54 resultados para Comunidade de marca


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O objetivo foi compreender como os indivduos se comportam em termos de sade e o que fazem em caso de doena. Anlise comparativa realou semelhanas e divergncias de prticas de sade ou em caso de doena. O estudo foi efetuado numa amostra de 40 cabo-verdianos da primeira gerao residentes na regio de Lisboa, dividida em subgrupos: grupo social, gerao e genero. Baseou-se em metodologia qualitativa com entrevistas semi-estruturadas. As prticas analisadas foram agrupadas em preventivas e de sade, prticas utilizadas em episdios de doena, recursos para preveno e tratamento, utilizao de remdios caseiros e outros recursos ou terapeutas. Indivduos experimentaram, ao nvel das prticas, trs sistemas de sade que coexistiam em Cabo Verde, oficial, popular e tradicional e o recurso religio. O discurso acerca das prticas de sade e de doena demonstrou existirem diferenas, em alguns aspectos, entre grupos sociais e entre generos e geraes. Prticas de sade destes imigrantes so idnticas s dos portugueses em contextos socioeconomicos semelhantes. Resultados sugerem existncia de diferenas entre grupos sociais relativamente s prticas, na esfera da sade e da doena. Mais que cultura e etnicidade, que se moldam s condies materiais de existncia, neste estudo, o nvel socioeconomico determinou as maiores diferenas a interferir nas prticas de sade e doena, de grupo com cultura de base comum. Em geral, os indivduos sobrevalorizaram sua identidade tnica e cultura de origem. Pertencimento a grupos sociais diferentes d origem a partilha do sentimento de pertena cultural, mas no a comportamentos e prticas idnticos.

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A anlise tradicional do turismo visando apenas a sua dimenso econmica tem-se mostrado redutora e insuficiente para explicar as inmeras e versteis alteraes que pode provocar a nvel social, cultural, poltico e ambiental. A complexidade da actividade turstica e a carncia de instrumentos ajustados para avaliar e tornar mensurveis os seus impactes constituem terreno frtil emergncia de mitos e de juzos de valor em torno dos efeitos por ele causado nos pases receptores. A linha orientadora da investigao parte do pressuposto que a actividade turstica s faz sentido e se torna vivel se proporcionar uma experincia qualitativa aos principais agentes envolvidos: os turistas e os residentes. A tentativa de compreender a forma como os impactes do turismo so percepcionados pela comunidade receptora da ilha do Sal em Cabo Verde est intimamente associado convico que um turismo de qualidade e sustentvel s possvel auscultando a populao e envolvendo-a no planeamento, gesto e monitorizao da actividade. A anlise da percepo dos impactes da actividade turstica por parte da comunidade desemboca indirectamente no conhecimento dos nveis de satisfao da comunidade em relao forma como se tem realizado o desenvolvimento turstico na ilha. No mbito do trabalho de investigao foram realizados duzentos e trinta e um questionrios cujos resultados da investigao levam a acreditar que a comunidade local salense possui uma clara conscincia dos impactes do turismo no seu quotidiano. Verifica-se que a percepo dos impactes econmicos e sociais negativos renem maior consenso que os impactes positivos. Os impactes culturais e ambientais so ainda pouco perceptveis por parte dos inquiridos. Por outro lado, os inquiridos na sua generalidade no se sentem envolvidos no planeamento da actividade turstica, embora haja elevadas expectativas em relao actividade como forma de melhoria das condies de vida da populao. A inexistncia de um comportamento linear dos impactes da actividade turstica no destino e de um modelo de desenvolvimento turstico perfeito e ajustvel a todas as realidades obriga a que sejam delineados por parte dos pases receptores polticas de planeamento visando a sustentabilidade e condies para a monitorizao e mitigao dos seus impactes.

