8 resultados para Sintomas de perturbações do comportamento alimentar - Eating disorders symptoms

em REPOSITÓRIO ABERTO do Instituto Superior Miguel Torga - Portugal


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Introdução: Quer na literatura internacional, quer nacional são poucos os estudos que exploram a associação entre os estilos educativos parentais, os hábitos/comportamentos alimentares e a sintomatologia de perturbação do comportamento alimentar (PCA). Pretende-se, então, com este estudo, fundamentalmente, explorar associações entre as dimensões de um instrumento que avalia estilos educativos parentais (o Parental Rearing Style Questionnaire for use With Adolescents/EMBU-A), dimensões de um teste que avalia sintomatologia de PCA (Teste de Atitudes Alimentares/TAA-25), índice de massa corporal (IMC), itens que avaliam hábitos/comportamentos alimentares e diferentes variáveis sociodemográficas, familiares e de saúde. Em função das associações encontradas pretendemos, igualmente, explorar quais as variáveis preditivas da sintomatologia de PCA e dos hábitos/comportamentos alimentares. Metodologia: 402 adolescentes (raparigas: n = 241, 60%) entre os 12 e 18 anos (M = 14,2; DP = 1,62) das cidades de Coimbra, Cantanhede e Matosinhos preencheram um protocolo composto por um questionário sobre variáveis sociodemográficas, familiares e de saúde, o EMBU-A e o TAA-25. Resultados: Verificou-se, de uma forma geral, uma associação negativa entre a dimensão Suporte Emocional do EMBU-A, as dimensões do TAA-25 e a pontuação total deste instrumento. No sentido oposto, verificou-se, genericamente, uma associação positiva geral entre as dimensões Sobreproteção e Rejeição e os mesmos resultados relativos ao TAA-25. A prática de desporto mostrou-se associada a uma pontuação média superior de Motivação para a Magreza e da pontuação total do TAA-25. Nas análises preditivas foi possível constatar que o Suporte Emocional tende a diminuir a probabilidade dos jovens manifestarem sintomatologia de PCA. Por oposição, a Rejeição tende a aumentar a probabilidade dos jovens apresentarem esta sintomatologia. Conclusão/Discussão: A dimensão Suporte Emocional do EMBU-A parece ser protetora do surgimento de sintomatologia de PCA e de hábitos/comportamentos disfuncionais nos adolescentes, enquanto a dimensão Rejeição parece aumentar o risco do desenvolvimento dessa sintomatologia e desses hábitos/comportamentos alimentares. Neste sentido, devem ser trabalhadas estas dimensões junto dos pais, eventualmente através de programas psicoeducativos. Também nas escolas e centros de saúde podem ser implementados programas com vista a melhorar os hábitos/comportamentos alimentares e ajudar a prevenir o surgimento de PCA. / Introduction: There are few studies both in the international and national literature exploring the association between parental educational styles, eating habits/behaviours and symptoms of Eating Disorders (ED). With this study we intend to examine the associations between the dimensions of an instrument assessing parenting styles (Parental Rearing Style Questionnaire for Adolescents/ EMBU-A), dimensions of a test assessing symptoms of eating disorders(Eating Attitudes Test-25/EAT-25), Body Mass Index (BMI), items assessing eating habits/behaviors and different sociodemographic family and health variables. Based on the associations found, we also intend to explore which are the variables that show to be predictors of symptoms of eating disorders and eating habits/behaviours. Methodology: 402 adolescents (girls: n = 241, 60%) between 12 and 18 years old (M = 14,2, SD = 1,62) from Coimbra, Cantanhede and Matosinhos completed a protocol consisting of a sociodemographic questionnaire, the EMBU-A and the EAT-25. Results: In general, we found a negative association between the Emotional Support dimension of EMBU-A, the EAT-25 dimensions and the total score of this instrument. In opposition, there was, generally, a positive association between the Overprotection and Rejection dimensions (EMBU-A) and the same results of the EAT-25. Sports’ practice was associated with a higher mean score of Motivation for Thinness and the total score of the EAT-25. In the predictive analyses, we verified that Emotional Support tends to decrease the likelihood of adolescents manifesting symptoms of ED. In contrast, Rejection tends to increase the likelihood of young people presenting these symptoms. Conclusion/Discussion: The dimension of seems to be protective of the appearance of symptoms of ED and of dysfunctional eating habits/behaviors in adolescents, while Rejection appears to increase the risk of developing such symptoms and these eating habits/behaviors. For these reasons, these dimensions should be worked together with parents, eventually by means of psicoeducational programs. Also, in schools and health centers programs can be implemented in order to improve eating habits/behaviors and to help prevent the development of ED.

