13 resultados para Hormônios Peixes
em Portal do Conhecimento - Ministerio do Ensino Superior Ciencia e Inovacao, Cape Verde
Resumo:
O Brasil dos pases lderes na importao de peixes salgados e secos. Em 2008, importou da Noruega cerca de 30 mil toneladas destes produtos, a um custo de aproximadamente 190 milhes de dlares. O bacalhau um produto salgado e seco bastante apreciado no pas, mas espcies afins, de menor valor comercial, so tambm utilizadas na fabricao de peixes salgados secos e muitas vezes comercializadas como o bacalhau do Atlntico (Gadus morhua). A variao da razo de istopos estveis de carbono (13C/12C) e de nitrognio (15N/14N) medida com alta preciso por espectrmetro de massa de razo isotpica (IRMS) e nos ltimos 20 anos tem aumentado significativamente a aplicao desta tecnologia na avaliao de fraudes e adulteraes dos alimentos. O objetivo deste trabalho foi utilizar istopos estveis de 15N e 13C na identificao de bacalhau e espcies afins. Utilizando a anlise isotpica, em msculos e ossos, foi possvel diferenciar o bacalhau (do Atlntico e do Pacfico) de Ling, Zarbo e Saithe (p < 0,01), que so trs produtos salgados e secos de menor valor comercial. Com a pele no foi possvel tal distino entre bacalhau do Pacfico e Ling (p > 0,05). A combinao de anlises de valores de 15N de diferentes tecidos msculo, pele e ossos possibilitou a separao das espcies. A comparao grfica de valores de 15N de msculo vs. pele, msculo vs. ossos e pele vs. ossos permite estabelecer trs regies de confiana: uma com bacalhau do Atlntico e bacalhau do Pacfico; outra com Ling e Zarbo; e finalmente, uma terceira regio com o Saithe isolada de todos. Os resultados obtidos demonstram que a metodologia vivel para a distino entre bacalhau e outros peixes salgados secos. No entanto, concluses mais seguras sero obtidas com uma base de dados, para que, isotopicamente, se faa um histrico da origem desses peixes
Resumo:
O Brasil dos pases lderes na importao de peixes salgados e secos. Em 2008, importou da Noruega cerca de 30 mil toneladas destes produtos, a um custo de aproximadamente 190 milhes de dlares. O bacalhau um produto salgado e seco bastante apreciado no pas, mas espcies afins, de menor valor comercial, so tambm utilizadas na fabricao de peixes salgados secos e muitas vezes comercializadas como o bacalhau do Atlntico (Gadus morhua). A variao da razo de istopos estveis de carbono (13C/12C) e de nitrognio (15N/14N) medida com alta preciso por espectrmetro de massa de razo isotpica (IRMS) e nos ltimos 20 anos tem aumentado significativamente a aplicao desta tecnologia na avaliao de fraudes e adulteraes dos alimentos. O objetivo deste trabalho foi utilizar istopos estveis de 15N e 13C na identificao de bacalhau e espcies afins. Utilizando a anlise isotpica, em msculos e ossos, foi possvel diferenciar o bacalhau (do Atlntico e do Pacfico) de Ling, Zarbo e Saithe (p < 0,01), que so trs produtos salgados e secos de menor valor comercial. Com a pele no foi possvel tal distino entre bacalhau do Pacfico e Ling (p > 0,05). A combinao de anlises de valores de 15N de diferentes tecidos msculo, pele e ossos possibilitou a separao das espcies. A comparao grfica de valores de 15N de msculo vs. pele, msculo vs. ossos e pele vs. ossos permite estabelecer trs regies de confiana: uma com bacalhau do Atlntico e bacalhau do Pacfico; outra com Ling e Zarbo; e finalmente, uma terceira regio com o Saithe isolada de todos. Os resultados obtidos demonstram que a metodologia vivel para a distino entre bacalhau e outros peixes salgados secos. No entanto, concluses mais seguras sero obtidas com uma base de dados, para que, isotopicamente, se faa um histrico da origem desses peixes.
