3 resultados para Célula TCD4
em Portal do Conhecimento - Ministerio do Ensino Superior Ciencia e Inovacao, Cape Verde
Resumo:
Nos estudos sobre a micoflora de muitos ecossistemas os fungos do gnero Curvularia Boedijn 1933, constituem um dos mais fascinantes grupos, devido frequncia com que so observados especmenes do gnero e ao elevado nmero de espcies que so normalmente identificadas. Apesar da maioria dos txones do gnero ser conhecida como saprfita em diferentes substratos vegetais e no solo, podendo ainda ser isolada a partir do solo e do ar, muitas espcies so fitopatognicas, sobretudo em gramneas e em regies de clima tropical e subtropical (SIVANESAN 1987). Um pequeno nmero de espcies pode raramente originar doenas em animais, incluindo humanos, surgindo como agentes de onicomicoses, sinusite alrgica, pneumonia, endocardite e alergia broncopulmonar (CARTER & BOUDREAUX 2004). Descrito com a espcie tipo C. lunata (Wakker) Boedijn, o gnero Curvularia permitiu acomodar espcies da famlia Dematiaceae que possuam conidiforos macronematosos, mononematosos, direitos ou flexuosos, frequentemente geniculados, por vezes nodosos, células conidiognicas polittricas, integradas, terminais e simpodiais, fragmocondios solitrios, acropleurgenos por proliferao subterminal do conidiforo, olivceos a castanhos, elipsides, cilndricos, obovides ou piriformes, trs ou mais septos transversais, terceira célula ou segunda e terceira distintamente maiores e escuras, muitas vezes desigualmente curvos devido ao alargamento de uma ou duas células centrais, raramente direitos, septos rgidos, hilo truncado ou protuberante (ELLIS 1971). O gnero actualmente composto por mais de 40 txones que se distinguem por diferenas mais ou menos evidentes na morfologia dos condios, nmero de septos e aspectos culturais (SIVANESAN 1987, HOSOKAWA et al. 2003, SIVANESAN et al. 2003, ZHANG-MENG & ZHANG 2003, ZHANG-MENG et al. 2004, CHUNG 2005). Algumas espcies possuem teleomorfo conhecido no gnero Cochliobolus Drechsler 1934, formando ascsporos filiformes paralelos ou frouxamente enrolados em espiral, caracterstica no evidenciada pela espcie tipo do gnero, C. heterostrophus (Drechsler) Drechsler, teleomorfo de Bipolaris maydis (Nisik. & Miyake) Shoem., na qual os ascsporos se mostram enrolados formando uma espiral fechada. Por isso, teleomorfos dos fungos do gnero Curvularia so considerados por alguns autores como sendo do gnero Pseudocochliobolus Tsuda, Ueyama & Nishih. 1978, que tido como uma sinonmia de Cochliobolus (ALCORN 1983, SIVANESAN 1987). De notar, no entanto, que sendo filogeneticamente prximo do gnero Bipolaris Shoem. 1959, as suas espcies apresentam semelhanas morfolgicas com espcies do gnero Bipolaris que tm condios pequenos e direitos e estudos com anlise de sequncias ITS e com o marcador enzimtico gliceraldedo-3-P desidrogenase mostraram que partilham teleomorfo no grupo 2 do gnero Cochliobolus (BERBEE et al. 1999). A variabilidade morfolgica observada nos fungos enquadrados em Curvularia levou a que ao ser criado o gnero as espcies fossem separadas em trs grupos, geniculata, com a espcie-tipo C. geniculata (Tracy & Earle) Boedijn, lunata, com a espcie-tipo C. lunata (Tracy & Earle) Boedijn, e maculans, com a espcie-tipo C. maculans (Bancroft) Boedijn (=C. eragrostidis (Henn.) Mey.), que se diferenciaram pela forma dos condios e nmero de septos (CORBETTA 1964). Nos grupos lunata e maculans ficaram colocadas as espcies com condios 3-septados e no grupo geniculata as espcies que tinham condios 4- septados ou com maior nmero de septos. As espcies do grupo lunata distinguiram-se das do grupo maculans principalmente por apresentarem curvatura mais pronunciada, célula mediana mais volumosa e habitual presena de estroma em cultura. O reconhecimento das caractersticas principais do gnero Curvularia relativamente fcil, o que permite que seja normalmente possvel a identificao ao gnero de um qualquer espcimen. No entanto, a identificao em espcie por vezes complicada pelas descries vagas e ausncia de ilustraes em trabalhos mais antigos, inconstncia de caractersticas morfolgicas e biomtricas dos esporos, causada por diferentes condies em que ocorre o crescimento, e sobreposio dos valores das medidas apresentadas por diferentes autores (TSUDA & UEYAMA 1982, HOSOKAWA et al. 2003). Contudo, esta situao no impede que a identificao das espcies continue a ser feita numa aproximao fenotpica, com base em caractersticas morfolgicas e culturais. Recentemente, as espcies C. fallax Boedijn, C. geniculata (Tracy & Earle) Boedijn e C. senegalensis (Speg.) Subram., do grupo geniculata, que eram aceites como txones vlidos em monografias clssicas do gnero (ELLIS 1971, SIVANESAN 1987) mostraram-se interfrteis (HOSOKAWA et al. 2003), vindo a ser consideradas, com base em caractersticas morfolgicas e anlise de DNA total por RFLP (HOSOKAWA et al. 2003) e na anlise da sequncia do gene Brn1 (SUN et al. 2003), como espcie nica e sinonimizadas com C. geniculata. Sabido que a diversidade dos fungos que ocorrem nos diferentes ecossistemas de Cabo Verde tem sido pouco estudada, iniciou-se um levantamento da micoflora associada a gramneas, tendo-se obtido uma coleco de Magnaporthe grisea (Hebert) Barr (LIMA & DUCLOS 2001) e de espcies dos gneros Bipolaris, Exserohilum Leonard & Suggs e Curvularia. O presente trabalho tem como objectivo descrever e ilustrar as espcies de Curvularia identificadas na ilha de Santiago e contribuir para o melhor conhecimento do gnero naquele pas. Na bibliografia consultada no foram encontradas referncias a fungos do gnero Curvularia para Cabo Verde.