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Introdução: A adolescência é um dos períodos mais desafiadores no desenvolvimento humano. As alterações que ocorrem a diferentes níveis (e.g. físicas) geram repentinas mudanças na perceção do eu, incluindo na perceção da imagem corporal, além de criarem necessidades nutricionais especiais. A literatura reconhece que existem diferenças importantes na prevalência, sintomatologia específica de perturbação do comportamento alimentar (PCA) e hábitos/comportamentos alimentares por sexo, mas ainda poucos estudos em Portugal, abordaram esta temática. Assim, são nossos objetivos, considerando separadamente os rapazes e raparigas de uma amostra de adolescente: 1) verificar a prevalência de diferentes hábitos/comportamentos alimentares; 2) apurar a prevalência de sintomas específicos de perturbação do comportamento alimentar (PCA), avaliados através dos itens de um questionário que avalia atitudes alimentares, associadas às PCA, o Teste de Atitudes Alimentares (TAA-25); 3) verificar a prevalência de jovens que apresenta pontuação superior/igual a 19 no TAA-25, indicadora de eventual PCA e 4) averiguar a prevalência das diferentes categorias de índice de massa corporal (IMC) (magreza, peso normal, excesso de peso e obesidade). Pretendemos, também, explorar associações entre a variável sexo e diversas variáveis: 1) o IMC categorizado; 2) as dimensões do TAA-25 e o IMC (enquanto variável contínua); 3) a pontuação do TAA-25 dicotomizada pelo ponto de corte de 19; 4) itens relativos aos hábitos/comportamentos alimentares e 5) itens individuais do TAA-25. A título exploratório, pretendemos, ainda, verificar eventuais associações entre diferentes sociodemográficas e os itens que avaliam hábitos/comportamentos alimentares. Métodos: A nossa amostra é constituída por 308 adolescentes (M = 14,5 anos DP = 1,67; raparigas, n = 184, 59,7%). Todos preencheram um protocolo composto por um questionário sociodemográfico e pelo Teste de Atitude Alimentares-25/Eating Attitudes Test-25. Resultados: Não se encontraram associações estatisticamente significativas entre a variável sexo e as variáveis IMC categorizado, dimensões do TAA-25, IMC, TAA-25 (categorizado pelo ponto de corte de 19) e os itens que avaliam hábitos/comportamentos alimentares. Porém, alguns itens particulares do TAA-25 revelaram uma associação significativa com o sexo. Relativamente TAA-25 dicotomizado segundo o ponto de corte 19 verificou-se que em ambos os sexos, a grande maioria dos jovens apresenta uma pontuação abaixo desse ponto de corte. Quanto aos itens que avaliam hábitos/comportamentos alimentares e as variáveis sociodemográficas e familiares, a frequência com que os jovens bebem refrigerantes e ingerem vegetais mostraram-se estatisticamente associadas à escolaridade do pai. Igualmente, a frequência com que ingerem vegetais e com que ingerem fast food também se mostraram estatisticamente associadas à zona da escola que frequentam. Discussão: No geral, na nossa amostra, os hábitos/comportamentos alimentares dos adolescentes não são tão negativos como os relatados por alguma literatura (e.g. percentagem elevada de jovens que “salta” o pequeno almoço). Igualmente, não parecem existir diferenças significativas de sexo quanto às atitudes alimentares, eventual PCA, IMC e hábitos/comportamentos alimentares. No entanto, existem diferenças de sexo em alguma da sintomatologia específica avaliada pelo TAA-25. É bom verificar que ambos os sexos revelam uma prevalência baixa de eventual PCA, embora as raparigas revelam um valor superior. Algumas variáveis sociodemográficas revelam associações com os hábitos/comportamentos alimentares. As implicações dos resultados encontrados são discutidas pela autora.

