11 resultados para Crianças e Jovens

em REPOSITÓRIO ABERTO do Instituto Superior Miguel Torga - Portugal


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O presente relatório tem por objecto a protecção de crianças e jovens em perigo em Portugal. Trata-se de um documento que entrelaça dois temas: a intervenção social junto de crianças e jovens em perigo e a caracterização da situação de acolhimento, no distrito de Santarém. Partindo de uma breve caracterização do percurso profissional, como Técnica Superior de Serviço Social, desde 1992 em exercício de funções, surge uma abordagem à intervenção social exercida num serviço público: Instituto da Segurança Social - Centro Distrital de Santarém, com relevância nas funções acometidas à Equipa Multidisciplinar de Assessoria Técnica aos Tribunais. Estamos perante uma intervenção que se preconiza verdadeiramente multidisciplinar e interinstitucional, assente numa cultura de trabalho em parceria e desenvolvida numa perspectiva subsidiária, por entidades públicas ou privadas, com atribuições em matéria de infância e juventude. Nela se destaca a apresentação do Plano de Intervenção Imediata, instrumento de diagnóstico sobre a situação de acolhimento das crianças e jovens em Portugal, (conforme o artigo 10.ºdo Capitulo V da Lei n.º 31/2003, de 22 de Agosto). O estudo apresentado surge, em complemento a esta obrigação legal, como relatório inédito apresentado em 2009 sobre a situação das crianças e jovens em acolhimento no ano de 2008, no distrito de Santarém, reconhecido como boa prática pelo Centro Distrital de Santarém. De realçar o facto de ter garantido a caracterização da totalidade do universo de crianças e jovens em perigo, integradas no sistema de protecção e acolhimento do Distrito de Santarém. Os resultados vieram demonstrar que existe um elevado número de crianças e jovens em situação de acolhimento, apesar de haver uma tendência para a sua diminuição relativa. As saídas do sistema de acolhimento resultaram essencialmente em integrações familiares e processos de adopção, tendo a maioria das crianças a sua situação jurídica regularizada. Incorporando o princípio de que, uma intervenção social sustentada implica o conhecimento prévio da realidade sobre a qual se pretende intervir, surge uma reflexão prática do Serviço Social com algumas propostas de melhoria, decorrentes da prática do exercício profissional, na área da promoção e protecção de crianças e jovens em perigo.

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Com a crise financeira que se tem vindo a agudizar, com o agravamento da pobreza e exclusão social, associados a problemas de saúde e à emergência de problemas sociais (como o desemprego e a pobreza) tem assomado uma vaga de iniciativas de movimentos da sociedade civil. São novas formas de organização e resposta a situações específicas de grupos de indivíduos na luta por políticas públicas e direitos sociais tais como o da saúde, da habitação, da educação, do trabalho, entre outras. Nos finais da década de 70, em Portugal, a criação do Serviço Nacional de Saúde intenta o acesso à saúde garantido a todos os cidadãos. Nos anos 80 o Estado limita este direito baseado no princípio da justiça social protegendo os grupos mais desfavorecidos. Institui as taxas moderadoras e define as isenções para alguns doentes crónicos. Perante a desigualdade de direitos que daí advém, no Hospital Pediátrico de Coimbra, a partir dos anos 90, surgem movimentos associativos em prol dos direitos de saúde, criados e dinamizados por Assistentes Sociais, nomeadamente as Associações Acreditar em 1993, a Coração Feliz em 1994, a Associação Nacional de Fibrose Quística em 1996 e já no século XXI a Diabéticos Todo o Terreno em 2004 e a Hepaturix em 2006. A Hepaturix – Associação de Crianças e Jovens Transplantados ou com Doenças Hepáticas – fundada já no século XXI e cuja actividade será descrita neste trabalho, tem vindo a lutar pelos direitos sociais desta população, com a colaboração da Assistente Social que, no Hospital Pediátrico de Coimbra, apoia a Unidade de Transplantação Hepática Pediátrica. Entre outros, a isenção das taxas moderadoras para os doentes transplantados e para os dadores vivos assim como o direito aos transportes nas deslocações para o hospital após o transplante, são direitos sociais alcançados pela Hepaturix através da sensibilização do poder político. A Assistente Social tem sido um pilar neste percurso, sendo mediadora entre a instituição