42 resultados para Sociodemographic
em REPOSITÓRIO ABERTO do Instituto Superior Miguel Torga - Portugal
Resumo:
A literatura realça a importância do impacto do comportamento parental no desenvolvimento de ansiedade em crianças e adolescentes. Dado a pertinência do tema, o foco do presente estudo visa analisar o papel que a perceção dos adolescentes sobre os estilos educativos parentais tem sobre a manifestação de sintomatologia ansiosa. A amostra desta investigação envolveu 136 adolescentes do 3º ciclo do ensino básico, 48 rapazes e 88 raparigas com idades compreendidas entre os 12 e os 15 anos, com uma média de idades de 13,2 anos, recolhida no Colégio São Martinho em Coimbra. O protocolo de investigação incluiu os seguintes instrumentos de colheita de dados: Questionário Sociodemográfico, State-Trait Anxiety Inventory for Children (STAIC) e EMBU-A. Os resultados do estudo sugerem que os adolescentes mais velhos manifestam maior sintomatologia ansiosa, estatisticamente significativa ao nível da ansiedade-estado. No que respeita ao desempenho académico, são os adolescentes com elevado insucesso escolar que exteriorizam mais ansiedade-traço. Porém, não foram encontradas diferenças significativas na manifestação da ansiedade dos adolescentes em função das variáveis género, posição na fratria e habilitações literárias dos pais. Por seu lado, em relação aos estilos educativos parentais, os jovens que têm maior insucesso escolar percecionam níveis elevados de sobreproteção da mãe, e de rejeição do pai e da mãe. Os adolescentes que têm um pai com mais baixo nível de escolaridade percecionam maior rejeição materna, e são os filhos de mães com menos habilitações literárias que sentem maior sobreproteção da mãe e rejeição do pai. Verificou-se, em particular, uma associação significativa entre a rejeição paterna e níveis mais elevados de sintomatologia ansiosa. O modelo preditivo avançado no estudo confirma que a rejeição paterna, em conjunto com a idade do adolescente, são bons preditores da sintomatologia ansiosa. Especificamente, a rejeição paterna é evidenciada como o melhor preditor da sintomatologia ansiosa, sendo o principal responsável pela manifestação de ansiedade nos adolescentes. Os resultados sugerem que a rejeição do pai desencadeia níveis elevados de sintomatologia ansiosa. Assim, este estudo permite concluir que a rejeição paterna é o estilo educativo parental que exerce maior influência na manifestação de ansiedade nos adolescentes. / The literature highlights the importance of the impact of parental behavior on the development of anxiety in children and adolescents. Given the relevance of the topic, the focus of this study is to analyze the role that the adolescents’ perception about parental rearing styles have on the manifestation of anxiety symptoms. The sample of this research involved 136 adolescents from the 3rd cycle of basic education, 48 boys and 88 girls aged between 12 and 15 years, with a mean age of 13,2 years, gathered in Colégio São Martinho in Coimbra. The investigation protocol included the following data collection instruments: Sociodemographic Questionnaire, State-Trait Anxiety Inventory for Children (STAIC) and the EMBU-A. The results of the study suggest that older adolescents show greater anxiety symptoms, statistically significant at the level of state anxiety. With regard to academic performance, are adolescents with high failure rates that externalize more trait anxiety. However, there were significant differences in the manifestation of anxiety in adolescents function of the variables gender, sibling position and educational background of the parents. For its part, in relation to parental rearing styles, young people who have higher academic failure perceive high levels of overprotection of the mother, and rejection of father and mother. Adolescents who have a father with the lowest educational level perceive greater maternal rejection, and are the children of mothers with less qualification who feel greater overprotection of the mother and father's rejection. There was, in particular, a significant association between paternal rejection and higher levels of anxiety symptoms. The predictive model advanced in the study confirms that parental rejection, together with the adolescents’ age, are good predictors of anxiety symptoms. Specifically, parental rejection is evidenced as the best predictor of anxiety symptoms, being primarily responsible for the manifestation of anxiety in adolescents. The results suggest that the father rejection triggers high levels of anxiety symptoms. Thus, this study shows that rejection is the paternal parental rearing style that has more influence on the manifestation of anxiety in adolescents.
Resumo:
Esta investigação objetiva rastrear cognitivamente as pessoas idosas que se encontram sob resposta social, Centro de Dia e Lar de Idosos, no concelho de Miranda do Corvo e utiliza como instrumentos de rastreio o Mini Mental State Examination (MMSE) e o Montreal Cognitive Assessment (MoCA). Concomitantemente esta investigação propõe-se relacionar três itens do domínio da linguagem, propostos por nós, com as habilitações. A população que frequenta as instituições investigadas, 224 pessoas com idades 65 anos, apresenta as seguintes características sociodemográficas: 179 mulheres (79,9%), média de idades de 83,76 anos ( = ±7,29) sendo que 93 (41,5%) não possuem qualquer grau de escolaridade. A avaliação efetuada, durante o período de 19 de Dezembro de 2011 a 7 de Maio de 2012, evidencia que as pessoas que frequentam/residem estas/nestas respostas sociais apresentam elevados níveis de défice cognitivo quando comparadas com a população inquirida no “Estudo do Perfil do Envelhecimento da População Portuguesa” (2010). A diferença mostrou ser estatisticamente significativa independentemente de se utilizarem as referências para cortes etários de 65, de 65-74 ou de 75 anos de idade. Segundo os resultados obtidos através da administração do MMSE verificamos que dos 144 inquiridos 55 (38,2%) têm défice cognitivo. Se acrescentarmos a estes inquiridos os restantes utentes/clientes com diagnóstico de demência reportado nos processos individuais e confirmado através de sintomatologia tanto por nós como pela equipa técnica dos equipamentos esta percentagem sobe para 135 pessoas, ou seja, 135 (60,3%) das pessoas nestas respostas sociais. Na avaliação efetuada através do MoCA verificamos que 140 (97,2%) dos idosos têm défice cognitivo. Se acrescentarmos a estes inquiridos os restantes utentes/clientes com diagnóstico de demência esta percentagem sobe para 220 pessoas, ou seja, 98,2% das pessoas nestas respostas sociais. Os resultados obtidos, independentemente da magnitude da diferença avaliativa nos dois instrumentos utilizados, facto que consideramos não ser alheio às características sociodemográficas da coorte geracional que frequenta este tipo de respostas, atestam a prevalência do défice cognitivo nas instituições que acolhem pessoas idosas. Assim, propomos que as respostas sociais implementem programas de estimulação cognitiva para a conservação e melhoria das capacidades cognitivas dos idosos. / This investigation aims to track cognitively older people who are under social response, Day Centre and Home for the Aged, in the municipality of Miranda do Corvo and used as screening tools for the Mini Mental State Examination (MMSE) and the Montreal Cognitive Assessment (MoCA). Concomitantly this research proposes three items relate domain language, proposed by us, with qualifications. The people who attend the institutions surveyed, 224 people aged ≥ 65 years, presents the following sociodemographic characteristics: 179 women (79.9%), mean age of 83.76 years (σ = ± 7.29) being 93 (41.5%) do not have any schooling. The assessment carried out during the period from 19 December 2011 to May 7 2012, shows that people who attend / they reside / these social responses show high levels of cognitive impairment when compared with the population surveyed in the "Study Profile Aging of the Population Portuguese "(2010). The difference proved to be statistically significant regardless of whether the reference to use of cuts age ≥ 65, ≥ 75 or 65-74 years old. According to the results obtained by administering the MMSE found that 55 of the 144 respondents (38.2%) had cognitive impairment. If we add to these the remaining respondents users / clients with dementia reported in individual cases and confirmed by symptoms both by us and by the technical team of equipment that percentage goes up to 135 persons, ie, 135 (60.3%) of people in these social responses. In the evaluation conducted by MoCA found that 140 (97.2%) of the elderly have cognitive impairment. If we add to these the remaining respondents users / clients diagnosed with dementia this percentage rises to 220 people, or 98.2% of the people in these social responses. The results, regardless of the magnitude of the difference in the two evaluative instruments used, that we consider not to be oblivious to the sociodemographic characteristics of the generational cohort that attends this type of answers, attest to the prevalence of cognitive impairment in institutions for elderly people. Thus, we propose that the answers implement social cognitive stimulation programs for the conservation and improvement of cognitive abilities of the elderly.