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Introdução: As Perturbações do Comportamento Alimentar (PCA) constituem um grave problema de saúde pública. Poucos estudos em Portugal ligam esta temática a áreas como o autocriticismo e a estima corporal. Assim, são nossos objetivos principais: explorar, numa amostra de adolescentes do sexo feminino, as diferenças entre praticantes de ballet e praticantes de andebol, nos sintomas de PCA, índice de massa corporal (IMC), dimensões avaliativas da aparência e níveis de autocriticismo; analisar se níveis maiores de autocriticismo e uma visão mais depreciativa em termos de aparência se associam a níveis mais elevados de sintomas de PCA (nas duas modalidades desportivas). Em virtude das associações encontradas, pretendemos realizar análises preditivas, controlando a influência de sintomas de depressão, ansiedade e stress. Metodologia: A amostra é constituída por 105 adolescentes do sexo feminino (n = 52; 49,5% do ballet e n = 53; 50,5% do andebol) com idades compreendidas entre os 12 e 18 anos (M = 14,5; DP = 1,80). As participantes preencheram um protocolo composto por um questionário sociodemográfico, pela Escala de Autocriticismo e Autotranquilização (FSCRS), pelo Teste de Atitudes Alimentares-25 (TAA-25/EAT-25), pela Escala Estima Corporal (BES) e pela Escala Depressão Ansiedade e Stress (DASS-21). Resultados: Verificaram-se percentagens preocupantes de eventual PCA (ponto de corte de 19) nas praticantes de Ballet (7,7%) e de Andebol (9,4%). Quanto ao IMC, na amostra de praticantes de ballet, encontrou-se uma percentagem relevante de jovens com magreza (34,6%). As praticantes de Ballet e de Andebol apenas se diferenciaram no IMC e na dimensão FSCRS_eu inadequado (valores superiores nas praticantes de Andebol). Verificaram-se, na subamostra Ballet, associações significativas entre a Motivação para a Magreza e as formas de autocriticismo FSCRS_eu inadequado, FSCRS_eu detestado, FSCRS_eu tranquilizador e FSCRS_total e entre os Comportamentos Bulímicos e as formas de autocriticismo FSCRS_eu detestado e FSCRS_total. Na subamostra Andebol constataram-se associações significativas entre a Motivação para a Magreza e a forma de autocriticismo FSCRS_eu inadequado e FSCRS_total. A dimensão FSCRS_eu detestado mostrou predizer, na subamostra Ballet, a Motivação para a Magreza e os Comportamentos Bulímicos. Na subamostra Andebol o BES_Peso foi o preditor significativo da Motivação para a Magreza. Discussão: É preocupante a percentagem de eventual PCA (em ambas em subamostras) bem como a percentagem de jovens que praticam Ballet com um IMC indicador de magreza, principalmente por serem jovens atletas e estarem mais focadas no seu corpo e forma física, estando mais vulneráveis ao desenvolvimento da patologia. É um contributo fundamental deste trabalho verificar associações (bem como o papel preditivo) nestas duas modalidades desportivas, separadamente, entre as formas de autocriticismo e as dimensões do TAA-25 Motivação para a Magreza e Comportamentos Bulímicos. Parece essencial o desenvolvimento de ações de sensibilização junto dos professores/treinadores, com o intuito de despertar uma maior atenção para a visão crítica das suas bailarinas/atletas em relação ao seu corpo, que parece influenciar as suas atitudes alimentares. Será importante iniciar estas ações/intervenções precocemente (antes mesmo da adolescência) não esquecendo a inclusão das figuras paternas, com vista a melhorar