16 resultados para Transporte aéreo - vulnerabilidade
em Portal do Conhecimento - Ministerio do Ensino Superior Ciencia e Inovacao, Cape Verde
Resumo:
O presente trabalho constitui o elemento de avaliao do 1 Curso de Ps-Graduao em Direito Aéreo, co-organizado pelo Instituto Superior de Cincias Jurdicas e Sociais, Cabo Verde e pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, Portugal. A finalidade principal deste trabalho apresentar, interpretar, discutir e analisar as condies de acesso ao mercado do transporte aéreo em Cabo Verde, tendo em considerao os seus aspectos regulatrios luz da legislao nacional e dos acordos de servios de transporte aéreo no quadro do direito internacional. Concentrar-se- essencialmente na problemtica do acesso das companhias areas ao mercado do transporte aéreo considerando as operaes comerciais regulares de passageiros, carga e correio. As outras categorias de operaes, designadamente as operaes de carcter no comercial, bem como as comerciais no regulares (charters), no sero abordadas de forma detalhada fazendo-se apenas algumas referncias. O desenvolvimento, a complexidade e a dinmica que o sector do transporte aéreo experimentou nos ltimos anos em Cabo Verde, exigiram na mesma dimenso a adequao e a criao de nova legislao aplicvel ao sector, e ao mesmo tempo o estabelecimento de instituies autnomas que assegurassem a aplicao das novas normas e a continuidade do desenvolvimento harmonioso, econmico e seguro da aviao civil.
Resumo:
Este trabalho pretende mostrar a evoluo histrica da aviao civil em Cabo Verde, os benefcios socio-econmicos de uma poltica de liberalizao dos transportes aéreos com os Estados Unidos, com o continente Africano e esperemos que brevemente seja rubricado um acordo de Opens Skies com a Unio Europeia. Aponta o valor do Turismo e o papel dos transportes aéreos na insero de Cabo Verde na economia mundial. Trata-se de um trabalho de fim do Curso de Ps-Graduao em Direito Aéreo, no ISCJS e que defende que uma das vias para que o pas atinja os objectivos do sculo XXI, seja pela via de uma poltica de Open Skyes no ramo dos transportes aéreos. Sobe o ponto de vista do Direito Aéreo, o trabalho mostra que uma das caractersticas principais do transporte aéreo a padronizao/harmonizao das normas tcnicas e econmicas. No que concerne ao ambiente regulatrio, o transporte aéreo encontra-se dividido em trs nveis: nacional, bilateral, multilateral. A nvel nacional, a autoridade de aviao civil nacional de Cabo Verde (AAC) a responsvel pela regulao do acesso bsico ao mercado interno por companhias areas internacionais. No que tange a regulao bilateral no existe uma autoridade reguladora especfica. Assim sendo, a regulao bilateral remetida aos costumes. Na regulao multilateral destacam-se o papel da OACI (Organizao de Aviao Civil Internacional) e a IATA (Internacional Air Transport Association). Sobre a regulao econmica, a OACI estipulou dez princpios, tendo como o acesso bsico aos mercados, atravs das liberdades do ar, trfego e explorao, como base para determinar o nvel da competio internacional. Apesar da tendncia de liberalizao total dos acessos bsicos aos mercados internacionais, cada Estado ser soberano para determinar o nvel de competio internacional que deseja no seu territrio.
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O presente trabalho demonstra a proposta de um modelo de Arquitectura de Sistema de Informao de manuteno de avies a fim de integrar todos processos de negcio num nico Sistema de Informao. O trabalho surge aps a percepo das dificuldades em que os funcionrios de manuteno de avies de transporte aéreo de cabo verde se enfrentam na realizao das suas tarefas do dia-a- dia principalmente em perodo em que a empresa confrontada pela grande quantidade de voos diariamente, dai a necessidade de implementao deste modelo eminente. A metodologia adaptada foi a aplicao de questionrio e entrevista, assim como a da proposta de melhoria. Sendo assim, o trabalho iniciou-se com o levantamento de requisitos e avaliado face ao comportamento do Sistema Amicos System, e por fim foram efectuados proposta de melhorias, as quais permitiro alcanar o objectivos proposto.
