2 resultados para national literature

em REPOSITÓRIO ABERTO do Instituto Superior Miguel Torga - Portugal


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Introdução: Quer na literatura internacional, quer nacional são poucos os estudos que exploram a associação entre os estilos educativos parentais, os hábitos/comportamentos alimentares e a sintomatologia de perturbação do comportamento alimentar (PCA). Pretende-se, então, com este estudo, fundamentalmente, explorar associações entre as dimensões de um instrumento que avalia estilos educativos parentais (o Parental Rearing Style Questionnaire for use With Adolescents/EMBU-A), dimensões de um teste que avalia sintomatologia de PCA (Teste de Atitudes Alimentares/TAA-25), índice de massa corporal (IMC), itens que avaliam hábitos/comportamentos alimentares e diferentes variáveis sociodemográficas, familiares e de saúde. Em função das associações encontradas pretendemos, igualmente, explorar quais as variáveis preditivas da sintomatologia de PCA e dos hábitos/comportamentos alimentares. Metodologia: 402 adolescentes (raparigas: n = 241, 60%) entre os 12 e 18 anos (M = 14,2; DP = 1,62) das cidades de Coimbra, Cantanhede e Matosinhos preencheram um protocolo composto por um questionário sobre variáveis sociodemográficas, familiares e de saúde, o EMBU-A e o TAA-25. Resultados: Verificou-se, de uma forma geral, uma associação negativa entre a dimensão Suporte Emocional do EMBU-A, as dimensões do TAA-25 e a pontuação total deste instrumento. No sentido oposto, verificou-se, genericamente, uma associação positiva geral entre as dimensões Sobreproteção e Rejeição e os mesmos resultados relativos ao TAA-25. A prática de desporto mostrou-se associada a uma pontuação média superior de Motivação para a Magreza e da pontuação total do TAA-25. Nas análises preditivas foi possível constatar que o Suporte Emocional tende a diminuir a probabilidade dos jovens manifestarem sintomatologia de PCA. Por oposição, a Rejeição tende a aumentar a probabilidade dos jovens apresentarem esta sintomatologia. Conclusão/Discussão: A dimensão Suporte Emocional do EMBU-A parece ser protetora do surgimento de sintomatologia de PCA e de hábitos/comportamentos disfuncionais nos adolescentes, enquanto a dimensão Rejeição parece aumentar o risco do desenvolvimento dessa sintomatologia e desses hábitos/comportamentos alimentares. Neste sentido, devem ser trabalhadas estas dimensões junto dos pais, eventualmente através de programas psicoeducativos. Também nas escolas e centros de saúde podem ser implementados programas com vista a melhorar os hábitos/comportamentos alimentares e ajudar a prevenir o surgimento de PCA. / Introduction: There are few studies both in the international and national literature exploring the association between parental educational styles, eating habits/behaviours and symptoms of Eating Disorders (ED). With this study we intend to examine the associations between the dimensions of an instrument assessing parenting styles (Parental Rearing Style Questionnaire for Adolescents/ EMBU-A), dimensions of a test assessing symptoms of eating disorders(Eating Attitudes Test-25/EAT-25), Body Mass Index (BMI), items assessing eating habits/behaviors and different sociodemographic family and health variables. Based on the associations found, we also intend to explore which are the variables that show to be predictors of symptoms of eating disorders and eating habits/behaviours. Methodology: 402 adolescents (girls: n = 241, 60%) between 12 and 18 years old (M = 14,2, SD = 1,62) from Coimbra, Cantanhede and Matosinhos completed a protocol consisting of a sociodemographic questionnaire, the EMBU-A and the EAT-25. Results: In general, we found a negative association between the Emotional Support dimension of EMBU-A, the EAT-25 dimensions and the total score of this instrument. In opposition, there was, generally, a positive association between the Overprotection and Rejection dimensions (EMBU-A) and the same results of the EAT-25. Sports’ practice was associated with a higher mean score of Motivation for Thinness and the total score of the EAT-25. In the predictive analyses, we verified that Emotional Support tends to decrease the likelihood of adolescents manifesting symptoms of ED. In contrast, Rejection tends to increase the likelihood of young people presenting these symptoms. Conclusion/Discussion: The dimension of seems to be protective of the appearance of symptoms of ED and of dysfunctional eating habits/behaviors in adolescents, while Rejection appears to increase the risk of developing such symptoms and these eating habits/behaviors. For these reasons, these dimensions should be worked together with parents, eventually by means of psicoeducational programs. Also, in schools and health centers programs can be implemented in order to improve eating habits/behaviors and to help prevent the development of ED.