Resumo:
Com o intuito de conhecer o potencial zootcnico do pampo, foi avaliado o efeito de diferentes densidades de estocagem (100 e 200 peixes/m3) na sobrevivncia e crescimento do pampo amarelo (Trachinotus carolinus), criado em tanque-rede instalado em ambiente marinho. Peixes com aproximadamente 1,0 a 2,0 g, capturados em arrastos nas praias rasas do municpio de Ubatuba, S.P., foram transportados ao Ncleo de Pesquisa e Desenvolvimento do Litoral Norte Agncia Paulista Tecnolgica do Agronegocio Secretaria da Agricultura e Abastecimento e mantidos durante 45 dias em tanques-rede de 5mm de malhagem. Aps seleo manual, animais de 4,0 0,17g foram estocados, nas densidades de 100 e 200 peixes/m3, em tanques-rede de multifilamento com 2 x 2 x 1,5m e 12 mm de malhagem, fixos a um deck flutuante (6,0 x 8,0 m), instalado diretamente no mar a profundidade de aproximadamente 3,5 0,5 m. Os animais foram alimentados duas vezes ao dia at a saciao com rao de 40% de PB. Aps 120 dias, as taxas de sobrevivncia mdia observadas foram 77,23% e 73,11%; pesos mdios (52,79 4.86 g e 52,64 5.64 g); Ganho de Peso (GP) (48,69 4,05 g e 48,73 4,00 g); Taxa de Crescimento Especifico (TCE) (2,13 1,24 e 2,16 1,03) e Converso Alimentar Aparente (CAA) (3,23 1,52 e 2,66 0,78), respectivamente para 100 e 200 peixes/m3. Estes dados no apresentaram diferenas significativas (P 0,05) entre os tratamentos testados. Entretanto os ganhos de peso do pampo, no presente experimento foram superiores a muitos trabalhos encontrados na literatura, o que nos leva a concluir que a densidade de 200 peixes/m3, utilizada neste estudo, pode ainda estar abaixo da capacidade de suporte para a espcie e pode ser o ponto de partida para futuros estudos, considerando o estgio de desenvolvimento dos animais.
Resumo:
No meio ambiente marinho, a apreenso e assimilao das escalas de variao espacial e temporal constitui condio indispensvel na compreenso da dinmica e da estrutura de populaes. Em sistemas de arquiplagos, estes processos so influenciados por interaces mltiplas entre os factores fsicos do meio como a batimetria, a topografia, a morfologia das ilhas, a extenso das plataformas insulares e a distncia geogrfica, associados variaes hidrodinmicas de curta e mdia escala. Esta tese de doutoramento pretende definir e modelar o funcionamento ecolgico do arquiplago de Cabo Verde em termos de estrutura e dinmica de populaes demersais. O trabalho considera as escalas de ilha, ms e estao do ano e analisa as principais variveis que influenciam a variao espacial e temporal da distribuio e abundncia das espcies. O objectivo estabelecido foi alcanado graas a uma abordagem metodolgica que privilegia a interdisciplinaridade. Procura assim optimizar as vantagens e possibilidades tcnicas oferecidas em diversas disciplinas relacionadas, directa ou indirectamente, com a Oceanografia, tais como a Biologia Haliutica, a Geoestatstica, a Ecologia Numrica, a Geometria Morfomtrica e a Fsica. Numa primeira etapa, a partir de capturas comerciais de 18 espcies de peixes demersais, este trabalho pe em evidncia a existncia de uma estrutura ecolgica ligada distncia geogrfica e batimetria, estes como os principais factores de isolamento fsico entre as ilhas. Esta estrutura relativamente menos marcante durante a estao fria, entre Dezembro e Abril, do que durante a estao quente, entre Maio e Novembro. Estes mesmos dados de pesca so em seguida utilizados para ilustrar a existncia de uma estratgia de ocupao do espao independente da densidade das populaes demersais, dependendo essencialmente do espao disponvel, que assume assim natureza de factor limitante da dinmica espacial em sistemas insulares ocenicos. Assim, as populaes das ilhas de plataforma mais reduzida tendem em se distribuir no espao segundo uma dinmica espacial de densidade proporcional em relao sua abundncia. Contrariamente, aquelas das ilhas de plataformas relativamente largas, revelam uma variao diferencial da densidade, provavelmente relacionada