Resumo:
A qualidade nas organizaes de servio tem-se tornado num tpico de muita importncia, sendo reconhecida como uma varivel estratgica para aumentar a sua eficcia e eficincia, ganhar vantagem competitiva e conduzir satisfao dos seus clientes. Promover uma escala apropriada, que reflicta convenientemente as percepes e as expectativas dos clientes, deve ser uma preocupao tanto dos gestores de empresas como das agncias governativas. O presente estudo emprico desenvolve e analisa uma escala de medio da qualidade de servio, atravs da aplicao do modelo SERVQUAL, desenvolvido por Parasuraman et al. (1985, 1988, 1991), e adaptado para o servio de transporte colectivo urbano de passageiros (TCUP). O procedimento levado a efeito na presente investigao apresenta 4 fases e 9 etapas, com a combinao do paradigma de Churchill (1979) e entrevistas focus group. A escala final SERVQUAL adaptada, com 23 itens, e as dimenses obtidas indicam que a mesma altamente fivel (0,891) e vlida, demonstrando assim que o procedimento seguido aplicvel e que os seus itens foram desenhados de acordo com as condies do sector. A pesquisa exploratria foi conduzida em Cabo Verde, na cidade da Praia, em Setembro de 2008, com 230 utentes regulares do servio de TCUP. Os dados confirmam a existncia de gaps, encontrando-se a maioria dos inquiridos (67%) insatisfeita com esse servio. A anlise factorial confirmou a existncia de cinco dimenses, que determinam a qualidade de servio no TCUP, na Praia, pela seguinte ordem de importncia: aparncia fsica dos veculos/conforto, ateno personalizada/desempenho dos colaboradores, empatia, convenincia do servio, e, por ltimo, equipamento tangvel. Service quality has become a topic of great importance and it is recognized as a strategic variable to increase its efficiency and effectiveness in getting competitive advantage and leading to customer satisfaction. To seek a proper scale that can reflect perceptions and customers expectations accurately should be a concern for business managers as well as government agencies. Present empirical study develops and analyzes a measurement scale of quality service, through the application of SERVQUAL model developed by Parasuraman et al. (1985, 1988, 1991) and adapted for the urban passenger transportation. The procedure followed in present research indicates four phases and nine steps in connection to Churchill paradigm (1979) and focus group interview. The adapted final SERVQUAL scale, with 23 items, and the dimensions obtained indicated that it is highly reliable (0.891) and valid, showing this way that the procedure followed is applicable and their items were drawn according to the sector conditions. This exploratory research was performed in Cape Verde, at Praia in September 2008 with 230 regulars users of bus service. The data confirms the existence of gaps and that the majority of the inquired are not pleased (67%) with their bus service. The factorial analysis confirms the existence of five dimensions, which determines the service quality in the bus service at Praia according to the following order of importance : physical appearance of the bus/confort, personalized attention/results from the collaborators, empathy, service convenience and lastly tangible equipment.
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No infundada a impresso comum de que alm de estar a se agravar a situao de vulnerabilidade das crianas de rua, crescem as modalidades e a proporo da expulso da infncia do seio da famlia e da comunidade local. Tal preocupao, em grande medida confirmada nesta pesquisa, carecia, contudo de bases cientficas que pudessem informar as estimativas e delinear estratgias de aco para a erradicao do fenmeno. Este estudo emana da perspectiva sagaz de duas instituies particularmente sensveis ao alastramento de riscos sociais de grande vulto que possam atingir segmentos populacionais vulnerveis da sociedade cabo-verdiana. O Instituto Cabo-verdiano de Menores (ICM) em sua preocupao com esse sujeito cujos direitos ainda no foram resgatados que so as crianas em situao de rua, previu neste segmento uma possvel exposio ao maior risco do fim do sculo que a propagao da epidemia da SIDA. Por sua vez, o CCS-SIDA, em sua predisposio a antecipar-se a possveis focos de maior vulnerabilidade epidemia, agregou-se a preocupao do ICM, criando as condies infraestruturais para a realizao da pesquisa.
