15 resultados para Política cultural

em Portal do Conhecimento - Ministerio do Ensino Superior Ciencia e Inovacao, Cape Verde


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Trascurridos cincuenta aos de la primera oleada de independencias africanas, la mayora de los nuevos estados viven lingsticamente instalados en el statu quo colonial. Por su carcter intrnsecamente alienante y excluyente, este orden de cosas es política, cultural y educativamente lesivo para la construccin nacional de esos estados y coarta su desarrollo econmico y social. El anlisis de la experiencia africana pone en cuestin el modelo eurocntrico tradicional sobre el papel de las lenguas en los procesos sociales e invita a un cambio de paradigma. De lo que se trata en definitiva es de alcanzar para todos el empoderamiento a travs de las lenguas. Y ello supone no slo el desarrollo por las lenguas, sino tambin el desarrollo de las lenguas.

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Os desafios do Ambiente Mundial mobilizam, desde h varias dcadas, a comunidade internacional. A iniciativa condutora da estratgia de luta da comunidade internacional apareceu sob forma de Desenvolvimento Durvel, lanado em Estocolmo em 1972, e confirmado na Conferencia de Rio em 1992, atravs do consenso a volta dos princpios, recomendaes e aces da Agenda 21 e sobretudo das convenes internacionais, nova abordagem da problemtica do ambiente mundial. Cabo Verde, para confirmar a sua participao na luta contra as ameaas ambientais planetrios, ratificou as principais convenes internacionais e comprometeu se a implementa-las atravs de estratgias e planos de aco. A Conveno da Luta contra a Desertificao (CCD) um documento legal que visa a assegurar a adeso das Partes para o longo prazo. Ele aparece como o primeiro e nico instrumento, juridicamente constrangedor, implementado para abordar os problemas da desertificao. A Conveno conta com um prembulo, um texto principal de 40 artigos e 5 anexos relativos implementao regional. A Conveno foi adoptada em Paris (Frana), no dia 17 de Junho de 1994, que foi declarado Dia Mundial de Luta contra a Desertificao. Em Dezembro de 1996, a CCD entrou em vigor, 90 dias aps a sua ratificao por 50 pases. A primeira Conferencia dos Pases Parte (COP/1) foi realizada em Roma (Itlia), as regras que governam a COP e os seus rgos subsidirios foram definidas, o funcionamento do Mecanismo Mundial estabelecido e o Secretariado permanente designado. Em 2002, cerca de 180 pases j tinham ratificado ou aderido a Conveno. Em Cabo Verde, o fenmeno da desertificao manifesta-se em todo o pas, de forma diferente e de acordo com as caractersticas fsicas das ilhas. A partir da independncia (1975) os responsveis cabo-verdianos deram ao ordenamento do espao rural uma dimenso nacional. O estabelecimento de uma estratgia de reconquista da natureza est ligado a razes de ordem política, cultural e econmica. Cabo Verde, em 1995, foi o primeiro pas africano e o secundo no mundo que assinou e ratificou a Conveno de Luta contra a Desertificao. Isto demonstra a importncia estratgica dada a referida Conveno num contexto inovador pelas autoridades cabo-verdianas, fazendo de Cabo Verde um pas chefe de fila na sub - regio africana. Consciente do fracasso dos mtodos de interveno preconizados no passado e tendo uma real vontade de fazer participar as populaes nas políticas de desenvolvimento rural, o Governo cabo-verdiano adoptou uma estratgia que favorece a descentralizao dos servios tcnicos e a privatizao das actividades de produo e gesto dos recursos naturais, com uma desvinculao gradual do Estado. intrnseca reconhecer os esforos enormes, quase hercleos, de Cabo Verde na Luta contra a Desertificao anteriormente a CCD, tambm necessrio relembrar o papel de Cabo Verde enquanto locomotiva da CCD na sub-regio saheliana, mas importante realar que Cabo Verde no aproveitou e nem sequer esgotou os recursos ou oportunidades da CCD. A ligao entre o Ambiente e o Desenvolvimento Durvel determinante para um pas como Cabo Verde. Os cenrios de desenvolvimento humano e econmico, tendo em conta a vulnerabilidade ambiental e no contexto de um pequeno estado insular em desenvolvimento (SIDS), devem ser bem avaliados e implementados com uma viso estratgica real do futuro. A implementao das Convenes revela muitas interaces, semelhanas e interseces. A sua compreenso e apreenso atravs de uma abordagem coordenada so susceptveis de melhorar a eficcia. As ligaes existentes entre as convenes devem ser entendidas como oportunidades favorecendo a implementao de aces concretas. Portanto, convm fazer um ponto de situao dos pontos fortes e dos pontos fracos da implementao das convenes. A implementao das obrigaes ou engajamentos das convenes necessita fortes capacidades de acordo com a importncia dos seus objectivos. As Convenes internacionais j foram implementadas em Cabo Verde, h vrios anos, nomeadamente a CCD. No entanto, o problema da coordenao das suas implementaes separada ou sinrgica no teve ainda soluo. O projecto NCSA-GEM, que traduz a vontade do Governo Caboverdiano em dar uma importncia particular ao reforo sinrgica das capacidades, constitui uma oportunidade para Cabo verde, com o apoio do PNUD-GEF, para melhorar as suas capacidades de implementao das convenes, e nomeadamente a CCD.

