2 resultados para Psicologia Social - História

em REPOSITÓRIO ABERTO do Instituto Superior Miguel Torga - Portugal


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Esta dissertao resulta das reflexes desenvolvidas no mbito de uma pesquisa exploratria qualitativa, cujo objecto de anlise, o significado poltico e profissional da insero do Servio Social nos Servios de Psicologia e Orientao (SPO) do Ministrio da Educao, foi abordado segundo o quadro terico conotado com a corrente do Servio Social Crtico, donde retirmos os contributos analticos de vrios autores de que destacamos os de Baptista, Faleiros, Iamamoto, Martins, Netto, Negreiros, Henriquez, YasbecK etc. De acordo com esses modelos, foram definidas trs dimenses analticas no sentido de enquadrar e conceder significado(s) ao nosso objecto emprico(os SPO): i) a conjuntura scio poltica do contexto europeu e nacional que precedeu e concorreu para a definio das polticas educativas e, consequentemente, para a criao destes Servios - anlise das relaes sociais globais; ii) as diferentes posturas terico metodolgicas da Sociologia da Educao, Sociologia das Profisses e do Servio Social que tm sustentado as prticas educativas em geral e em particular as prticas da actividade profissional (intimamente articuladas primeira dimenso) - anlise dos paradigmas tericos e iii) as caractersticas essenciais do perfil profissional que foi e requisitado pelas demandas do poder poltico no mbito destes servios, mais especificamente, no que se refere s prticas do quotidiano dos profissionais de Servio Social - anlise das relaes de poder entre as diferentes profisses e entre estas e o Estado. Partindo do pressuposto que o Servio Social, enquanto actividade profissional, conhece um processo de desvalorizao gradual na rea da educao, adoptmos como objectivo central desta pesquisa, tentar perceber as razes desse processo de desvalorizao e, em consequncia,tentar compreender o lugar / significado que foi atribudo ao Servio Social nos SPO. Das concluses a retirar h que situ-las, de entre outras, nas transformaes ocorridas nos anos 80 e 90 nos contextos nacional e europeu. Isto , na emergncia de polticas neoliberais que proclamam a reduo de encargos para o Estado, de entre eles, os encargos destinados s polticas sociais, nomeadamente na educao. Esta reduo passar pela restrio de polticas colectivas e universais substitudas por polticas fragmentadas destinadas a determinadas categorias especficas da populao atendendo a situaes individuais (caso a caso), reduzindo-se assim o espao destinado profisso de Servio Social. Por outro lado, ao nvel dos paradigmas tericos da educao, parece existir uma recuperao por parte do poder poltico, de uma concepo de educao e sucesso escolar assente em pressupostos individuais (capacidades individuais) negligenciando-se os aspectos scioculturais, para os quais os assistentes sociais estariam mais sensibilizados. A conjugao destas duas tendncias, aliadas a outras, permitem estabelecer um quadro compreensivo da perda de espao e poder por parte do Servio Social na rea da educao, logo da desvalorizao da actividade profissional neste campo de interveno. Porm, pretende-se com este quadro contribuir para pensar os pressupostos da actividade de Servio Social na educao e num futuro prximo.

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O presente trabalho de investigao, Sexualidade e Diversidade Sexual na Formao em Servio Social nos cursos de 1 ciclo no Instituto Superior Miguel Torga (ISMT) e na Faculdade de Psicologia e Cincias da Educao da Universidade de Coimbra (FPCEUC) foi realizado no mbito do VI Curso de Mestrado em Servio Social. As razes deste trabalho residem no facto de no existirem em Portugal trabalhos desta natureza e, por persistirem os preconceitos, esteretipos, discriminao e excluso em relao populao cuja orientao sexual no se pauta pela norma da heterossexualidade. Props-se investigar em que medida os alunos da licenciatura em Servio Social das Instituies de Ensino Superior (IES) em Coimbra, futuros Assistentes Sociais, so informados sobre os problemas decorrentes das questes de discriminao relativamente populao cuja orientao sexual no se pauta pela dita norma e, so sensibilizados para trabalhar com a populao LGBT e seus movimentos. Constituam-se como objectivos especficos, analisar o lugar atribudo sexualidade e diversidade sexual na formao em Servio Social partindo dos planos de estudos do ISMT e da FPCEUC; abordar os alunos de 1 ciclo quanto aos conhecimentos transmitidos, se contemplam e/ou problematizam temas relacionados com estas questes; proceder a um levantamento dos programas e bibliografia de disciplinas que abordem estas temticas; auscultar as coordenadoras cientficas destes cursos quanto s disciplinas existentes e necessidade de abordar questes relacionadas com sexualidade e diversidade sexual; auscultar os alunos sobre a sua posio no que respeita necessidade de introduzir e/ou desenvolver esta componente da formao e analisar as suas atitudes perante a diversidade sexual, tnica, racial, entre outras. Recorreu-se anlise documental, mtodo da entrevista para as coordenadoras cientficas e inqurito por questionrio a todos os estudantes que frequentavam estas licenciaturas. No que respeita s unidades curriculares(UC) o curso do ISMT apresenta-se com um maior nmero na rea cientfica do Servio Social cujos contedos programticos incluem temas sobre questes de discriminao, sexualidade e diversidade sexual tendo inclusive a UC Educao para a Sade e Sexualidade. No entanto, ainda so incipientes uma vez que no se dirigem especificamente para as questes da discriminao em funo da orientao sexual. A bibliografia integra obras sobre promoo de igualdade, direitos humanos e sexualidade mas no obras especializadas. Segundo os resultados do inqurito, 87,7% dos alunos consideraram a necessidade de introduzir uma componente que aborde as questes de diversidade sexual/orientao sexual na formao em Servio Social de modo a melhorarem e aprofundarem os seus conhecimentos. No entanto, constatou-se que alguns alunos tm atitudes de discriminao manifestando sentimentos de dio para com cidados portadores de deficincia (7,6%), para com muulmanos (6,8%), 7,6% face aos ciganos, 6,1% perante negros e, tanto para pessoas rabes como homossexuais 8,4% dos inquiridos. Para as coordenadoras destes cursos de 1 ciclo, as questes associadas sexualidade no so fundamentais na formao de futuros Assistentes Sociais.