com a heterogeneidade do ambiente local. Numa segunda etapa, esta tese descreve a estrutura fenotpica das populaes de uma espcie de peixe demersal a Garoupa (Cephalopholis taeniops) baseada em variaes de forma do corpo. As variaes fenotpicas interilhas so manifestamente significativas e mais expressivas do que as variaes intra-ilhas. Estas divergncias morfolgicas esto correlacionadas positivamente com o isolamento fsico, corroborando assim a hiptese segundo a qual a fragmentao natural dos habitats no Arquiplago de Cabo Verde pode ser interpretada em termos de estrutura de populaes marinhas. Finalmente, um padro hidrodinmico descrito par o arquiplago, pondo em evidncia estruturas de circulao turbilhonria assimtrica (ciclnica e anti-ciclnica) e correntes este-oeste e norte-sul, jusante das ilhas. Estes padres de circulao so influenciados pelo isolamento fsico entre as ilhas segundo uma variao sazonal que coincide com a sazonalidade climtica e determinam a conectividade hidrodinmica entre as ilhas. O estudo destes processos pe em evidncia mecanismos de conexo potencialmente importantes nas trocas de matria entre ilhas e, consequentemente, na manuteno das populaes ao nvel dilha e arquiplago. As ilhas orientais so as mais vulnerveis e representam uma fonte de matria biolgica para as ilhas do norte e para as do sul. Um balano larvar resultante da definio e implementao de um modelo de deriva Lagrangiana de partculas fornece importantes elementos de diagnstico sobre a situao de certos stocks explorados e levanta um interessante debate sobre a eficincia das estratgias actuais e futuras de gesto e conservao dos recursos marinhos em Cabo Verde.
Resumo:
O conhecimento da histria natural e das fases do ciclo de vida dos peixes ajuda-nos a conhecer e entender melhor a dinmica ecolgica da comunidade ctica. Estudos de distribuio e abundncia do ictioplancton so importantes na determinao dos perodos e locais de desova. A identificao precisa desses locais tem importncia fundamental na implementao de medidas de gesto, visando a gesto sustentvel das espcies enquanto recurso marinho explorvel. O crescimento e a mortalidade de peixes marinhos nos estgios iniciais dos ciclos de vida so muito variveis. Pequenas variaes em taxas de crescimento provocam grandes variaes na sobrevivncia e consequentemente, na disponibilidade do recurso para a pesca. Isto deve-se s diferentes mecanismos e interaces entre os factores ecolgicos que influenciam a dinmica dos gmetas, ovos, larvas e juvenis de peixes. Acredita-se pois que tal seja uma das causas fundamentais que explica a variabilidade encontrada no recrutamento de recursos pesca. A maior mortalidade dos peixes ocorre nos primeiros 100 dias de vida, durante o estado de ovo, larva e pslarva. Em 2002/2003, foi realizada, no canal entre So Vicente e Santo Anto, a primeira campanha especificamente dirigida ao ictioplancton na regio. Os resultados obtidos e sua importncia no desenvolvimento da pesca, motivaram a elaborao de um programa de estudo em Cabo Verde, que se prev com uma durao inicial de 5 anos.
Resumo:
INFORMAES SOBRE A PREPARAO DO RELATRIO Com a ratificao da Conveno das Naes Unidas sobre a Biodiversidade, em Maro de 1995, Cabo Verde comprometeu-se perante o mundo em apresentar periodicamente Conferncia das Partes, o balano da implementao da Conveno, com particular destaque sobre o estado de conservao da biodiversidade, a nvel nacional. O primeiro relatrio foi elaborado em 1999 e o segundo em 2002. Este terceiro relatrio foi elaborado com base em informaes existentes e disponveis nas instituies ligadas directa ou indirectamente gesto da biodiversidade, nomeadamente o Instituto Nacional de Investigao e Desenvolvimento Agrrio (INIDA), o Instituto Nacional do Desenvolvimento das Pescas (INDP), a Direco-Geral da Agricultura, Silvicultura e Pecuria, a Direco-Geral das Pescas, a Direco-Geral do Ambiente, para alm da consulta de documentos como o Livro Branco sobre o Estado do Ambiente em CABO