4 resultados para Orientação profissional Jovens
em REPOSITÓRIO ABERTO do Instituto Superior Miguel Torga - Portugal
Resumo:
O estudo pretende compreender o modo como os jovens diplomados do Instituto Superior Miguel Torga (ISMT) percecionam e como constroem os novos mundos da insero face precariedade, individualizao e incertezas das transies atuais do ensino para o mundo do trabalho. Esta a pergunta de pesquisa que guiou esta dissertao de mestrado. Entende-se a insero profissional de diplomados como historicamente inscrita numa conjuntura econmica e poltica (fim do emprego para a vida, incerteza, flexibilidade), dependente de mecanismos institucionais que articulam educao, trabalho e remunerao; e que dependente de estratgias de atores determinadas por recursos estratgicos e por expetativas e trajetrias biogrficas. Optou-se por um estudo de desenho qualitativo, atravs da realizao de 10 entrevistas semiestruturadas, j que interessava ouvir diretamente os discursos dos jovens diplomados e explorar com eles os diversos significados e percees que tm do fenmeno em estudo, mais concretamente, as trajetrias de insero profissional na atualidade. Concluiu-se uma individualizao e privatizao do risco ou a assuno de si como ator estratgico da insero profissional, acomodao incerteza e precariedade como modo de vida, uma desresponsabilizao das entidades empregadoras e um mimetismo da retrica que coloca no desfasamento entre oferta de cursos e necessidades do mercado de trabalho o nus da responsabilidade.
Resumo:
O presente relatrio tem por objecto a proteco de crianas e jovens em perigo em Portugal. Trata-se de um documento que entrelaa dois temas: a interveno social junto de crianas e jovens em perigo e a caracterizao da situao de acolhimento, no distrito de Santarm. Partindo de uma breve caracterizao do percurso profissional, como Tcnica Superior de Servio Social, desde 1992 em exerccio de funes, surge uma abordagem interveno social exercida num servio pblico: Instituto da Segurana Social - Centro Distrital de Santarm, com relevncia nas funes acometidas Equipa Multidisciplinar de Assessoria Tcnica aos Tribunais. Estamos perante uma interveno que se preconiza verdadeiramente multidisciplinar e interinstitucional, assente numa cultura de trabalho em parceria e desenvolvida numa perspectiva subsidiria, por entidades pblicas ou privadas, com atribuies em matria de infncia e juventude. Nela se destaca a apresentao do Plano de Interveno Imediata, instrumento de diagnstico sobre a situao de acolhimento das crianas e jovens em Portugal, (conforme o artigo 10.do Capitulo V da Lei n. 31/2003, de 22 de Agosto). O estudo apresentado surge, em complemento a esta obrigao legal, como relatrio indito apresentado em 2009 sobre a situao das crianas e jovens em acolhimento no ano de 2008, no distrito de Santarm, reconhecido como boa prtica pelo Centro Distrital de Santarm. De realar o facto de ter garantido a caracterizao da totalidade do universo de crianas e jovens em perigo, integradas no sistema de proteco e acolhimento do Distrito de Santarm. Os resultados vieram demonstrar que existe um elevado nmero de crianas e jovens em situao de acolhimento, apesar de haver uma tendncia para a sua diminuio relativa. As sadas do sistema de acolhimento resultaram essencialmente em integraes familiares e processos de adopo, tendo a maioria das crianas a sua situao jurdica regularizada. Incorporando o princpio de que, uma interveno social sustentada implica o conhecimento prvio da realidade sobre a qual se pretende intervir, surge uma reflexo prtica do Servio Social com algumas propostas de melhoria, decorrentes da prtica do exerccio profissional, na rea da promoo e proteco de crianas e jovens em perigo.