Resumo:
O presente estudo teve como objectivo principal conhecer melhor aspectos relacionados com a sexualidade na 3ª idade. A escala utilizada foi construída por nós, tornando-se num elemento chave para esta pesquisa. A escala de atitudes face à sexualidade no idoso foi relacionada com algumas características sociodemográficas: género, idade, estado civil, escolaridade e religião. Da análise realizada ressaltam evidências de uma atitude conservadora face às questões da sexualidade na 3ª idade. Através de uma amostra de 120 idosos com idades compreendidas entre os 60 e os 97 anos de idade, constatámos que os homens e as mulheres distinguem-se significativamente no que respeita às atitudes face à sexualidade, exibindo os homens uma atitude global mais positiva e liberal (M = 25.82). Os resultados evidenciaram um efeito significativo da variável escolaridade sobre o nível cognitivo, revelando que quanto maior a escolaridade do idoso na nossa amostra, maior é o nível cognitivo. Relativamente ao estado civil, os casados revelaram uma atitude global mais positiva perante a sua sexualidade (M = 31.98) comparativamente aos viúvos (M = 27.26) e aos divorciados (M = 23.67). A religião apenas se mostrou associada com a escala de atitudes face ao cristianismo, evidenciando aqueles que são praticantes, uma atitude mais positiva em relação ao cristianismo. Na nossa amostra, também podémos constatar que quanto maior é o nível cognitivo, mais positiva é a atitude face à sexualidade. Com base nos pontos de corte do MMSE verificou-se que 75% dos idosos da nossa amostra não apresentava qualquer défice cognitivo. Comparados os grupos, sem e com défice cognitivo, constatou-se que o grupo de idosos sem défice cognitivo exibe uma atitude mais positiva face à sexualidade que o grupo com défice cognitivo. Pretendemos que de alguma forma este estudo contribua para dar a conhecer as atitudes dos idosos face à sua sexualidade bem como esperamos que os nossos resultados permitam uma reflexão sobre possíveis estratégias de intervenção no sentido de promover uma sexualidade bem vivida por esta faixa etária. / The present study aimed to better understand the main aspects related to sexuality in the 3rd age. The scale used was built by us, becoming a key element in this research. The scale of attitudes towards sexuality in the elderly was related to sociodemographic characteristics: gender, age, marital status, education and religion. From the analysis point out evidence of a conservative approach in relation to issues of sexuality in the 3rd age. Using a sample of 120 elderly aged 60 and 97 years old, found that men and women differ significantly with regard to attitudes towards sexuality, men showing a more positive overall attitude and liberal (M = 25.82). The results showed a significant effect on the education variable cognitive level, revealing that the higher the education of the elderly in our sample, the higher the cognitive level. With regard to marital status, married people showed a more positive overall attitude towards their sexuality (M = 31.98) compared to widowed (M = 27.26) and divorced (M = 23.67). The only religion was associated with the scale of attitudes to Christianity, showing those who are practitioners, a more positive attitude toward Christianity. In our sample, we can also see that the higher the cognitive level, the more positive attitude towards sexuality. Based on the MMSE cutoffs found that 75% of older people in our sample did not show any cognitive deficit. Comparing the groups with and without cognitive impairment, it was found that the group of elderly people without cognitive impairment display a more positive attitude towards sexuality that the group with cognitive impairment. We intend that somehow this study contributes to publicize the attitudes of the elderly compared to their sexuality and we expect our results allow a discussion on possible intervention strategies to promote a sexuality lived well by this age group.
Resumo:
O presente estudo teve como objectivo analisar a existência de uma possível relação entre motivação (intrínseca ou extrínseca) e o desempenho escolar em alunos do 1º ciclo que frequentam o 4º ano. A amostra foi constituída por 62 alunos, com idades compreendidas entre os 9 e 10 anos, 15 que frequentavam a Escola Básica do 1º Ciclo de Brancas e 47 a Escola Básica da Batalha (24 alunos da Turma A e 23 da Turma B). Considerando a possível existência de variáveis sociodemográficas associadas ao desempenho, no processo de recolha de dados foi aplicado um questionário sóciodemográfico, que pela sua potencial natureza descritiva, interpretativa e reflexiva, constituiu uma importante ferramenta na análise e avaliação dos resultados obtidos. Com o objectivo de avaliar a motivação (intrínseca e extrínseca) foi administrada uma escala de motivação escolar, aferida para a população portuguesa contendo 18 questões. Cada uma destas questões contém 4 possibilidades de resposta (duas referentes à motivação intrínseca e outras duas referentes à motivação extrínseca). Quanto ao desempenho escolar, este foi avaliado através das notas que os alunos obtiveram no final do ano lectivo e que foram facultadas pelas professoras dos mesmos. A análise dos resultados evidenciou que existe uma relação entre a motivação e o desempenho escolar, concluindo-se que os alunos intrinsecamente motivados apresentam melhor desempenho do que os alunos extrinsecamente motivados. Consideramos deste modo, que a implementação de estratégias na sala de aula que promovam a motivação intrÍnseca será mais benéfico para o sucesso escolar dos alunos. / The objective of this study, is to analyze the possible relation between intrinsic and extrinsic motivation and the educational achievement in students in the fourth grade of grade school. The sample was composed by 62 students, with a ages between 9 and 10 years of age. 15 students of this sample attended the grade school of Brancas, 47 attended the grade school of Batalha ( 24 of the students are from class A and 23 are from class B). Considering a possible existence of sociodemographic variables related to achievement, in the process of data collecting, a sociodemographic questionnaire was used, considering its great potential to describe, interpret analyze and evaluate the results obtained. To evaluate intrinsic and extrinsic motivation, a scale of school motivation adapted for Portuguese population with eighteen questions was applied. Each of these questions has 4 possibilities of response (two referring to intrinsic motivation and two referring to extrinsic motivation). In what concerns to school achievement, this was evaluated trough school grades obtained at the end of the school year given by the teachers. The analyses of the results demonstrated that there are differences between motivation and school achievement, concluding that the students with intrinsic motivation present better achievement then the students with extrinsic motivation. The implementation of strategies in the classroom, will promote intrinsic motivation and bring more success to students.
