2 resultados para Influência de gênero

em REPOSITÓRIO ABERTO do Instituto Superior Miguel Torga - Portugal


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A alexitimia é caraterizada pela dificuldade no processamento emocional e reconhecimento de expressões faciais, processos indispensáveis no relacionamento interpessoal. Neste estudo pretendemos avaliar se indivíduos com altos níveis de alexitimia apresentam maiores índices de psicopatologia e se o seu processamento de expressões faciais, sobretudo de expressões com cariz emocional negativo (raiva e nojo), é diferenciado do processamento efetuado por indivíduos com baixos níveis de alexitimia. Os participantes (67 mulheres) realizaram uma tarefa de procura visual onde se apresentavam conjuntos de expressões faciais emocionais (alegria, raiva, nojo), tendo os participantes de detetar de modo rápido e preciso a presença (ou ausência) destas expressões apresentadas entre estímulos neutros (expressões faciais neutras). Os resultados não revelaram quaisquer diferenças significativas entre os grupos. Contudo, verificou-se um processamento diferencial das expressões faciais emocionais em função do género da face. As expressões emocionais negativas em faces de homens foram mais rapidamente detetadas. Por outro lado, o processamento de faces de mulheres que expressavam raiva conduziu a uma maior proporção de erros. Estes resultados poderão remeter para a sensibilidade adquirida face às expressões faciais masculinas negativas e ameaçadoras, que conferem maior probabilidade de predizer agressão. Os pressupostos evolutivos associados ao processamento das emoções negativas, sobretudo da raiva, que a literatura na área da relação entre a emoção e a atenção aponta como adaptativa na população em geral, poderá explicar a ausência de efeitos significativos entre o grupo com altos e baixos níveis de alexitimia.

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Segundo a abordagem sistémica, a transição para a parentalidade demarca uma das mais intensas mudanças do ciclo de vida de uma família. A melhor forma de compreender a família, é tentar entendê-la como um sistema, um todo, uma globalidade, como uma rede complexa de relações e emoções que não são susceptíveis de serem pensadas isoladamente (Oliveira, 2002). Porém, é relevante a forma como cada indivíduo, passa pela transição para a parentalidade. Considerou-se pertinente realizar um estudo que englobe a influência que as preocupações parentais apresentam na relação conjugal, tendo como objectivo clarificar a interacção entre as variáveis já referidas e, ainda, a influência que o sexo dos indivíduos, o tempo de casamento e a idade dos filhos exerce nessa interacção. Para tal, recorreu-se a uma amostra de 42 indivíduos, casados e com um único filho, que responderam à Escala de Avaliação da Satisfação em Áreas da Vida Conjugal (EASAVC) (Narciso & Costa, 1996), para avaliação da satisfação conjugal, e à Escala de Preocupações Parentais (EPP) (Algarvio, Leal, & Maroco, in press). Os resultados demonstram que a satisfação conjugal e as preocupações parentais se encontram relacionadas entre si, não apresentando uma forte correlação. Contudo, constata-se que a satisfação conjugal aumenta diante de uma preocupação parental, do mesmo modo, se a preocupação parental for fraca, a satisfação conjugal tem valores médios mais baixos. Os resultados apontam para que o género e os anos de casamento não influenciem os níveis de satisfação conjugal, bem como a idade dos filhos não influência estas preocupações, tendo-se ainda verificado que não existem diferenças entre sexos ao nível das preocupações parentais.