2 resultados para Family Stress
em REPOSITÓRIO ABERTO do Instituto Superior Miguel Torga - Portugal
Resumo:
O stress é não apenas inerente para o ser humano, como indispensável para a sua sobrevivência. À medida que as sociedades humanas evoluíram, assim também se alteraram as principais fontes de stress. Actualmente o stress organizacional é uma das principais áreas de investigação, bem como as suas relações com a família e a vida pessoal. Em foco estão ainda as variáveis individuais que servem como moderadoras da experiência de stress, como o coping e o suporte social. Neste trabalho procurou-se conhecer os níveis de stress experienciados pelos colaboradores da Cisco Systems Lda, identificando diferenças de género e entre os tipos de trabalho. Pretendeu-se ainda relacionar o stress no trabalho com o equilíbrio trabalho/família, equlíbrio vida pessoal/trabalho, suporte social e coping. Através de um estudo não experimental transversal, descritivo/descritivo correlacional, com 42 sujeitos, utilizando o PMI – Pressure Management Indicator, foi possível identificar quatro factores, com α a partir de 0,531 para as variáveis moderadoras ate 0,904 para as variáveis stressoras. Os trabalhadores da amostra trabalham em média 49,7 horas por semana, apontando como principal razão “para que o trabalho seja feito”; 31,7% consideram estar a sofrer de pressão negativa iniciada há mais de 3 meses. Estão muito satisfeitos com a organização, mas sentem pressão devido ao volume de trabalho, ao relacionamento interpessoal e às dificuldades em desligar do trabalho quando em casa, fazendo uso de estratégias focadas no problema e de suporte social. Existem diferenças estatisticamente significativas entre homens e mulheres nas subescalas “Estado de espírito” e “Nível de confiança”, indicando níveis mais altos de segurança e satisfação com o seu estado mental para o grupo dos homens. No que respeita aos tipos de trabalho, foi possível identificar diferenças entre as categorias Sénior gerência/profissional e Manual/hábil nas subescalas “Nível de energia”, “Volume de trabalho” e “Equilíbrio vida/trabalho”. Existe correlação positiva entre as variáveis stressoras e a subescala “Equilíbrio trabalho/família” (r=0,890; p<0,000) e entre as variáveis stressoras e a escala de Coping (r=0,748; p<0,000), sugerindo que níveis de stress elevados interferem com a vida familiar e conduzem a maior utilização das estratégias de coping. Apesar das políticas de recursos humanos da empresa no sentido de promover a conciliação entre trabalho e vida pessoal e familiar, há ainda margem para intervir e melhorar. / Stress is not only inherent to the human being, it’s essential to survival. As the humans societies evolved, so did the major sources of stress. These days, organizational stress is one of the main areas of research, as it is it’s relation with family and personal life. Under the spotlight are also individual variables that moderate the stress experience, such as coping and social support. With this paper, we intended to know the levels of stress experienced by the workers of Cisco Systems Lda, identifying gender and work type differences. We were also intending to relate work stress with home/work balance, life/work balance, social support and coping. Using a cross sectional correlational study, with n=42, using the PMI, we were able to identify four factors, with α starting on 0,531 for moderator variables to 0,904 for stressor variables. The workers on this sample work an average of 49,7 hours per week, naming “to get the job done” as the main reason for it. 31,7% consider to be suffering from negative pressure that started more than 3 months ago. They are very satisfied with the organization, but feel pressure due to workload, interpersonal relationship and the difficulties in switching off from work when at home. They use mostly Problem focus strategies and social support.There are statically significative differences between men and women in the subscales “State of mind” and “Confidence level”, which indicate higher levels of security and satisfaction with their state of mind for men. Regarding work types, we were able to identify differences between senior Management and Manual categories on subscales “Energy level”, “Workload” and “Life/work balance”. There is a positive correlation between stressor variables and the subscales “Home/work balance” (r=0,890; p<0,000) and between stressor variables and Coping scale (r=0,748; p<0,000), suggesting that high levels of stress interfere with family life and lead to higher use of coping mechanisms. Despite the company’s human resources policies to promote the balance between work and personal and family life, there is still place to intervene and improve.
Resumo:
Uma “rede social” diz respeito a uma estrutura constituída por pessoas ou organizações que partilham interesses, motivações e valores comuns. Um ponto partilhado pelos diversos tipos de rede social é a troca de informações, conhecimentos, interesses e esforços na tentativa de atingir objectivos comuns, muitas vezes potencializando forças e recursos em situações de crise. Recentemente tem-se ouvido falar bastante deste conceito aplicado à internet. A maternidade constitui, por si só, um momento de crise na vida de cada família e de cada mulher, requerendo adaptações e mudanças. O estudo realizado teve o intuito de avaliar o suporte online e offline (denominando-se essas ligações de redes sociais), no caso específico de assuntos ligados à maternidade. Pretendeu-se verificar também se existia uma correlação entre estes tipos de suporte e os níveis de stress e solidão sentidos pelas mães. Por último, aferiu-se ainda a influência que a idade dos filhos teria nesta adesão a grupos de suporte à maternidade, no Facebook. Este estudo teve uma amostra constituída por 170 mulheres (mães), estando as suas idades compreendidas entre os 25 e os 62 anos. Os resultados revelaram que apesar de não haver diferenças estatisticamente significativas entre o apoio online e offline, as mulheres que pertencem a grupos do Facebook tendem a sentir mais suporte por parte das plataformas de suporte disponíveis. Constatou-se ainda que não existem diferenças significativas entre os níveis de solidão e stress, entre mães que pertencem a grupos e mães que não pertencem. Foi interessante verificar que as mulheres com filhos mais novos (faixa etária dos 0-4 anos) têm uma presença mais significativa em grupos de apoio à maternidade, no Facebook. Pensamos que isso se deve às dúvidas e ao stresse gerado por um primeiro filho ou pela introdução de mais um filho no núcleo familiar, nos primeiros anos em que tal ocorre, procurando por isso mais activamente grupos que ajudem como rede de suporte, para partilhas, apoio emocional e esclarecimento de dúvidas. / A “social network” refers to a structure formed by individuals or organisations that share interests, motivations and common values. A feature shared by several types of social network is the exchange of information, knowledge, interests and efforts, in an attempt to achieve common goals, often potentiating strengths and resources in crisis situations. Recently, we have heard of this concept applied to the internet. Motherhood is, by itself, a moment of crisis in the life of every family and every woman, requiring adaptations and changes. This study aimed to assess online and offline supports (being these connections themselves denominated social networks), in the specific case of motherhood-related issues. It was also intended to confirm whether there was a correlation between these types of support and stress and loneliness levels sensed by mothers. Finally, it was evaluated as well the influence that the children’s age would have on this adherence to motherhood support groups on Facebook. This study had a sample of 170 women (mothers), with ages between 25 and 62 years. The results showed that, although there are no statistically significant differences between the online and offline support, women who belong to Facebook groups tend to feel more support from the available support platforms. It was shown as well that there are no significant differences between loneliness and stress levels among mothers who belong to groups and mothers who do not belong to those groups. It was interesting to find that women with young children (aged 0-4 years old) have a more significant presence in motherhood support groups on Facebook. We think that this is due to the doubts and the stress generated by a first child or the introduction of another child in the household, therefore making sense that they seek, in the early years of the child’s life, groups that help as a support network, for shares, emotional support and answering questions.