4 resultados para compaixão

em REPOSITÓRIO ABERTO do Instituto Superior Miguel Torga - Portugal


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O estudo do mindfulness tem sido alvo de um crescente interesse no domínio da Psicologia, pela sua importância no aumento de bem-estar e redução de sintomatologia psicopatológica. Os estudos realizados acerca da forma como o mindfulness assume um papel preponderante no bem-estar psicológico dos indivíduos, tendo por base um conjunto de competências ou aptidões que podem ser aprendidas e praticadas, favorece uma melhoria da saúde e do bem-estar dos indivíduos. Deste modo, com o objectivo de contribuir para o conhecimento da relação entre mindfulness, auto-compaixão, vergonha e psicopatologia em praticantes e não praticantes de meditação/yoga, realizou-se um conjunto de estudos numa amostra constituída por 121 sujeitos, em que 53 integram uma população praticante de meditação/yoga e 68 pertencem à população geral não praticante de meditação/yoga. Os resultados revelam que indivíduos praticantes de meditação/yoga registam valores significativamente mais elevados nas facetas observar e não reagir da escala de mindfulness. Por sua vez, sujeitos com maiores índices de traço de mindfulness apresentam níveis mais baixos de vergonha externa e interna. Para além disto, indivíduos com elevado traço de mindfulness distinguem-se significativamente dos indivíduos com baixo traço de mindfulness ao apresentarem níveis mais elevados de auto-compaixão e níveis mais baixos de depressão, ansiedade e stress. / The study of mindfulness has been the target of a growing interest in the field of psychology because of its importance in increasing welfare and lessening of psychopathological symptoms. Studies on how mindfulness plays a central role in psychological well-being of individuals, based on a set of competencies or skills that can be learned and practiced, promotes improved health and well-being of individuals. Thus, in order to contribute to the knowledge of the relationship between mindfulness, self-pity, shame and psychopathology in non-practitioners and practitioners of meditation / yoga, it was held a series of studies on a sample of 121 subjects, in which 53 were part of a population practicing meditation / yoga and 68 belong to the general population not practicing meditation / yoga. The results show that individuals who practice meditation / yoga recorded significantly higher values in the watch and not react aspects of mindfulness scale. In turn, subjects with higher trait mindfulness have lower levels of external and internal shame. In addition, individuals with higher trait mindfulness differ significantly from individuals with low trait mindfulness of the present higher levels of self-pity and lower levels of depression, anxiety and stress.

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O principal objectivo do presente estudo é perceber de que forma a auto – compaixão se relaciona com o auto – criticismo e sintomas psicopatológicos, mais concretamente, a ansiedade, a depressão e o stress na adolescência. Paralelamente pretendeu-se testar a aplicação da escala de auto – compaixão a uma amostra de adolescentes pelo que se procedeu à sua adaptação e estudo das qualidades psicométricas a este período desenvolvimental específico. Fizeram parte da amostra 130 rapazes e 48 raparigas, com uma média de idades de 16.92 anos (DP=1.40) e uma média de anos de escolaridade de 9.99 (DP=1.67). No estudo apresentado foram utilizados os seguintes instrumentos: a Escala de Auto – Compaixão (SCS), a Escala de Ansiedade Depressão e Stress (EADS-21), e a Escala das Formas de Auto – Criticismo e de Auto – Tranquilização (FSCRS). A escala de auto – compaixão mostrou uma boa consistência interna e uma boa estabilidade temporal. Os resultados indicaram que os rapazes apresentam níveis de auto – compaixão significativamente mais elevados que as raparigas. Em ambos os sexos foram observadas correlações no sentido esperado entre a auto – compaixão e os estados emocionais negativos, o auto – criticismo e a auto – tranquilização. Por outras palavras, quanto maior o nível de auto – compaixão do adolescente, menor sintomatologia depressiva, ansiosa e associada ao stress apresenta, bem como menor é o seu auto – criticismo. Em contraste, quanto maior a auto – compaixão, maior a capacidade de se auto – tranquilizar. Conclusão: Partindo da investigação disponível em adultos, o contribuo do presente estudo consistiu em alargar para adolescentes não só a avaliação da auto-compaixão, como também a sua associação às variáveis em estudo. Assim, os resultados sugerem que nos adolescentes, a auto-compaixão pode diminuir a sua vulnerabilidade aos estados emocionais negativos traduzidos, quer por sintomas de ansiedade, depressão e de stress, quer pela adopção de um estilo auto-crítico exacerbado e disfuncional. / The main objective of this study is to understand how self - compassion is related to the self - criticism and psychopathological symptoms, specifically, anxiety, depression and stress in adolescence. At the same time we sought to test the application of the scale of self-pity to a sample of adolescents and it is carried to its adaptation and psychometric study of this specific developmental period. The sample included 130 boys and 48 girls with a mean age of 16.92 years (SD = 1.40) and average years of schooling was 9.99 (SD = 1.67). In the present study we used the following instruments: the Self - Compassion (SCS), Depression, Anxiety and Stress Scale (DASS), and the Forms of Self – Criticizing/Attacking and Self – Reassuring Scale (FSCRS). The scale of self- compassion showed good internal consistency and good temporal stability. The results indicated that the boys present levels of self - compassion significantly higher than girls. In both sexes were observed in the expected correlations between self-pity and negative emotional states, self-criticism and self-reassurance. In other words, the higher the level of adolescent self-pity, less depressive symptoms, anxiety and stress associated with the present as well as lower your self-criticism. In contrast, the larger the self-compassion, the greater the ability to self-reassuring. Conclusion: Based on the available research in adults, I contribute to this study was to extend to adolescents not only the assessment of self- compassion, as well as their association with variables. Thus, the results suggest that in adolescents, self- compassion can reduce their vulnerability to negative emotional states translated, either by symptoms of anxiety, depression and stress, either by adopting a self-critical style exaggerated and dysfunctional.