Resumo:
Esta dissertao resulta das reflexes desenvolvidas no mbito de uma pesquisa exploratria qualitativa, cujo objecto de anlise, o significado poltico e profissional da insero do Servio Social nos Servios de Psicologia e Orientação (SPO) do Ministrio da Educao, foi abordado segundo o quadro terico conotado com a corrente do Servio Social Crtico, donde retirmos os contributos analticos de vrios autores de que destacamos os de Baptista, Faleiros, Iamamoto, Martins, Netto, Negreiros, Henriquez, YasbecK etc. De acordo com esses modelos, foram definidas trs dimenses analticas no sentido de enquadrar e conceder significado(s) ao nosso objecto emprico(os SPO): i) a conjuntura scio poltica do contexto europeu e nacional que precedeu e concorreu para a definio das polticas educativas e, consequentemente, para a criao destes Servios - anlise das relaes sociais globais; ii) as diferentes posturas terico metodolgicas da Sociologia da Educao, Sociologia das Profisses e do Servio Social que tm sustentado as prticas educativas em geral e em particular as prticas da actividade profissional (intimamente articuladas primeira dimenso) - anlise dos paradigmas tericos e iii) as caractersticas essenciais do perfil profissional que foi e requisitado pelas demandas do poder poltico no mbito destes servios, mais especificamente, no que se refere s prticas do quotidiano dos profissionais de Servio Social - anlise das relaes de poder entre as diferentes profisses e entre estas e o Estado. Partindo do pressuposto que o Servio Social, enquanto actividade profissional, conhece um processo de desvalorizao gradual na rea da educao, adoptmos como objectivo central desta pesquisa, tentar perceber as razes desse processo de desvalorizao e, em consequncia,tentar compreender o lugar / significado que foi atribudo ao Servio Social nos SPO. Das concluses a retirar h que situ-las, de entre outras, nas transformaes ocorridas nos anos 80 e 90 nos contextos nacional e europeu. Isto , na emergncia de polticas neoliberais que proclamam a reduo de encargos para o Estado, de entre eles, os encargos destinados s polticas sociais, nomeadamente na educao. Esta reduo passar pela restrio de polticas colectivas e universais substitudas por polticas fragmentadas destinadas a determinadas categorias especficas da populao atendendo a situaes individuais (caso a caso), reduzindo-se assim o espao destinado profisso de Servio Social. Por outro lado, ao nvel dos paradigmas tericos da educao, parece existir uma recuperao por parte do poder poltico, de uma concepo de educao e sucesso escolar assente em pressupostos individuais (capacidades individuais) negligenciando-se os aspectos scioculturais, para os quais os assistentes sociais estariam mais sensibilizados. A conjugao destas duas tendncias, aliadas a outras, permitem estabelecer um quadro compreensivo da perda de espao e poder por parte do Servio Social na rea da educao, logo da desvalorizao da actividade profissional neste campo de interveno. Porm, pretende-se com este quadro contribuir para pensar os pressupostos da actividade de Servio Social na educao e num futuro prximo.
Resumo:
A presente Dissertao insere-se no mbito do plano curricular do Mestrado em Servio Social, da Escola Superior de Altos Estudos - Instituto Superior Miguel Torga, em especfico na Linha de Investigao O Servio Social face s Questes Sociais Contemporneas e na sublinha Globalizao, Riscos e Polticas Sociais. A temtica versou o estudo da problemtica da infncia e juventude e, no decurso da parte emprica, procedeu-se anlise da prtica profissional dos Assistentes Sociais nas Comisses de Proteco de Crianas e Jovens (CPCJ) pertencentes sub-regio do Baixo Mondego do distrito de Coimbra. Deste modo, pretendeu-se entender a importncia do trabalho dos Assistentes Sociais neste mbito, uma vez que se tem verificado um constante arraso prtica quotidiana destes profissionais. Quando tudo decorre sem problemas e se conseguem resultados positivos nada se diz e nem sequer se valoriza, agora quando existem situaes que correm menos bem, comenta-se logo e transporta-se de imediato para os meios de comunicao social, realidades, por vezes, muito desfocadas. Sem realmente existir, priori, um conhecimento da realidade e, em especial, valorizar o esforo e dedicao dos profissionais que ali trabalham, nomeadamente os de Servio Social. Muitas vezes esquecemo-nos de que as CPCJ em Portugal so constitudas por equipas multidisciplinares, ou seja, constitudas por mdicos, enfermeiros, psiclogos, socilogos, , em suma, um conjunto de tcnicos de outras reas do saber. Conclui-se que esta uma rea bastante complexa, onde o bom senso e a capacidade criativa so factores extremamente importantes. Ao nvel do funcionamento das Comisses de Proteco de Crianas e Jovens, pensamos ser importante que se analise e se pensem em novos modos de actuar e fazer com que o sistema funcione com o objectivo ltimo de promover os direitos das crianas e proteg-las de todos os perigos. urgente que as Comisses trabalhem a srio, ou seja, num processo contnuo e sistemtico com estas famlias, que as acompanhem a ultrapassar as suas dificuldades, no lhes dando o peixe mas ensinando-as a pescar, a desenvolverem as suas potencialidades mais escondidas e a devolver a muitas destas crianas um sorriso. Muitas das dificuldades dos profissionais de Servio Social, prendem-se com os factores externos, isto , com os recursos da sociedade que nem sempre existem e/ou que no se dispem a colaborar neste trabalho rduo com as famlias. Este um trabalho necessrio e urgente para o bem da sociedade, por isso todos temos o dever de colaborar para o bem da vida daqueles que sero os homens e mulheres do amanh.