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De successifs Gouvernements du Portugal, Organisations du Gouvernement Portugais et ses reprsentants lgitimes, non mal de fois, saffolent associer la Langue Portugaise non seulement lidentit Nationale mais aussi comme un moyen de reconnaissance internationale du pays, lie une vision plus largie relie au concept golinguistique et gopolitique de Lusophonie. Un concept particulirement important et opratif quil est assimil limage dautres langues de prsence globale ou, du moins, comme des langues de communication international intercontinental comme les pays Anglophones, Spanophones et Francophones -. Le but, est celui de promouvoir lusage international de la langue portugaise aussi que le dveloppement conomique et social des huit pays rassembls la Communaut des Pays de Langue Portugaise (CPLP). Cette tude, essaye de trouver les relations entre le discours officiel diffus et les programmes de chaque Gouvernement depuis 1974. Une recherche sur la promotion, diffusion et/ou dfense de la langue portugaise soit en temps que PLE (Portugais Langue trangre), soit en temps que dans le domaine de lusage de la Langue Portugaise dans les diffrents Forums Internationaux dont le Portugal et les autres pays de langue portugaise font partie. Les discours et les documents officiels nous prsentent toujours la promotion et diffusion de la langue comme une priorit, un impratif national, il est donc aussi impratif de confronter tous ces mots, dits et crits, avec la ralit de laction politique, voir, la politique de la langue effectivement mise en place, par les successifs gouvernements.

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Sucessivos Governos, Organizaes Governamentais e responsveis desses Governos e Organizaes tm apresentado at ao presente e de forma veemente e repetida uma sistemtica ligao da lngua portuguesa no s identidade nacional como tambm a uma forma de reconhecimento internacional ligada a uma viso mais ampla, geolingustica e geopolítica de uma Lusofonia, capaz de agir de forma concertada conforme ao exemplo de outros blocos poltico-lingusticos, como o Francfono, o Espanfono ou o Anglfono, por forma a promover o uso alargado da lngua portuguesa como lngua internacional e o desenvolvimento econmico e social dos pases membros da Comunidade de Pases de Lngua Portuguesa (CPLP). Este trabalho um estudo sobre a indissocivel relao entre as reiteradas afirmaes constantes no discurso oficial e nos documentos legais que as suportam no que respeita promoo e difuso do uso da Lngua Portuguesa quer como Lngua Estrangeira (PLE), quer na promoo do seu uso nas Organizaes Internacionais de que Portugal, os Pases de Lngua Portuguesa ou de Lngua Oficial Portuguesa fazem parte. Este discurso oficial sobre a lngua e a documentao legal que a suporta, que surge sempre apresentado como uma prioridade política e como desgnio nacional, impe a necessria confrontao entre a afirmao daqueles propsitos e a realidade da política de lngua implementada de facto, ou seja, a forma como esse desgnio nacional levado prtica pelo Estado e, logo, pelos governantes que agem em seu nome e definem esta política de lngua externa ao longo de um perodo de cerca de 30 anos de democracia em que este estudo se centra.

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A estratgia de desenvolvimento de Cabo Verde tem passado por um acentuado investimento na formao dos seus recursos humanos, desde a expanso e democratizao do ensino bsico at recente criao da Universidade estatal. A aposta numa política de formao de quadros teve de contar com a cooperao com outros pases, dada a inexistncia de ensino superior nas ilhas e incapacidade financeira para a sua implementao. Nesta apresentao, pretende-se demonstrar que uma das consequncias do investimento na educao foi a constituio de uma elite cujo trao comum a sua formao acadmica adquirida fora das ilhas e a capacidade tcnica desenvolvida na chefia dos servios pblicos. Desse capital cultural faz parte toda a experincia que conseguiram amealhar no estrangeiro durante o seu perodo de estudos universitrios, debatendo-se com obstculos lingusticos, culturais, financeiros e, at, identitrios, os quais representam uma riqueza adicional ao seu perfil enquanto dirigentes da administrao pblica cabo-verdiana.