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The traditional analysis of tourism, having in mind only its economic impacts has been shown to be reductive and insufficient to explain the numerous and versatile modifications these can and will stimulate in a society at many levels, e.g. socially, culturally, politically and in the environment. The complexity of touristic activities and the insufficient measuring instruments that can provide exact data about these, gives terrain to the emergence of myths and value judgments around the effects in countries where tourism is a reality. This study aims at understanding how the impacts of tourism are grasped by the local community in Sal island Cape Verde convinced as we are that a quality and sustainable touristic offer can only be done by trialing the population, and involving them in the planning, managing and monitoring processes. The analysis of the perception of the impacts of touristic activities by the population tells us a lot about the levels of satisfaction of such communities towards the way in which the touristic development has been carried out in their surroundings. This study has been made through the inquiry of 231 locals, by means of a questionnaire, that showed that the population in this island has a very clear conscience of the impacts of tourism in their day-to-day lives. Conclusions drawn are that the negative economic and social impacts are greater than the positive; the cultural and environmental impacts are not so significant, and that the people feel that their voice has not been heard in what planning touristic activities is concerned. Nevertheless, they have high expectations regarding tourism as a way of ameliorating their life conditions. The inexistence of a linear behavior of impacts of touristic activities in the receptive countries and a perfect and adjustable model for tourism development make these countries delineate new politics aiming at the sustainability and the creation of conditions that help them monitor and mitigate its negative impacts.

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This study aims at analysing, through personal reports, the way individuals behave in terms of health and illness. A comparative analysis of the collected data was performed, with the purpose of highlighting divergences in the health and illness practices. The study was undertaken with a sample of 40 first generation Cape Verdeans living in the Metropolitan area of Lisbon, divided into distinct groups: social (popular and elite), generation (younger and older) and gender (men and women). A qualitative methodology was employed, by conducting semi-structured interviews for the collection of information. The health and illness practices were grouped into preventive and health care practices, practices used in episodes of illness, resources used for prevention and treatment, use of home remedies, and other alternative resources. Individuals who are part of our study experimented, at the level of practices, with the three health systems that existed in Cape Verde, namely, the official, popular and traditional, and recourse to religion. The discourse analysis concerning health and disease practices showed there are differences, in some respects, between social groups. There were also slight differences between genders and generations. These immigrants health practices are identical to those of the Portuguese who are in similar socioeconomic contexts, with no significant effects of immigration itself on these practices. The analysis of the results confirms the existence of differences between social groups concerning the health and illness practices. They were more determined by the socioeconomic factors than by the cultural and ethnic aspects. Those differences also highlighted the existence of a unifying aspect, resulting from their cultural heritage. Although belonging to different social groups, the existence of a common culture and ethnic identity originates a shared feeling of cultural belonging, but not identical behaviours and practices.