Verde, o Perfil Ambiental de Cabo Verde, etc. Em termos de uma percepo geral sobre o estado de evoluo dos diferentes elementos que constituem a biodiversidade de Cabo verde, apresenta-se a situao seguinte: (i) a flora indgena de Cabo Verde formada por 224 espcies, das quais 85 so endmicas e as restantes so espcies espontneas naturalizadas; (ii) a fauna indgena de Cabo Verde engloba espcies de recifes de corais, moluscos (bivalves, gastrpodes e cefalpodes), artrpodes (insectos, crustceos e aracndeos), peixes (grandes pelgicos, pequenos pelgicos e demersais), rpteis e aves e, provavelmente, algumas espcies de mamferos marinhos. Apesar dessa riqueza bitica dos ecossistemas cabo-verdianos e dos esforos de conservao dos recursos naturais, assiste-se, nos ltimos tempos, a uma certa disfuno ambiental de origens e causas vrias, e que vm ameaando a sade dos nossos recursos vivos, e que urge por cobro a todo o custo. Alis, a percepo do estado de degradao dos recursos biolgicos fez com que o Governo tomasse algumas medidas, nomeadamente a publicao do Decreto n 1/2005, de 21 de Maro, que aprova a Conveno Internacional sobre Comrcio Internacional das Espcies de Fauna e Flora selvagens ameaadas de Extino (CITES) e a Emenda ao artigo XXI adoptada em Gabo-1983; o Decreto-Lei n 3/2003, de 24 de Fevereiro, sobre o regime jurdico da Rede nacional de reas protegidas; a ratificao da Conveno sobre as zonas hmidas de importncia internacional (RAMSAR); o Decreto-Lei n. 7/2002, de 30 de Dezembro, que estabelece as medidas de conservao e proteco das espcies vegetais e animais ameaadas de extino. No obstante as medidas acima mencionadas, a degradao da biodiversidade cabo-verdiana continua de forma preocupante. Esse grau de degradao est, alis, evidenciado em diversos documentos produzidos, nomeadamente a Primeira Lista Vermelha de Cabo Verde". De acordo com esse documento, encontram-se ameaadas mais de 26% das angiosprmicas, mais de 40% das brifitas, mais de 65% das pteridfitas e mais de 29% dos lquenes mais de 47% das aves, 25% dos rpteis terrestres, 64% dos colepteros, mais de 57% dos aracndeos e mais de 59% dos moluscos terrestres. Esta situao considerada alarmante em 1996, vem-se agravando para as espcies Alauda razae (Calhandra-do-Ilhu-Raso), cujo efectivo populacional sofreu uma reduo de 250 exemplares em 1992 para 92 exemplares em 1998, Himantopus himantopus (Perna-longa), cuja populao, avaliada em 75 exemplares em 1990, sofreu no perodo de 5 anos uma reduo de cerca de 70% (Hazevoet, 1999). De uma forma geral, a reduo dos efectivos populacionais das componentes da biodiversidade deve-se principalmente depredao, destruio de habitats e introduo de espcies exticas. A vulnerabilidade das espcies marinhas cabo-verdianas, sobretudo as das costeira, tem aumentado, no obstante a existncia de medidas legislativas no sentido de se minimizar a presso sobre elas e os seus habitats. Apesar da adopo dessas medidas, o meio marinho tem experimentado mudanas comprometedoras, como resultado do aumento de presso das capturas dos peixes comerciais, da extraco de areias nas praias e no mar (dragagem), da deposio de sedimentos nas zonas litorais como resultado das actividades realizadas no interior das ilhas. Os planos ambientais inter-sectoriais da biodiversidade e das pescas, elaborados de forma participativa, e os planos estratgicos de gesto dos recursos da pesca e de desenvolvimento da agricultura, so, por excelncia, os instrumentos de gesto da biodiversidade, capazes de contriburem para uma gesto sustentvel dos recursos biolgicos em Cabo Verde Os Governo de Cabo Verde no vm poupando esforos no sentido de honrar os compromissos assumidos com a ratificao da Conveno sobre a Biodiversidade. Da que, estrategicamente, atribui o nvel de prioridade em mdia alta, aplicao aos vrios artigos da Conveno. Em termos de nvel de dificuldades encontradas na aplicao dos dispositivos dos artigos da Conveno, ele situa-se em 70% Mdio, 18,5% Baixo, 7,4% Alto e 3,7 Zero.