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A qualidade nas organizaes de servio tem-se tornado num tpico de muita importncia, sendo reconhecida como uma varivel estratgica para aumentar a sua eficcia e eficincia, ganhar vantagem competitiva e conduzir satisfao dos seus clientes. Promover uma escala apropriada, que reflicta convenientemente as percepes e as expectativas dos clientes, deve ser uma preocupao tanto dos gestores de empresas como das agncias governativas. O presente estudo emprico desenvolve e analisa uma escala de medio da qualidade de servio, atravs da aplicao do modelo SERVQUAL, desenvolvido por Parasuraman et al. (1985, 1988, 1991), e adaptado para o servio de transporte colectivo urbano de passageiros (TCUP). O procedimento levado a efeito na presente investigao apresenta 4 fases e 9 etapas, com a combinao do paradigma de Churchill (1979) e entrevistas focus group. A escala final SERVQUAL adaptada, com 23 itens, e as dimenses obtidas indicam que a mesma altamente fivel (0,891) e vlida, demonstrando assim que o procedimento seguido aplicvel e que os seus itens foram desenhados de acordo com as condies do sector. A pesquisa exploratria foi conduzida em Cabo Verde, na cidade da Praia, em Setembro de 2008, com 230 utentes regulares do servio de TCUP. Os dados confirmam a existncia de gaps, encontrando-se a maioria dos inquiridos (67%) insatisfeita com esse servio. A anlise factorial confirmou a existncia de cinco dimenses, que determinam a qualidade de servio no TCUP, na Praia, pela seguinte ordem de importncia: aparncia fsica dos veculos/conforto, ateno personalizada/desempenho dos colaboradores, empatia, convenincia do servio, e, por ltimo, equipamento tangvel.
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En el contexto de la investigacin comparativa emprendida en 2010 entre ncleos urbanos de Praia (isla de Santiago, Cabo Verde), Nouakchott (Mauritania) y Addis Abeba (Etiopa) en torno a las nuevas organizaciones pblicas de sus calles y plazas crecientemente ocupadas por automviles frente a las apropiaciones cotidianas de sus viandantes, esta comunicacin parte originariamente del estudio de las transformaciones urbansticas en curso en el mercado central de Sucupira (Praia) eje bsico del transporte en hiace en la isla de Santiago para centrarse a continuacin en el universo social del transporte colectivo privado en hiace y a sus implicaciones en la siniestralidad viaria interurbana. As, sobre la base de una introductoria observacin participante en el interior de los hiace y de los dilogos entablados con sus protagonistas dentro y fuera del vehculo pasajeros, conductores-patrones, conductores asalariados, policas, exusuarios, se perfila una aproximacin a los procesos y las dimensiones sociales en que se produce la siniestralidad viaria protagonizada por los vehculos hiace; y se plantean distintas explicaciones comprensivas sin duda provisionales acerca de las causas de dicha siniestralidad.
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Com a necessidade de adaptao s crescentes mudanas no mundo dos negcios, ao longo dos ltimos anos a contabilidade de gesto tem sido criticada, pois os mtodos de custeio tradicionalmente utilizados, no esto acompanhando estas mudanas, incapacitando a utilizao destes como instrumentos de gesto eficazes. Na busca de ferramentas de gesto para auxiliar na tomada de deciso, foi desenvolvida a Teoria dos Constrangimentos (TOC) ou das Restries, uma ferramenta de gesto cuja premissa a identificao de constrangimentos que limitem a capacidade da empresa no alcance da sua meta. Muito se tem escrito sobre a aplicao desta teoria em empresas industriais, uma vez que, nessas organizaes a existncia de constrangimentos est mais presente. Tendo como objectivo verificar a viabilidade de aplicao desta teoria na actividade de prestao de servios, o presente trabalho refere-se ao estudo de caso numa empresa de prestao de servio de transporte pblico colectivo de passageiros TRANSCOR-SV,S.A., localizada na ilha de So Vicente. Para tal, identificmos factores considerados constrangimentos nos sistemas de transporte colectivo, atravs da aplicao de um questionrio. Com estes factores em mos, aplicmos a metodologia baseada no Processo de Raciocnio (PR) da OC. With the need of adaption to the growing changes happening in the business world, throughout the last few years, management accounting has been much criticized for the methods of costing used are not following such changes, turning the use of these meth-ods powerless to help provide an effective management in companies. In the search for creating useful tools to help guarantee effectiveness in decision making in companies, the Constraint Theory, or Restriction Theory, was created as a management tool in which the fundamental objective is to identify constraints that limit the capacity of a company to reach its goals successfully. Much has been written about the application of this theory in corporate industries, once in such business the existence of constraints is very present. With the aim of verifying the viability of its use in service rendered in collective public transport, this work is characterized by the case study of one such company in So Vicente. Initially, some factors that can be seen as constraints were identified in the public transport service, through the use of a questionnaire. With the results, follows the employ of the Thinking Process methodology in the analysis based in the Theory of Constraint.
