4 resultados para neuropsychiatric inventory clinician rating scale
em REPOSITÓRIO ABERTO do Instituto Superior Miguel Torga - Portugal
Resumo:
Introdução: Os sintomas neuropsiquiátricos (SNP) afetam a maioria das pessoas que sofrem de Declínio Cognitivo e da doença de Alzheimer (DA). O nosso principal objetivo passa por relatar a prevalência dos SNP avaliados através do Neuropsychiatric Inventory Questionnaire (NPI-Q) numa amostra de idosos recolhida em instituições do Concelho de Coimbra. o nosso principal objetivo passa por relatar a prevalência e gravidade dos sintomas neuropsiquiátricos avaliados através do NPI-Q, numa amostra de idosos recolhida em instituições do Concelho de Coimbra. Estudaremos também a título exploratório a prevalência e gravidade do declínio cognitivo, bem como a gravidade dos sintomas depressivos e dos sintomas ansiosos. Pretendemos, ainda, verificar se existem associações estatisticamente significativas entre a gravidade e grau de perturbação associado aos SNP (tal como avaliados pelos cuidadores formais) (NPI-Q)e o declínio cognitivo (avaliado com o MoCA, administrado junto dos idosos). É igualmente nosso objectivo averiguar se existem correlações estatisticamente significativas entre a sintomatologia depressiva (GDS) / a ansiosa (GAI) avaliado junto dos idosos e as variáveis avaliadas junto dos cuidadores formais . — . a gravidade e o grau de perturbação associados aos SPN . — ., assim como verificar se existem correlações estatisticamente significativas entre o declínio cognitivo (MoCA) e as sintomatologias depressiva e ansiosa. Queremos igualmente observar se existem eventuais associações entre as variáveis gravidade e grau de perturbação (NPI-Q) e as variáveis sociodemográficas em estudo. Na medida em que a literatura refere associações significativas entre o declínio cognitivo, a sintomatologia depressiva e ansiosa e as diferentes variáveis sociodemográficas, pretendemos explorar se estas associações estão presentes na nossa amostra. Não deixaremos de explorar também eventuais associações entre as variáveis sociodemográficas e os diferentes SNP(item por item) e por fim pretendemos constatar se na nossa amostra temos associações estatisticamente significativas entre cada item do NPI-Q e as pontuações do MoCA, GDS e GAI. Metodologia: A amostra incluiu 40 idosos(média de idades, M = 79,80; Desvio-padrão, DP = 6,42; variação = 67-90) sob resposta social em instituições do Concelho de Coimbra que aceitaram responder voluntariamente ou cujos cuidadores concederam o consentimento a uma bateria de teste(incluindo questões sociodemográficas, o MoCA, o Geriatric Anxiety Inventory/GAI, a Geriatric Depression Scale/GDS e o NPI-Q. Resultados: Os SNP mais prevalentes foram a Ansiedade (30%) e a Irritabilidade/Labilidade (27,5%). Não se verificaram associações estatisticamente significativas entre a gravidade dos SNP e grau de perturbação associado (NPI-Q) e o declínio cognitivo nos idosos (MoCA). Não se encontraram associações estatisticamente significativas entre a gravidade dos sintomas o grau de perturbação dos mesmos (NPI-Q) e as variáveis sociodemográficas, nem entre a sintomatologia depressiva e ansiosa e a gravidade e grau de perturbação associado aos SNP. As mulheres idosas manifestavam maior sintomatologia ansiosa face aos homens; bem como os idosos que se encontram na valência de Centro de dia manifestavam maior sintomatologia ansiosa do que os idosos residindo em Centro de noite/Lar de idosos. Os idosos que não frequentaram a escola apresentavam um valor inferior no MoCA por comparação com os que frequentaram a escola.Discussão/Conclusão: Ao contrário do esperado, não se observou uma associação entre a gravidade e grau de perturbação associados aos SNP avaliados junto dos cuidadores formais e o declínio cognitivo, avaliado junto dos idosos. Entre os motivos possíveis para este facto salientamos o tamanho reduzido da amostra e o facto dos SNP terem sido avaliados por funcionários da instituição que podiam ou não possuir a formação necessária para os avaliar, ou não os conhecer há tempo suficiente, ou ainda não estar em contacto directo com os idosos. Outro dado relevante foi a ausência de associações significativas entre a gravidade/grau de perturbação associado aos SNP, a sintomatologia depressiva/ansiosa e as variáveis sociodemográficas. Importa, em estudos futuros, com uma amostra maior, verificar se os resultados se mantêm e comparar os obtidos quando o NPI-Q é respondido por clínicos, familiares e auxiliares dos idosos.
