3 resultados para Intervenções no sistema familiar

em REPOSITÓRIO ABERTO do Instituto Superior Miguel Torga - Portugal


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Este estudo visa aprofundar o conhecimento sistémico, relativamente à problemática do comportamento anti-social numa perspectiva do seu funcionamento familiar. Procurámos compreender a existência ou não de comportamentos anti-sociais e delinquentes nos subsistemas filiais de famílias disfuncionais, de uma comunidade socialmente conotada como estando associada à criminalidade. Em termos metodológicos utilizámos o questionário sociodemográfico (Correia, 2009), a FACES II – escala de avaliação da adaptabilidade e da coesão familiar (Olson et al., 1981) e a escala do comportamento anti-social e delinquente (Formiga & Gouveia, 2005). Os instrumentos de análise foram aplicados a 30 famílias, que revelaram maioritariamente ter um nível de coesão separada, uma adaptabilidade flexível, correspondendo a um tipo de família meio-termo. No entanto, uma análise individual dos resultados revela que um maior número de elementos percepciona a família ao nível da coesão como desmembrada, ao nível da adaptabilidade como flexível, e ao nível do tipo de família como extrema, indicando-nos que diferentes elementos percepcionam de forma diferente o funcionamento do seu sistema familiar. Relativamente aos comportamentos anti-sociais e delinquentes, um número considerável de elementos afirma praticar comportamentos anti-sociais, sendo o número de práticas delinquentes inferior. Apesar de não existir um número elevado de famílias extremas, concluímos que os elementos que pertencem a famílias tendencialmente disfuncionais, praticam maioritariamente comportamentos anti-sociais e delinquentes, sendo que os primeiros prevalecem relativamente aos segundos. /

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Introdução: A transmissão intergeracional dos estilos educativos parentais tem sido comprovada em diversos estudos, maioritariamente em estudos de famílias de duas gerações. Neste estudo, pretende-se analisar a transmissão intergeracional da perceção dos estilos educativos parentais em famílias compostas por três gerações, explorando as associações e eventuais padrões preditivos. Metodologia: Foi recolhida uma amostra de conveniência com 143 participantes, pertencentes a um subsistema de linhagem feminina, divididas em 3 gerações: G1/avó materna (n = 41; idade média = 74,8; DP = 6,26); G2/mãe (n = 41; idade média = 42,4; DP = 5,61); G3/filha (n = 41; idade média = 22,3; DP = 4,50). Todos os participantes preencheram um questionário sociodemográfico, contendo questões familiares e educacionais, e o EMBU – Memórias de Infância. Resultados: Verificaram-se diferenças estatisticamente significativas entre as 3 gerações (Kruskal-Wallis) com G3 a distinguir-se significativamente de G1 e G2 quanto à perceção de Suporte Emocional (face à mãe e ao pai) e G3 a distinguir-se significativamente de G1 relativamente à perceção de Rejeição (por parte do pai). Correlações de Spearman revelaram diversas associações significativas entre as dimensões do EMBU – Memórias de Infância, entre a G1 e a G2. Não se encontraram associações significativas nas mesmas dimensões do instrumento entre a G2 e a G3. Regressões múltiplas demonstraram o papel preditivo do Suporte Emocional da G1 para a G2 (quando ambas respondem relativamente às suas mães e aos seus pais, respetivamente) e da Sobreproteção da G1 para a G2 (quando respondem ambas relativamente às suas mães). Conclusão/Discussão: Os resultados parecem apontar para a transmissão intergeracional da G1 para a G2 mas não da G2 para a G3. É possível também referir uma aparente descontinuidade da perceção de Suporte Emocional face à mãe e ao pai e perceção de Rejeição face ao pai. Os resultados deste estudo contribuem para a compreensão da transmissão e (des)continuidade intergeracional, neste caso da perceção de estilos educativos parentais, e do sistema familiar multigeracional em que ocorre.

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As Doenças do Comportamento Alimentar apresentam-se como um problema de saúde proeminente e, como tal, devem ser entendidas como multidimensionais e complexas, que interagem com factores biológicos, psicológicos e sócio-culturais e, que podem ocorrer devido a comportamentos alimentares de carácter patológico e com consequências sérias na qualidade de vida presente e futura. Este trabalho de investigação teve como principal objectivo avaliar a prevalência das Doenças do Comportamento Alimentar numa população não clínica de estudantes, assim como caracterizar o perfil socio-demográfico e familiar dos estudantes e, determinar a relação entre a sintomatologia associada a perturbações do comportamento alimentar e o sexo, idade, IMC, tipo de família, vinculação aos pais e ano de escolaridade dos adolescentes. No intuito de concretizar os objectivos, realizámos um estudo não experimental, transversal e correlacional. A amostra foi constituída por 326 estudantes do 3º Ciclo e do Ensino Secundário da zona centro de Portugal. Foram aplicados um questionário anónimo composto por dados socio-demográficos, antropométricos e clínicos, o Eating Disorder Inventory 2 (EDI 2) e o Questionário de Vinculação ao Pai e à Mãe (QVPM). De acordo com os critérios presentes no DSM-IV-TR não encontramos qualquer caso de Bulimia Nervosa em ambos os sexos. Nas raparigas, constatamos 1,5% de casos prováveis de Anorexia Nervosa tipo Restritivo, 0% de casos prováveis de Anorexia Nervosa tipo Purgativa, 17,3% de casos prováveis de Anorexia Nervosa Restritiva Parcial e 6,1% de casos prováveis de Anorexia Nervosa Purgativa Parcial. Quanto aos rapazes, relatam-se 0,8% de casos prováveis de Anorexia Nervosa tipo Restritivo, 0% de casos prováveis de Anorexia Nervosa tipo Purgativa, 5,2% de situações parciais de Anorexia Nervosa Restritiva e 1,8% de situações parciais de Anorexia Nervosa Purgativa. Foram observadas também, correlações entre a sintomatologia associada a perturbações do comportamento alimentar consoante o sexo, idade, IMC, tipo de família, vinculação aos pais e ano de escolaridade dos inquiridos. Concluímos que todo o sistema familiar e escolar, especialmente pais e professores, devem estar alerta para os sinais manifestados pelos adolescentes no sentido de dar à prevenção um papel fulcral.