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Com um mundo dos negcios cada vez mais dinmico, os gestores tm a necessidade de serem capazes de tomar decises que garantam o acompanhamento dessas mudanas. Para isso, precisam ter sua disposio um conjunto de ferramentas e tcnicas de gesto de auxlio ao processo de tomada de deciso. Neste contexto, foi desenvolvido o estudo da teoria de deciso, cuja premissa determinar o valor esperado das decises alternativas, em situaes de incerteza e risco. Tendo em conta o objetivo de verificar a viabilidade da aplicao desta teoria aos custos do transporte pblico colectivo de passageiros, apresentamos o estudo de caso na Transcor-SV, SA, lder do mercado em So Vicente, onde recolhemos os dados, atravs da aplicao de uma entrevista e documentos fornecidos pela empresa. Com estes dados, aplicmos a metodologia baseada nas teorias de deciso. With a business world increasingly dynamic, the managers need to be able to make decisions that ensure the monitoring of these changes. For this, they must have at their disposal a set of tools and management techniques to assist their making decision. In this context, we developed the study of theories of decision, whose premise is to determine the expected value of alternative decisions in situations of uncertainty and risk. Having regard to the objective of verifying the viability of the application this theory to the cost of collective public transport of passengers, we present the case study on Transcor-SV, SA, market leader in So Vicente, where we collect information through the application of an interview and documents supplied by the company. With these data, we applied the methodology based on the theories of the decision.
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A histria da nossa civilizao nos ensinou e demonstrou que o homem sapiens desde sempre sonhava e tentava por vrias formas imitar os pssaros. Mais importante que no obstante vrias tentativas falhadas, continuou a sua caminhada, acreditando que era possvel um dia fazer aquilo que as aves faziam ou ainda muito melhor. A actividade humana esteve sempre e continuar no futuro procurando caminhos menos tortuosos para reduzir distncias entre povos, descobrindo coisas e aprimorando realaes humanas. A regulao jurdica do espao aéreo, a sua histria ao longo dos tempos, nasceu precisamente da necessidade dos Estados procurarem formas eficazes e eficientes de ordenar juridicamente a utilizao do espao aéreo. Hoje quase impensvel viver na terra sem pensar na utilizao ordenada, criteriosa e segura do espao ereo. Assim, a regulao do espaao ereo desde sempre constituiu e continua a constituir uma das maiores preocupaes dos Estados soberanos.
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Os contratos de transporte martimo internacional de mercadorias, tm sido objecto de importantes estudos, atravs dos tempos, porm muitas dvidas ainda restam ser esclarecidas, sobretudo no que concerne a determinao do direito aplicvel aos referidos contratos de transporte. O presente estudo ocupa-se da anlise do contrato de transporte martimo internacional de mercadorias, no Direito Cabo-Verdiano, e destaca essencialmente o problema da determinao do direito material aplicvel aos contratos com base no Direito Internacional Privado geral. Perante as vrias iniciativas, que tm sido desenvolvidas com vista a unificao internacional do direito material aplicvel aos contratos de transporte martimo de mercadorias, sero abordadas, as normas internacionais que tratam desta matria, designadamente a Conveno de Bruxelas de 1924, as Regras de Hamburgo de 1978, e a Conveno de Rotterdam de 2006. Sero igualmente, abordadas as normas do Direito interno Cabo-Verdiano aplicveis aos contratos de transportes martimos, dispostas no Cdigo Martimo de 2010, no Cdigo Civil de 1997 e no Cdigo do Processo Civil de 2010. Ser analisado tambm o direito aplicvel aos contratos de transporte martimo internacional de mercadorias, com base no Direito de conflitos geral, Direito este, que designa a ordem jurdica estadual aplicvel s questes que no so resolveis com base no Direito material unificado. Para finalizar, ser analisado o papel da arbitragem internacional como principal meio de resoluo de disputas envolvendo o direito martimo.