Resumo:
Enquadramento: A problemática do envelhecimento tem assumido, nos últimos anos, uma crescente importância na consciência colectiva da população, tornando-se cada vez mais importante compreender a população idosa e a sua realidade de modo a melhorar a sua Qualidade de Vida. Aliado à Qualidade de vida e ao envelhecimento torna-se importante o estudo da Esperança entendida como um traço cognitivo onde estão englobadas as crenças positivas relativas à capacidade para a realização dos objectivos pessoais. Objectivos: Identificar a Esperança e a Qualidade de Vida dos Idosos, bem como a relação entre estas, e as variáveis sociais e demográficas dos dois grupos de idosos. Métodos: O modelo de investigação adoptado é do tipo quantitativo, não experimental, e correlacional. Participaram neste estudo 100 idosos, residentes no concelho da Batalha, distrito de Leiria, divididos em dois grupos: idosos a residir em dois lares de terceira idade (n=50) e idosos a residir na comunidade (n=50). A maioria dos idosos (69%) é do sexo feminino, com uma média de idades de 84,38 anos. Os dados foram colhidos através de um questionário composto por um grupo de questões sociodemográficas, por uma Escala da Esperança (versão portuguesa), e por uma Grelha de Avaliação da Qualidade de Vida dos Idosos, da Direcção Geral de Saúde. Resultados: Neste estudo, não foram encontradas diferenças entre grupos (institucionalizados e não institucionalizados) para os níveis de Esperança, contudo no que se refere à relação das variáveis sociodemográficas foram encontradas significâncias para o estado de saúde, número de filhos e preocupação da família. Considerando a Qualidade de Vida constatámos que os idosos que residem na comunidade têm melhor Qualidade de vida que os institucionalizados, e que esta significância também se verifica para a maioria das variáveis, excepto para o sexo e a idade. Encontrámos ainda correlações entre as variáveis dependentes, indicando que a maiores níveis da Esperança correspondem níveis de Qualidade de Vida superiores nos idosos da amostra. / Background Ageing has taken in recent years, a growing importance in the collective consciousness of the population, becoming increasingly important to understand the elderly population and its reality in order to improve their quality of life. Allied to the quality of life and aging, becomes important to study the Hope, understood as a cognitive trait where they are included positive beliefs regarding the ability to achieve personal goals. Goals: To investigate the relationship between Hope and Quality of Life and social and demographic variables of two groups of elderly. Methods:The research model adopted is a quantitative, non-experimental and correlational. Participated in this study 100 elderly residents in Batalha, Leiria, divided into two groups: the elderly living into nursing homes(n=50) and older living in the community (n = 50). Most seniors (69%) are female, with an average age of 84.38 years. Data were collected through a questionnaire composed of a set of demographic questions, a Hope Scale (Portuguese version), and an Evaluation Grid of Quality of Life for Older Persons, design by the Portuguese General Health Direction. Results: In this study, were not found differences between groups (institutionalized and community) to the levels of hope, however with regard to the relationship of sociodemographic variables were found significance for the health status, number of children and family concern. Considering the quality of life we have found that elderly people living in the community have a better quality of life that the institutionalized, and that this significance is also observed for most variables except for sex and age. Also found correlations between the dependent variables, indicating that higher levels of Hope levels correspond to higher quality of life in the elderly sample.
Resumo:
Este estudo exploratório visa abordar a ideação suicida na adolescência e a importância desta etapa que precede a fase adulta, nomeadamente no desenvolvimento psicológico, físico e social com o intuito do sentimento de bem-estar centrado na harmonia, ou seja, na saúde mental. Na adolescência, experienciam-se várias modificações, e as alterações afectivas podem ser vivenciadas com sofrimento extremo e conduzir à ideação suicida. Sendo diversos os factores que podem ser precipitadores, foi dada especial atenção ao consumo de álcool. A amostra de 333 adolescentes da Escola Secundária Dr. Bernardino Machado, pertencentes ao 10º, 11º e 12º ano foi submetida a um questionário constituído por uma recolha de dados sócio-demográficos, o BSI e a escala CAGE. Após a recolha de dados e o seu tratamento estatístico, verificámos que dos 329 estudantes apenas 6 associaram o consumo de bebidas alcoólicas à ideação suicida; o consumo é feito predominantemente na companhia de amigos; a bebida de eleição é a cerveja; existindo 29 jovens que designamos de bebedores de risco. /
Resumo:
Introdução. Os estilos educativos parentais enquanto clima educativo geral apresentam um forte impacto em diferentes resultados desenvolvimentais (e.g., sintomatologia depressiva/ansiosa e auto estima) da criança/jovem. Podem ser estudados de um ponto de vista dimensional, considerando, por exemplo, as dimensões Controlo/Sobreproteção e Suporte, ou categorial, seguindo, por exemplo, a abordagem de Baumrind, e Maccoby e Martin. Neste estudo pretendemos: verificar se existem diferenças por género e idade, nas dimensões Suporte Emocional, Sobreproteção e Rejeição (EMBU-A) (cada progenitor separadamente), na sintomatologia depressiva/ansiosa e na auto estima; avaliar se existem diferenças nas dimensões do EMBU-A, entre progenitores, na amostra total e por género; explorar associações entre as variáveis centrais do estudo (estilos educativos, sintomatologias e auto estima) e variáveis sociodemográficas, também nas três amostras; explorar diferenças entre quatro grupos criados (Pai-Filho, Pai-Filha; Mãe-Filho e Mãe-Filha) nas dimensões do EMBU-A; combinando a Sobreproteção e o Suporte Emocional (EMBU-A), e definindo os estilos educativos parentais autoritário, autoritativo, permissivo e negligente, calcular a prevalência dos mesmos na nossa amostra (por Pai e por Mãe) e explorar as suas associações com as sintomatologias e com a auto estima (separadamente, por progenitor). Metodologia. A nossa amostra é constituída por 284 adolescentes (idade média = 14,5; DP = 1,68; raparigas, n = 171, 60,2%). Todos preencheram um protocolo composto por um questionário sociodemográfico, pela Rosenberg Self- Esteem Scale (RSES), pelo DASS-21 e pelo Parental Rearing Style Questionnaire for use with Adolescents (EMBU-A/A). Resultados. De salientar o facto de os adolescentes percecionarem a mãe como apresentando valores mais elevados em todas as dimensões do EMBU-A, por comparação com o pai. Da mesma forma, ainda que com diferentes padrões de associação conforme o género, é de salientar a associação entre níveis maiores de Suporte emocional e níveis mais baixos de sintomatologia depressiva/ansiosa e stress, e a associação entre as dimensões Sobreproteção e Rejeição e níveis superiores desses resultados. Uma mais baixa escolaridade do pai associa-se a menor Suporte emocional e uma maior escolaridade da mãe a maior Sobreproteção. Uma díade constituída por progenitor e adolescente do género masculino apresenta resultados inferiores em todas as dimensões do EMBU-A, por comparação com díades formadas por mãe-filho/filha. O estilo Autoritativo é o mais prevalente na nossa amostra (em ambos os progenitores) e o estilo Autoritário é aquele que se associa a pontuações mais elevadas de psicopatologia e a uma menor auto estima. Discussão. De uma forma, genérica os resultados seguem de perto a literatura e revelam a associação entre valores mais elevados na dimensão Suporte emocional e níveis mais baixos de psicopatologia e stress, e a associação entre as dimensões Sobreproteção