e a associação, em prol do direito destas crianças e jovens. / With the financial crisis that has been worsening, with increased poverty and social exclusion associated with health problems and the emergency of social problems (such as unemployment and poverty) there has been a loomed wave of initiatives for movements from the civil society. These are new ways of organization and response to specific situations of groups of individuals in the strike for public policies and social rights such as health, habitation, education, work, among others. In the late 70s, in Portugal, the creation of the National Health Service intents the access to health care guaranteed to all citizens. In the 80s the government limits this right based on the principle of social justice, protecting the most disadvantaged groups. Establishes user fees and defines the exemptions for some chronically ill. Before the inequality of rights resulted from this, there has been a rising of associative movements for health rights, created and dynamized by Social Workers at the Pediatric Hospital of Coimbra, from the 90s on: "Acreditar" in 1993, "Coração Feliz" in 1994, Associação Nacional da Fibrose Quistica" in 1996 and now, in the XXI century: "Diabéticos Todo o Terreno"in 2004 and "Hepaturix" in 2006. The “Hepaturix” - Association of Transplanted Children and Youth or with Hepatic Diseases - founded in the twenty-first century, whose will be discussed in this work, has been fighting for social rights of this population, with the cooperation of the Social Work who, at the Children’s Hospital of Coimbra, supports the Pediatric Hepatic Transplantation Unit. Among others, the exemption of user fees for transplanted patients and living donors as well as the right to transport at dislocations to the hospital after transplant, are social rights accomplished by Hepaturix, through the awareness of political power. The Social Worker has been a pillar in this journey, being a mediator between the institution and the association on behalf of the rights of these children and youth.

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A literatura tem evidenciado que as competências pessoais e sociais têm sido relevantes para o desenvolvimento do bem-estar e de um ajustamento psicossocial das crianças e jovens, em geral. É importante estimular os indivíduos a adoptarem uma postura activa, através da aprendizagem de instrumentos para a vida. Os programas que têm como intuito a promoção destas competências, tornam-se fundamentais para que as crianças e jovens cresçam com competências que lhes permitam no futuro, evitar comportamentos disfuncionais e até mesmo acautelar determinadas patologias. Assim, quanto mais cedo a intervenção for realizada, no âmbito das competências sociais e emocionais, mais facilmente o indivíduo reconhece as próprias emoções e as dos outros, desenvolvendo desta forma a habilidade de regular as suas próprias emoções, o que lhes permite também, que num espaço interpessoal possam revelar sentimentos, desejos, opiniões, sempre respeitando os outros, e demonstrando sempre a capacidade de resolução de problemas imediatos, de forma a minimizar a ocorrência de problemas futuros. Neste âmbito desenvolveu-se um estudo quase experimental, do tipo pré e pós teste, sem grupo de controlo, com o objectivo de avaliar o efeito da frequência de um programa de promoção de competências pessoais e sociais ao nível do auto-conceito, da auto-estima, do comportamento assertivo, do efeito de coping e da inteligência emocional. Esta amostra foi constituída por sete crianças do género feminino, com idades compreendidas entre os oito e onze anos de idade institucionalizadas, sendo que todas estas crianças foram submetidas ao programa ―Aprender para Ser‖, o qual foi concebido para treze sessões, tendo durado três meses. Na avaliação final, os resultados revelaram, que as crianças obtiveram melhorias, em todas as dimensões avaliadas, sendo as diferenças estatisticamente significativas ao nível das estratégias de coping (cognitivo-comportamental e activa), comportamento total e agressivo e em todos os resultados dos domínios da inteligência emocional. Isto leva-nos a sugerir a implementação do programa durante mais tempo e a mais crianças para que as competências possam ser desenvolvidas ajudando as crianças a reconhecer, gerir as suas emoções e a apreciarem as perspectivas dos outros, a estabelecendo objectivos positivos, a tomarem decisões responsáveis.

