3 resultados para Escala temporal

em REPOSITÓRIO ABERTO do Instituto Superior Miguel Torga - Portugal


Relevância:

30.00% 30.00%

Publicador:

Resumo:

Introdução: Em Portugal, são escassos os instrumentos validados para a população adolescente, que avaliem o importante construto da resiliência. Assim, o principal objetivo deste estudo consistiu na adaptação e validação preliminar da Escala de Avaliação do EU Resiliente (EAER) para adolescentes portugueses. Como segundo objetivo pretendemos, ainda, explorar as associações, na mesma amostra, entre a resiliência, o autodano e a ideação suicida na adolescência. Método: A amostra foi constituída por 226 adolescentes (sexo masculino, n = 139, 61,5%), entre os 12 e os 18 anos, que preencheram um protocolo composto por um questionário sociodemográfico, pela Escala de Avaliação do EU Resiliente (EAER), pelo Questionário de Impulso, Autodano e Ideação Suicida na Adolescência (QIAIS-A) e pela Escala de autoconceito. Resultados: Os resultados obtidos mostraram que a EAER possui boa fidelidade/consistência interna (α = 0,857) e boa estabilidade temporal (r = 0,720). Uma análise de componentes principais mostrou que a EAER apresenta três fatores: fator suporte externo, fator forças pessoais internas e fator estratégias de coping. Encontraram-se correlações negativas entre a resiliência e o autodano e ideação suicida e correlações positivas entre a resiliência e o autoconceito, confirmando-se a validade divergente e convergente da EAER. Verificaram-se níveis elevados de resiliência nos adolescentes da nossa amostra (M = 58,69; DP = 6,67). Na amostra total, 61,5% (n = 139) apresentou ideação suicida e 26,5% (n = 60) apresentou comportamentos de autodano. Conclusão: No seu conjunto, a EAER possui boas características psicométricas, pelo que pode ser considerada uma escala válida e útil e que pode ser usada com segurança na avaliação da resiliência em adolescentes portugueses. Com este estudo alargámos o leque de instrumentos válidos para a medição da resiliência em adolescentes e contribuímos para o avanço da investigação na área da adolescência em Portugal. / Introduction: In Portugal, there are few validated instruments to the adolescent population, to assess the important construct of resilience. Thus, the main objective of this study was the preliminary adaptation and validation of the Escala de Avaliação do EU Resiliente (EAER) to Portuguese adolescents. As a second objective, there is an intention to also explore the associations, on the same sample, between resilience, self-harm and suicidal ideation in adolescence. Method: The sample consisted of 226 adolescents (male, n = 139, 61.5%), between 12 and 18 years, who filled in a protocol consisting of a sociodemographic questionnaire, by the Escala de Avaliação do EU Resiliente (EAER), by the Impulse, Self-harm and Suicide Ideation Questionnaire for Adolescents (ISSIQ-A) and by the Self-concept Scale. Results: The results showed that the EAER has good fidelity/internal consistency (α = 0.857) and good temporal stability (r = 0.720). A principal component analysis showed that EAER has three factors: external support factor, internal personal strengths factor and coping strategies factor. There were negative correlations between resilience and the self-harm and suicidal ideation and positive correlations between resilience and self-concept, confirming the divergent and convergent validity of EAER. There were high levels of resilience in the adolescents of the sample (M = 58.69, SD = 6.67). In the total sample, 61.5% (n = 139) had suicidal ideation and 26,5% (n = 60) had self-harm behaviors. Conclusion: As a whole, the EAER has good psychometric properties, therefore it can be considered a valid and useful range, and can be safely used in the evaluation of resilience in Portuguese adolescents. With this study we have extended the range of valid instruments for the measurement of resilience in adolescents and contributed to the advance of research in the adolescence area in Portugal.

Relevância:

30.00% 30.00%

Publicador:

Resumo:

O presente estudo, propõe-se explorar a relação entre os constructos de solidão e depressão, contribuindo para esclarecer em que medida a primeira pode ser considerada uma entidade diagnóstica separada da depressão ou pelo contrário, apenas percebida na relação com a mesma. Pretendeu-se averiguar se existem indivíduos sem depressão que apresentem significativos níveis de solidão. Nesta análise privilegiamos, ainda, a perspetiva temporal, pretendemos verificar se há diferenças significativas na evolução do sentimento de solidão, após o período intervalar de três meses. Participaram, neste estudo, uma amostra de 60 indivíduos com idades compreendidas entre os 40 e os 86 anos, sendo a média aproximada de 52 anos. Os instrumentos utilizados para recolher os dados foram um breve Questionário Sociodemográfico; a adaptação portuguesa da Escala de Solidão da UCLA e a Escala Geriátrica de Depressão (GDS). Os dados foram submetidos a análise pelos princípios da estatística paramétrica. Neste estudo a fidedignidade global demonstrou ser elevada sendo o valor de Alpha Cronbach’s de 0,939.A hipótese central foi confirmada constatando-se que, apesar de existir uma associação estatisticamente significativa entre a solidão e a depressão, existem indivíduos sem depressão que apresentam elevados níveis de solidão (p>0,001). Não se verificou uma relação de prevalência da solidão no género feminino e a mesma foi maior em grupos etários mais elevados, no entanto, essa diferença não se revelou estatisticamente significativa. Recorrendo aos testes do qui-quadrado da independência; de concordância Kappa de cohen e ao teste t de student, concluiu-se que existe uma associação significativa de concordância moderada entre a solidão, ao longo do tempo. Esta conclusão reforça a análise da manutenção dos níveis de solidão quando não existe intervenção terapêutica específica. / This study aims to explore the relationship between the constructs of loneliness and depression, helping to clarify how far the former can be considered a separate diagnostic entity of depression or on the contrary, only perceived in relation to the same. We sought to determine whether there are individuals without depression who present significant levels of loneliness. In this analysis we also focus on the temporal perspective. We plan to check for statistically significant differences in the evolution of the feeling of loneliness after a three month period. A sample of 60 individuals aged between 40 and 86, with an average age of approximately 52, participated in this study. The instruments used to collect the data were a brief Sociodemographic Questionnaire, the Portuguese adaptation of the UCLA Loneliness Scale and the Geriatric Depression Scale (GDS). The data were subjected to an analysis based on the principles of parametric statistics. In this study the overall reliability proved to be high, Cronbach's alpha value being 0,939. A central hypothesis was confirmed verifying that, although there is a statistically significant association between loneliness and depression, there are individuals without depression presenting high levels of loneliness (p <0.001). There was no ratio of loneliness prevaling in females and the same was higher in older age groups, but this difference did not prove to be statistically significant. Using Cohen’s Kappa chi-square independance and agreement tests; and the Student t test, we concluded that there is a significant association of a moderate correlation in loneliness over time. This reinforces the analysis that loneliness levels are maintained when there is no specific therapeutic intervention.