Resumo:
Introdução: Alguns estudos internacionais e nacionais têm-se dedicado a estudar as caraterísticas psicológicas de profissionais/cuidadores que trabalham na área da prestação de cuidados a pessoas com doença e deficiência mental. Porém, segundo temos conhecimento são escassos ou mesmo inexistentes os estudos que abordem os níveis de autocriticismo, autocompaixão e comprometimento organizacional destes profissionais/cuidadores. Foram nossos objetivos: caraterizar uma amostra de cuidadores formais/profissionais que trabalham com pessoas com doença e deficiência mental em diferentes variáveis sociodemográficas e profissionais; analisar os níveis de autocriticismo, autocompaixão e comprometimento organizacional destes cuidadores formais/profissionais, bem como explorar as associações entre todas estas variáveis (entre si e com as variáveis sociodemográficas e profissionais). Metodologia: 55 cuidadores formais de pessoas com doença/deficiência mental (sexo feminino/n = 49, 84,5%; idade média de 45,21; DP = 10,92; variação = 22-65) preencheram um questionário sociodemográfico, o Questionário de Comprometimento Organizacional, a Escala das Formas do Autocriticismo e Autotranquilização e a Escala de Autocompaixão. Resultados: O Eu inadequado apresentou um valor médio bastante maior que o Eu detestado. O valor médio do Eu tranquilizador foi superior a qualquer dimensão de autocriticismo. O Calor-Compreensão (autocompaixão) apresentou o valor médio mais elevado e a Autocrítica o valor médio mais baixo. O Eu inadequado e detestado associaram-se positivamente às dimensões negativas de autocompaixão e o Eu tranquilizador às dimensões positivas de autocompaixão. O Comprometimento Afetivo associou-se positivamente ao Autocriticismo total. O Comprometimento Calculativo associou-se positivamente ao Eu detestado, que foi seu preditor. O Comprometimento Normativo associou-se de forma positiva ao Eu detestado, Autocriticismo total e idade negativamente ao Mindfulness. A idade foi o seu preditor. O Comprometimento Afetivo associou-se positivamente aos meses de trabalho na instituição, que foram seus preditores. Os cuidadores com um familiar com deficiência mental tiveram um valor mais baixo de Eu inadequado. Discussão: No geral, esta amostra de cuidadores formais apresentou caraterísticas psicológicas que nos tranquilizam quanto ao papel que desempenham junto de pessoas com doença/deficiência mental, mas as instituições devem sempre encontrar formas de estimular os níveis de comprometimento e autocompaixão dos seus profissionais. / Introduction: Some international and national studies have focused on studying the psychological characteristics of professionals/caregivers working with people with mental disease and intelectual disability. However, to our knowledge, the studies exploring levels of selfcriticism, self-compassion and organizational commitment in these professionals are scarce or even nonexistent. Our goals were to: characterize a sample of formal caregivers/professionals who work with people with mental illness and intellectual in different sociodemographic and professional variables; analyze the levels of selfcriticism, self-compassion and organizational commitment of these formal caregivers/professionals, as well as explore the associations between all these variables (with each other and with the sociodemographic and professional variables and professionals). Methodology: 55 caregivers of people with mental disease/intelectual disability (female/n = 49, 84.5%; mean age of 45,21; DP = 10,92; variation = 22-65) completed a sociodemographic questionnaire, the Organizational Commitment questionnaire, the Forms of Self Criticism Rating Scale and the Self- Compassion Scale. Results: Inadequate Self had na higher mean value than the Hated Self. The mean value of the Reassuring Self was higher than any dimension of selfcriticism. Self-Kindness was the one with a higher mean value (of self-compassion) and Self-Judjment the one with the lowest mean value. The Inadequate Self and the Hated Self were positively associated with the negative dimensions of selfcompassion and the Reassuring Self with the positive dimensions of selfcompassion. The Affective Commitment was positively associated to total selfcriticism. The Continuance Commitment was associated with the Hated Self (positively), being its predictor. The Normative Commitment was positively associated to the Hated Self, the total selfcriticism and age and negatively to Mindfulness. Age was its predictor. The Affective Commitment was positively associated to months of work at the institution. This variable was its predictor. Professionals with a family member with intellectual disability had a lower value of Inadequate Self. Discussion: In general, this sample of formal caregivers presented psychological characteristics that reassure us about the role that they have while working with people with mental disease/intellectual disability, but the institutions must always find ways of stimulating the commitment and selfcompassion levels of their professionals.