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A presente Dissertação insere-se no âmbito do plano curricular do Mestrado em Serviço Social, da Escola Superior de Altos Estudos - Instituto Superior Miguel Torga, em específico na Linha de Investigação «O Serviço Social face às Questões Sociais Contemporâneas» e na sublinha «Globalização, Riscos e Políticas Sociais». A temática versou o estudo da problemática da infância e juventude e, no decurso da parte empírica, procedeu-se à análise da prática profissional dos Assistentes Sociais nas Comissões de Protecção de Crianças e Jovens (CPCJ) pertencentes à sub-região do Baixo Mondego do distrito de Coimbra. Deste modo, pretendeu-se entender a importância do trabalho dos Assistentes Sociais neste âmbito, uma vez que se tem verificado um constante arraso à prática quotidiana destes profissionais. Quando tudo decorre sem problemas e se conseguem resultados positivos nada se diz e nem sequer se valoriza, agora quando existem situações que correm menos bem, comenta-se logo e transporta-se de imediato para os meios de comunicação social, realidades, por vezes, muito «desfocadas». Sem realmente existir, à priori, um conhecimento da realidade e, em especial, valorizar o esforço e dedicação dos profissionais que ali trabalham, nomeadamente os de Serviço Social. Muitas vezes esquecemo-nos de que as CPCJ em Portugal são constituídas por equipas multidisciplinares, ou seja, constituídas por médicos, enfermeiros, psicólogos, sociólogos, …, em suma, um conjunto de técnicos de outras áreas do saber. Conclui-se que esta é uma área bastante complexa, onde o bom senso e a capacidade criativa são factores extremamente importantes. Ao nível do funcionamento das Comissões de Protecção de Crianças e Jovens, pensamos ser importante que se analise e se pensem em novos modos de actuar e fazer com que o sistema funcione com o objectivo último de promover os direitos das crianças e protegê-las de todos os perigos. É urgente que as Comissões trabalhem a sério, ou seja, num processo contínuo e sistemático com estas famílias, que as acompanhem a ultrapassar as suas dificuldades, não lhes dando o «peixe» mas «ensinando-as a pescar», a desenvolverem as suas potencialidades mais escondidas e a devolver a muitas destas crianças um sorriso. Muitas das dificuldades dos profissionais de Serviço Social, prendem-se com os factores externos, isto é, com os recursos da sociedade que nem sempre existem e/ou que não se dispõem a colaborar neste trabalho árduo com as famílias. Este é um trabalho necessário e urgente para o bem da sociedade, por isso todos temos o dever de colaborar para o bem da vida daqueles que serão os homens e mulheres do amanhã.

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Este trabalho pretendeu conhecer as caraterísticas sociodemográficas de crianças que viveram o divórcio dos seus progenitores, determinar o seu nível de stress, conhecer os seus problemas de comportamento e analisar sintomas depressivos. Para isso, analisaram-se os resultados de 40 crianças e adolescentes, entre os 11 e os 14 anos, na Escala de Stress Infantil (ESI, Lucarelli & Lipp, 1999), no Youth Self-Report (YSR, Achenbach, 1991, conforme citado por Fonseca & Monteiro, 1999) e no Children’s Depression Inventory (CDI, Kovacs, 1983, conforme citado por Simões, 1999). Os resultados demonstram que a maioria das crianças e jovens considera que a família tem uma boa qualidade de vida e que é capaz de se adaptar bem às dificuldades. Quanto ao grau de stress, tanto da família como a própria criança, é percecionado como baixo. Os jovens apresentam um valor baixo na autoavaliação de diversos problemas de comportamento apresentando um nível médio de depressão elevado. / The purpose of this study was to know the sociodemographic characteristics of children that experienced the divorce of their parents, to determinate their stress level, to know their behaviour problems and to analyse depressive symptoms. For that we analysed the results of 40 children and adolescents, between 11 and 14 years old, in Escala de Stress Infantil (ESI, Lucarelli & Lipp, 1999), in Youth Self-Report (YSR, Achenbach, 1991, as cited by Fonseca & Monteiro, 1999) and in Children’s Depression Inventory (CDI, Kovacs, 1983, as cited by Simões, 1999). The results demonstrate that the majority of children and young people consider that the family has a good quality of life and is able to adapt well to difficulties. The degree of stress, both by the family and the child itself is perceived as low. Young people have a low self-assessment of the various behaviour problems and have a higher average level of depression.