Resumo:
As regies da Terra classificadas como zonas hmidas tm um elemento em comum a gua. Estes ecossistemas, muito produtivos, so essencias para a conservao da biodiversidade, razo que justifica as campanhas elaboradas contra sua degradao e o desaparecimento (Ramsar). A Conveno de Ramsar1 sobre as zonas hmidas define estes ecossistemas como zonas ou Extenses de marismas, pntanos e turfas, ou superfcies cobertas de gua, sejam estas de regime natural ou artificial, permanentes ou temporrias, estagnada ou corrente, doces, salobras ou saladas, incluindo as extenses de gua marinha cuja profundidade em mar baixa no exceda de seis metros". Ainda se estipula que as zonas hmidas: "podem compreender zonas de ribeiras ou costeiras adjacentes, assim como as ilhas ou extenses de gua marinha de uma profundidade superior aos seis metros em mar baixa, quando se encontrem dentro da zona hmida". Esta conveno tem a adeso de 157 pases que abrigam em seus territrios 1701 zonas hmidas, equivalentes a 157 milhes de hectares(Ramsar). Como resultado destas diposies, o alcance da Conveno compreende uma ampla variedade de tipos de habitat, inclusive rios e lagos, lagoa costeiras, mangais e at recifes de corais. Por outro lado, existem zonas hmidas artificias, como criadouros de peixes e camares, terras agrcolas irrigadas, salinas, diques, campos de tratamento de guas e canais.
Resumo:
Os ecossistemas coralinos possuem grande importncia ecolgica, assim como so cruciais para a cultura, e desenvolvimento socio-econmico de um grande nmero de pases com ecossistemas costeiros. Em Cabo Verde os corais ou comunidades relacionadas so pouco conhecidos por conseguinte no se conhece a dimenso da sua importncia ecolgica e socio-econmica. Este estudo, enquadrado no Trabalho Final do Curso de Bacharelato em Biologia Marinha e Pescas ministrado no ISECMAR, tem por objectivos a caracterizao das comunidades coralinas das zonas de Salamansa e Baa das Gatas (zona balnear e Farol) bem como a avaliao das actividades antropognicas nessas zonas. Uma descrio preliminar das zonas foi efectuada, seguida da aplicao de mtodos de estimativa de cobertura bentonica, e de censo de peixes e invertebrados. Ainda se efectuou a medio de parmetros ambientais como sedimentos em suspenso e temperatura. As percentagens de cobertura, e os ndices de diversidade e riqueza para cada praia foram calculadas; adicionalmente se efectuaram Anlises Cluster para visualizao de eventuais semelhanas entre as zonas. Durante 32 horas de mergulho correspondentes a 2000 m de transectos, se identificaram cerca de 50 espcies de peixes, corais e outros invertebrados. Na zona balnear da Baa foi registrada o maior nvel de impacto antropognico geral, enquanto que, na zona de Salamansa se registraram os maiores ndices de diversidade. Conclui-se que as comunidades estudadas possuem vrias espcies com importncia ecolgica e comercial. Recomendam-se estudos socio-econmicos e ecolgicos para se aprofundar os conhecimentos nesses ecossistemas de forma a propor medidas de gesto e conservao eficientes. Recomendam-se tambm estudos similares a este mas com mais abrangncia temporal e espacial de forma a seguir a evoluo da biodiversidade das comunidades coralinas no tempo e em outras reas geogrficas significativas em termos de corais em Cabo Verde.
Resumo:
Nos vertebrados, incluindo os peixes as hormonas activam e modificam o comportamento, e o comportamento por sua vez altera os nveis de hormonas, em particular os andrognios. A principal fonte de hormonas esterides so as gnadas, mas o crebro e outros tecidos tambm as produzem. A castrao produz efeitos variados nos nveis hormonais e no comportamento sexual e agonstico dos teleosteos. Os objectivos deste estudo so: verificar a possvel razo porque os nveis de andrognios continuam elevados aps a gonadectomia, incluindo a possibilidade de contribuio de secreo de esterides por tecidos extra-gonadais; e ainda de que forma a gonadectomia afecta o comportamento dos animais. Para isso foram efectuadas cirurgias a mais de 20 indivduos de tilapia moambicana e foram tambm retiradas amostras de sangue. Ainda foram retirados e incubados diversos tecidos - como crebro, rim anterior e posterior, brnquias, fgado e sangue - para a identificao de fontes extragonadais de esterides. A medio dos nveis hormonais de testosterona, 11- cetotestosterona e 17,20-progesterona foi realizada atravs da tcnica do radioimunoensaio. Os resultados obtidos monstram que a castrao teve um efeito de diminuio muito tnue nos nveis hormonais, sendo que o comportamento dos animais manteve-se praticamente inalterado. O tecido que demonstrou maior capacidade de metabolizao do precursor 17-HP foi o rim. Esses resultados podem ser explicados por regenerao do tecido das gnadas, e hipertrofia com consequente feedback positivo, ou ainda pela produo extragonadal de andrognios.
