dos Streptococcus pneumoniae tiveram resistncia intermdia penicilina, 8,7% dos Staphylococcus aureus tiveram resistncia meticilina e 6,3% das Escherichia coli tinham resistncia amoxicilina/cido clavulnico. Sessenta e sete porcento das hemoculturas positivas por bactrias patognicas correspondiam a crianas com idade inferior a 36 meses. Os diagnsticos mais relevantes foram: bacterimia oculta, pneumonia, spsis, meningite e pielonefrite. Ocorreu um bito devido a choque stico (Streptococcus pneumoniae). Concluso: Nos 10 anos analisados, as bactrias mais frequentes foram: Staphylococcus aureus, Streptococcus pneumoniae e Escherichia coli. Verificou-se diminuio da incidncia da Neisseria meningitidis aps 2005 e do Streptococcus pneumoniae aps 2007. As suscetibilidades das diferentes bactrias patognicas aos antimicrobianos mantiveram-se estveis. Enfatiza-se a importncia epidemiolgica e clnica da monitorizao de dados microbiolgicos.
Resumo:
Menina de cinco anos com antecedentes de obstipao e enurese noturna primria, medicada com desmopressina. Referenciada pelo mdico assistente consulta de Pediatria por despigmentao e eroses vulvares associada a prurido intenso, com dois meses de evoluo
Resumo:
Introduo: O recurso ao servio de urgncia (SU) hospitalar motivado por situaes no urgentes frequente e conduz a pior prestao de cuidados, insatisfao dos utentes e profissionais e aumento dos custos. Objectivos: Determinar os motivos para recurso a SU peditrica hospitalar. Material e mtodos: Estudo descritivo, transversal, entre 10/10 e 31/12/2013 em SU peditrico hospitalar, atravs de anlises de inquritos preenchidos de forma annima pelos acompanhantes e complementados com informao clnica pelo mdico. Resultados: Foram analisados 481 questionrios. O recurso ao SU ocorreu nas primeiras 24 horas de doena em 48% dos casos. Os principais motivos foram: noo de doena grave e urgente (33%), local de atendimento mais prximo (17%), preferncia por avaliao por pediatra (17%). A maioria teve alta sem realizao de exames complementares de diagnstico ou tratamento (89%) e os principais diagnsticos de alta foram nasofaringite e gastroenterite agudas. Apenas 19,7% das idas ao SU poderiam ser consideradas como justificadas pelo cumprimento dos critrios de OMS para urgncia hospitalar ou por orientao prvia por outra entidade de sade. No existem diferenas estatisticamente significativas entre as caractersticas das crianas que recorreram ao SU de forma justificada e no justificada. Discusso e concluso: O reconhecimento de situaes clnicas que justifiquem o recurso ao SU hospitalar no parece relacionado com habilitaes literrias parentais ou atribuio de mdico de famlia. A percepo de doena grave em situao benigna com recurso precoce e injustificado ao atendimento em contexto de servio de urgncia denota falta de educao para a sade na populao geral.
Resumo:
Introduo e Objetivos: A trombose venosa profunda (TVP) e o tromboembolismo pulmonar so os componentes do tromboembolismo venoso (TEV) que, embora infrequente, uma entidade emergente na pediatria. Apresentamos uma casustica cujo objetivo a avaliao dos aspetos mais relevantes da TVP em idade peditrica e da sua abordagem teraputica. Metodologia: Reviso retrospetiva descritiva dos processos dos doentes internados na ltima dcada com o diagnstico de TVP no Servio de Pediatria da ULSAM. Resultados: Identificaram-se seis doentes, cinco deles do sexo feminino. A mediana de idades foi 17 anos. O edema do membro afetado esteve sempre presente e o segmento venoso mais atingido foi o ileofemoral (2/6). Houve concomitncia de pelo menos dois fatores de risco adquiridos em trs doentes, sendo o mais frequente o contracetivo oral combinado. Foi excluda trombofilia hereditria em cinco doentes mas ainda aguardamos o resultado do estudo de um doente. O tempo mdio de tratamento foi de 9,8 meses. Discusso e Concluso: A TVP na criana tem sido reconhecida como uma patologia rara, mas importante causa de morbilidade. A maior incidncia de TVP foi documentada na adolescncia com compromisso do membro inferior, tal como referido na literatura. Verificamos uma conjugao de fatores de risco que, provavelmente, se potenciaram entre si levando ocorrncia do TEV e colocamos a possibilidade do Pediatra se estar a deparar com uma nova realidade anteriormente excluda do atendimento peditrico. O aumento na incidncia desta patologia levanta a questo do acrscimo de risco trombtico nos adolescentes do sexo feminino devido utilizao de contracetivos orais combinados. Salientamos a importncia de um consenso nacional no diagnstico, tratamento e preveno desta entidade em Pediatria.