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No quadro da teoria da vinculação, é possível estabelecer relações de vinculação ao longo de toda a vida, sendo que, apesar dos jovens institucionalizados rejeitarem estabelecer novas relações de vinculação numa fase inicial, acabam por procurá-las, desde que essa figura desempenhe funções de cuidador responsivo, de modo estável e apoiante. Este estudo tem como objetivo principal perceber se as crianças e jovens acolhidos em Lares de Infância e Juventude (LIJ) estabelecem relações de vinculação com os cuidadores formais e compreender como essa relação foi construída. Foram utilizados os questionários Important People Interview (IPI; Kobak e Rosenthal, 2010) e Hierarquização das Figuras Significativas por Campos de Vida (HFSCV), criado para incluir os jovens que consideram não terem desenvolvido relações de vinculação com os cuidadores formais do LIJ. Foi, ainda, realizada uma entrevista semiestruturada. Apesar de usarmos uma metodologia quantitativa para análise dos resultados dos dois primeiros questionários, esta investigação prima sobretudo pela abordagem qualitativa, através do recurso à técnica de análise conteúdo das entrevistas. O estudo foi realizado no LIJ “Comunidade Juvenil de São Francisco de Assis”, localizado em Coimbra, contando com a participação de 16 jovens de ambos os géneros, com idades entre os 13 e os 19 anos (M=16; DP=1,8), com tempo de permanência no LIJ igual ou superior a 2 anos contínuos. Estes 16 jovens constituem a amostra total da investigação, sobre a qual incidiu a primeira parte do estudo (abordagem quantitativa), ao que se seguiu a segunda parte do estudo (abordagem qualitativa), que contou com a participação de uma subamostra de 11 jovens, pertencentes à amostra total. Os resultados sugerem que a maioria dos jovens estabeleceu relações de vinculação com os cuidadores formais do LIJ, sendo que a maioria das hierarquias das figuras de vinculação foram constituídas com base nos laços de familiaridade e na ligação afetiva com os seus cuidadores formais. Os jovens destacaram a compreensibilidade, confiabilidade e disponibilidade para o auxílio como sendo as características que determinaram a sua preferência em relação aos cuidadores formais do LIJ. Refira-se, ainda, que as situações que ativam a procura destas figuras estão relacionadas com a necessidade de apoio e proteção. O presente estudo sugere que é possível um LIJ promover relações semelhantes às desenvolvidas em meio familiar e atuar de forma reparadora ao nível das relações de vinculação. / In the attachment theory framework, one can establish attachment relationships throughout one's life. In the case of institutionalized youngsters, even though at first they seem to refuse new attachment relationships, these adolescents end up looking for them, if the person is perceived as a responsive, stable and supportive caregiver. The main goal of this study is to understand whether children and young people taken into Child and Youth Residential Care establish attachment relationships with formal caregivers and, if so, understand how that relationship is built. We have used the questionnaires Important People Interview (IPI; Kobak & Rosenthal, 2010) and Hierarquização das Figuras Significativas por Campos de Vida (HFSCV) (Hierarchization of Significant Figures by Life Fields), created to include the youngsters who consider not have developed attachment relations with Residential Care's formal caregivers. We have also conducted a semi-structured interview. Even though we used a quantitative methodology to process the results of the two inquiries, this research nevertheless privileges a qualitative approach, thorough the technique of analysis of interview content. The study was conducted at the “Comunidade Juvenil de São Francisco de Assis” residential care institution, in Coimbra, Portugal. It had the participation of 16 youngsters of both genders, with ages between 13 and 19 (M=16; DP=1,8), who had been staying at the home for two or more years, non-interrupted. These 16 adolescents are therefore the total sample for this study, and all of them were submitted to the first part (the quantitative approach) of the research. For the second part (the qualitative approach) we worked with a subsample of 11 youngsters, chosen from the initial sample of 16. Results suggest that most young people have indeed developed attachment relationships with residential care's formal caregivers, and most hierarchies of attachment figures were built based on familiarity and affection bonds with their formal caregivers. The subjects have highlighted understanding, trustworthiness and helpfulness as the features that best determine their preference regarding formal caregivers. We must note that the need for protection and support is what enables young people to look out for attachment figures the most. The current study suggests that it is possible for Child and Youth Residential Care to promote relationships similar to those developed in family environment and acts as repairing in what concerns attachment relationships.