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A indstria de transportes martimos, caracterizada fundamentalmente pelo seu relacionamento global e internacional carecendo portanto de regulamentao igualmente internacional e global, para que ela possa ser exercida com o mnimo de conflitos possvel. Os contratos de transporte martimos e respectivos documentos, figura central desta tese, so regulados por trs regimes internacionalmente em vigor, nomeadamente, a Conveno de Bruxelas de 1924, a Conveno de Bruxelas emendada no ano de 1968 e 1979 e as Regras de Hamburgo de 1978. Cada um destes trs regimes poder ser ratificado pelos diferentes Estados e inseridos na sua legislao, permitindo-se alguma espcie de alterao. Normalmente os contratos de transporte martimos so formalizados por escrito, podendo ser utilizado o conhecimento de embarque ou a carta de porte martimo por exemplo. Estes documentos so ou no aceites dependendo do regime adoptado, podendo ser livremente escolhidos entre as partes interessadas, tendo em conta que sero aceites pela legislao de um determinado pas em particular. Sob os auspcios das Naes Unidas foi adoptada uma Conveno em 2008, mais conhecida por Regras de Roterdo 2008. Embora no esteja em vigor contem disposies relevantes para um passo gigantesco no sentido de um Instrumento Internacional que regule os documentos de transporte em geral com nfase nos documentos de transporte martimo, na sua forma impressa, assinada e timbrada, ou no formato digital incluindo a assinatura electrnica tambm digital. A utilizao de documentos no formato digital uma realidade actual, mas funciona fundamentalmente na base do princpio da liberdade contratual entre os parceiros interessados. Para a sua utilizao global faltam instrumentos internacionais e vontade poltica, j que a tecnologia disponvel considerada relativamente segura e funcional. (Ver os casos das plataformas BOLERO e EssDocs). No entendimento de vrios especialistas cabe aos Governos a responsabilidade de uma liderana legislativa, considerando a magnitude e potencial do EDI, (Electronic Data Interchange) no sentido de se derrubar as arcaicas barreiras artificiais existentes, visando um novo paradigma para as transaces comerciais a nvel internacional.
Resumo:
A temperatura mdia global do planeta superfcie elevou-se de 0,6 a 0,7 C nos ltimos 100 anos, com acentuada elevao desde a dcada de 60. A ltima dcada apresentou os trs anos mais quentes dos ltimos 1000 anos da histria recente da Terra. Hoje, atravs das anlises sistemticas do Painel Intergovernamental de Mudana do Clima (IPCC), sintetizando o conhecimento cientfico existente sobre o sistema climtico e como este responde ao aumento das emisses antropognicas de gases do efeito estufa (GEE) e de aerossis, h um razovel consenso de que o aquecimento global observado nos ltimos 100 anos causado pelas emisses acumuladas de GEE, principalmente o dixido de carbono (CO2), oriundo da queima de combustveis fsseis - carvo mineral, petrleo e gs natural - desde a Revoluo Industrial e, em menor escala, do desmatamento da cobertura vegetal do planeta, e o metano (CH4), e no por eventual variabilidade natural do clima. A mudana global do clima j vem se manifestando de diversas formas, destacando-se o aquecimento global, a maior frequncia e intensidade de eventos climticos extremos, alteraes nos regimes de chuvas, perturbaes nas correntes marinhas, retraco de geleiras e elevao do nvel dos oceanos. A menos que aces globais de mitigao do aumento de emisses de gases de efeito estufa sejam efectivamente implementadas nas prximas dcadas (seria necessria uma reduo de cerca de 60% das emisses globais de GEE para estabilizar suas concentraes em nveis considerados seguros para o sistema climtico global), a demanda futura de energia, principalmente nos pases em desenvolvimento, medida que suas economias se expandem, ter como consequncia alteraes climticas significativamente mais graves, como