o seu sucesso, tendo consciência que particularmente no “nicho” desportivo do ballet a imagem/aparência e o peso continuam e continuarão, muito provavelmente, a ser valorizados e reforçados. / Introduction: Eating Disorders are a major public health problem. Few studies in Portugal associate this theme with areas such as self-criticism and body esteem. Thus, our main objectives are: to explore, in a sample of female adolescents, the differences between ballet and handball practitioners as to symptoms of eating disorders, body mass index (BMI) and evaluative dimensions of appearance and self-criticism levels; to analyze whether higher levels of self-criticism and a more derogatory vision in terms of appearance are associated with higher levels of PCA symptoms (in both sports). Having these associations into account, we intend to perform predictive analysis, controlling the influence of symptoms of depression, anxiety and stress. Methodology: Our sample is composed by 105 female adolescents (n = 52; 49.5% from ballet and n = 53; 50.5% from handball) with ages between 12 and 18 years (M = 14.5; DP = 1.80). The participants filled in a protocol composed by a sociodemographic questionnaire, the Forms of Self-Criticizing and Reassuring Scale (FSCRS), the Eating Attitudes Test-25 (TAA-25/EAT-25), the Body Esteem Scale (BES) and Depression, Anxiety and Stress Scale (DASS-21). Results: There were worrying percentages of eventual PCA (cutoff of 19) in Ballet practitioners (7.7%) and Handball (9.4%). As to the BMI, in the sample of practitioners of ballet we found a significant percentage of young people with malnutrition (34.6%). Ballet and Handball practitioners only differed in BMI and in the inadequate self form (higher values in Handball practitioners). In the Ballet subsample there were significant associations between Motivation for thinness and forms of self-criticism, inadequate self form, hated self form, reassure self form and total self criticism and between Bulimic behaviors and inadequate self form and total self criticism. In the Handball subsample, significant associations were found between Motivation for thinness, the inadequate self form and total self criticism. The hated self form predicted, in the Ballet subsample, Motivation for thinness and Bulimic behaviors. In the subsample Handball BES_Weight was the significant predictor of Motivation for thinness. Discussion: The percentage of any Eating Disorders (in both subsamples) and the percentage of young people who practice ballet with a IMC indicating thinness is worrying, especially in young athletes who are more focused on their body and physical form, being more vulnerable to develop these disorders/symptoms. A major contribution of this work is to have shown the associations (as well as the predictive role), in these two sports, separately, between self-criticism forms and the TAA-25 dimensions Motivation for thinness and Bulimic behaviors. It seems essential to develop awareness-raising among teachers/trainers, in order to raise greater attention to the critical view of their dancers / athletes in relation to their body, which seems to influence their eating attitudes. It will be important to start these actions/interventions earlier (even before adolescence) not forgetting the inclusion of parents in order to improve their success, particularly in the ballet “niche”, where image/appearance and weight will most likely continue to be valued and reinforced.