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Objetivo. Este estudo reflete sobre o impacto das políticas neoliberais e a austeridade na vida das famílias e das suas crianças, no sistema de promoção e proteção de crianças e jovens em perigo e na prática profissional dos assistentes sociais que nele trabalham na defesa dos direitos devidos a essas crianças. Partiu-se da análise do enfraquecimento do estado social, para se perceber o desmonte das políticas públicas e as suas implicações na carreira profissional e nas condições de trabalho do assistente social. Assiste-se à transição de responsabilidades da esfera pública para a sociedade civil, no caso específico das políticas de proteção à infância. Participantes. Existindo necessidade de constituir uma amostra para a realização do estudo, optámos por uma amostra não-probabilística de informadores estratégicos. O critério de inclusão foi ser assistente social a desempenhar funções na CPCJ do distrito de Leiria. Com este critério responderam ao questionário 10 Assistentes Sociais, num total de 16 solicitações às CPCJ do distrito de Leiria. A recolha de informação através da aplicação dos inquéritos decorreu entre o mês de maio e junho de 2015. Material e métodos. A recolha de dados, para poder responder à questão em análise, foi feita com a aplicação de um inquérito por questionário online, com perguntas fechadas e abertas. Resultados. O Neoliberalismo atinge a prática profissional do assistente social, pela redução de recursos para o estudo diagnóstico das crianças e suas famílias e pela redução de técnicos superiores especializados na intervenção. Os Direitos das Crianças no sistema de promoção e proteção não se encontram devidamente asseverados, na medida em que estas comungam do sucessivo empobrecimento das suas famílias, sendo privadas da satisfação das necessidades básicas para o seu saudável desenvolvimento. Implicações. Os resultados deste estudo compelem a uma clara necessidade de lhe dar continuidade de âmbito nacional, para entender e melhorar as expressões do trabalho do assistente social desenvolvido com as crianças e suas famílias, no sistema de promoção e proteção. É necessário construir e consolidar uma manifestação de espírito crítico na classe profissional, no sentido de pugnar pelo projeto ético – político, bem como atribuir ao Serviço Social o estatuto de disciplina especializada. Nesta qualidade, a profissão deve participar na análise e na discussão das políticas para a infância, para assim colocar as necessidades das crianças, no centro das obrigações públicas. / Objective: This study concerns the impact of the neoliberal and austerity policies in the life of the families and their children, in the protection system of children and young people at risk and in the professional practice of the social workers, who work to defend the rights owed to those children. It started with the analysis of the weaknesses of the social state to understand the deconstruction of the public policies and the implications in the professional career and working conditions of the social worker. It can be noticed that there is a transition of responsibilities from the public sphere to the civil society in the specific case of the childhood protection policies. Participants: Due to the need to build a sample to perform the study, we chose a nonprobabilistic sample of strategic informers. The inclusion criterion was being a social worker performing duties in the CPCJs in the District of Leiria. 10 social workers answered the questionnaire with this criterion, out of a total of 16 requests to the CPCJs of the District of Leiria. The gathering of the information through the use of the questionnaires was done between the months of May and June 2015. Material and Methods: The gathering of data, to be able to answer the question under analysis, was done through the use of online questionnaires, with both open and closed questions. Results: The Neoliberalism affects the professional practice of the social worker, by reducing the resources, in the diagnostic study of the children and their families, by reducing specialized superior technicians in the intervention. The rights of the children in the protection system are not properly secure as they are affected by the continuous impoverishment of their families, being deprived of satisfying their basic needs, which are essential to their healthy development. Implications: The results of this study indicate a clear necessity to give it some continuity at a national level, to understand and improve the expressions of the social worker’s job being developed with the children and their families, in the promotion and protection system. It is necessary to build and consolidate some form of critical mind in the professional class, as to fight for the ethical-political project, as well as to give to the social service the statute of specialized discipline. Therefore, the profession should participate in the analysis and discussion of the policies concerning the childhood, being then able to place the needs of the children, in the centre of the public obligations.

