21 resultados para Gravidez em Diabéticas
Resumo:
Este estudo sobre as concepções de maternidades e paternidades no interior de Santiago, especificamente em Ribeira da Barca, visa analisar como as técnicas utilizadas no parto determinam a forma como se constitui a noção de pessoa, o que abre um dialogo entre a construções de concepções de maternidade e paternidade. Essa reflexão passa necessariamente por uma discussão da noção de pessoa como um individuo total indivisível, onde não existe uma fronteira visível entre a natureza e cultura. Essa forma como se constrói a noção de pessoa é verificável na maneira como se molda o corpo na gravidez, no parto e no pós-parto. Nessa óptica, é analisada como se dá forma ao corpo partindo do princípio que este é algo passivel de ser moldado, dinâmico e com fluxos vitais, integrado nos ciclos da vida e do ambiente (onde não existe uma fronteira visivel entre a natureza e a cultura). Essa discussão permite-nos pensar as concepções de maternidades e paternidades dependentes da relação e de vínculos que as pessoas estabelecem entre si numa trajectória, da forma como as mesmas se constituem como pessoa. Essa análise é extensiva a própria organização familiar que ultrapassa a consanguinidade, constituindo, assim, numa trama de relações que as pessoas constróem entre si
Resumo:
Há evidências de forte associação entre o baixo peso ao nascer e a morbimortalidade neonatal e infantil. A Organização Mundial da Saúde identifica-o como o mais relevante factor isolado na sobrevivência infantil. Assim, com o propósito de estimular o uso de dados de nascimentos vivos, rotineiramente gerados, em território nacional, foi realizado um estudo para identificar os factores associados ao baixo peso ao nascer por meio de variáveis epidemiológicas e demográficas presentes nos boletins de Nascidos Vivos. Foram analisados 19.554 nascimentos vivos ocorridos durante os anos de 2010 e 2011, em Cabo Verde. Os dados foram obtidos dos boletins de Nascidos Vivos, instrumento Subsistema de Informações de Nascidos Vivos do Sistema Nacional de Informação Sanitária do Ministério da Saúde. Foram efectuados os testes qui-quadrado, Fisher e Wald. Para controlar o efeito de variáveis confundidoras realizou-se uma regressão logística multivariada, utilizando-se sempre um nível de significância de 5%. A proporção de baixo peso nos recém-nascidos foi de 8,5% em 2010 e 8% em 2011. Foi detectada uma associação estatisticamente significante entre baixo peso ao nascer: sexo, vigilância pré-natal, duração da gravidez e o tipo de parto, em 2010 e 2011, sendo que a idade materna só foi significativa para as crianças de baixo peso para o ano de 2011. Recomenda-se o uso e aperfeiçoamento da guia de Nascidos Vivos do Ministério da Saúde de estudos epidemiológicos e operacionais de saúde maternoinfantil, face à sua relevância, e possibilidade de fornecer informação de qualidade além da facilidade da disponibilidade dos dados.
Resumo:
Neste trabalho académico tivemos como objectivo verificar/conhecer a importância que as mulheres em idade reprodutiva atribuem à consulta pré-concepcional porque é uma consulta determinante para assegurar a qualidade da assistência à mulher em idade reprodutiva, porque permite obter informações incentivadoras de atitudes saudáveis no pré, durante o período de desenvolvimento fetal e no pós. Isto porque, cada vez mais a consulta pré-concepcional tem um papel fundamental na prevenção da gravidez de risco e acima de tudo na prevenção das anomalias fetais e patologias materno-fetais. A nossa pesquisa foi desenvolvida num centro de saúde de gestão pública, o Centro de Saúde Reprodutiva da Bela Vista (CSRBV), abrangendo tanto a abordagem quantitativa como a qualitativa, uma vez que os métodos de recolha e os instrumentos de recolha das informações foram: um inquérito por questionário fechado aplicado a uma amostra constituída por 52 grávidas; e ainda entrevistas exploratórias dirigidas aos enfermeiros que trabalham nesse centro. Os resultados obtidos apontam que: as gestantes não fizeram planeamento familiar; as grávidas não consideram as consultas pré-concepcionais pertinentes; 37 revelaram não ter ido à consulta pré-concepcional: as intervenções dos enfermeiros incidem sobre a avaliação de risco pré-concepcional e ainda aconselham-nas a terem cuidados com a alimentação, a praticarem exercício físico e a evitarem o consumo de bebidas alcoólicas, drogas ilícitas e tabaco. Embora a consulta pré-concepcional seja importante, ela aparece incluída nas consultas de planeamento familiar e o CSRBV revela que existe uma fraca adesão na procura da consulta pré-concepcional, chegando mesmo a não existir dados estatísticos que confirmam a realização dessa consulta no CSRBV, e ainda, não dispor de uma ficha para o atendimento de mulheres em idade reprodutiva que pretendam esse serviço. Ora, isso revela: a necessidade de ser divulgada e que as mulheres sejam sensibilizadas para que procurem esse tipo de serviços; que o CSRBV crie um sistema de atendimento próprio para as consultas pré-concepcionais; criar as condições adequadas para que haja mais adesão de mulheres para as consultas pré-concepcionais; identificar as razões pelas quais as mulheres que procuram o CSRBV não vão às consultas pré-concepcionais. Palavras-