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As Doenças do Comportamento Alimentar apresentam-se como um problema de saúde proeminente e, como tal, devem ser entendidas como multidimensionais e complexas, que interagem com factores biológicos, psicológicos e sócio-culturais e, que podem ocorrer devido a comportamentos alimentares de carácter patológico e com consequências sérias na qualidade de vida presente e futura. Este trabalho de investigação teve como principal objectivo avaliar a prevalência das Doenças do Comportamento Alimentar numa população não clínica de estudantes, assim como caracterizar o perfil socio-demográfico e familiar dos estudantes e, determinar a relação entre a sintomatologia associada a perturbações do comportamento alimentar e o sexo, idade, IMC, tipo de família, vinculação aos pais e ano de escolaridade dos adolescentes. No intuito de concretizar os objectivos, realizámos um estudo não experimental, transversal e correlacional. A amostra foi constituída por 326 estudantes do 3º Ciclo e do Ensino Secundário da zona centro de Portugal. Foram aplicados um questionário anónimo composto por dados socio-demográficos, antropométricos e clínicos, o Eating Disorder Inventory 2 (EDI 2) e o Questionário de Vinculação ao Pai e à Mãe (QVPM). De acordo com os critérios presentes no DSM-IV-TR não encontramos qualquer caso de Bulimia Nervosa em ambos os sexos. Nas raparigas, constatamos 1,5% de casos prováveis de Anorexia Nervosa tipo Restritivo, 0% de casos prováveis de Anorexia Nervosa tipo Purgativa, 17,3% de casos prováveis de Anorexia Nervosa Restritiva Parcial e 6,1% de casos prováveis de Anorexia Nervosa Purgativa Parcial. Quanto aos rapazes, relatam-se 0,8% de casos prováveis de Anorexia Nervosa tipo Restritivo, 0% de casos prováveis de Anorexia Nervosa tipo Purgativa, 5,2% de situações parciais de Anorexia Nervosa Restritiva e 1,8% de situações parciais de Anorexia Nervosa Purgativa. Foram observadas também, correlações entre a sintomatologia associada a perturbações do comportamento alimentar consoante o sexo, idade, IMC, tipo de família, vinculação aos pais e ano de escolaridade dos inquiridos. Concluímos que todo o sistema familiar e escolar, especialmente pais e professores, devem estar alerta para os sinais manifestados pelos adolescentes no sentido de dar à prevenção um papel fulcral.

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Introdução: A Anorexia Nervosa (AN) é a perturbação do comportamento alimentar (PCA) com a maior taxa de mortalidade de todos os transtornos psiquiátricos. Carateriza-se pela recusa em manter um peso corporal normal mínimo, pela distorção da imagem corporal e por um obsessivo medo de ganhar peso. Os comportamentos patológicos a ela associados podem levar a uma semi-inanição que necessita de cuidados médicos pluridisciplinares, muitas vezes, em regime de internamento. Vários ensais clínicos avaliaram a eficácia da Terapia Cognitivo- Comportamental (TCC), indicando que ela favorece a remissão ou a diminuição da frequência de episódios de compulsão alimentar, dos comportamentos purgativos e da restrição alimentar. Objetivo: Combinar os resultados da melhor evidência científica de forma a avaliar a eficácia da TCC em comparação com outras terapias utilizadas no tratamento da AN. Métodos: A pesquisa realizou-se nas bases de dados eletrónicas da MEDLINE, Psyc-Info, Embase, CCTR e de forma manual, incluindo ensaios clínicos controlados randomizados que comparam a TCC com qualquer outro tipo de intervenção no tratamento da AN. Resultados: Foram incluídos 10 estudos que envolveram 957 pacientes: dos quais 571 (59,7%) foram submetidos a tratamento com Terapia cognitivo comportamental e 556 (49,3%) a outras terapias. Não se registaram diferenças significativas nos resultados obtidos em diversos outcomes, exceto nas subescalas Restrições (z=3,03; p=0,02), Preocupações alimentares (z=2,98; p=0,002) e Preocupações com a forma (z=1,71; p=0,09) do EDE e nos scores da escala GAF (z=1,87; p=0,06). Registaram-se diferenças estatisticamente significativas no número de episódios bulímicos (z=2,61; p=0,009), número de episódios de indução de vómito (z=2,11; p=0,03) e no número de episódios de uso indevido de laxantes (z=3,04; p=0,002). Conclusão: A utilização da Terapia Cognitivo-Comportamental no tratamento de doentes com AN parece melhorar bastante os sintomas da doença, revelando-se particularmente eficaz nos resultados obtidos na Eating Disorder Examination Scale. A sua utilização parece levar a uma melhoria no scores da GAF, evidenciando uma melhoria geral do estado de saúde dos pacientes (redução dos episódios de vómito, bulimia e uso de