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Introdução: Na literatura internacional e nacional verifica-se a inexistência de estudos sobre os correlatos psicológicos de cuidadores formais, como a resiliência e o coping. Apesar de se reconhecer a importância de uma prestação de cuidados mais compassivos e humanizados, mais uma vez, não existem estudos nesta área. Este facto estende-se aos cuidadores formais que trabalham com pessoas em situação de dependência, na Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados. Assim, foram nossos objetivos: caraterizar os cuidadores formais de algumas Unidades de Cuidados Continuados (UCC) da RNCCI em variáveis sociodemográficas e profissionais; analisar os seus níveis de resiliência, coping e autocompaixão; verificar se existem associações significativas entre estas variáveis e com as variáveis sociodemográficas e profissionais. Metodologia: 78 cuidadores formais (sexo feminino, n = 76; 97,4%), com uma média de idades de 35,45 anos (DP = 9,0) forneceram o seu consentimento informado para preencherem um questionário sociodemográfico e profissional, a Escala de Avaliação Global da Resiliência, o Brief COPE e a Self Compassion Scale (SELFCS). Resultados: Os cuidadores revelaram um nível médio de resiliência (total). A dimensão de coping com média mais elevada foi o Coping ativo e a com média mais baixa foi o Uso de substâncias. Na SELFCS a dimensão com média mais elevada foi o Calor/compreensão e a com média mais baixa foi o Isolamento. No geral, a pontuação total de resiliência correlacionou-se de forma positiva com as dimensões positivas da autocompaixão (SELFCS) e de forma negativa com as dimensões negativas desta escala. As dimensões mais positivas de coping correlacionaram-se de forma positiva com as dimensões positivas de autocompaixão e as mais negativas de coping com as dimensões negativas de autocompaixão. Quanto maior a idade dos cuidadores menor o nível de Suporte Emocional e maior o nível de Religião e Mindfulness. Mais horas de trabalho associaram-se a menor resiliência e a maior nível de Suporte Emocional Discussão: Este estudo revelou, ainda que numa amostra reduzida, que os cuidadores formais das UCC parecem revelar níveis equilibrados em correlatos psicológicos importantes quando se “cuida” de outra pessoa. Porém, as UCC devem preocupar-se em fomentar, junto dos cuidadores, níveis mais elevados de resiliência, estratégias mais positivas de coping e a compaixão auto e hétero dirigida, para assegurar um “cuidar” mais pleno quer para os profissionais, quer para aqueles que são cuidados. / Introduction: In the international and national literature, we verified the inexistence of studies about psychological correlates of formal caregivers, such as resilience and coping. Although the importance of more humanized and compassive care is recognized, again, there are no studies in this area. This is also verified regarding formal caregivers that work with people in a dependence situation, as in the National Network of Continuous Care. Our aims were to characterize the formal caregivers from some units of the National Network of Continuous Care in sociodemographic and professional variables; analyze these professionals levels of resilience, coping and self-compassion; verify if there are significant associations between these variables and with the sociodemographic and professional variables. Methodology: 78 formal caregivers (female, n = 76; 97,4%), with an mean age of 35,45 years (SD = 9,0) provided their informed consent to fill in a professional and sociodemographic questionnaire, the Global Resiliency Evaluation Scale, the Brief COPE and the Self Compassion Scale (SELFCS). Results: The caregivers showed a medium level of resilience. The coping dimension with the highest mean was Active coping and the dimension with the lowest mean was Substance Use. Regarding SELFCS the dimension with the highest mean was Warmth, contrasting with Isolation, the dimension with the lowest mean. Overall, the total score of resilience was positively correlated with self-compassion positive dimensions (SELFCS) and negatively correlated with the negative dimensions of this scale. The most positive dimensions of coping were positively correlated with the positive dimensions of self-compassion and the most negative dimensions of coping were correlated with the negative dimensions of self-compassion. Older caregivers showed lower use of Emotional support and higher level of Religion and Mindfulness use. More daily hours of work were associated with less resilience and higher Emotional Support. Discussion: This study revealed, although in a small sample, that Continuous Care Units (CCU) formal caregivers seem to have balanced levels of psychological correlates that are important while caring for others. However, the CCU should promote, in the caregivers higher levels of resilience, coping and self-compassion, to ensure a better care, simultaneously the professionals and patients.