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Introdução: Na literatura internacional e nacional verifica-se a inexistência de estudos sobre os correlatos psicológicos de cuidadores formais, como a resiliência e o coping. Apesar de se reconhecer a importância de uma prestação de cuidados mais compassivos e humanizados, mais uma vez, não existem estudos nesta área. Este facto estende-se aos cuidadores formais que trabalham com pessoas em situação de dependência, na Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados. Assim, foram nossos objetivos: caraterizar os cuidadores formais de algumas Unidades de Cuidados Continuados (UCC) da RNCCI em variáveis sociodemográficas e profissionais; analisar os seus níveis de resiliência, coping e autocompaixão; verificar se existem associações significativas entre estas variáveis e com as variáveis sociodemográficas e profissionais. Metodologia: 78 cuidadores formais (sexo feminino, n = 76; 97,4%), com uma média de idades de 35,45 anos (DP = 9,0) forneceram o seu consentimento informado para preencherem um questionário sociodemográfico e profissional, a Escala de Avaliação Global da Resiliência, o Brief COPE e a Self Compassion Scale (SELFCS). Resultados: Os cuidadores revelaram um nível médio de resiliência (total). A dimensão de coping com média mais elevada foi o Coping ativo e a com média mais baixa foi o Uso de substâncias. Na SELFCS a dimensão com média mais elevada foi o Calor/compreensão e a com média mais baixa foi o Isolamento. No geral, a pontuação total de resiliência correlacionou-se de forma positiva com as dimensões positivas da autocompaixão (SELFCS) e de forma negativa com as dimensões negativas desta escala. As dimensões mais positivas de coping correlacionaram-se de forma positiva com as dimensões positivas de autocompaixão e as mais negativas de coping com as dimensões negativas de autocompaixão. Quanto maior a idade dos cuidadores menor o nível de Suporte Emocional e maior o nível de Religião e Mindfulness. Mais horas de trabalho associaram-se a menor resiliência e a maior nível de Suporte Emocional Discussão: Este estudo revelou, ainda que numa amostra reduzida, que os cuidadores formais das UCC parecem revelar níveis equilibrados em correlatos psicológicos importantes quando se “cuida” de outra pessoa. Porém, as UCC devem preocupar-se em fomentar, junto dos cuidadores, níveis mais elevados de resiliência, estratégias mais positivas de coping e a compaixão auto e hétero dirigida, para assegurar um “cuidar” mais pleno quer para os profissionais, quer para aqueles que são cuidados. / Introduction: In the international and national literature, we verified the inexistence of studies about psychological correlates of formal caregivers, such as resilience and coping. Although the importance of more humanized and compassive care is recognized, again, there are no studies in this area. This is also verified regarding formal caregivers that work with people in a dependence situation, as in the National Network of Continuous Care. Our aims were to characterize the formal caregivers from some units of the National Network of Continuous Care in sociodemographic and professional variables; analyze these professionals levels of resilience, coping and self-compassion; verify if there are significant associations between these variables and with the sociodemographic and professional variables. Methodology: 78 formal caregivers (female, n = 76; 97,4%), with an mean age of 35,45 years (SD = 9,0) provided their informed consent to fill in a professional and sociodemographic questionnaire, the Global Resiliency Evaluation Scale, the Brief COPE and the Self Compassion Scale (SELFCS). Results: The caregivers showed a medium level of resilience. The coping dimension with the highest mean was Active coping and the dimension with the lowest mean was Substance Use. Regarding SELFCS the dimension with the highest mean was Warmth, contrasting with Isolation, the dimension with the lowest mean. Overall, the total score of resilience was positively correlated with self-compassion positive dimensions (SELFCS) and negatively correlated with the negative dimensions of this scale. The most positive dimensions of coping were positively correlated with the positive dimensions of self-compassion and the most negative dimensions of coping were correlated with the negative dimensions of self-compassion. Older caregivers showed lower use of Emotional support and higher level of Religion and Mindfulness use. More daily hours of work were associated with less resilience and higher Emotional Support. Discussion: This study revealed, although in a small sample, that Continuous Care Units (CCU) formal caregivers seem to have balanced levels of psychological correlates that are important while caring for others. However, the CCU should promote, in the caregivers higher levels of resilience, coping and self-compassion, to ensure a better care, simultaneously the professionals and patients.