e Rejeição e níveis superiores desses resultados. Igualmente, o estilo educativo Autoritário está claramente associado a piores resultados nessas mesmas variáveis. São discutidas algumas implicações, no que toca a programas psicoeducativos/educação parental. / Introduction. As a general educational environment, parental rearing styles have a strong impact in different outcomes of development of the child or teenager (e.g. symptoms of depression/ anxiety and self-esteem). These can be studied from a dimensional point of view considering for example the dimensions Control/Overprotection and Support or from a categorical point of view following for example the approach of Baumrind and Maccoby and Martin. This study aims at checking whether there are differences of gender and age in the dimensions of Emotional Support, Overprotection and Rejection (EMBU-A) (each parent separately) in depressive symptoms/anxiety and self esteem; assessing whether there are differences in the dimensions of the EMBU-A, between parents in the total sample and by gender; exploring associations between the study’s main variables (rearing styles, symptomatology and self esteem) and sociodemographic variables, also in the three samples; exploring differences between the four groups created (Father-Son, Father-Daughter, Mother-Son and Mother-Daughter) in the dimensions of the EMBU-A, combining Overprotection and Emotional Support(EMBU-A) and defining the authoritarian, authoritative, indulgent, and neglectful parental rearing styles. The aim is also to estimate the prevalence of these in our sample (by Father and Mother) and explore their associations to the symptomatology and self esteem (separately, per parent). Methodology. Our sample is composed of 284 teenagers (average age = 14,5; DP = 1,68; girls, n = 171, 60,2%). All participants filled in a protocol of questionnaires consisting of a set of socio demographic questions by Rosenberg Self- Esteem Scale (RSES), by DASS-21 and by Parental Rearing Style Questionnaire for use with Adolescents (EMBU-A/A). Outcomes. It is important to emphasize the fact that teenagers perceive their mother as having higher values in all the EMBU-A dimensions compared to their father. In the same way, though with different patterns of association according to gender, it is important to emphasize the association of higher levels of Emotional Support and lower levels of depressive/anxious symptomathology and stress and the association of Overprotection and Rejection and higher levels of those outcomes. A father’s lower level of education is associated to a lower Emotional Support while a mother’s higher level of education is associated to a greater Overprotection. A dyad composed of male parent and male teenager presents lower outcomes in all EMBU-A dimensions if compared to dyads composed of mother-son/daughter. The authoritative style is the most prevalent in our sample (in both parents) and the authoritarian style is the one associated to higher scores of psychopathology and lower levels of self esteem. Debate. In general, the outcomes closely follow the literature review and reveal the association of higher values in the Emotional Support dimension and lower levels of psychopathology and stress and also the association of the dimensions of Overprotection and Rejection and higher levels of those outcomes. Equally, the authoritarian rearing style is clearly associated to the worst outcomes in those same variables. Some implications are discussed as far as psychoeducational programmes and parental rearing are concerned.
Resumo:
Introdução: Uma relação de vinculação segura implica a presença de um modelo representacional das figuras de vinculação como “disponíveis” e capazes de proporcionar protecção e que a qualidade dos cuidados parentais precoce é fundamental a determinar a saúde mental dos indivíduos. Se esta relação assume um enorme relevância para a saúde mental de qualquer ser humano, a institucionalização de crianças/jovens, envolvendo ameaças em termos da disponibilidade das figuras de vinculação constitui uma condição propícia para atrasos de desenvolvimento e aumento da probabilidade do desenvolvimento de sintomatologia psicopatológica. Os objectivos deste estudo passam, então, por analisar as diferenças na vinculação, mas também na auto-estima, de jovens institucionalizados vs nãoinstitucionalizados. Metodologia: A nossa amostra é constituída por 223 jovens nãoinstitucionalizados de duas escolas do Concelho de Coimbra (média de idades M=15.3; desvio-padrão, DP=1.97) e 47 jovens institucionalizados (M=15.5 DP=1.93). Tanto os jovens institucionalizados como não-institucionalizados preencheram um questionário com questões sóciodemográficas, relacionais, escolares, de saúde e bem-estar (com pequenas particularidades em algumas variáveis conforme a sub-amostra), o Inventory of Parent Attachment (IPPA) e a Rosenberg Self-Esteem Scale (RSES). A sub-amostra de jovens institucionalizados respondeu ainda a questões sobre a sua adaptação/vivência ao/no Lar. Resultados: Os rapazes da amostra não institucionalizada apresentam uma pontuação média mais elevada de auto-estima vs. raparigas. Nos jovens institucionalizados não foram encontradas diferenças de género a este nível. Não existem diferenças de género, em ambas as sub-amostras, na pontuação total do IPPA e suas dimensões. Os rapazes nãoinstitucionalizados vs. institucionalizados não divergem na pontuação média total de autoestima. O mesmo sucede com as raparigas. Ambas as sub-amostras não divergem na pontuação média total do IPPA e suas dimensões. Na amostra não-institucionalizada quer nos rapazes, quer nas raparigas não existem diferenças na pontuação total média na RSES, entre os jovens mais novos vs. mais velhos. Na amostra institucionalizada também não se verificam diferenças na pontuação total na RSES por idades. Nos jovens não institucionalizados foram encontradas diferenças na pontuação total média no IPPA (e suas dimensões, à excepção da Alienação), por idade, com os mais novos a apresentarem sempre valores médios mais elevados. Na amostra institucionalizada estas diferenças não se verificaram. Nos rapazes e raparigas da amostra não-institucionalizada verificaram-se associações significativas entre a pontuação na RSES e no IPPA e em todas as suas dimensões. O mesmo se verificou na subamostra institucionalizada. Não existe uma associação significativa entre a pertença a dada sub-amostra e a pertença ao grupo “pouco seguro” vs. “muito seguro”. Apesar de outras associações terem sido encontradas, importa reforçar as associações significativas entre a pontuação na auto-estima e na vinculação total e suas dimensões (quer nos rapazes e raparigas não-institucionalizados, como na amostra institucionalizada) e variáveis como a sintomatologia depressiva, a sintomatologia ansiosa e algumas variáveis relacionais. Discussão/Conclusão: De um modo geral parecem não existir diferenças entre jovens nãoinstitucionalizados vs. institucionalizados em termos de vinculação e de auto-estima. Porém, a uma vinculação insegura e uma menor auto-estima associam-se piores outcomes (e.g. sintomatologia depressiva) em ambas as amostras. Os profissionais trabalhando com adolescentes não-institucionalizados ou institucionalizados devem preocupar-se em avaliar a sua auto-estima e vinculação, procurando, eventualmente, nelas intervir terapeuticamente. / Introduction: It is well kown that a secure attachment relation implies the presence of representational model of the attachment figures as being available and able to provide protection and that the quality of earlier parental care is crucial in determining subjects mental health and there developmental trajectories. If this relation assumes such a big relevance to the mental health of any human being, the institutionalization of children/adolescents, even when truly needed, involving threats in terms of the availability of attachment figures constitutes