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Este trabalho tem por finalidade analisar a relao entre a estratgia na conduo da política externa cabo-verdiana e o seu crescimento e desenvolvimento econmico, de 1975 a 2008. Ou seja: At que ponto a estratgia seguida por Cabo Verde na conduo da política externa contribuiu para o seu desenvolvimento?. Esta a questo fulcral qual a presente dissertao procura responder. A anlise ser dividida em dois perodos, sendo que o primeiro corresponde ao perodo anterior abertura poltico-econmica de 1975 a 1991, e o segundo ao perodo posterior referida abertura de 1991 a 2008. A investigao baseia-se nas literaturas cabo-verdiana, portuguesa e outras consideradas relevantes para o efeito pretendido, entrevistas informais a alguns membros ou ex-membros de Governo e diplomatas cabo-verdianos, legislao e documentos oficiais sobre Cabo Verde, consultas na internet, bem como na prpria experincia vivida pelo autor deste trabalho, que tem acompanhado a evoluo do pas desde os primeiros anos aps a independncia. Conclui-se que, durante o perodo em estudo, a estratgia adoptada por sucessivos Governos na conduo da política externa do pas tem-se revelado determinante para o crescimento e desenvolvimento do arquiplago. A defesa do interesse nacional de Cabo Verde tem sido sempre o objectivo essencial dos governantes. Todavia, nos primeiros anos aps a independncia, sentiu-se, no pas, alguma influncia de pressupostos ideolgicos, o que tornou menos objectiva a conduo da política externa. Atravs das relaes externas de cooperao, das ajudas pblicas ao desenvolvimento, das parcerias, das remessas de emigrantes e de outros financiamentos, o pas tem conseguido progredir em vrias reas, a saber, nos domnios econmico, social, poltico e cultural. A abertura política e econmica a partir de 1991 foi um factor determinante para a credibilizao da política externa do pas no contexto internacional, o que contribuiu para o seu crescimento e desenvolvimento. Finalmente, analisam-se as possveis causas da cooperao deficitria entre frica e o arquiplago, bem como os principais objectivos alcanados por Cabo Verde a partir de 2005, nomeadamente a conquista do programa norte-americano Millennium Challenge Account (MCA), a elevao do arquiplago a Pas de Desenvolvimento Mdio (PDM), a parceria especial com a Unio Europeia, bem como a entrada para a Organizao Mundial do Comrcio (OMC), entre outros desafios da política externa cabo-verdiana.

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Neste estudo, dedicamo-nos anlise da política curricular cabo-verdiana, enfatizando a constituio da lngua crioula como enunciao cultural. Temos como objetivo desconstruir o conceito de tradio cultural, dando maior enfoque a traduo cultural, na tentativa de explicar o conceito construdo pela identidade cabo-verdiana. A nosso ver, a compreenso desses conceitos numa perspectiva ps-moderna e ps-colonial nos possibilita pensar o currculo como um enunciado cultural. Nesse sentido, a cultura assume um papel de base e de centralidade no currculo, trazendo tona questes para negociao e articulao das culturas que compem Cabo Verde. O estudo tem como base terica pesquisadores cabo-verdianos, para discutir as questes no campo de histria e cultura; os estudos de Stephen Ball para o ciclo de política; de Ernesto Laclau e Chantal Mouffe para a definio do poltico/da política; de Stuart Hall e Homi Bhabha para as questes da diferena e cultura e; Elizabeth Macedo e Alice Lopes para o campo do currculo. Para a elaborao do trabalho foram utilizados os seguintes recursos metodolgicos: pesquisa bibliogrfica; anlise documental; estudos de obras ligadas historiografia política e intelectual cabo-verdiana e africana. Conclumos que o processo de oficializao da lngua cabo-verdiana est, profundamente, condicionado pelas representaes acerca das lnguas que os falantes tm e que em Cabo Verde, correspondem a formaes lingusticas muito especficas.

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Atravs desta comunicao, pretende-se expr algumas das principais perspectivas volta da relao da chamada cultura de cordialidade com a democratizao. E, a partir disto, sugerir a aplicabilidade desse debate no caso cabo-verdiano, buscando averiguar algumas tendncias de cultura política neste cenrio, no qual a categoria cultural Morabeza, largamente assumida, nos meios intelectual e popular, como espcie de expresso acabada da cabo-verdianidade e do ethos crioulo, tido como profundamente cordial.