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A presente dissertação de mestrado tem como objectivo analisar como o princípio do interesse superior, no actual Sistema de Protecção de Crianças e Jovens em Perigo, contribui para a promoção dos seus direitos. Para tal, procurou-se analisar a aplicação da medida legal de regime de colocação em instituição e a sua ligação com os princípios orientadores da intervenção, bem como compreender como esses princípios são operacionalizados nos processos de promoção dos direitos e protecção das crianças e jovens em perigo. O estudo foi desenvolvido com base em informação recolhida em cinco casos, em que foram aplicadas medidas de Acolhimento em instituição e arquivados na Comissão de Protecção de Crianças e Jovens (CPCJ) de Coimbra, a partir de informação fornecida pelos técnicos, primeiro através do preenchimento de uma grelha de registo dos tópicos essenciais de cada um dos casos, depois através de entrevistas realizadas com esses mesmos técnicos. O modelo de entrevista utilizado foi de natureza semi-estruturada de forma a permitir aos entrevistados darem respostas livres e expontâneas. Estas técnicas de recolha de dados permitiram perceber como os técnicos da CPCJ actuaram nos processos em causa e detalhar o desenvolvimento cronológico desses processos de promoção dos direitos e protecção das crianças e jovens em perigo. A análise da informação permitiu concluir, pela debilidade da utilização de alguns dos princípios orientadores da intervenção, que o princípio do interesse superior não está a ser utilizado de forma a garantir o bem-estar e o desenvolvimento integral das crianças e dos jovens. Este facto transparece na manutenção das situações de perigo durante o desenrolar dos processos, na dificuldade em encontrar em tempo útil medidas protectivas adequadas às situações e na falta de elementos essenciais para a estruturação desses mesmos processos.

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A presente dissertação – A Institucionalização no Feminino: que repercussões na Reintegração (Trajectórias de vida e dimensão dos factores de (des) protecção na transmissão intergeracional das jovens que saíram da CIJE de Castelo Branco no período de 1995-2000) – foi realizada no âmbito do VI Curso de Mestrado em Serviço Social. O objecto desta dissertação centrou-se na análise das trajectórias de vida de mulheres adultas que durante a sua infância estiveram internadas na Instituição Casa de Infância e Juventude de Castelo Branco e cuja desinstitucionalização ocorreu no período de 1995 a 2000, considerando como critério a residência das jovens no Distrito de Castelo Branco. Para a prossecução desta investigação, adoptou-se uma metodologia qualitativa. Recorreu-se à análise documental e a entrevistas semi-directivas efectuadas a nove jovens. Com esta investigação pretendeu-se estudar as trajectórias para a obtenção de dados sobre a experiência de vida, o seu processo de autonomização e de que forma a medida de institucionalização se reproduziu nos descendentes, e se estes constam igualmente das crianças e jovens com medida de protecção, nomeadamente de acolhimento institucional. Relativamente aos objectivos, pretendemos: analisar o percurso de vida das jovens com medida de acolhimento institucional; identificar a avaliação das jovens sobre o seu processo de internamento e a experiência de vida; identificar a forma como estas jovens se relacionam com a percepção do conceito formal da lei de “Perigo”; analisar a autonomia de vida face à família, à inserção profissional e eventual ligação face aos sistemas de protecção social; e analisar a situação e as expectativas face às jovens sem filhos. Dos resultados obtidos na presente investigação, podemos concluir que, após a medida de internamento, a maioria das jovens integrou a família de origem. Algumas valorizam este regresso, ressalvando as dificuldades de adaptação à sua família, e à própria comunidade. A maioria das jovens constituíram agregado próprio, revelando capacidades parentais na educação dos seus filhos, e proporcionando-lhes uma infância segura e feliz, assegurando de forma responsável as suas necessidades tendo em vista a sua segurança, saúde, formação, educação e desenvolvimento.