a condition that might lead to developmental delays and might increase the probability of psychopathological sintomatology developing. The aims of this study are, then, to analyze if there are attachment differences and, also, in self-esteem, between a sub-sample of non-institutionalized and institutionalized adolescents. Methodology: Our sample comprises 223 adolescents non-institutionalized from two schools of Coimbra Council (mean age, M=15.3; standard deviation, SD=1.97) and 47 institutionalized adolescents (M=15.5 SD=1.93). Both sub-samples filled in a questionnaire with sociodemographic, relational, about school, health and well-being questions (with small particularities in some variables, regarding each sub-sample), the Inventory of Parent Attachment (IPPA) and the Rosenberg Self-Esteem Scale (RSES). Institutionalized adolescents also answered questions about the adaptation/life to/in the institution. Results: Boys from the non-institutionalized sub-sample present an higher self-esteem mean score vs. girls. We did not find significant gender differences in self-esteem mean score in the subsample of institutionalized adolescents. There are no gender differences, in both sub-samples, in IPPA (and all its dimensions) total score. Non-institutionalized boys vs. institutionalized boys do not differ in their self-esteem mean score. The same is valid for girls. Both subsamples do not differ in their IPPA (and all its dimensions) mean score. In the noninstitutionalized sample, either in boys, either in girls there are no differences regarding total RSES mean score, between younger (12-15 years old) and older (16-20 years old) adolescents. In the institutionalized sample there were also no differences regarding this score, by age groups. In the non-institutionalized sub-sample we found differences in IPPA total mean score (an in all its dimensions, with the exception of Alienation), by age, with younger adolescents presenting always higher mean scores. In the institutionalized sample there were no differences. Both in boys and girls from the non-institutionalized sample there were significant associations between RSES score and IPPA (and all its dimensions) score. The same result was found in the total institutionalized sample. Although other significant associations were found, we must reinforce the presence of significant associations between self-esteem score and IPPA total score (and of its dimensions) (either in boys and girls noninstitutionalized, either in the institutionalized sub-sample) and variables such as lifetime and depressive symptomatology in the last two weeks, anxious symptomatology in the last two weeks and some relational variables. Discussion/Conclusion: In general, we did not found significant differences between non-institutionalized vs. institutionalized adolescents in terms of attachment and self-esteem. However, a secure attachment and a lower self-esteem are associated with worst outcomes (e.g. depressive symptomatology) in both samples. Professionals working with adolescents, either or not institutionalized must assess their selfesteem and attachment and might, eventually, intervene on these aspects therapeutically.
Resumo:
Introdução: Quer na literatura internacional, quer nacional são poucos os estudos que exploram a associação entre os estilos educativos parentais, os hábitos/comportamentos alimentares e a sintomatologia de perturbação do comportamento alimentar (PCA). Pretende-se, então, com este estudo, fundamentalmente, explorar associações entre as dimensões de um instrumento que avalia estilos educativos parentais (o Parental Rearing Style Questionnaire for use With Adolescents/EMBU-A), dimensões de um teste que avalia sintomatologia de PCA (Teste de Atitudes Alimentares/TAA-25), índice de massa corporal (IMC), itens que avaliam hábitos/comportamentos alimentares e diferentes variáveis sociodemográficas, familiares e de saúde. Em função das associações encontradas pretendemos, igualmente, explorar quais as variáveis preditivas da sintomatologia de PCA e dos hábitos/comportamentos alimentares. Metodologia: 402 adolescentes (raparigas: n = 241, 60%) entre os 12 e 18 anos (M = 14,2; DP = 1,62) das cidades de Coimbra, Cantanhede e Matosinhos preencheram um protocolo composto por um questionário sobre variáveis sociodemográficas, familiares e de saúde, o EMBU-A e o TAA-25. Resultados: Verificou-se, de uma forma geral, uma associação negativa entre a dimensão Suporte Emocional do EMBU-A, as dimensões do TAA-25 e a pontuação total deste instrumento. No sentido oposto, verificou-se, genericamente, uma associação positiva geral entre as dimensões Sobreproteção e Rejeição e os mesmos resultados relativos ao TAA-25. A prática de desporto mostrou-se associada a uma pontuação média superior de Motivação para a Magreza e da pontuação total do TAA-25. Nas análises preditivas foi possível constatar que o Suporte Emocional tende a diminuir a probabilidade dos jovens manifestarem sintomatologia de PCA. Por oposição, a Rejeição tende a aumentar a probabilidade dos jovens apresentarem esta sintomatologia. Conclusão/Discussão: A dimensão Suporte Emocional do EMBU-A parece ser protetora do surgimento de sintomatologia de PCA e de hábitos/comportamentos disfuncionais nos adolescentes, enquanto a dimensão Rejeição parece aumentar o risco do desenvolvimento dessa sintomatologia e desses hábitos/comportamentos alimentares. Neste sentido, devem ser trabalhadas estas dimensões junto dos pais, eventualmente através de programas psicoeducativos. Também nas escolas e centros de saúde podem ser implementados programas com vista a melhorar os hábitos/comportamentos alimentares e ajudar a prevenir o surgimento de PCA. / Introduction: There are few studies both in the international and national literature exploring the association between parental educational styles, eating habits/behaviours and symptoms of Eating Disorders (ED). With this study we intend to examine the associations between the dimensions of an instrument assessing parenting styles (Parental Rearing Style Questionnaire for Adolescents/ EMBU-A), dimensions of a test assessing symptoms of eating disorders(Eating Attitudes Test-25/EAT-25), Body Mass Index (BMI), items assessing eating habits/behaviors and different sociodemographic family and health variables. Based on the associations found, we also intend to explore which are the variables that show to be predictors of symptoms of eating disorders and eating habits/behaviours. Methodology: 402 adolescents (girls: n = 241, 60%) between 12 and 18 years old (M = 14,2, SD = 1,62) from Coimbra, Cantanhede and Matosinhos completed a protocol consisting of a sociodemographic questionnaire, the EMBU-A and the EAT-25. Results: In general, we found a negative association between the Emotional Support dimension of EMBU-A, the EAT-25 dimensions and the total score of this instrument. In opposition, there was, generally, a positive association between the Overprotection and Rejection dimensions (EMBU-A) and the same results of the EAT-25. Sports’ practice was associated with a higher mean score of Motivation for Thinness and the total score of the EAT-25. In the predictive analyses, we verified that Emotional Support tends to decrease the likelihood of adolescents manifesting symptoms of ED. In contrast, Rejection tends to increase the likelihood of young people presenting these symptoms. Conclusion/Discussion: The dimension of seems to be protective of the appearance of symptoms of ED and of dysfunctional eating habits/behaviors in adolescents, while Rejection appears to increase the risk of developing such symptoms and these eating habits/behaviors. For these reasons, these dimensions should be worked together with parents, eventually by means of psicoeducational programs. Also, in schools and health centers programs can be implemented in order to improve eating habits/behaviors and to help prevent the development of ED.