Resumo:
Introdução: A presença do diagnóstico de autismo numa criança é algo marcante no seio familiar. Implica inúmeros desafios para os seus pais/progenitores, podendo influenciar os objetivos delineados para as suas vidas e a satisfação na relação conjugal. Os nossos objetivos foram: caraterizar progenitores de crianças com autismo quanto aos objetivos de vida e satisfação na vida conjugal e explorar as associações existentes entre estas duas variáveis (e com variáveis sociodemográficas e relativas ao apoio recebido). Não deixamos de explorar os níveis de depressão, ansiedade, e stress, vivenciados por estes pais. Metodologia: 66 progenitores (sexo feminino, n = 52, 78,8%; idade média, M = 40,2, DP = 6,45) de crianças com autismo preencheram um questionário sociodemográfico, o Teste dos objetivos de vida/PIL-R, a Escala de Avaliação da Satisfação em Áreas da Vida Conjugal/EASAVIC e a Depression, Anxiety and Stress Scale-21/DASS-21. Resultados: Os progenitores revelaram valores médios de objetivos de vida (PIL-R). Foi na dimensão vivencial (PIL-R) e nas dimensões Comunicação e Intimidade Emocional (satisfação em áreas da vida conjugal/EASAVIC) que os progenitores apresentaram valores médios mais elevados. No caso da DASS-21, foi na escala Stress que os progenitores apresentaram valores mais elevados. Porém, em todas as dimensões da DASS-21, os níveis encontrados foram normais. Não se verificaram diferenças estatisticamente significativas por sexo em todas as dimensões do PIL-R, da EASAVIC e DASS-21. Ambas as dimensões do PIL-R, dimensional e existencial, bem como a sua pontuação total mostraram estar associadas com todas as dimensões da EASAVIC (satisfação em áreas da vida conjugal). As três dimensões da DASS-21 (Depressão, Ansiedade e Stress) revelaram estar associada (negativamente) com praticamente todas as dimensões da EASAVIC e do PIL-R. Os progenitores que pertenciam a associações de apoio apenas se diferenciaram dos progenitores que pertenciam a um grupo (de apoio e partilha) numa rede social na dimensão Ansiedade, com estes últimos a apresentarem um nível mais elevado. Discussão: Neste estudo (ainda que numa amostra de tamanho reduzido), inovador pelo tema explorado, os níveis dos objetivos de vida e de satisfação em áreas da vida conjugal (bem como de sintomas de psicopatologia) pareceram “não sofrer” o impacto associado ao facto dos progenitores terem um filho com autismo. Os objetivos de vida mantidos por estes pais influenciam a sua satisfação com a vida conjugal e vice-versa, indicando a importância das equipas que trabalham com estes pais não esquecerem a promoção destas variáveis. / Introduction: The presence of the diagnosis of autism in a child is something remarkable in the family. Involves many challenges for parents/progenitors, which can influence the goals they define in their lives and their satisfaction with the marital relationship. Our objectives were to characterize parents of children with autism on the objectives of life and satisfaction with marital life and explore the associations between these two variables (and with sociodemographic and support variables). We will not forget to explore the levels of depression, anxiety, and stress, experienced by these parents. Methodology: 66 parents (females, n = 52, 78.8%, mean age, M = 40.2, SD = 6.45) of children with autism completed a sociodemographic questionnaire, the Test of Life Goals/PIL-R, the Areas of Marital Satisfaction Rating Scale/EASAVIC and the Depression, Anxiety and Stress Scale-21/DASS-21. Results: Parents showed a mean value of life goals (PIL-R). Was in the experiential dimension (PIL-R) and the Communication and Emotional Intimacy dimensions (satisfaction in areas of marital life/EASAVIC) that the parents presented higher mean values. Regarding DASS-21, Stress was the scale in which the parents had higher values. However, in all the DASS-21, levels were “normal”. There were no statistically significant differences by gender in all the PIL-R, EASAVIC and DASS-21 scales. Both dimensions of the PIL-R, dimensional and existential, as well as the total score were found to be associated with all the dimensions of EASAVIC (satisfaction in areas of marital life). The three dimensions of the DASS-21 (Depression, Anxiety and Stress) revealed to be associated (negatively) with virtually all dimensions of the EASAVIC and the PIL-R. Parents who belonged to associations only differed from the parents from a social network group (of support and sharing) in the anxiety dimension, with the later presenting an higher level. Discussion: In this study (even if in a small sample size), innovative by the theme explored, levels of life goals and satisfaction in areas of marital life (as well as symptoms of psychopathology) seemed not to suffer from the impact of the parents having a child with autism. The life goals held by these parents influence their satisfaction with marital life and vice versa, indicating the importance of teams working with these parents of not forgetting the promotion of these variables.