Resumo:
Perante os cenrios do aumento da populao mundial, da concentrao de CO2, dos custos dos combustveis, do consumo energtico mundial e das alteraes climticas, surgiu a necessidade de encontrar fontes de energias alternativas. Neste contexto, a Energia Solar Fotovoltaica, fruto de investigaes e investimentos realizados, teve um grande impacto na ltima dcada, registando um aumento significativo quer da produo de painis fotovoltaicos ou de instalaes de sistemas fotovoltaicos no Mundo. A Energia solar Fotovoltaica surge como uma energia alternativa limpa, inesgotvel e que contribui para a diminuio do impacto ambiental, mas o elevado custo inicial ainda um entrave sua comercializao, sendo por isso importante conseguir uma optimizao na produo dos painis fotovoltaico bem como em instalaes a fim de optimizar o seu rendimento. Um dos objectivos deste trabalho foi instalar e monitorizar um sistema fotovoltaico no telhado do laboratrio de mquinas elctricas do ISEL. Foi instalado um sistema com uma potncia de 990 Watts. A monitorizao dos mdulos durante alguns perodos de 2011 e 2012 demonstraram um bom desempenho do sistema fotovoltaico instalado comparativamente aos valores estimados. Outro objectivo deste trabalho foi estudar a influncia da temperatura no rendimento das células fotovoltaicas. A primeira fase deste estudo foi desenvolver um modelo matemtico de uma célula fotovoltaica em Simulink/Matlab. As curvas obtidas da simulao numrica do modelo matemtico permitiram observar e demonstrar a influncia do aumento da temperatura das células fotovoltaicas na sua potncia e rendimento. A segunda fase deste estudo tinha como objectivo comprovar experimentalmente o efeito da temperatura e analisar possveis meios que permitissem refrigerar as células fotovoltaicas. Atravs de uma montagem experimental especfica as células fotovoltaicas foram testadas num ambiente controlado. Os valores obtidos permitiram observar uma diminuio de cerca de 36% da temperatura das células utilizando refrigerao e consequente aumento do rendimento.
Resumo:
Para a realizao deste trabalho, foi utilizada a tcnica da eletrocoagulao (EC) para o tratamento de efluente de piscicultura. Um reator de EC em escala de laboratrio, com capacidade de 1,5 L foi montado, utilizando um conjunto de quatro placas de eletrodos de alumnio, um agitador mecnico de alto torque microprocessado, fios condutores com garras de jacar e uma fonte de tenso com potncia regulvel. Os eletrodos foram arranjados dentro da célula eletroltica de forma monopolar, em paralelo e a uma distncia de 11 mm. O efluente utilizado neste estudo foi coletado em tanques de piscicultura do centro de criao de peixes do Departamento de Engenharia de Pesca da Universidade Federal do Cear. Para a determinao da melhor condio de operao do reator, foi feito um planejamento experimental por intermdio do Software Statgrafics, definindo, as variveis operacionais e os seus respetivos intervalos de variao (pH inicial de 4 a 8, condutividade de 1000 a 4000 S cm-1, tempo de eletrolise de 15 a 35 min., agitao de 200 a 600 rpm e corrente de 1 a 2,5 A), que combinadas entre si totalizaram um total de 35 ensaios experimentais. Com base nos resultados obtidos por meio das anlises fsico-qumicas em laboratrio, pode-se afirmar que o pH inicial=8, condutividade=1000 S cm-1, tempo=35 min., agitao=200 rpm e corrente=2,5 A, so as condies timas de operao do reator. Nestas condies, alcanaram remoo de 84,95% para DQO, 98,06% para nitrito, 82,43% para nitrato, 98,05% para fsforo total e 95,32% para a turbidez, sendo o custo operacional de 4,59 R$/m3 de efluente tratado. Com base nos resultados obtidos, pode-se concluir que alguns dos parmetros analisados (pH, turbidez, temperatura, STD, nitrito, nitrato e fsforo total) esto de acordo com os padres estabelecidos para gua doce, classe 2, pela Resoluo CONAMA n 357/05, e de acordo com a Resoluo CONAMA n 430/2011 e a Portaria n 154/2002 da SEMACE (CE), para lanamento do efluente final nos corpos receptores. A tcnica de eletrocoagulao alm de ser um mtodo alternativo, eficiente e promissor para tratamento de efluentes de piscicultura, tambm mostrou ser ecologicamente correto por dispensar o consumo elevado de reagentes, ao contrrio do que acontece no tratamento convencional.