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Este trabalho de investigao constitui uma aproximao sociolgica no mbito da sade internacional e no contexto da sociologia da sade, em particular da sade dos migrantes, relativamente s suas representaes e prticas de sade e de doena. O objecto de investigao centra-se na anlise das questes sobre a sade e a doena dos imigrantes a partir de uma perspectiva sociolgica. O estudo teve como principal objectivo compreender atravs de relatos pessoais a forma como os indivduos entendem a sade e a doena no campo das representaes sociais de sade e analisar os seus comportamentos em termos das suas prticas de sade e de doena. Pretendeu-se estabelecer uma anlise comparativa dos dados de forma a fazer sobressair semelhanas e/ou divergncias das representaes e das prticas de sade e de doena dos entrevistados. A nossa inteno era verificar se elas se deviam a factores socioeconmicos, a factores culturais e de identidade tnica, ou combinao de ambos. No plano terico, o trabalho aqui apresentado enquadra-se em vrias reas das Cincias Sociais, (sociologia da sade, sociologia das migraes e antropologia da sade). A hiptese geral centrava-se na ideia de que as representaes e as prticas de sade e de doena destes imigrantes se inscreviam num quadro particular onde apareciam interferncias do carcter cultural e da pertena tnica. Estas dimenses podiam no entanto, variar consoante os contextos socioeconmicos. A hiptese pressupunha que os imigrantes apresentariam perfis distintos no que se refere autoavaliao e percepo do estado de sade, s representaes, crenas e atitudes face sade e doena, s experincias e comportamentos, aos estilos de vida e s prticas de sade e percursos de doena. O estudo foi efectuado junto de uma amostra de 40 indivduos cabo-verdianos da primeira gerao em Portugal, mais precisamente os que residem na regio de Lisboa, a qual para efeitos de anlise foi dividida em diferentes grupos: grupo social (grupo popular e grupo de elite), gerao (mais jovens e mais velhos) e gnero (homens e mulheres), (20 pessoas em cada grupo). Optmos por uma metodologia qualitativa atravs da realizao de entrevistas semiestruturadas para recolha da informao. O tratamento dos dados consistiu na anlise de contedo temtica das entrevistas e na identificao de diferenas e semelhanas entre e intra cada um dos subgrupos. A anlise dos resultados comprova a existncia de diferenas entre os grupos sociais relativamente s representaes e prticas de sade e de doena. Elas foram determinadas mais pelos factores socioeconmicos do que pelos aspectos culturais e de etnicidade. Essas diferenas fizeram tambm sobressair dois tipos de viso: uma cosmopolita e outra existencial. Na primeira estamos perante uma viso mais articulada ao mundo e que se relaciona com as ideias expressas pelo grupo de elite e na segunda uma viso existencial, mais ligada s condies materiais de existncia e que corresponde s representaes feitas pelo grupo popular. Foi demonstrado que os indivduos mais velhos do grupo popular encaravam a sade e a doena de forma semelhante ao modelo biomdico, enquanto os do grupo de elite iam mais ao encontro do modelo biopsico- social. As representaes de sade e de doena traduziram-se em definies que foram desde o orgnico ao social. O primeiro correspondia ao discurso do grupo popular que restringia mais a sade a aspectos fisiolgicos e o segundo ao do grupo de elite, que encarava a sade e a doena enquanto fenmenos mais globais e externos aos indivduos. Tambm se evidenciou, quando da anlise dos dados, ao nvel dos subgrupos de gnero e gerao no seio do mesmo grupo social, que as diferenas eram menos evidentes entre eles do que as que encontrmos quando comparmos os subgrupos separadamente por grupos sociais distintos. Quanto ao grupo estudado, apesar da heterogeneidade verificada entre os seus membros, particularmente no que se refere aos factores socioeconmicos, observou-se que existia um aspecto unificador decorrente das suas heranas culturais. Em geral, os indivduos sobrevalorizaram a sua identidade tnica e a cultura de origem comum. A pertena a grupos sociais diferentes, mas a uma mesma cultura e identidade, d origem a uma partilha do sentimento de pertena cultural, mas no a comportamentos e prticas idnticos. Pretende-se, por fim, contribuir para o conhecimento dos imigrantes enquanto cidados e indicar a necessidade de reajustar as estruturas de sade s transformaes multiculturais, que neste momento so vividas a rpidos ritmos de mudana.

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Este artigo tem por base um estudo no mbito da sociologia da sade, em particular da sade dos imigrantes, relativamente s suas representaes e prticas de sade e de doena. Pretendeu-se estabelecer uma anlise comparativa dos dados. O estudo tem como objectivo compreender a forma como os indivduos percepcionam a sade em geral e a sua sade, em particular. Foi feita uma anlise comparativa de forma a realar as semelhanas e as divergncias de representaes de sade ou em caso de doena. O estudo foi efectuado junto de uma amostra de 40 cabo-verdianos da primeira gerao residentes na regio de Lisboa, dividida em diferentes subgrupos, para efeitos de anlise: grupo social, gerao e gnero. Optmos por uma metodologia qualitativa atravs realizao de entrevistas semi-estruturadas para recolha da informao. Os resultados sugerem a existncia de diferenas entre os grupos sociais relativamente s representaes, na esfera da sade e da doena. Elas foram determinadas mais pelos factores socioeconmicos do que pelos aspectos culturais e de etnicidade. Mais do que a cultura e a etnicidade que se moldam s condies materiais de existncia, foi, neste estudo, o nvel socioeconmico a determinar as maiores diferenas e a interferir nas prticas de sade e doena, de um grupo com uma cultura de base comum. Em geral, os indivduos sobrevalorizaram a sua identidade tnica e a cultura de origem comum. Essas diferenas fizeram tambm sobressair dois tipos de viso: uma cosmopolita, mais articulada ao mundo e que se relaciona com as ideias expressas pelo grupo de elite e na segunda, uma viso existencial, mais ligada s condies materiais de existncia e que corresponde s representaes feitas pelo grupo popular. A pertena a grupos sociais diferentes, mas a uma mesma cultura e identidade, d origem a uma partilha do sentimento de pertena cultural, mas no a comportamentos e prticas idnticos.