laxantes). / Página | viii ABSTRACT Background: Anorexia Nervosa is an eating disorder with the highest mortality rate of all psychiatric disorders. It is characterized by refusal to maintain a minimally normal body weight, the distortion of body image and obsessive fear of gaining weight. The pathological behaviors associated with it can lead to semi-starvation, requiring medical treatment and multidisciplinary inpatient care. Several clinical trials evaluated the efficacy of Cognitive Behavioral Therapy (CBT) in lead to remission or reduction of the frequency of bingue eating episodes, purgative behaviors and food restriction. Objective: Combining the results of the best scientific evidence to assess the efficacy of CBT in comparison with other therapies used in the treatment of AN. Methods: The research was carried out in electronic databases of MEDLINE, Psyc- Info, Embase, CCTR and manually, including randomized controlled trials that compared CBT with any other type of intervention in the treatment of AN. Results: Of which 571 (59.7%) were treated with cognitive behavioral therapy and 556 (49.3%) to other therapies: 10 studies involving 957 patients were included. No significant differences in the results obtained in different outcomes, except subscales Restrictions (z = 3.03, p = 0.02), Eating Concerns (z = 2.98, p = 0.002) and Shape Concerns (z = 1.71, p = 0.09) in the scores of EDE and the GAF scale (z = 1.87, p = 0.06). There were statistically significant differences in the number of bulimic episodes (z = 2.61, p = 0.009), number of episodes of induced vomiting (z = 2.11, p = 0.03) and the number of occurrences of use misuse of laxatives (z = 3.04, p = 0.002). Conclusion: The use of cognitive-behavioral therapy in the treatment of patients with AN seems to greatly improve the symptoms of the disease, revealing particularly effective results in the Eating Disorder Examination Scale. Its use seems to lead to an improvement in the GAF scores, showing a general improvement of the health status of patients (reduction of episodes of vomiting, bulimia and laxative use).

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Apesar da Perturbação de Hiperatividade e Défice de Atenção (PHDA) ser uma das perturbações mais estudadas nos últimos anos, a definição da avaliação com vista ao seu diagnóstico está longe de ser consensual. Neste estudo quantitativo, transversal, foram avaliadas duas amostras de crianças com recurso à Escala de Inteligência de Wechsler para Crianças – III (WISCIII), duas amostras de pais com recurso ao Questionário de Capacidades e Dificuldades (Versão para pais) e duas amostras de professores com recurso ao Questionário de Capacidades e Dificuldades (Versão para professores). Os resultados demonstram que as crianças com PHDA apresentam um perfil cognitivo globalmente inferior ao das crianças sem diagnóstico de PHDA, mantendo no entanto, um Coeficiente Verbal (QIV) superior ao Coeficiente de Realização (QIR). Para o perfil de capacidades e de dificuldades, as crianças com esta perturbação demonstram genericamente dificuldades mais acentuadas do que as crianças sem PHDA. A multiplicidade de sintomas que caracterizam as crianças com esta perturbação, levam os investigadores a diferentes linhas de orientação. Desta forma, a definição de um perfil tipo para estas crianças poderá auxiliar na avaliação, no diagnóstico, na intervenção e na concordância entre os profissionais de saúde. / Despite Attention Deficit and Hyperactivity Disorder (ADHD) is one of the most studied disorders in the past years, the definition of the assessment for the purpose of diagnosis is far from consensual. In this quantitative and cross-finding study, two samples of children were assessed using the Wechsler Intelligence Scale for Children - III (WISC-III), two samples of parents were assessed using the Strengths and Difficulties Questionnaire (parent version) and two samples of teachers were assessed using Strengths and Difficulties Questionnaire (teacher version). The results show that children with ADHD have an overall lower cognitive profile in comparison to children without the diagnosis of ADHD, while maintaining a better Verbal Coefficient than the Performance Coefficient. In relation to the profile of strengths and difficulties, children with this disorder generally show more pronounced difficulties than children without ADHD. The multiplicity of symptoms that characterize children with this disorder, lead investigators to different guidelines. Thus, the definition of a profile type for these children may assist the assessment, the diagnosis, the intervention and the agreement among health professionals.

