2 resultados para Social representations

em REPOSITÓRIO ABERTO do Instituto Superior Miguel Torga - Portugal


Relevância:

60.00% 60.00%

Publicador:

Resumo:

Este trabalho pretende conhecer as representações sociais de Psiquiatras, Internos de Psiquiatria, Pedopsiquiatras e Psicólogos Clínicos sobre a doença mental em quatro dimensões: (1) conceptual – conceitos de saúde e doença mental, (2) explicativa – causalidade da doença mental (3) interventiva – modelos de intervenção e objetivos da prática clínica, e (4) contextual – influência do contexto na prática clínica. É um estudo qualitativo de carácter exploratório, pontuado epistemologicamente pelo construcionismo social e teoricamente pelo quadro das representações sociais. Participaram 30 profissionais (13 Psicólogos, 10 Psiquiatras, 5 Internos de Psiquiatria e 2 Pedopsiquiatras) aos quais foi aplicada uma entrevista semi-estruturada que foi analisada quanto ao seu conteúdo (através do software NVivo 10). Da análise dos resultados salienta-se que as representações dos profissionais quanto à conceptualização da doença mental são heterogéneas. A saúde mental é equacionada como flexibilidade, adaptação, funcionalidade e bem-estar biopsicossocial do indivíduo. A causalidade atribuída à doença mental assenta no modelo interacionista biopsicossocial. Quanto à intervenção, os participantes utilizam estratégias e modelos de intervenção ecléticos, salientando-se como objetivos a promoção do bem-estar e diminuição do sofrimento, a promoção do funcionamento e autonomia e a “cura”. O contexto institucional surge como comprometedor da liberdade de atuação na prática pública e como facilitador da liberdade de atuação do clínico na prática privada. Conclui-se que a análise individual (disposicional) do comportamento patológico é privilegiada em detrimento da análise contextual (situacional). Implicações do presente estudo para o quadro teórico das representações sociais da doença mental são consideradas. / The present aims to acknowledge the social representations about mental disease of Psychiatrists, Psychiatrist Interns, Child Psychiatrists and Clinical Psychologists. Four dimensions were considered: (1) conceptual - concepts about health and mental disease; (2) descriptive – mental disease causes; (3) intervention – models for clinical intervention and clinical procedures; and (4) context – influence of the context in clinical procedures. A qualitative and exploratory study was developed based, epistemologically, on social constructionism and social representations. Through the course of the research 30 semi-structured interviews were conducted (13 psychologists, 10 psychiatrists, 5 Internal Psychiatry and 2 child psychiatrists) to which it was applied a semi-structured interview. A content analysis of the interviews was performed by NVivo 10. Results showed that the social representations of mental disease are heterogeneous. Mental health is conceptualized according to the flexibility, adaptation, functionality and the biopsychosocial well-being of the individual. The causality of mental disease is explained by the interactionist biopsychosocial model. Professionals mainly adopt eclectic intervention models and strategies in clinical practice. Participants refer that their goals are to promote the well-being, diminish the suffering and promote the functioning, the autonomy and “cure”. The public institutional framework compromises the flexibility in the clinical procedures. Private practices increases the procedural possibilities of the professionals. Concludes that the individual analysis (dispositional) of the pathological behavior is privileged in detriment of the contextual analysis (situational). Implications of this study to the theoretical framework of social representations of mental illness are considered.

Relevância:

60.00% 60.00%

Publicador:

Resumo:

Objetivos: Este estudo tem como objetivo analisar as representações da Mulher no discurso científico, em particular nas Ciências Sociais e do Comportamento. Metodologia: Optámos por um estudo de caso com uma abordagem metodológica de análise de conteúdo qualitativa, com recursos a informações quantitativas utilizando o software informático MAXQDA 12. A análise foi desenvolvida a partir de uma grelha de categorização que delineámos. Amostra: A nossa amostra é composta por um conjunto de 122 artigos publicados em 9 revistas científicas portuguesas na área da Psicologia no ano de 2015. Resultados: Atráves da análise dos 122 artigos, no conjunto das 9 revistas, obtivemos uma predominência da categoria “Família”, seguida do “Género” e por posteriormente da “Agressão”. Em comparação com o número de artigos em que as categorias estão presentes, obtivemos algumas diferenças. A categoria “Família” é a mais frequente, depois “Feminino” e por fim a “Agressão”, sendo estas também as que tiveram em destaque em maior parte das revistas analisadas. Verificámos que em algumas revistas havia mais que uma categoria prevalecente. Destacamos também que mais de metade das categorias não revelaram predominância nem relevância ao longo do estudo. Conclusão: O dicurso em relação à Mulher nos estudo científicos das Ciências Sociais e do Comportamento continua a manter-se ligado às representações sociais tradicionais, associadas à família e ao feminino. Não verificámos uma verdadeira transformação nos Estudo da Mulher, mas antes um eco de outros discursos e representações societariamente aceites. / Objectives: This study aimed to analyse the representations of Women in scientific discourse, particularly in Social and Behavioural Sciences. Methodology: We developed a case study using a methodological approach with qualitative content analysis, with resources to quantitative information using computer software MAXQDA 12. The analysis was developed from a grid of categorization that we outlined. Sample: Our sample is composed of a set of 122 articles published in 9 Portuguese scientific journals in Psychology in 2015. Results: Through the analysis of 122 articles in the nine journals, we obtained a relevance of the "Family" category, followed by "Gender" and "Aggression". Comparing the number of articles in which the categories are present, we found some differences. "Family" is the most frequent, followed by "Female" and "Aggression", which are also the categories that were highlighted in most of the journals analysed. We found that in some journals had more than a prevailing category. We also note that more than half of the categories did not show dominance or relevance throughout the study. Conclusions: The discourse on women in scientific studies of Social and Behavioural Sciences continues to remain linked to traditional social representations associated with the family and the female. We not noticed a real change in the Women's Study, but an echo of other speeches and corporate aspects accepted representations.