Resumo:
Introdução: São poucos os estudos que em Portugal se dedicaram a explorar constructos como o autocriticismo, autocompaixão, saúde mental e o comprometimento organizacional. São nossos objetivos analisar estas associações na Polícia de Segurança Pública, considerando igualmente a influência de variáveis sociodemográficas e profissionais, bem como realizar análises preditivas que permitam verificar quais são as variáveis preditores do comprometimento organizacional. Metodologia: A amostra é constituída por 188 polícias com idades compreendidas entre os 30 e 56 anos (M = 43,75, DP = 5,66). Os participantes preencheram um protocolo integrante do projeto Organizar Positivamente do Instituto Superior Miguel Torga, composto por um questionário sociodemográfico, a SELFCS (Escala da Autocompaixão), a FSCRS (Escala das Formas do Autocriticismo e Autotranquilização), o MHI-5 (Mental Health Inventory) e o QCO (Questionário do Comprometimento Organizacional). Resultados: Os polícias parecem regular a sua relação com a organização através do comprometimento calculativo. A autocompaixão associa-se positivamente ao comprometimento afetivo, sobressaindo a capacidade de mindfulness. O autocriticismo, na forma eu inadequado - menos corrosivo que a forma eu detestado -, revela uma relação positiva com o comprometimento calculativo, pelo que a permanência na organização pode ser emocionalmente negativa, originar ataques ao eu e diminuir a capacidade afetiva. Porém, a capacidade autotranquilizadora (forma eu tranquilizador do autocriticismo) parece capacitar os polícias para o desenvolvimento de maiores níveis de comprometimento organizacional e afetivo. A idade, a antiguidade e menos habilitações literárias parecem favorecer o comprometimento calculativo. Discussão: A autocompaixão pode contribuir para uma atitude positiva e afetuosa do polícia para com a organização. Assim, através de uma intervenção baseada na autocompaixão e no mindfulness, com impacto positivo no comportamento afetivo e normativo, não só se poderá preservar e promover a saúde e o bem-estar dos polícias, mas também fomentar o empenho organizacional, atenuando os efeitos negativos da profissão policial. Esta abordagem poderá contribuir para os objetivos organizacionais, através da supressão das emoções aversivas, da diminuição da intenção de turnover e abandono da organização. / Introduction: There are few studies in Portugal that have been dedicated to explore constructs such as self-criticism, self-compassion, mental health and organizational commitment. Our goals are to analyze these associations at the Public Safety Police, considering also the influence of sociodemographic and professionals variables, as well as to conduct predictive analyses, in order to verify which variables may predict organizational commitment. Methodology: The sample consisted of 188 police with ages between 30 and 56 years (M = 43.75, SD = 5.66). The participants filled in a protocol from the project Organizar Positivamente, from Instituto Superior Miguel Torga, composed by a sociodemographic questionnaire, the SELFCS (Self-Compassion Scale), the FSCRS (Scale of Forms of Self-Criticism and Self-Reassurance, the MHI-5 (Mental Health Inventory) and the QCO (Organizational Commitment Questionnaire). Results: The police officers appear to regulate their relationship with the organization through calculative commitment. Self-compassion is associated positively to affective commitment, with mindfulness showing to be the most important competence in this professional group. Self-criticism, in its inadequate self form – which is less corrosive than the hated self form - reveals a positive relationship with calculative commitment, which might imply that staying in the organization may be emotionally negative, may provoke attacks against the self and diminish the affective capacity. However, the self reassurance capacity (reassure self form of self-criticism) may enable the police officers to develop higher levels of organizational commitment and affective commitment, as well. Age, seniority and fewer qualifications seem to support the calculative commitment. Discussion: Through self-compassion police officers may experience a positive and warmth attitude towards the organization. Thus, an intervention program based on self-compassion and mindfulness may stimulate affective and normative commitment, not only preserving and promoting health and the well-being of police officers, but also fostering organizational commitment and mitigating negative effects in the police profession. This approach may contribute to organizational goals’ through the suppression of aversive emotions, decreasing turnover and intention to abandon the organization.
Resumo:
Introdução: As Perturbações do Comportamento Alimentar (PCA) constituem um grave problema de saúde pública. Poucos estudos em Portugal ligam esta temática a áreas como o autocriticismo e a estima corporal. Assim, são nossos objetivos principais: explorar, numa amostra de adolescentes do sexo feminino, as diferenças entre praticantes de ballet e praticantes de andebol, nos sintomas de PCA, índice de massa corporal (IMC), dimensões avaliativas da aparência e níveis de autocriticismo; analisar se níveis maiores de autocriticismo e uma visão mais depreciativa em termos de aparência se associam a níveis mais elevados de sintomas de PCA (nas duas modalidades desportivas). Em virtude das associações encontradas, pretendemos realizar análises preditivas, controlando a influência de sintomas de depressão, ansiedade e stress. Metodologia: A amostra é constituída por 105 adolescentes do sexo feminino (n = 52; 49,5% do ballet e n = 53; 50,5% do andebol) com idades compreendidas entre os 12 e 18 anos (M = 14,5; DP = 1,80). As participantes preencheram um protocolo composto por um questionário sociodemográfico, pela Escala de Autocriticismo e Autotranquilização (FSCRS), pelo Teste de Atitudes Alimentares-25 (TAA-25/EAT-25), pela Escala Estima Corporal (BES) e pela Escala Depressão Ansiedade e Stress (DASS-21). Resultados: Verificaram-se percentagens preocupantes de eventual PCA (ponto de corte de 19) nas praticantes de Ballet (7,7%) e de Andebol (9,4%). Quanto ao IMC, na amostra de praticantes de ballet, encontrou-se uma percentagem relevante de jovens com magreza (34,6%). As praticantes de Ballet e de Andebol apenas se diferenciaram no IMC e na dimensão FSCRS_eu inadequado (valores superiores nas praticantes de Andebol). Verificaram-se, na subamostra Ballet, associações significativas entre a Motivação para a Magreza e as formas de autocriticismo FSCRS_eu inadequado, FSCRS_eu detestado, FSCRS_eu tranquilizador e FSCRS_total e entre os Comportamentos Bulímicos e as formas de autocriticismo FSCRS_eu detestado e FSCRS_total. Na subamostra Andebol constataram-se associações significativas entre a Motivação para a Magreza e a forma de autocriticismo FSCRS_eu inadequado e FSCRS_total. A dimensão FSCRS_eu detestado mostrou predizer, na subamostra Ballet, a Motivação para a Magreza e os Comportamentos Bulímicos. Na subamostra Andebol o BES_Peso foi o preditor significativo da Motivação para a Magreza. Discussão: É preocupante a percentagem de eventual PCA (em ambas em subamostras) bem como a percentagem de jovens que praticam Ballet com um IMC indicador de magreza, principalmente por serem jovens atletas e estarem mais focadas no seu corpo e forma física, estando mais vulneráveis ao desenvolvimento da patologia. É um contributo fundamental deste trabalho verificar associações (bem como o papel preditivo) nestas duas modalidades desportivas, separadamente, entre as formas de autocriticismo e as dimensões do TAA-25 Motivação para a Magreza e Comportamentos Bulímicos. Parece essencial o desenvolvimento de ações de sensibilização junto dos professores/treinadores, com o intuito de despertar uma maior atenção para a visão crítica das suas bailarinas/atletas em relação ao seu corpo, que parece influenciar as suas atitudes alimentares. Será importante iniciar estas ações/intervenções precocemente (antes mesmo da adolescência) não esquecendo a inclusão das figuras paternas, com vista a melhorar o seu sucesso, tendo consciência que particularmente no “nicho” desportivo do ballet a imagem/aparência e o peso continuam e continuarão, muito provavelmente, a ser valorizados e reforçados. / Introduction: Eating Disorders are a major public health problem. Few studies in Portugal associate this theme with areas such as self-criticism and body esteem. Thus, our main objectives are: to explore, in a sample of female adolescents, the differences between ballet and handball practitioners as to symptoms of eating disorders, body mass index (BMI) and evaluative dimensions of appearance and self-criticism levels; to analyze whether higher levels of self-criticism and a more derogatory vision in terms of appearance are associated with higher levels of PCA symptoms (in both sports). Having these associations into account, we intend to perform predictive analysis, controlling the influence of symptoms of depression, anxiety and stress. Methodology: Our sample is composed by 105 female adolescents (n = 52; 49.5% from ballet and n = 53; 50.5% from handball) with ages between 12 and 18 years (M = 14.5; DP = 1.80). The participants filled in a protocol composed by a sociodemographic questionnaire, the Forms of Self-Criticizing and Reassuring Scale (FSCRS), the Eating Attitudes Test-25 (TAA-25/EAT-25), the Body Esteem Scale (BES) and Depression, Anxiety and Stress Scale (DASS-21). Results: There were worrying percentages of eventual PCA (cutoff of 19) in Ballet practitioners (7.7%) and Handball (9.4%). As to the BMI, in the sample of practitioners of ballet we found a significant percentage of young people with malnutrition (34.6%). Ballet and Handball practitioners only differed in BMI and in the inadequate self form (higher values in Handball practitioners). In the Ballet subsample there were significant associations between Motivation for thinness and forms of self-criticism, inadequate self form, hated self form, reassure self form and total self criticism and between Bulimic behaviors and inadequate self form and total self criticism. In the Handball subsample, significant associations were found between Motivation for thinness, the inadequate self form and total self criticism. The hated self form predicted, in the Ballet subsample, Motivation for thinness and Bulimic behaviors. In the subsample Handball BES_Weight was the significant predictor of Motivation for thinness. Discussion: The percentage of any Eating Disorders (in both subsamples) and the percentage of young people who practice ballet with a IMC indicating thinness is worrying, especially in young athletes who are more focused on their body and physical form, being more vulnerable to develop these disorders/symptoms. A major contribution of this work is to have shown the associations (as well as the predictive role), in these two sports, separately, between self-criticism forms and the TAA-25 dimensions Motivation for thinness and Bulimic behaviors. It seems essential to develop awareness-raising among teachers/trainers, in order to raise greater attention to the critical view of their dancers / athletes in relation to their body, which seems to influence their eating attitudes. It will be important to start these actions/interventions earlier (even before adolescence) not forgetting the inclusion of parents in order to improve their success, particularly in the ballet “niche”, where image/appearance and weight will most likely continue to be valued and reinforced.
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Este trabalho pretendeu conhecer as caraterísticas sociodemográficas de crianças que viveram o divórcio dos seus progenitores, determinar o seu nível de stress, conhecer os seus problemas de comportamento e analisar sintomas depressivos. Para isso, analisaram-se os resultados de 40 crianças e adolescentes, entre os 11 e os 14 anos, na Escala de Stress Infantil (ESI, Lucarelli & Lipp, 1999), no Youth Self-Report (YSR, Achenbach, 1991, conforme citado por Fonseca & Monteiro, 1999) e no Children’s Depression Inventory (CDI, Kovacs, 1983, conforme citado por Simões, 1999). Os resultados demonstram que a maioria das crianças e jovens considera que a família tem uma boa qualidade de vida e que é capaz de se adaptar bem às dificuldades. Quanto ao grau de stress, tanto da família como a própria criança, é percecionado como baixo. Os jovens apresentam um valor baixo na autoavaliação de diversos problemas de comportamento apresentando um nível médio de depressão elevado. / The purpose of this study was to know the sociodemographic characteristics of children that experienced the divorce of their parents, to determinate their stress level, to know their behaviour problems and to analyse depressive symptoms. For that we analysed the results of 40 children and adolescents, between 11 and 14 years old, in Escala de Stress Infantil (ESI, Lucarelli & Lipp, 1999), in Youth Self-Report (YSR, Achenbach, 1991, as cited by Fonseca & Monteiro, 1999) and in Children’s Depression Inventory (CDI, Kovacs, 1983, as cited by Simões, 1999). The results demonstrate that the majority of children and young people consider that the family has a good quality of life and is able to adapt well to difficulties. The degree of stress, both by the family and the child itself is perceived as low. Young people have a low self-assessment of the various behaviour problems and have a higher average level of depression.
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Objetivos: Este estudo tem como objetivo analisar as perceções dos estudantes universitários face à conjugalidade dos pais e as suas perceções sobre as relações amorosas e a satisfação com a vida. Metodologia: o protocolo de avaliação era composto por 4 questionários: Questionário sobre a Conjugalidade dos Pais (Crespo et al, em preparação); a Escala de Satisfação com a Vida (Neto, 1993), Questionário sobre Experiências em Relações Próximas (Moreira et al, 2006) e o questionário sociodemográfico para a caracterização da amostra. Participantes: Participaram neste estudo 172 estudantes. Noventa e um são do sexo masculino e 81 do sexo feminino, com idades compreendidas entre os 18 e os 58 anos, com uma média de 23.04 (DP=6.78). Dos 172 participantes, apenas 96 estão numa relação amorosa (47 do sexo masculino e 49 do sexo feminino). Resultados: Os homens e os participantes deste estudo que fazem parte de famílias intactas percecionaram uma conjugalidade dos pais mais satisfatória; por outro lado, os participantes numa relação amorosa e os que fazem parte de famílias intactas percecionaram maior satisfação com a vida. Os participantes entre os 25 e os 58 anos, percecionaram maior evitamento nas suas relações. Conclusões: Deste trabalho conclui-se que os participantes têm uma perceção da conjugalidade dos pais positiva e estão, na globalidade, satisfeitos com a vida mas percecionam grande evitamento e preocupação nas suas relações amorosas. Conclui-se ainda que não existe uma correlação entre a perceção da conjugalidade dos pais e as experiências em relações próximas, nem com a perceção de satisfação com a vida. / Objectives: This study examines the general perceptions of university students about their parents’ marital relationship, their romantic relationships and life satisfaction. Methodology: The research protocol for this study comprised The Questionnaire about Parents’ Marital Relationship (Crespo et al., in preparation), the Life Satisfaction scale (Neto, 1993), the Questionnaire on Experiences in Close Relationships, (Moreira et al., 2006) and a sociodemographic questionnaire.. Participants: 172 students participated in this study, of which 91 were male and 81 female, aged between 18 and 58 years old, with an average age of 23.04 (SD = 6.78). From the total of 172 participants, only 96 were in a romantic relationship; out of these 47 were male and 49 female. Results: Men and participants from intact families reported a better perception of parents’ marital relationship; participants in a romantic relationship and from intact families had greater life satisfaction and participants between 25 and 58 years old perceived more avoidance in their relationships. Conclusion: Participants have a positive perceptions of parents’ marital relationship are satisfied with life, however they perceive anxiety and avoidance in their romantic relationships. We also conclude that there is no correlation between the perception of parents’ marital relationship and their experiences in close relationships and perception of life satisfaction.