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A presente investigação pretendeu validar para a população portuguesa de adolescentes a Escala de Memórias Precoces de Calor e Segurança em Relação ao Grupo de Pares (EMPCSPares) bem como ver cumpridos os seus principais objetivos: 1) Adaptação da escala de memórias precoces de calor e segurança (EMPCS), enquanto medida global, para o contexto de interação com o grupo de pares; 2) Explorar a validade de construto através da análise fatorial exploratória (estudo da dimensionalidade); 3) Analisar a consistência interna do instrumento e explorar a qualidade dos itens; 4) Examinar a validade convergente e divergente através da associação com outras variáveis semelhantes e distintas do construto em análise; 5) Analisar possíveis efeitos das variáveis sociodemográficas, como a idade, género e escolaridade nos resultados da escala, bem como a sua associação com a perceção global de qualidade vida; 6) Comparar as memórias precoces emocionais em função da qualidade de vinculação (segura e insegura). A amostra é constituída por 354 jovens (152 rapazes e 202 raparigas), com idades compreendidas entre os 12 e os 18 anos (M= 15,81; DP = 1,58) a frequentar o ensino básico e secundário do sistema regular de ensino público (7ºano de escolaridade ao 12º ano de escolaridade). Do protocolo constam os seguintes instrumentos: escala de memórias precoces de calor e segurança no contexto familiar (EMPCSFamília) e na interação com o grupo de pares (EMPCSPares); escala de auto-compaixão (SCS-A); escala de vergonha externa (OAS – A); questionário de vinculação (AQ-C); escala de ansiedade, depressão e stress (EADS-21). Os resultados obtidos mostram que a escala tem uma estrutura unidimensional, possui uma excelente consistência interna, uma estabilidade temporal adequada, assim como uma boa validade convergente e divergente. Revelou igualmente discriminar os jovens com uma vinculação segura dos que apresentam uma vinculação insegura. Apesar da necessidade de mais estudos, nomeadamente a realizar em amostras clínicas, a EMPCSPares mostrou ser um instrumento robusto e útil na avaliação de memórias emocionais no contexto de interação com os pares, constituindo um contributo relevante para a investigação e prática clínica com adolescentes. / This research intends to validate for the Portuguese population of adolescents the Early Memories Scale Heat and Safety Relative to Peer Group (EMPCSPares) and see fulfilled its main objectives: 1) The early warm and security memories scale adaptation (EMPCS), as a global measure for the interaction context with the peer group; 2) Explore the construct validity by exploratory factor analysis (study of dimensionality); 3) To analyze the internal consistency of the instrument and explore the quality of the items; 4) Examine the convergent and divergent validity by association with other similar and different variables of the construct in question; 5) Analyze possible effects of sociodemographic variables such as age, gender and education in the scale results, as well as its association with the global perception of quality of life; 6) compare the emotional early memories due to the link quality (secure and insecure). The sample consists of 354 children (152 boys and 202 girls), aged between 12 and 18 years (M = 15.81, SD = 1.58) attending basic and secondary education in the regular public education system (7th grade to 12th grade). The Protocol contains the following instruments: Scale of early heat and security memories in the family context (EMPCSFamily) and interaction with the peer group (EMPCSPairs) ; Self - compassion scale (SCS-A); external shame scale (OAS - A); linking questionnaire (AQ- C) ; scale of anxiety, stress and depression (EADS 21) . The results obtained show that the scale has a one-dimensional structure, has an excellent internal consistency, an adequate temporal stability as well as good convergent and divergent validity. It also showed discriminate young people with a secure attachment of those who have an insecure attachment. Despite the need for further studies, including the conduct of clinical samples, the EMPCSPares proved to be a robust and useful tool in the evaluation of emotional memories in the context of interaction with peers, constituting an important contribution to research and clinical practice with adolescents.