Resumo:
A Depressão na infância e adolescência, tal como na população adulta, é uma das perturbações mentais mais comuns. Uma vez que o seu aparecimento nestas faixas etárias conduz a graves consequências na idade adulta, é fundamental identificar os sintomas depressivos precocemente. Desta forma, os instrumentos de autorrelato têm um papel fundamental, uma vez que permitem com facilidade, de forma fidedigna e válida, ter acesso a formas de pensar, sentir e agir dos sujeitos. O objetivo do presente trabalho consistiu na tradução, adaptação e estudo da Center for Epidemiological Studies Depression Scale for Children (CES-DC) (Weissman, Orvash & Padian, 1980) para os adolescentes portugueses. A amostra é constituída por 417 adolescentes, com idades compreendidas entre os 12 e os 18 anos a frequentar o 3º ciclo do ensino básio e ensino secundário. Para o estudo da validade convergente e divergente da CES-DC, foram utilizados a Depression Anxiety Stress Scales (DASS 21) (Lovibond & Lovibond, 1995), o Children's Depresssion Inventory (CID) (Marujo, 1994) e a Students' Life Satisfaction Scale (SLSS) (Marques, Pais-Ribeiro & Lopez, 2007) que avaliam, respetivamente, os estados emocionais negativos (depressão, ansiedade e stress), a sintomatologia depressiva e a satisfação global com a vida. Os resultados obtidos mostram que a escala possui uma boa consistência interna, uma estabilidade temporal adequada, assim como uma boa validade. Sugerem, ainda, tratar-se de uma escala tridimensional: fator humor, fator interpessoal e fator felicidade. Estes dados permitem o avanço da Psicologia, no que diz respeito à avaliação e prática clínica com adolescentes. A utilidade do questionário deve ser verificada noutras faixas etárias, principalmente, nas de menos de 12 anos de idade, e também numa amostra clínica. Não obstante as limitações apontadas, os resultados sugerem que a CES-DC é um questionário útil na avaliação de sintomas depressivos nos adolescentes. / Depression in children and adolescents, as well as in adults, is one of the most common mental disorders. Since its appearance in these age groups leads to serious consequences in adulthood, it is critical to identify depressive symptoms in early stages. Therefore, self-report instruments play a key role in this contexto since they allow to easily, reliably and validly have access to ways the subject thinks, feels and acts. The aim of this study was to translate, adapt and study the Center for Epidemiological Studies Depression Scale for Children (CES-DC) (Weissman, Orvash & Padian, 1980) for portuguese adolescents. The sample consists of 417 adolescents, aged between 12 and 18 years old, attending the 3rd cycle of basic education and secondary education schools. To study the convergent and divergent validity of the CES-DC, the Depression Anxiety Stress Scales (DASS 21) (Lovibond & Lovibond, 1995) was used, along with the Children's depression Inventory (CDI) (Sailor, 1994) and the Students' Life Satisfaction Scale (SLSS) (Marques, Pais-Ribeiro & Lopez, 2007) that evaluate, respectively, the negative emotional states (depression, anxiety and stress), depressive symptoms and overall satisfaction with life. The results show that the evaluated scale presents a good internal consistency, an adequate temporal stability as well as good validity. They also suggest that this is a three-dimensional scale: humor factor, interpersonal factor and happiness factor. These data allow for the progress of psychology, regarding the assessment and clinical practice among adolescents. The usefulness of the questionnaire should be verified in other age groups, especially in children with less than 12 years old and in a clinical sample. Despite these limitations, the results suggest that CES-DC is useful in the assessment questionnaire of depressive symptoms in adolescents.