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A pesca teve sempre grande importncia socioeconmica para as comunidades costeiras de Cabo Verde, oferecendo meios de subsistncia e, devido vocao martima do povo Cabo-verdiano, possibilidades de emprego. O peixe aparece como componente importante na alimentao da populao, tendo papel decisivo na questo da segurana alimentar e, por ser fonte de protena animal de baixo custo para a populao, requer que a sua explorao seja feita em moldes sustentveis, perpetuando no tempo a disponibilidade desse recurso para toda a sociedade. A pesca uma das principais atividades econmicas da zona costeira da Ilha do Sal, alm de ser uma importante atividade de subsistncia para as trs comunidades pesqueiras da ilha. Com o objetivo de discutir caminhos sustentveis para a atividade, iremos refletir sobre a sustentabilidade da pesca artesanal na comunidade da Palmeira, Ilha do Sal, Cabo Verde. Numa comunidade como Palmeira, onde a pesca tipicamente artesanal, encontramos diversos elementos que garantem a sustentabilidade da atividade, tais como o uso predominante dos recursos naturais renovveis e a diversidade de espcies capturadas. Conhecer e desenvolver novos mecanismos que visam educar, criar polticas sustentveis para a atividade e gesto dos recursos, importante para a nova conjuntura em que se vive. A educao e a organizao dos pescadores, bem como a descentralizao e a gesto participativa dos recursos pesqueiros, so condies fundamentais para a sustentabilidade da pesca.