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Introdução: Uma relação de vinculação segura implica a presença de um modelo representacional das figuras de vinculação como “disponíveis” e capazes de proporcionar protecção e que a qualidade dos cuidados parentais precoce é fundamental a determinar a saúde mental dos indivíduos. Se esta relação assume um enorme relevância para a saúde mental de qualquer ser humano, a institucionalização de crianças/jovens, envolvendo ameaças em termos da disponibilidade das figuras de vinculação constitui uma condição propícia para atrasos de desenvolvimento e aumento da probabilidade do desenvolvimento de sintomatologia psicopatológica. Os objectivos deste estudo passam, então, por analisar as diferenças na vinculação, mas também na auto-estima, de jovens institucionalizados vs nãoinstitucionalizados. Metodologia: A nossa amostra é constituída por 223 jovens nãoinstitucionalizados de duas escolas do Concelho de Coimbra (média de idades M=15.3; desvio-padrão, DP=1.97) e 47 jovens institucionalizados (M=15.5 DP=1.93). Tanto os jovens institucionalizados como não-institucionalizados preencheram um questionário com questões sóciodemográficas, relacionais, escolares, de saúde e bem-estar (com pequenas particularidades em algumas variáveis conforme a sub-amostra), o Inventory of Parent Attachment (IPPA) e a Rosenberg Self-Esteem Scale (RSES). A sub-amostra de jovens institucionalizados respondeu ainda a questões sobre a sua adaptação/vivência ao/no Lar. Resultados: Os rapazes da amostra não institucionalizada apresentam uma pontuação média mais elevada de auto-estima vs. raparigas. Nos jovens institucionalizados não foram encontradas diferenças de género a este nível. Não existem diferenças de género, em ambas as sub-amostras, na pontuação total do IPPA e suas dimensões. Os rapazes nãoinstitucionalizados vs. institucionalizados não divergem na pontuação média total de autoestima. O mesmo sucede com as raparigas. Ambas as sub-amostras não divergem na pontuação média total do IPPA e suas dimensões. Na amostra não-institucionalizada quer nos rapazes, quer nas raparigas não existem diferenças na pontuação total média na RSES, entre os jovens mais novos vs. mais velhos. Na amostra institucionalizada também não se verificam diferenças na pontuação total na RSES por idades. Nos jovens não institucionalizados foram encontradas diferenças na pontuação total média no IPPA (e suas dimensões, à excepção da Alienação), por idade, com os mais novos a apresentarem sempre valores médios mais elevados. Na amostra institucionalizada estas diferenças não se verificaram. Nos rapazes e raparigas da amostra não-institucionalizada verificaram-se associações significativas entre a pontuação na RSES e no IPPA e em todas as suas dimensões. O mesmo se verificou na subamostra institucionalizada. Não existe uma associação significativa entre a pertença a dada sub-amostra e a pertença ao grupo “pouco seguro” vs. “muito seguro”. Apesar de outras associações terem sido encontradas, importa reforçar as associações significativas entre a pontuação na auto-estima e na vinculação total e suas dimensões (quer nos rapazes e raparigas não-institucionalizados, como na amostra institucionalizada) e variáveis como a sintomatologia depressiva, a sintomatologia ansiosa e algumas variáveis relacionais. Discussão/Conclusão: De um modo geral parecem não existir diferenças entre jovens nãoinstitucionalizados vs. institucionalizados em termos de vinculação e de auto-estima. Porém, a uma vinculação insegura e uma menor auto-estima associam-se piores outcomes (e.g. sintomatologia depressiva) em ambas as amostras. Os profissionais trabalhando com adolescentes não-institucionalizados ou institucionalizados devem preocupar-se em avaliar a sua auto-estima e vinculação, procurando, eventualmente, nelas intervir terapeuticamente. / Introduction: It is well kown that a secure attachment relation implies the presence of representational model of the attachment figures as