Resumo:
Para a realizao deste trabalho, foi utilizada a tcnica da eletrocoagulao (EC) para o tratamento de efluente de piscicultura. Um reator de EC em escala de laboratrio, com capacidade de 1,5 L foi montado, utilizando um conjunto de quatro placas de eletrodos de alumnio, um agitador mecnico de alto torque microprocessado, fios condutores com garras de jacar e uma fonte de tenso com potncia regulvel. Os eletrodos foram arranjados dentro da clula eletroltica de forma monopolar, em paralelo e a uma distncia de 11 mm. O efluente utilizado neste estudo foi coletado em tanques de piscicultura do centro de criao de peixes do Departamento de Engenharia de Pesca da Universidade Federal do Cear. Para a determinao da melhor condio de operao do reator, foi feito um planejamento experimental por intermdio do Software Statgrafics, definindo, as variveis operacionais e os seus respetivos intervalos de variao (pH inicial de 4 a 8, condutividade de 1000 a 4000 S cm-1, tempo de eletrolise de 15 a 35 min., agitao de 200 a 600 rpm e corrente de 1 a 2,5 A), que combinadas entre si totalizaram um total de 35 ensaios experimentais. Com base nos resultados obtidos por meio das anlises fsico-qumicas em laboratrio, pode-se afirmar que o pH inicial=8, condutividade=1000 S cm-1, tempo=35 min., agitao=200 rpm e corrente=2,5 A, so as condies timas de operao do reator. Nestas condies, alcanaram remoo de 84,95% para DQO, 98,06% para nitrito, 82,43% para nitrato, 98,05% para fsforo total e 95,32% para a turbidez, sendo o custo operacional de 4,59 R$/m3 de efluente tratado. Com base nos resultados obtidos, pode-se concluir que alguns dos parmetros analisados (pH, turbidez, temperatura, STD, nitrito, nitrato e fsforo total) esto de acordo com os padres estabelecidos para gua doce, classe 2, pela Resoluo CONAMA n 357/05, e de acordo com a Resoluo CONAMA n 430/2011 e a Portaria n 154/2002 da SEMACE (CE), para lanamento do efluente final nos corpos receptores. A tcnica de eletrocoagulao alm de ser um mtodo alternativo, eficiente e promissor para tratamento de efluentes de piscicultura, tambm mostrou ser ecologicamente correto por dispensar o consumo elevado de reagentes, ao contrrio do que acontece no tratamento convencional.
Resumo:
A. Conceitos, Natureza e Importncia das Zonas Hmidas As regies da Terra classificadas como zonas hmidas tm um elemento em comum a gua. Estes ecossistemas, muito produtivos, so essencias para a conservao da biodiversidade, razo que justifica as campanhas elaboradas contra sua degradao e o desaparecimento (Ramsar). A Conveno de Ramsar1 sobre as zonas hmidas define estes ecossistemas como zonas ou Extenses de marismas, pntanos e turfas, ou superfcies cobertas de gua, sejam estas de regime natural ou artificial, permanentes ou temporrias, estagnada ou corrente, doces, salobras ou saladas, incluindo as extenses de gua marinha cuja profundidade em mar baixa no exceda de seis metros". Ainda se estipula que as zonas hmidas: "podem compreender zonas de ribeiras ou costeiras adjacentes, assim como as ilhas ou extenses de gua marinha de uma profundidade superior aos seis metros em mar baixa, quando se encontrem dentro da zona hmida". Esta conveno tem a adeso de 157 pases que abrigam em seus territrios 1701 zonas hmidas, equivalentes a 157 milhes de hectares(Ramsar). Como resultado destas diposies, o alcance da Conveno compreende uma ampla variedade de tipos de habitat, inclusive rios e lagos, lagoa costeiras, mangais e at recifes de corais. Por outro lado, existem zonas hmidas artificias, como criadouros de peixes e camares, terras agrcolas irrigadas, salinas, diques, campos de tratamento de guas e canais.