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A tese que ora findamos visa a obteno do grau de doutora em Educao, na Especialidade de Desenvolvimento Curricular, pelo Departamento do Currculo e Tecnologia Educativa, do Instituto de Educao e Psicologia, da Universidade do Minho. Intitulado o dualismo cultural: os luso-caboverdianos entre a escola, a famlia e a comunidade, o presente estudo centra-se numa abordagem crtica da escolaridade bsica obrigatria, no qual procurmos compreender e explicar as condies de realizao deste nvel de ensino pelos jovens de ascendncia caboverdiana, nascidos em Portugal, na qualidade de sujeitos biculturais em consequncia da simbiose das culturas caboverdeana e portuguesa. Isto para concluirmos se na oferta do servio educativo e de formao esto acautelados os seus direitos de cidadania e de participao na sociedade em que se encontram inseridos e a que pertencem de facto. Nesta investigao foi fundamental analisar a oferta de educao bsica, entender as representaes de alunos lusocaboverdeanos acerca da sua identidade cultural e das suas percepes sobre a formao acadmica que recebem; reconhecer representaes e percepes de professores acerca da realidade educativa portuguesa, o enquadramento da multiculturalidade e a docncia em turmas com alunos luso-caboverdianos, e compreender as percepes de pais e encarregados da educao caboverdeanos acerca da realidade educativa portuguesa e do enquadramento dos seus filhos na escola, para perceber se o insucesso educativo dos luso-caboverdeanos est relacionado com a condio de aluno culturalmente diferente ou se tem a sua origem na escola e no currculo da escolaridade obrigatria e, assim, contribuir com subsdios tericos e prticos para o aprofundamento da problemtica da multiculturalidade em Portugal, com vista sua potenciao e normalizao no sistema educativo. Estando perante uma sociedade de formao multicultural reafirmada com a colonizao, justifica-se, em Portugal, a preocupao com a temtica da diversidade cultural nas polticas educativas, resultante da consciencializao da manifestao da diversidade cultural no contexto escolar, podendo a sua omisso constituir num factor de insucesso educativo. Por isso, integramos nesta investigao matrias como: uma conceptualizao do multiculturalismo com vista a questionar e clarificar os conceitos e as perspectivas inerentes a este fenmeno. Uma tentativa de desocultar para perceber o contedo simblico e os porqus das polticas de integrao das minorias etnicoculturais que, ao que parece, nos tempos que correm, por quase toda a parte, se converteram numa prioridade absoluta e inadivel. Estabelecemos uma ponte entre a gnese do campo curricular e a construo de um currculo multi e/ou intercultural, merecendo devida ateno as tendncias que dominam as discusses e a produo cientfica actuais nestes domnios. Problematizmos o currculo e identidade na escolaridade obrigatria nas dimenses insero sociocultural, promoo da igualdade de sucesso educativo e incluso dos sujeitos e o currculo e a educao para o exerccio da cidadania numa escola que se quer plural. Neste ltimo debatemos o contedo poltico da educao para a cidadania, as polticas educativas e curriculares e a escolaridade bsica obrigatria como uma proposta que continua em aberto, por isso, passvel de adequao s necessidades de uma educao da e para a diversidade. Procurmos fazer uma anlise das polticas de integrao socioeducativa da diversidade cultural, com destaque para o quadro legal que regula a integrao das minorias tnicas na escola bsica portuguesa, com particular incidncia sobre as crianas pertencentes comunidade caboverdeana nascidas em territrio portugus, procurando concluir acerca da existncia, ou no, de posies e opes de polticas educativas concretas face necessidade de dar prosseguimento educao multicultural neste contexto. Tratou-se de uma investigao qualitativa holstica, que permitiu desenvolver compreenses profundas dos fenmenos a partir das evidncias reunidas, do estudo das representaes dos sujeitos sobre quem recaem os resultados da investigao, mas tambm de sujeitos que, assim como o meio envolvente, estabelecem uma relao indirecta com os mesmos resultados. Circunscrito a um estudo de caso, a reflexo e a partilha de conhecimento e informaes possibilitou desenvolver uma compreenso sobre a problemtica estudada. Dos resultados obtidos, destacmos aqui que, em Portugal, apesar da absorvncia da diversidade cultural nas poltica educativa, no se concretizou, ainda, uma proposta que, na prtica, crie a reciprocidade entre as questes etnicoculturais e o sucesso e/ou insucesso educativos das minorias em educao com ganhos decisivos no combate ao insucesso e ao abandono escolar. Continua-se a desenvolver uma educao igualitarista monocultural pela via da homogeneizao curricular, assente na noo de que povos e grupos podem estar em condies de igualdade se reunidos numa cultura comum. Aparentemente sob pilares democrticos, esta educao multicultural segue a concepo liberal associando essencialismo, universalismo e igualitarismo, resultando num propsito civilizacional excludente das minorias etnicoculturais. As concluses chegadas permitem-nos defender a dessacralizao do currculo nacional comum e uniforme e a defesa de uma proposta curricular baseada numa cultura cientfica global e necessria, de acordo com as faixas etrias e nveis de ensino, com campos de integrao obrigatria de contedos territorializados alicerados no interculturalismo como estratgia promotora da interaco crtica e solidria entre diferentes sujeitos e grupos culturais, permissiva da construo de identidades prprias e da confisso da diferena cultural, associada ao intraculturalismo como uma via permeabilizadora da educao democrtica como garante da cidadania plena a todos os indivduos, como condio fundamental para o estabelecimento das condies de igualdade e de garantia de sucesso em educao.

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Neste artigo visamos caraterizar um conjunto de investigadores da rea das cincias sociais que se distinguem pela utilizao da anlise de redes sociais (ars) como perspetiva terico-metodolgica e que circunscrevemos partilha da lngua portuguesa. A partir da caraterizao sociogrfica e da medio do sistema de interdependncias entre estes investigadores (colaborao, aconselhamento e coautoria) pretendemos contribuir para a compreenso do desenvolvimento da ars no mundo lusfono, esboando hipteses explicativas dos fatores inibidores e estimulantes do seu desenvolvimento neste contexto lingustico.

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O objetivo foi compreender como os indivduos se comportam em termos de sade e o que fazem em caso de doena. Anlise comparativa realou semelhanas e divergncias de prticas de sade ou em caso de doena. O estudo foi efetuado numa amostra de 40 cabo-verdianos da primeira gerao residentes na regio de Lisboa, dividida em subgrupos: grupo social, gerao e genero. Baseou-se em metodologia qualitativa com entrevistas semi-estruturadas. As prticas analisadas foram agrupadas em preventivas e de sade, prticas utilizadas em episdios de doena, recursos para preveno e tratamento, utilizao de remdios caseiros e outros recursos ou terapeutas. Indivduos experimentaram, ao nvel das prticas, trs sistemas de sade que coexistiam em Cabo Verde, oficial, popular e tradicional e o recurso religio. O discurso acerca das prticas de sade e de doena demonstrou existirem diferenas, em alguns aspectos, entre grupos sociais e entre generos e geraes. Prticas de sade destes imigrantes so idnticas s dos portugueses em contextos socioeconomicos semelhantes. Resultados sugerem existncia de diferenas entre grupos sociais relativamente s prticas, na esfera da sade e da doena. Mais que cultura e etnicidade, que se moldam s condies materiais de existncia, neste estudo, o nvel socioeconomico determinou as maiores diferenas a interferir nas prticas de sade e doena, de grupo com cultura de base comum. Em geral, os indivduos sobrevalorizaram sua identidade tnica e cultura de origem. Pertencimento a grupos sociais diferentes d origem a partilha do sentimento de pertena cultural, mas no a comportamentos e prticas idnticos.