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RESUMO Objetivos: A presente investigação teve como principais objetivos descrever a qualidade subjetiva do sono e as perturbações do sono e analisar a intensidade dos sintomas depressivos e dos sentimentos de solidão em idosos institucionalizados; comparar estes dados com um grupo de idosos não institucionalizados e analisar a relação entre estas variáveis nos dois grupos. Métodos: Este estudo insere-se no Projeto Trajetórias do Envelhecimento de Idosos em Resposta Social de onde foi retirada uma amostra de cento e quarenta idosos sem défice cognitivo, com 70 institucionalizados e 70 não institucionalizados emparelhados por idade, sexo, escolaridade e estado civil. A média de idades foi de 76,58 (DP = 6,10), incluindo 104 mulheres e 36 homens. Como instrumentos foram utilizados um Questionário Sociodemográfico, o Questionário sobre o Sono na Terceira Idade, a Escala Geriátrica de depressão e a Escala de Solidão da Universidade da Califórnia, Los Angeles. Resultados: Verificou-se que os idosos institucionalizados apresentavam mais sentimentos de solidão do que os não institucionalizados. Contudo, não se verificaram diferenças entre os dois grupos em relação aos sintomas depressivos, qualidade subjetiva do sono ou perturbações do sono, com algumas exceções: os idosos residentes na comunidade mostraram ter a perceção de demorar mais tempo a adormecer, de acordar mais cedo e de ter mais pesadelos. Através de uma análise correlacional verificou-se, na amostra global, que quanto pior a qualidade subjetiva do sono mais sintomas depressivos se observavam e quanto mais sintomas depressivos, mais sentimentos de solidão, não havendo, contudo, relação entre o sono e a solidão. Conclusões: Concluímos que a situação de institucionalização se acompanha de mais sentimentos de solidão, mas não de sintomas depressivos ou de pior qualidade de sono. Por esse motivo, sugere-se que se desenvolvam programas de intervenção dirigidos à solidão em idosos institucionalizados. ABSTRACT Aims: The main objectives of this investigation were to describe the subjective quality of sleep and sleep disorders and analyze the intensity of depressive and loneliness symptoms in institutionalized elderly people; compare these data against a non-institutionalized elderly people subsample and analyze the relationship between these variables in both subsamples. Method: This study is part of Trajectories of Elderly Aging in Social Response Project from which a sample of one hundred and forty elderly people with no cognitive impairment was taken, with 70 institutionalized and 70 non-institutionalized matched by age, sex, education, and marital status. The average age was 76.58 (SD = 6.10), including 104 women and 36 men. The tools used for this analysis were a sociodemographic questionnaire, the Questionnaire About Sleep in the Older Adults, Geriatric Depression Scale, and the Loneliness Scale of the University of California, Los Angeles. Results: The study confirmed that institutionalized elderly people had more feelings of loneliness than those non-institutionalized. However, there were no differences between the two subsamples regarding depressive symptoms and subjective sleep quality or sleep disturbances, with some exceptions: Elderly people living in the community showed to have the perception of taking more time to fall asleep, waking up earlier, and having more nightmares. Through a correlational analysis it was found, in both subsamples, that the worse the subjective sleep quality the more depressive symptoms were observed; and the more depressive symptoms, the more feelings of loneliness, despite of not existing a relation between sleep and loneliness. Conclusions: We concluded that institutionalization is linked to more feelings of loneliness but not to depressive symptoms nor to worse quality of sleep. For this reason, it is suggested that intervention programs are developed with a focus on elderly institutionalized populations.