Resumo:
Este relatório descreve todo o processo de aquisição e desenvolvimento de competências nos domínios de intervenção relativos à gravidez, trabalho de parto e pós-parto, conducente ao grau de mestre em enfermagem de saúde materna e obstétrica. Neste cenário, aprofundou-se uma problemática que teve como finalidade reunir e sintetizar os resultados de pesquisa de forma ordenada e sistemática. Assim, investigou-se “As Posições Maternas durante o Trabalho de Parto e a sua influência nas Variedades Occipito-Posteriores Fetais”. O tema foi desenvolvido no âmbito do módulo “Trabalho de Parto”, tendo-se constatado a ausência de consensos na matéria. Foi efetuada pesquisa bibliográfica, tendo sido selecionados quatro artigos, cujos resultados obtidos reafirmam a importância das posições de decúbito lateral e de quatro apoios como facilitadores do alívio das lombalgias. São inconclusivos no que respeita à eventual influência da rotação da cabeça fetal das variedades occipito-posterior para as anteriores. O estágio proporcionou uma boa articulação com a componente teórica, através da operacionalização de saberes, na perspetiva de concretizar os objetivos estabelecidos para a formação. Assim, as problemáticas de enfermagem em saúde materna e obstetrícia constituíram-se em desafios e curiosidade científica. Neste sentido, todas as intervenções foram realizadas numa perspetiva holística, atuando- se em três domínios-chave: técnico-científico, crítico-reflexivo e relacional. Desenvolveu-se uma atitude autocrítica e proactiva no sentido da resolução de problemas e na concretização de intervenções de enfermagem baseadas na evidência científica.
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Introdução: A infertilidade é definida como a incapacidade de um casal obter uma gravidez ou parto de um bebê vivo. Ela não é exclusiva da mulher, mas sim do casal, e os fatores mais comuns associados são de origem genética, como alterações dos cromossomos, incluindo também causas hormonais, anatômicas, infecciosas, imunológicas, entre outras. A definição dos tipos de alterações cromossômicas presentes em um casal com dificuldades reprodutivas é de fundamental importância para sua vida reprodutiva. Objetivo: Verificar a importância das diferentes alterações cromossômicas na etiologia da infertilidade e discutir a indicação do cariótipo nos casos de dificuldades reprodutivas. Metodologia: Estudo retrospectivo de dados de 832 indivíduos, atendidos na Faculdade de Ciências/ UNESP, Bauru, no período de Janeiro de 2005 a Dezembro de 2012, referentes a estudos cromossômicos (cariótipo de sangue periférico e abortos espontâneos) e anamnese. Resultados: Dos 832 casos, 431 foram avaliados através dos cariótipos de sangue periférico e 514 através de seus cariótipos de abortos espontâneos; 113 foram avaliados tanto pelos cariótipos de sangue como pelos cariótipos de seus abortos. A frequência das alterações cromossômicas em sangue periférico foi de 5,6%, e de 32,5 % em abortos espontâneos. Não houve correlação estatística entre ocorrência das alterações cromossômicas, sexo, idade e número de abortos. Conclusões: Na população estudada observou-se que as alterações cromossômicas são importantes na etiologia da infertilidade. As alterações cromossômicas numéricas nos abortos são as mais frequentes; contudo, sua ocorrência pode ser maior devido a possível superestimação dos cariótipos normais pela contaminação de material materno. Para prevenção de malformações congênitas, ambos os membros do casal relacionados a problemas reprodutivos devem realizar o estudo cromossômico.
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Este trabalho cujo tema é a Assistência de Enfermagem às Gestantes com VIH, realça a necessidade da enfermagem desenvolver estratégias que visam uma boa assistência e, consequentemente, o estímulo da aderência das gestantes seropositivas ao uso de medicamentos e de comportamentos promotores de saúde. A expansão da epidemia do VIH/SIDA em mulheres ocorre, principalmente em idade fértil, fato este, que acarreta um aumento da transmissão materno-infantil do VIH. E isso traz preocupações maiores para estas mulheres, que apesar de estarem grávidas poderão passar o vírus para a criança. Trata-se de um estudo qualitativo exploratório, cujo objetivo principal é identificar a assistência prestada pelos enfermeiros nos cuidados às gestantes com VIH, nos centros de saúde de São Vicente. Contamos com a participação de seis enfermeiros, todos funcionários dos centros de saúde de São Vicente, atuando nos sectores de enfermagem materna e obstétrica. Os dados foram colhidos através da técnica de entrevista, a fim de analisar as intervenções de enfermagem prestadas as gestantes com VIH. Posteriormente os dados foram analisados qualitativamente, utilizando a técnica de análise de conteúdo proposta por Bardin. Os resultados evidenciaram que os enfermeiros têm feito um papel importante no aconselhamento dessas gestantes, contribuindo assim para um gravidez estável e consequentemente um parto seguro. Não obstante, as gestantes devem ter acompanhamento multiprofissional e poder contar com o apoio das suas famílias de modo que não se sintam excluídos do meio em que vivem e da sociedade.