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Este artigo tem por base um estudo no mbito da sociologia da sade, em particular da sade dos imigrantes, relativamente s suas representaes e prticas de sade e de doena. Pretendeu-se estabelecer uma anlise comparativa dos dados. O estudo tem como objectivo compreender a forma como os indivduos percepcionam a sade em geral e a sua sade, em particular. Foi feita uma anlise comparativa de forma a realar as semelhanas e as divergncias de representaes de sade ou em caso de doena. O estudo foi efectuado junto de uma amostra de 40 cabo-verdianos da primeira gerao residentes na regio de Lisboa, dividida em diferentes subgrupos, para efeitos de anlise: grupo social, gerao e gnero. Optmos por uma metodologia qualitativa atravs realizao de entrevistas semi-estruturadas para recolha da informao. Os resultados sugerem a existncia de diferenas entre os grupos sociais relativamente s representaes, na esfera da sade e da doena. Elas foram determinadas mais pelos factores socioeconmicos do que pelos aspectos culturais e de etnicidade. Mais do que a cultura e a etnicidade que se moldam s condies materiais de existncia, foi, neste estudo, o nvel socioeconmico a determinar as maiores diferenas e a interferir nas prticas de sade e doena, de um grupo com uma cultura de base comum. Em geral, os indivduos sobrevalorizaram a sua identidade tnica e a cultura de origem comum. Essas diferenas fizeram tambm sobressair dois tipos de viso: uma cosmopolita, mais articulada ao mundo e que se relaciona com as ideias expressas pelo grupo de elite e na segunda, uma viso existencial, mais ligada s condies materiais de existncia e que corresponde s representaes feitas pelo grupo popular. A pertena a grupos sociais diferentes, mas a uma mesma cultura e identidade, d origem a uma partilha do sentimento de pertena cultural, mas no a comportamentos e prticas idnticos.

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O presente trabalho um contributo para entender em que medida a existncia de mltiplas pertenas tnico-culturais na comunidade poltica concilivel com a manuteno de uma comunidade socialmente coesa e politicamente unitria. Tendo em conta a realidade imigratria em Portugal, procurou-se saber quais os laos que ligam os imigrantes comunidade poltica e em que medida eles podem ser mobilizados para a integrao dos imigrantes num projecto comum de vivncia em territrio nacional. Metodologicamente, este trabalho tem por base a anlise qualitativa e quantitativa das polticas e medidas adoptados em Portugal em matria de imigrao, bem como, os resultados do trabalho emprico por ns realizado junto de dois grupos de imigrantes (brasileiros e cabo-verdianos) residentes na rea metropolitana de Lisboa, assim como os resultados de um questionrio enviado s associaes de imigrantes. Os resultados da pesquisa apontam para a existncia de uma certa ambivalncia poltica no processo de integrao dos imigrantes, a qual se reflecte de algum modo na forma como os nacionais e os imigrantes valorizam o contributo dos imigrantes para a sociedade portuguesa, sobressaindo uma ideia difusa generalizada de que os custos da imigrao no compensam os seus benefcios, o que provavelmente afectar o relacionamento recproco. Apesar de situaes objectivas de desigualdade social e econmica e da percepo de discriminao existente entre os imigrantes, possvel identificar uma progressiva universalizao da cidadania e a aceitao formal das tradies religiosas e culturais dos imigrantes, mesmo no sendo o parlamento portugus representativo dessa diversidade. Deste modo, afigura-se ser possvel assegurar direitos especficos de proteco das minorias tnicas e culturais sem que seja necessria a etnicizao ou a culturalizao da representao poltica e os princpios gerais que estruturam a comunidade poltica nacional podero ser suficientes para assegurar essa proteco. No entanto, existem indcios que sugerem que o acesso dos imigrantes esfera pblica poder no ser fcil, o que se poder traduzir na visibilidade e na discusso pblica das suas reivindicaes, com consequncias a nvel do tipo de polticas de integrao adoptadas em Portugal.