por exemplo, um aumento das temperaturas mdias globais entre 1,4 e 5,8 graus Celsius (C) at o final do sculo, acompanhadas por substantivas e perturbadoras modificaes no ciclo hidrolgico em todo o planeta. A Conveno do Clima surgiu em resposta s ameaas das mudanas climticas para o desenvolvimento sustentvel, a segurana alimentar e os ecossistemas do planeta, como um tratado internacional de carcter essencialmente universal foi firmada e ratificada por praticamente todos os pases. O objectivo da Conveno o de estabilizar a concentrao dos gases de efeito estufa na atmosfera, em nveis tais que evitem a interferncia perigosa com o sistema climtico. Ora, tal estabilizao somente pode ser obtida pela estabilizao das emisses lquidas (emisses menos remoes) dos gases de efeito estufa. Por outro lado, j impossvel evitar completamente a mudana global do clima. Desta forma, os esforos dos pases acordados na Conveno visam diminuir a magnitude da mudana do clima. O Protocolo de Quioto representa o principal avano obtido na Conveno, estabelecendo limites para a emisso de GEE dos pases do Anexo I (Membros da OCDE e economias em transio), que em seu conjunto devero no perodo 2008-2012 reduzi-las em 5,2% do total emitido por eles em 1990. Negociado em 1997, assinado por praticamente todos os pases, e ratificado por uma grande maioria, o Tratado de Quioto entrou em vigor em 16 de Fevereiro de 2005. No entanto, os Estados Unidos (EUA) decidiram no buscar a sua ratificao, no que foram seguidos pela Austrlia, embora esta ltima tenha declarado que limitar as suas emisses como se houvesse ratificado. Para os pases em desenvolvimento e, sobretudo, para as maiores economias em desenvolvimento como China, ndia e Brasil, que devem, ao mesmo tempo, inserir-se na moderna economia globalizada e superar seus passivos social e econmico, o Protocolo de Quioto um dos itens prioritrios na agenda ambiental. A importncia do instrumento se d, principalmente, por dois motivos: do ponto de vista poltico, o facto de os pases do Anexo I terem metas, e os pases em desenvolvimento no as terem, representou o claro fortalecimento do princpio das responsabilidades comuns, porm diferenciadas, um dos pilares da posio dos pases em desenvolvimento nas negociaes internacionais sobre mudana do clima. Do ponto de vista econmico, o facto de os pases fora do Anexo I no terem metas assegura flexibilidade para seus projectos de desenvolvimento. Nesse contexto, o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) do Protocolo de Quioto cria grande expectativa no pas pelos benefcios que poder trazer para Cabo Verde. Por um lado, os projectos a serem realizados no mbito do MDL representam uma fonte de recursos financeiros para projectos de desenvolvimento sustentvel e, por outro, esses projectos devero incentivar o maior conhecimento cientfico e a adopo de inovaes tecnolgicas. Os pases em desenvolvimento so de facto os mais vulnerveis mudana do clima, em funo de terem historicamente menor capacidade de responder variabilidade natural do clima. A vulnerabilidade de Cabo Verde em relao mudana do clima se manifesta em diversas reas: por exemplo, aumento da frequncia e intensidade de enchentes e secas, com perdas na agricultura e ameaa biodiversidade; mudana do regime hidrolgico, expanso de vectores de doenas endmicas. Alm disso, a elevao do nvel do mar pode vir a afectar todas as ilhas do arquiplago, em especial as ilhas mais planas. Cabo Verde , indubitavelmente, um dos pases que podem ser duramente atingidos pelos efeitos adversos das mudanas climticas futuras, j que tem uma economia fortemente dependente de recursos naturais directamente ligados ao clima, a agricultura e no turismo. Para um pas com tamanha vulnerabilidade, o esforo de mapear tal vulnerabilidade e risco, conhecer profundamente suas causas, sector por sector, e subsidiar polticas pblicas de mitigao e de adaptao ainda incipiente, situando-se aqum de suas necessidades.