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Este artigo examina dois processos correlacionados constituio de elites intelectuais em Cabo Verde: a disputa das vrias verses sobre a identidade cultural das ilhas e a problemtica da mediao política e cultural, isto , de como diferentes lgicas (políticas, literrias) se articulam na relao entre a posio de produtor cultural e a condio de mediao cultural e política. Em Cabo Verde essa condio de mediador poltico-cultural tem sido disputada, ao longo deste sculo, por grupos que se definem como intelectuais. Alm de demonstrar o carter arbitrrio da inveno de essncias nacionais como a cabo-verdianidade, pretende-se aqui estabelecer correlaes entre as lutas de legitimao das diversas verses de identidade nacional e a constituio de um espao de mediao que proporciona importantes lucros materiais e simblicos a quem o monopoliza.

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Este trabalho tem como principal objetivo fazer uma reflexo sobre trs revoltas dos rendeiros na ilha de Santiago em Cabo Verde, entre os anos de 1822 a 1910. Prope mostrar a especificidade das revoltas dos Engenhos (1822), de Achada Falco (1841) e de Ribeiro Manuel (1910), compreendendo alm do panorama cultural, a importncia das confrontaes políticas, como elementos condicionadores dessas revoltas. Por outro lado, prope demonstrar que alm das causas econmicas e culturais apontadas pela historiografia, as revoltas foram buscar sua inspirao nas disputas políticas. Prope ainda demonstrar como as elites políticas locais apropriaram das festas religiosas para mobilizar os rendeiros do interior da ilha de Santiago. Alm disso, analisa como as revoltas dos rendeiros devem ser compreendidas a partir das reivindicaes pelo livre acesso s terras cultivadas.

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Atravs deste ensaio procuramos enfatizar alguns dos principais modelos interpretativos da chamada cultura política de matriz ibrica e a sua relao com o enraizamento da democracia. Expe-se, enquanto manifestao dessa tendncia cultural,a caracterizao da ideia de cordialidade, melhor expressa, no contexto cabo-verdiano, atravs da categoria Morabeza. Tanto argumentos apologticos quanto argumentos crticos so apresentados, no que concerne relao dessa corrente cultura com o aprofundamento da ordem scio-política democrtico-moderna.

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This work contributes to an understanding of how the existence of multiple ethnic- cultural belongings in the political community concurs with the maintenance of a socially cohesive and politically united community. Considering the immigration reality in Portugal, we tried to identify the bonds that link immigrants to the political community and how those bonds can be mobilized to integrate immigrants in a common living project inside the national territory. Methodologically, this investigation is based in a qualitative and quantitative analysis of the policies and measures applied in Portugal in the immigration sphere, as well as the results of the empirical work we carried out with two immigration groups (Brazilians and Cape Verdeans) living in Lisbons metropolitan area, and the answers to a survey we sent to immigrant associations. The results of this research revealed the existence of a certain political ambivalence concerning the immigrant integration process, which expresses itself to a certain degree in the way national citizens and immigrants appraise the immigrant contribution to Portuguese society. The prevailing and blurred idea states that immigration expenses dont make up for the benefits, and that is likely to influence the mutual relationship established between the two. Despite the existence of objective situations of social and economic disparity and despite a feeling of discrimination shared between immigrants, it is possible to identify a progressive citizenship universalization and the formal acceptance of immigrant religious and cultural traditions, even though the Portuguese parliament does not reflect such diversity. Thus, we perceive the possibility of warranting specific ethnic and cultural minority rights without the ethnicization or culturalization of political representation, and the general standards that serve as a backbone to the national political community might be enough to warrant that protection. Notwithstanding, some signs suggest that immigrant access to public sphere might not be easy, and this might have repercussions in the visibility and in the public discussion of demands, with outcomes on the type of integration policies Portugal applies.

