4 resultados para Nível sócio econômico

em REPOSITÓRIO ABERTO do Instituto Superior Miguel Torga - Portugal


Relevância:

100.00% 100.00%

Publicador:

Resumo:

Neste estudo propomo-nos estudar as possíveis diferenças existentes entre a idade adulta e a velhice ao nível da solidão e do auto-conceito. Analisámos o papel de variáveis psicossociais específicas e de variáveis psicológicas, como a depressão, ansiedade, stresse e estilos de coping, sobre a solidão, bem como qual o conjunto de variáveis que melhor prediz a solidão. A solidão e o auto-conceito constituem constructos relevantes na vida do ser humano nas mais variadas formas, interagindo com um grande leque de domínios pessoais e desempenhando um papel importante na compreensão da psicopatologia. Nesta investigação participaram 222 sujeitos, com idades compreendidas entre 35 e 90 anos de idade. Para avaliar as variáveis psicológicas pretendidas foi utilizada a Escala de Solidão da UCLA, o Inventário Clínico de Auto-conceito, a Escala de Depressão, Ansiedade e Stresse (DASS-21) e o Questionário de Estratégias de Coping (CSQ). Os resultados indicaram que os indivíduos em idade adulta e na velhice não diferem na experiência de solidão, embora apresentem diferenças significativas ao nível de autoconceito, com os idosos a revelarem um pior auto-conceito. São os indivíduos com um trabalho doméstico, com menor escolaridade, com uma relação conjugal pouca satisfatória, com um nível sócio-económico baixo, com uma saúde pobre e sem suporte social que apresentam valores mais elevados de solidão. Na análise da acção conjunta das variáveis, o auto-conceito e os estilos de coping revelaram-se os melhores preditores da solidão. Não obstante as limitações reconhecidas, o presente estudo contribuiu para um melhor conhecimento desta realidade na população portuguesa adulta e idosa.

Relevância:

30.00% 30.00%

Publicador:

Resumo:

A sociedade contemporânea é marcada por mudanças paradigmáticas, culturais, sócio-económicos e de valores que comportam transformações no indivíduo e na família. O cuidado informal intergeracional reflecte tais mudanças, tendo-se revelado importante conhecer as expectativas de adultos face à necessidade de cuidar das gerações mais velhas, assim como compreender e analisar as diferenças nas fratrias face às diversas expectativas associadas ao cuidado dos idosos. Este é um tipo de estudo transversal prospectivo de natureza quantitativa, utilizando como documentos de recolha de dados um inquérito por questionário de administração indirecta construído para o efeito. A amostra do estudo é constituída por adultos portugueses em idade activa (25 aos 65 anos), não cuidadores, com pelo menos um dos progenitores vivo. Contou com 186 participantes com uma média de idade de 32 anos, maioritariamente do sexo feminino (88%) e com habilitações literárias ao nível do ensino superior (91%). Os resultados indicam que todos os filhos apontam o amor e ternura como principal motivo expectável para cuidar. Os filhos únicos prevêem uma maior dificuldade a nível económico e ponderam uma maior procura de recursos exteriores, ao contrário dos membros de fratria que tendem a optar por uma estratégia de exclusividade. As rotinas domésticas, as actividades de lazer e a produtividade no trabalho são as principais áreas de vida que os inquiridos conjecturam serem afectadas. Optar por cuidar em família não pode ser penalizador para as famílias. No sentido de antecipar eventuais dificuldades no decurso do seu ciclo de vida, as famílias deverão ser estimuladas a pensar como conciliar a sua vida com a eventual necessidade de prestação de cuidados informais a idosos, devendo o Serviço Social assumir uma postura propositiva face às responsabilidades que as políticas públicas apresentam neste domínio, assim como para a definição e ampliação de programas que respondam efectivamente às necessidades das pessoas dependentes, dos cuidadores e das famílias.

Relevância:

30.00% 30.00%

Publicador:

Resumo:

O Serviço Social Escolar é um campo de acção que ao longo de quase 40 anos tem uma trajectória significativa, tendo sofrido algumas vicissitudes no seu percurso influenciado pelo contexto social político e económico e pelas relações Estado/Mercado. Este estudo vai no sentido de fazer uma análise ao processo de institucionalização do Serviço Social Escolar em Portugal nas décadas de 60 e 70, em que se privilegiam as trajectórias e dinâmicas da prática profissional das Assistentes Sociais na área da Educação, ao nível dos ensinos primários, preparatórios e secundários, e mais especificamente da prática profissional das Assistentes Sociais do Ministério da Educação, da Zona Centro do País. Está dividido em duas partes fundamentais, acompanhando a primeira de1960 até 1974 e a segunda parte após o período da Revolução de 25 de Abril de 1974 até ao período de Normalização Democrática de 1976 a 1980. Procura-se apreender e compreender a relação entre o Serviço Social, políticas sociais, de acção social escolar, a sociedade portuguesa, as correntes de pensamento e as influências que se fizeram sentir no Serviço Social Escolar, identificando problemas e posicionamentos das Assistentes Sociais na dinâmica sócio-histórico e no Instituto de Acção Social Escolar, nos períodos em análise. Com este trabalho pretende-se abrir o debate sobre este campo de acção na actualidade e restituir ao Serviço Social Escolar o papel fundamental de mediador nos processos de regulação no campo da educação, num trabalho em parceria e numa transversalidade de competências e saberes com todos os parceiros da comunidade educativa e com a sociedade em geral, na defesa pelos direitos humanos e ampliação do estatuto de cidadania, por uma escola para todos e de qualidade.

Relevância:

30.00% 30.00%

Publicador:

Resumo:

Aprofundar o conhecimento do Serviço Social no âmbito das Comissões Sociais de Freguesia, refletindo sobre a prática do Serviço Social, nomeadamente na Comissão Social de Freguesia da Guia, é o objetivo deste relatório. O processo de criação e implementação do Programa Rede Social, como política social baseada nos fundamentos da descentralização de poderes e responsabilidades do Estado e a sua intensificação em parcerias entre o setor público e o setor privado, assentam numa lógica de desenho de políticas sociais neoliberais. O Serviço Social revela ser um importante recurso profissional para as autarquias, nomeadamente para as freguesias, desempenhando um trabalho de proximidade com as populações, facilitando-lhes o acesso a alguns direitos sociais e executando os seus deveres cívicos. No entanto, esta atuação de natureza assistencialista, pretende a resolução emergencial da situação de pobreza e das desigualdades sociais da população de determinada freguesia. Ora, estes fenómenos não estão circunscritos a uma pequena área territorial, são problemas estruturais e universais, como tal não podem ser tratados apenas como locais. Tendo como ponto de partida, a experiência vivenciada pela assistente social que fez parte da organização da Comissão Social de Freguesia da Guia e que desenhou o seu modelo de intervenção social, é feita uma análise a este novo espaço. Conclui-se, atestando que para a efetivação como espaço sócio profissional e que legitime a profissão, a política social que define as CSF terá que sofrer algumas alterações e melhorias, partindo ao encontro do projeto profissional do Serviço Social, ao mesmo tempo que potencia o enfrentamento à pobreza e desigualdades sociais ao nível local.