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O termo parentalidade tem evoluído com os estudos que foram sendo desenvolvidos na área, na sua maioria pretendem compreender como as crianças percecionam as competências parentais dos seus progenitores e qual o comportamento da criança em função do estilo educativo exercido. Para avaliar e analisar a parentalidade é necessário conhecer a comunidade onde se insere a família, sendo já amplamente discutida a influência do meio e contexto no comportamento e na perceção que temos de nós e do outro. O presente estudo propôs-se a entender quais os fatores sociodemográficos e comportamentais que podem condicionar o exercício das competências parentais. Constitui-se como um estudo descritivo-correlacional, com uma amostra não probabilística aleatória por conveniência, com 62 pais de crianças com idade compreendidas entre os 6 e os 11 anos e frequentam o 1º Ciclo do Ensino Básico no Distrito de Leiria. Para responder ao objetivo inicial foram utilizados os seguintes instrumentos: para a perceção das competências parentais recorreu-se às escalas EMBU-P e EMBU-C, para avaliar a ansiedade nos pais foi aplicado o Inventário de Ansiedade de Beck (IAB) e finalmente, o questionário sociodemográfico que pretendia identificar características da amostra (residência, idades, empregabilidade, escolaridade, frequência de ATL, rotinas familiares). Os resultados obtidos evidenciam que os pais percecionam fornecer um elevado suporte emocional aos filhos, que é coincidente com o sentido pelas crianças. Sendo de destacar que quando os pais exercem uma tentativa de controlo ou rejeição, o seu índice de ansiedade tendem a aumentar antevendo uma relação entre ambas as variáveis. Outro resultado com relevância estatística significativa é a relação entre a perceção da sua competência parental e o número de filhos que têm. Destaca-se, ainda, que existem dados sociodemográficos que apresenta uma relação estatisticamente significativa com o exercício da competência parental, como o rendimento mensal do agregado, a existência de irmãos e a subescala de tentativa de controlo. / The term parenting has evolved along with the studies in this field, and most of them aim to understand how children perceive their parents’ parenting skills as well as the child's behaviour depending on the style of education. To evaluate and analyse parenting it is also necessary to know the community, as we are aware of the influence of the environment on the behaviour and perception of ourselves and the people next to us. This study aims to understand which sociodemographic and behavioural factors might influence the performance of parenting skills. It is a descriptive-correlational study with a non-probabilistic sample, randomly chosen, with 62 parents, whose children are not only aged 6-11 years but also attending the primary school in the District of Leiria. In order to respond to the initial goal we used the following instruments: the scales EMBU-P and EMBU-C were used to perceive parenting skills, Beck’s Anxiety Inventory (BAI) was used to assess parents’ anxiety, and finally, the sociodemographic questionnaire was used to identify the characteristics of the sample (residence, ages, employment, education, ATL (after-school activities), family routines). The results show that parents believe they provide a high emotional support to their children, which is coincident with the children’s opinion. It is also important to mention that whenever parents attempt to control or reject, their level of anxiety tends to increase, foreseeing a relationship between both variables. Another result presenting significant statistic relevance is the correlation between parents’ perception of their parental competence and the number of children they have. Finally, it is worth mentioning that there are sociodemographic data that show a statistically significant correlation with parental competence, such as the monthly income of the household, the existence of siblings and the control subscale.
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A problemática do envelhecimento tem assumido, nos últimos anos, uma crescente importância na consciência coletiva da população, tornando-se cada vez mais importante compreender a população idosa e a sua realidade. Posto isto, foi realizado um estudo quantitativo e correlacional, que teve como objectivo avaliar a qualidade de vida e atitudes face à velhice de idosos, bem como a relação entre estas e as variáveis sociodemográficas e familiares. Foram inquiridos 100 idosos, com mais de 65 anos e sem deficit cognitivo . Para a recolha de dados utilizou-se uma entrevista estruturada, constituída dados sóciodemográficos do idoso, WHOQOL-AGE (Caballero, Miret, Power, Chatterji, Tobiasz-Adamczyk, Koskinen, Leonardi, Olaya, Haro &Ayuso-Mateos, 2013) e o AAQ ( Laidlaw, Power, Schmidt and the WHOQOL-OLD Group, 2007). Dos resultados destacamos os seguintes: A amostra é constituída por 52% de idosos do sexo masculino tendo uma média de idades de 74,7 (DP=6,8). È no fator Perdas Psicossociais e no Desenvolvimento Psicológico que os idosos têm uma melhor atitude face ao envelhecimento. É no item “Tem dinheiro suficiente para satisfazer as suas necessidades?” que os idosos apresentam uma menor qualidade de vida. Não ter doença diagnosticada e ser do sexo masculino permitem ter melhores atitudes face ao envelhecimento. A Qualidade de Vida está relacionada com a idade, com o estado de saúde e com a intensidade de preocupação da família. Constatou-se que os idosos que não estão institucionalizados apresentam uma melhor qualidade de vida e uma melhor atitude face à velhice. Quem não precisa de ajudas técnicas para se movimentar apresenta uma melhor qualidade de vida. Diferenças nas atitudes face ao envelhecimento consoante a residência onde habita são significativas nas mudanças físicas e no desenvolvimento psicológico sendo que os idosos que não vivem em lares têm uma atitude mais positiva em ambos os fatores. / Over the past few years the issue of aging has played a growing importance in the population`s collective consciousness becoming increasingly important to understand the elderly population and this reality. Therefore a quantitative correlational study was performed to assess the quality of life of seniors and their attitudes towards old age, and the relationship between these and the socio-demographic and family factors. 100 seniors with more than 65 years and without cognitive deficit were surveyed. For data collection we used a structured interview consisting of sociodemographic data of the elderly, WHOQOL-AGE (Caballero Miret Power Chatterji Tobiasz-Adamczyk Koskinen Leonardi Olaya Ayuso-Mateos & Haro 2013) and AAQ (Laidlaw Power Schmidt and the WHOQOL-OLD Group 2007). We highlight: The sample is composed of 52% of males with a mean age of 74.7 (SD = 6.8). It is in the factor Psychosocial Losses and Psychological Development that elderly people have a better attitude towards aging. It is in the item "Do you have enough money to meet your needs?" that seniors show less quality of life. Not having illness and being male allows having better attitudes towards aging. Quality of Life is related to age, health condition and the intensity of family concerns. It was observed that the elderly who are not institutionalized have a better quality of life and a better attitude towards old age. Who does not need assistive devices to move around has a better quality of life. Differences in attitudes towards aging, according to residency, are significant in physical changes and psychological development, thus verifying that elderly who do not live in nursing homes have a more positive attitude in both factors.