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A tese que ora findamos visa a obteno do grau de doutora em Educao, na Especialidade de Desenvolvimento Curricular, pelo Departamento do Currculo e Tecnologia Educativa, do Instituto de Educao e Psicologia, da Universidade do Minho. Intitulado o dualismo cultural: os luso-caboverdianos entre a escola, a famlia e a comunidade, o presente estudo centra-se numa abordagem crtica da escolaridade bsica obrigatria, no qual procurmos compreender e explicar as condies de realizao deste nvel de ensino pelos jovens de ascendncia caboverdiana, nascidos em Portugal, na qualidade de sujeitos biculturais em consequncia da simbiose das culturas caboverdeana e portuguesa. Isto para concluirmos se na oferta do servio educativo e de formao esto acautelados os seus direitos de cidadania e de participao na sociedade em que se encontram inseridos e a que pertencem de facto. Nesta investigao foi fundamental analisar a oferta de educao bsica, entender as representaes de alunos lusocaboverdeanos acerca da sua identidade cultural e das suas percepes sobre a formao acadmica que recebem; reconhecer representaes e percepes de professores acerca da realidade educativa portuguesa, o enquadramento da multiculturalidade e a docncia em turmas com alunos luso-caboverdianos, e compreender as percepes de pais e encarregados da educao caboverdeanos acerca da realidade educativa portuguesa e do enquadramento dos seus filhos na escola, para perceber se o insucesso educativo dos luso-caboverdeanos est relacionado com a condio de aluno culturalmente diferente ou se tem a sua origem na escola e no currculo da escolaridade obrigatria e, assim, contribuir com subsdios tericos e prticos para o aprofundamento da problemtica da multiculturalidade em Portugal, com vista sua potenciao e normalizao no sistema educativo. Estando perante uma sociedade de formao multicultural reafirmada com a colonizao, justifica-se, em Portugal, a preocupao com a temtica da diversidade cultural nas políticas educativas, resultante da consciencializao da manifestao da diversidade cultural no contexto escolar, podendo a sua omisso constituir num factor de insucesso educativo. Por isso, integramos nesta investigao matrias como: uma conceptualizao do multiculturalismo com vista a questionar e clarificar os conceitos e as perspectivas inerentes a este fenmeno. Uma tentativa de desocultar para perceber o contedo simblico e os porqus das políticas de integrao das minorias etnicoculturais que, ao que parece, nos tempos que correm, por quase toda a parte, se converteram numa prioridade absoluta e inadivel. Estabelecemos uma ponte entre a gnese do campo curricular e a construo de um currculo multi e/ou intercultural, merecendo devida ateno as tendncias que dominam as discusses e a produo cientfica actuais nestes domnios. Problematizmos o currculo e identidade na escolaridade obrigatria nas dimenses insero sociocultural, promoo da igualdade de sucesso educativo e incluso dos sujeitos e o currculo e a educao para o exerccio da cidadania numa escola que se quer plural. Neste ltimo debatemos o contedo poltico da educao para a cidadania, as políticas educativas e curriculares e a escolaridade bsica obrigatria como uma proposta que continua em aberto, por isso, passvel de adequao s necessidades de uma educao da e para a diversidade. Procurmos fazer uma anlise das políticas de integrao socioeducativa da diversidade cultural, com destaque para o quadro legal que regula a integrao das minorias tnicas na escola bsica portuguesa, com particular incidncia sobre as crianas pertencentes comunidade caboverdeana nascidas em territrio portugus, procurando concluir acerca da existncia, ou no, de posies e opes de políticas educativas concretas face necessidade de dar prosseguimento educao multicultural neste contexto. Tratou-se de uma investigao qualitativa holstica, que permitiu desenvolver compreenses profundas dos fenmenos a partir das evidncias reunidas, do estudo das representaes dos sujeitos sobre quem recaem os resultados da investigao, mas tambm de sujeitos que, assim como o meio envolvente, estabelecem uma relao indirecta com os mesmos resultados. Circunscrito a um estudo de caso, a reflexo e a partilha de conhecimento e informaes possibilitou desenvolver uma compreenso sobre a problemtica estudada. Dos resultados obtidos, destacmos aqui que, em Portugal, apesar da absorvncia da diversidade cultural nas política educativa, no se concretizou, ainda, uma proposta que, na prtica, crie a reciprocidade entre as questes etnicoculturais e o sucesso e/ou insucesso educativos das minorias em educao com ganhos decisivos no combate ao insucesso e ao abandono escolar. Continua-se a desenvolver uma educao igualitarista monocultural pela via da homogeneizao curricular, assente na noo de que povos e grupos podem estar em condies de igualdade se reunidos numa cultura comum. Aparentemente sob pilares democrticos, esta educao multicultural segue a concepo liberal associando essencialismo, universalismo e igualitarismo, resultando num propsito civilizacional excludente das minorias etnicoculturais. As concluses chegadas permitem-nos defender a dessacralizao do currculo nacional comum e uniforme e a defesa de uma proposta curricular baseada numa cultura cientfica global e necessria, de acordo com as faixas etrias e nveis de ensino, com campos de integrao obrigatria de contedos territorializados alicerados no interculturalismo como estratgia promotora da interaco crtica e solidria entre diferentes sujeitos e grupos culturais, permissiva da construo de identidades prprias e da confisso da diferena cultural, associada ao intraculturalismo como uma via permeabilizadora da educao democrtica como garante da cidadania plena a todos os indivduos, como condio fundamental para o estabelecimento das condies de igualdade e de garantia de sucesso em educao.