Resumo:
A temperatura mdia global do planeta superfcie elevou-se de 0,6 a 0,7 C nos ltimos 100 anos, com acentuada elevao desde a dcada de 60. A ltima dcada apresentou os trs anos mais quentes dos ltimos 1000 anos da histria recente da Terra. Hoje, atravs das anlises sistemticas do Painel Intergovernamental de Mudana do Clima (IPCC), sintetizando o conhecimento cientfico existente sobre o sistema climtico e como este responde ao aumento das emisses antropognicas de gases do efeito estufa (GEE) e de aerossis, h um razovel consenso de que o aquecimento global observado nos ltimos 100 anos causado pelas emisses acumuladas de GEE, principalmente o dixido de carbono (CO2), oriundo da queima de combustveis fsseis - carvo mineral, petrleo e gs natural - desde a Revoluo Industrial e, em menor escala, do desmatamento da cobertura vegetal do planeta, e o metano (CH4), e no por eventual variabilidade natural do clima. A mudana global do clima j vem se manifestando de diversas formas, destacando-se o aquecimento global, a maior frequncia e intensidade de eventos climticos extremos, alteraes nos regimes de chuvas, perturbaes nas correntes marinhas, retraco de geleiras e elevao do nvel dos oceanos. A menos que aces globais de mitigao do aumento de emisses de gases de efeito estufa sejam efectivamente implementadas nas prximas dcadas (seria necessria uma reduo de cerca de 60% das emisses globais de GEE para estabilizar suas concentraes em nveis considerados seguros para o sistema climtico global), a demanda futura de energia, principalmente nos pases em desenvolvimento, medida que suas economias se expandem, ter como consequncia alteraes climticas significativamente mais graves, como por exemplo, um aumento das temperaturas mdias globais entre 1,4 e 5,8 graus Celsius (C) at o final do sculo, acompanhadas por substantivas e perturbadoras modificaes no ciclo hidrolgico em todo o planeta. A Conveno do Clima surgiu em resposta s ameaas das mudanas climticas para o desenvolvimento sustentvel, a segurana alimentar e os ecossistemas do planeta, como um tratado internacional de carcter essencialmente universal foi firmada e ratificada por praticamente todos os pases. O objectivo da Conveno o de estabilizar a concentrao dos gases de efeito estufa na atmosfera, em nveis tais que evitem a interferncia perigosa com o sistema climtico. Ora, tal estabilizao somente pode ser obtida pela estabilizao das emisses lquidas (emisses menos remoes) dos gases de efeito estufa. Por outro lado, j impossvel evitar completamente a mudana global do clima. O Protocolo de Quioto representa o principal avano obtido na Conveno, estabelecendo limites para a emisso de GEE dos pases do Anexo I (Membros da OCDE e economias em transio), que em seu conjunto devero no perodo 2008-2012 reduzi-las em 5,2% do total emitido por eles em 1990. Negociado em 1997, assinado por praticamente todos os pases, e ratificado por uma grande maioria, o Tratado de Quioto entrou em vigor em 16 de Fevereiro de 2005. No entanto, os Estados Unidos (EUA) decidiram no buscar a sua ratificao, no que foram seguidos pela Austrlia, embora esta ltima tenha declarado que limitar as suas emisses como se houvesse ratificado. Para os pases em desenvolvimento e, sobretudo, para as maiores economias em desenvolvimento como China, ndia e Brasil, que devem, ao mesmo tempo, inserir-se na moderna economia globalizada e superar seus passivos social e econmico, o Protocolo de Quioto um dos itens prioritrios na agenda ambiental. A importncia do instrumento se d, principalmente, por dois motivos: do ponto de vista poltico, o facto de os pases do Anexo I terem metas, e os pases em desenvolvimento no as terem, representou o claro fortalecimento do princpio das responsabilidades comuns, porm diferenciadas, um dos pilares da posio dos pases em desenvolvimento nas negociaes internacionais sobre mudana do clima. Do ponto de vista econmico, o facto de os pases fora do Anexo I no terem metas assegura flexibilidade para seus projectos de desenvolvimento. Nesse contexto, o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) do Protocolo de Quioto cria grande expectativa no pas pelos benefcios que poder trazer para Cabo Verde. Por um lado, os projectos a serem realizados no mbito do MDL representam uma fonte de recursos financeiros para projectos de desenvolvimento sustentvel e, por outro, esses projectos devero incentivar o maior conhecimento cientfico e a adopo de inovaes tecnolgicas. Os pases em desenvolvimento so de facto os mais vulnerveis mudana do clima, em funo de terem historicamente menor capacidade de responder variabilidade natural do clima. A vulnerabilidade de Cabo Verde em relao mudana do clima se manifesta em diversas reas: por exemplo, aumento da frequncia e intensidade de enchentes e secas, com perdas na agricultura e ameaa biodiversidade; mudana do regime hidrolgico, expanso de vectores de doenas endmicas. Alm disso, a elevao do nvel do mar pode vir a afectar todas as ilhas do arquiplago, em especial as ilhas mais planas. Cabo Verde , indubitavelmente, um dos pases que podem ser duramente atingidos pelos efeitos adversos das mudanas climticas futuras, j que tem uma economia fortemente dependente de recursos naturais directamente ligados ao clima, a agricultura e no turismo. Para um pas com tamanha vulnerabilidade, o esforo de mapear tal vulnerabilidade e risco, conhecer profundamente suas causas, sector por sector, e subsidiar polticas pblicas de mitigao e de adaptao ainda incipiente, situando-se aqum de suas necessidades.