Relevância:

30.00% 30.00%

Publicador:

Resumo:

A presente investigação pretendeu validar para a população portuguesa de adolescentes a Escala de Memórias Precoces de Calor e Segurança em Relação ao Grupo de Pares (EMPCSPares) bem como ver cumpridos os seus principais objetivos: 1) Adaptação da escala de memórias precoces de calor e segurança (EMPCS), enquanto medida global, para o contexto de interação com o grupo de pares; 2) Explorar a validade de construto através da análise fatorial exploratória (estudo da dimensionalidade); 3) Analisar a consistência interna do instrumento e explorar a qualidade dos itens; 4) Examinar a validade convergente e divergente através da associação com outras variáveis semelhantes e distintas do construto em análise; 5) Analisar possíveis efeitos das variáveis sociodemográficas, como a idade, género e escolaridade nos resultados da escala, bem como a sua associação com a perceção global de qualidade vida; 6) Comparar as memórias precoces emocionais em função da qualidade de vinculação (segura e insegura). A amostra é constituída por 354 jovens (152 rapazes e 202 raparigas), com idades compreendidas entre os 12 e os 18 anos (M= 15,81; DP = 1,58) a frequentar o ensino básico e secundário do sistema regular de ensino público (7ºano de escolaridade ao 12º ano de escolaridade). Do protocolo constam os seguintes instrumentos: escala de memórias precoces de calor e segurança no contexto familiar (EMPCSFamília) e na interação com o grupo de pares (EMPCSPares); escala de auto-compaixão (SCS-A); escala de vergonha externa (OAS – A); questionário de vinculação (AQ-C); escala de ansiedade, depressão e stress (EADS-21). Os resultados obtidos mostram que a escala tem uma estrutura unidimensional, possui uma excelente consistência interna, uma estabilidade temporal adequada, assim como uma boa validade convergente e divergente. Revelou igualmente discriminar os jovens com uma vinculação segura dos que apresentam uma vinculação insegura. Apesar da necessidade de mais estudos, nomeadamente a realizar em amostras clínicas, a EMPCSPares mostrou ser um instrumento robusto e útil na avaliação de memórias emocionais no contexto de interação com os pares, constituindo um contributo relevante para a investigação e prática clínica com adolescentes. / This research intends to validate for the Portuguese population of adolescents the Early Memories Scale Heat and Safety Relative to Peer Group (EMPCSPares) and see fulfilled its main objectives: 1) The early warm and security memories scale adaptation (EMPCS), as a global measure for the interaction context with the peer group; 2) Explore the construct validity by exploratory factor analysis (study of dimensionality); 3) To analyze the internal consistency of the instrument and explore the quality of the items; 4) Examine the convergent and divergent validity by association with other similar and different variables of the construct in question; 5) Analyze possible effects of sociodemographic variables such as age, gender and education in the scale results, as well as its association with the global perception of quality of life; 6) compare the emotional early memories due to the link quality (secure and insecure). The sample consists of 354 children (152 boys and 202 girls), aged between 12 and 18 years (M = 15.81, SD = 1.58) attending basic and secondary education in the regular public education system (7th grade to 12th grade). The Protocol contains the following instruments: Scale of early heat and security memories in the family context (EMPCSFamily) and interaction with the peer group (EMPCSPairs) ; Self - compassion scale (SCS-A); external shame scale (OAS - A); linking questionnaire (AQ- C) ; scale of anxiety, stress and depression (EADS 21) . The results obtained show that the scale has a one-dimensional structure, has an excellent internal consistency, an adequate temporal stability as well as good convergent and divergent validity. It also showed discriminate young people with a secure attachment of those who have an insecure attachment. Despite the need for further studies, including the conduct of clinical samples, the EMPCSPares proved to be a robust and useful tool in the evaluation of emotional memories in the context of interaction with peers, constituting an important contribution to research and clinical practice with adolescents.