Resumo:
O Complexo de reas Protegidas do Leste da Ilha da Boa Vista (CAPLBV) inclui reas terrestres, costeiras e marinhas bem como algumas colinas de baixa altitude em suas zonas terrestres (como a Ponta de Ch de Tarafe e o Monumento Natural de Monte Estncia) na parte oriental da ilha da Boa Vista e estende-se por uma vasta rea desde a Ponta de Ajudante a sul at a Ponta de Ch de Tarafe a norte. A biodiversidade da ilha da Boa Vista caracterizada pela existncia de vrias comunidades de fauna e flora representativas dos ecossistemas costeiros e marinhos de Cabo Verde, da qual se destaca a tartaruga marinha Caretta caretta que aqui tem a sua principal rea de desova em Cabo Verde. A vegetao costeira inclui Sporobolus spicatus, Cakile maritima, Sesuvium sesuvioides, Zygophylum fontanesii e Zygophylum simplex, sendo que as espcies mais representativas nas reas lagunares so Arthrocnemum glaucum, Zygophylum waterlotii, Zygophylum fontanesii, Sporobolus minutus, Sporobolus spicatus e Cyperus bulbosus. A avifauna associada inclui Charadrius alexandrinus, Himantopus himantopus, Arenaria interpres, Pluvialis squatarola, Tringa nebularia, Ardea cinerea, Egretta garcetta, Ibis bulbucus, Platalea leucorodia, Pandion haliaetus, Fregata magnificens, Calonectris edwardsii, Sula leucogaster, Phaethon aethereus, Pelagodroma marina e Oceanodroma castro. As comunidades de corais ao longo da costa da ilha da Boa Vista, nomeadamente no ilhu de Sal Rei e na baa das Gatas so das mais diversificadas e abundantes de todo o territrio de Cabo Verde (Cabo Verde 2000, 2001). As espcies do gnero Conus apresentam uma elevada diversidade e um elevado grau de endemismo. Vrias espcies de tubares e peixes pelgicos bem como mamferos marinhos se reproduzem nas guas costeiras da Boa Vista. O presente relatrio tem como objectivo caracterizar o ambiente terrestre, costeiro e marinho em geral, identificar e avaliar a situao da biodiversidade na rea proposta para fazer parte do CAPLBV e nas reas circundantes, atravs do levantamento, com recurso pesquisa bibliogrfica e sadas de campo, da diversidade e abundncia da flora e fauna, em especial das espcies em vias de extino e as endmicas, das espcies com importncia ecolgica no contexto internacional decorrente da posio biogeogrfica do arquiplago e das espcies com importncia ecolgica e econmica para a ilha da Boa Vista bem como para o arquiplago de Cabo Verde.
Resumo:
Este presente trabalho mostra o desenvolvimento de um modelo para colecta de dados e a determinao das curvas de aprendizagem numa empresa industrial, de modo a verificar a eficincia operacional. Essas curvas foram introduzidas por Wright em 1936, e desde ento, tm sido utilizadas para calcular do tempo de produo, a quantidade produzida durante esse tempo e estimao da reduo de custos de produo. Comea-se por fazer um levantamento terico sobre os conceitos ligados a essa ferramenta, aos factores que o influenciam, a sua utilidade nos negcios, bem como os modelos desenvolvidos para a sua aplicao. Tem como objectivo apresentar um modelo para a colecta de dados para a anlise das curvas de aprendizagem, aplicado numa empresa de conserva de peixes FRESCOMAR - localizada na ilha de So Vicente. Para tal, foi feita uma observao aos colaboradores da empresa sobre o seu desempenho a nvel da produtividade num determinado espao de tempo, tendo verificado que a empresa no est a conseguir aumentar a sua produo a medida em que os colaboradores ganham prtica e familiaridade com as tarefas desempenhadas. Nesta ptica notou-se que a empresa no segue uma taxa de aprendizagem durante o perodo em anlise, no atingindo crescimento da sua produtividade com consequente a reduo dos custos.