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Os conceitos de desenvolvimento sustentvel e de educao para o desenvolvimento sustentvel esto ainda em evoluo o que torna pertinente, hoje, a tentativa de uma clarificao conceptual e sua posterior operacionalizao. Alm de promover a definio e uso correto dos termos, compete tambm ao ensino criar e desenvolver as competncias necessrias para a sua operacionalidade. Esta investigao pretende contribuir para a autoformao de professores, nomeadamente de professores de Fsica e Qumica, em educao para o desenvolvimento sustentvel. Pretende que os professores, e aqueles que beneficiam da sua ao, possam ser cidados crticos e responsveis, numa sociedade local e simultaneamente global, que vive num tempo concreto mas, cada vez mais, consciente das repercusses futuras das suas aes e decises. Tendo por base este objetivo criou-se uma comunidade de prtica virtual constituda por professores de Fsica e Qumica de Portugal e de pases africanos de lngua oficial portuguesa. A formao em educao para o desenvolvimento sustentvel constituiu o domnio da comunidade de prtica. A gua foi o tema motivador e aglutinador, pois sendo essencial vida, torna-se no contexto educativo, e concretamente em educao para o desenvolvimento sustentvel, num desafio tico, simultaneamente social, econmico, ambiental e poltico. A prtica reflexiva constituiu uma ferramenta fundamental da atividade da comunidade. Da anlise da prtica desta comunidade, que constituiu o objeto desta investigao, verificmos que os diferentes contextos geogrficos, educacionais, culturais e de desenvolvimento dos professores proporcionaram uma participao diversificada na comunidade de prtica. Esta participao permitiu, aos membros da referida comunidade, a criao e/ou o desenvolvimento das competncias requeridas em educao para o desenvolvimento sustentvel. Apesar da pertinncia do tema confrontmo-nos com a falta de projetos de investigao semelhantes ao desta investigao, o que constituiu um maior desafio sua realizao.

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sabido que o turismo nos ltimos tempos tornou-se um dos maiores motores da economia mundial, incluindo a economia de Cabo Verde. Com o seu crescimento necessrio criar meios para que se continue a desenvolver, assegurando a experincia do turista, o envolvimento da populao local e ainda a preservao do ambiente e da cultura. O turismo gera impactos tanto positivos como negativos, e neste caso, os impactos so as mudanas que advm do desenvolvimento desta actividade. Portanto, esta monografia preocupa-se em analisar os impactos gerados pelo Projecto de desenvolvimento comunitrio de Lajedos, com especial ateno para os impactos do turismo nesta comunidade, uma vez que nesta praticado um tipo de turismo comunitrio. Deste modo, para dar uma resposta concisa temtica em estudo primeiramente foi preciso conhecer o projecto a ser estudado, realizar um levantamento terico de aspectos relativos ao tema, trazendo para este trabalho a viso de vrios autores e ainda para a recolha de dados quantitativos foi feita uma pesquisa de campo, recorrendo aplicao de um inqurito por questionrio abrangendo a populao de Lajedos. Para isso, foi preciso definir uma amostra de 126 indivduos, que permitiu avaliar variveis como a caracterizao socio demogrfica, avaliao do projecto e avaliao da actividade turstica na regio. Atravs da anlise e discusso dos resultados obtidos, foi possvel concluir que os projectos trouxeram os seguintes impactos para a comunidade de Lajedos, como: melhoria do rendimento, o conhecimento da localidade, ainda mais emprego e a capacitao da populao, em contrapartida no houveram ou no foram notados os impactos ambientais, o que significa que pode ser uma rea para se dar especial ateno. Pode-se concluir ainda que o turismo na localidade ganhou mais fora devido implementao desse projecto que permitiu dar a conhecer a localidade.