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O presente trabalho um contributo para entender em que medida a existncia de mltiplas pertenas tnico-culturais na comunidade política concilivel com a manuteno de uma comunidade socialmente coesa e politicamente unitria. Tendo em conta a realidade imigratria em Portugal, procurou-se saber quais os laos que ligam os imigrantes comunidade política e em que medida eles podem ser mobilizados para a integrao dos imigrantes num projecto comum de vivncia em territrio nacional. Metodologicamente, este trabalho tem por base a anlise qualitativa e quantitativa das políticas e medidas adoptados em Portugal em matria de imigrao, bem como, os resultados do trabalho emprico por ns realizado junto de dois grupos de imigrantes (brasileiros e cabo-verdianos) residentes na rea metropolitana de Lisboa, assim como os resultados de um questionrio enviado s associaes de imigrantes. Os resultados da pesquisa apontam para a existncia de uma certa ambivalncia política no processo de integrao dos imigrantes, a qual se reflecte de algum modo na forma como os nacionais e os imigrantes valorizam o contributo dos imigrantes para a sociedade portuguesa, sobressaindo uma ideia difusa generalizada de que os custos da imigrao no compensam os seus benefcios, o que provavelmente afectar o relacionamento recproco. Apesar de situaes objectivas de desigualdade social e econmica e da percepo de discriminao existente entre os imigrantes, possvel identificar uma progressiva universalizao da cidadania e a aceitao formal das tradies religiosas e culturais dos imigrantes, mesmo no sendo o parlamento portugus representativo dessa diversidade. Deste modo, afigura-se ser possvel assegurar direitos especficos de proteco das minorias tnicas e culturais sem que seja necessria a etnicizao ou a culturalizao da representao política e os princpios gerais que estruturam a comunidade política nacional podero ser suficientes para assegurar essa proteco. No entanto, existem indcios que sugerem que o acesso dos imigrantes esfera pblica poder no ser fcil, o que se poder traduzir na visibilidade e na discusso pblica das suas reivindicaes, com consequncias a nvel do tipo de políticas de integrao adoptadas em Portugal.

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Este trabalho intitulado A Participao Política feminina Em Cabo Verde: O Caso do Parlamento 1975-2011 pretende analisar a evoluo das mulheres na política em Cabo Verde e se apenas o desenvolvimento econmico, social e cultural tm reflectido nesse aumento das mulheres no Parlamento ou se existe outros factores que explicam esse fenmeno. Por fim compreender e explicar o porqu dessa sub-representao política feminina nos rgos do poder, mais concretamente no Parlamento Cabo-verdiano. Esta problemtica tem tido bastante repercusso a nvel nacional e internacional, sendo debatidas por vrias instituies dessa envergadura nomeadamente a ONU, OMCV, o ICIEG entre outros. Ao longo deste trabalho podemos constatar que em Cabo Verde no havia evidncias de mulheres na política durante o perodo monopartidrio (1975), mas a partir da abertura democrtica em Cabo Verde no ano (1990), esse fenmeno comeou a dinamizar, facto que hoje se verifica um aumento das mulheres nos rgos do poder poltico, nomeadamente no Parlamento, mas que na opinio de vrios autores ainda persiste uma sub-representao política feminina nesses mesmos rgos. Nesta anlise expomos algumas variveis do Desenvolvimento Econmico, Social e Cultural, e tambm destacamos outras variveis tais como: Nvel de instruo, Integrao nos grupos e a Conscincia de classes que nos possibilitam explicar esse aumento participativo das mulheres na política e por fim delinear alguns factores que nos ajudam a explicar essa sub-representao feminina, operacionalizando as teorias dos vrios autores, com os dados empricos provenientes de sites oficiais, nomeadamente do Instituto Nacional de Estatsticas, (INE), do Instituto Cabo-verdiano para Igualdade e Equidade de Gnero (ICIEG), e ainda no Boletim Oficial (BO) de Cabo Verde.