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A Depressão na infância e adolescência, tal como na população adulta, é uma das perturbações mentais mais comuns. Uma vez que o seu aparecimento nestas faixas etárias conduz a graves consequências na idade adulta, é fundamental identificar os sintomas depressivos precocemente. Desta forma, os instrumentos de autorrelato têm um papel fundamental, uma vez que permitem com facilidade, de forma fidedigna e válida, ter acesso a formas de pensar, sentir e agir dos sujeitos. O objetivo do presente trabalho consistiu na tradução, adaptação e estudo da Center for Epidemiological Studies Depression Scale for Children (CES-DC) (Weissman, Orvash & Padian, 1980) para os adolescentes portugueses. A amostra é constituída por 417 adolescentes, com idades compreendidas entre os 12 e os 18 anos a frequentar o 3º ciclo do ensino básio e ensino secundário. Para o estudo da validade convergente e divergente da CES-DC, foram utilizados a Depression Anxiety Stress Scales (DASS 21) (Lovibond & Lovibond, 1995), o Children's Depresssion Inventory (CID) (Marujo, 1994) e a Students' Life Satisfaction Scale (SLSS) (Marques, Pais-Ribeiro & Lopez, 2007) que avaliam, respetivamente, os estados emocionais negativos (depressão, ansiedade e stress), a sintomatologia depressiva e a satisfação global com a vida. Os resultados obtidos mostram que a escala possui uma boa consistência interna, uma estabilidade temporal adequada, assim como uma boa validade. Sugerem, ainda, tratar-se de uma escala tridimensional: fator humor, fator interpessoal e fator felicidade. Estes dados permitem o avanço da Psicologia, no que diz respeito à avaliação e prática clínica com adolescentes. A utilidade do questionário deve ser verificada noutras faixas etárias, principalmente, nas de menos de 12 anos de idade, e também numa amostra clínica. Não obstante as limitações apontadas, os resultados sugerem que a CES-DC é um questionário útil na avaliação de sintomas depressivos nos adolescentes. / Depression in children and adolescents, as well as in adults, is one of the most common mental disorders. Since its appearance in these age groups leads to serious consequences in adulthood, it is critical to identify depressive symptoms in early stages. Therefore, self-report instruments play a key role in this contexto since they allow to easily, reliably and validly have access to ways the subject thinks, feels and acts. The aim of this study was to translate, adapt and study the Center for Epidemiological Studies Depression Scale for Children (CES-DC) (Weissman, Orvash & Padian, 1980) for portuguese adolescents. The sample consists of 417 adolescents, aged between 12 and 18 years old, attending the 3rd cycle of basic education and secondary education schools. To study the convergent and divergent validity of the CES-DC, the Depression Anxiety Stress Scales (DASS 21) (Lovibond & Lovibond, 1995) was used, along with the Children's depression Inventory (CDI) (Sailor, 1994) and the Students' Life Satisfaction Scale (SLSS) (Marques, Pais-Ribeiro & Lopez, 2007) that evaluate, respectively, the negative emotional states (depression, anxiety and stress), depressive symptoms and overall satisfaction with life. The results show that the evaluated scale presents a good internal consistency, an adequate temporal stability as well as good validity. They also suggest that this is a three-dimensional scale: humor factor, interpersonal factor and happiness factor. These data allow for the progress of psychology, regarding the assessment and clinical practice among adolescents. The usefulness of the questionnaire should be verified in other age groups, especially in children with less than 12 years old and in a clinical sample. Despite these limitations, the results suggest that CES-DC is useful in the assessment questionnaire of depressive symptoms in adolescents.