being available and able to provide protection and that the quality of earlier parental care is crucial in determining subjects mental health and there developmental trajectories. If this relation assumes such a big relevance to the mental health of any human being, the institutionalization of children/adolescents, even when truly needed, involving threats in terms of the availability of attachment figures constitutes a condition that might lead to developmental delays and might increase the probability of psychopathological sintomatology developing. The aims of this study are, then, to analyze if there are attachment differences and, also, in self-esteem, between a sub-sample of non-institutionalized and institutionalized adolescents. Methodology: Our sample comprises 223 adolescents non-institutionalized from two schools of Coimbra Council (mean age, M=15.3; standard deviation, SD=1.97) and 47 institutionalized adolescents (M=15.5 SD=1.93). Both sub-samples filled in a questionnaire with sociodemographic, relational, about school, health and well-being questions (with small particularities in some variables, regarding each sub-sample), the Inventory of Parent Attachment (IPPA) and the Rosenberg Self-Esteem Scale (RSES). Institutionalized adolescents also answered questions about the adaptation/life to/in the institution. Results: Boys from the non-institutionalized sub-sample present an higher self-esteem mean score vs. girls. We did not find significant gender differences in self-esteem mean score in the subsample of institutionalized adolescents. There are no gender differences, in both sub-samples, in IPPA (and all its dimensions) total score. Non-institutionalized boys vs. institutionalized boys do not differ in their self-esteem mean score. The same is valid for girls. Both subsamples do not differ in their IPPA (and all its dimensions) mean score. In the noninstitutionalized sample, either in boys, either in girls there are no differences regarding total RSES mean score, between younger (12-15 years old) and older (16-20 years old) adolescents. In the institutionalized sample there were also no differences regarding this score, by age groups. In the non-institutionalized sub-sample we found differences in IPPA total mean score (an in all its dimensions, with the exception of Alienation), by age, with younger adolescents presenting always higher mean scores. In the institutionalized sample there were no differences. Both in boys and girls from the non-institutionalized sample there were significant associations between RSES score and IPPA (and all its dimensions) score. The same result was found in the total institutionalized sample. Although other significant associations were found, we must reinforce the presence of significant associations between self-esteem score and IPPA total score (and of its dimensions) (either in boys and girls noninstitutionalized, either in the institutionalized sub-sample) and variables such as lifetime and depressive symptomatology in the last two weeks, anxious symptomatology in the last two weeks and some relational variables. Discussion/Conclusion: In general, we did not found significant differences between non-institutionalized vs. institutionalized adolescents in terms of attachment and self-esteem. However, a secure attachment and a lower self-esteem are associated with worst outcomes (e.g. depressive symptomatology) in both samples. Professionals working with adolescents, either or not institutionalized must assess their selfesteem and attachment and might, eventually, intervene on these aspects therapeutically.

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A qualidade da vinculação é fundamental para o desenvolvimento das crianças e adolescentes e tem uma enorme importância tanto a nível social como a nível emocional O presente estudo teve como objetivo averiguar a associação entre a qualidade da vinculação e os comportamentos sociais entre adolescentes institucionalizados que constituíram a sua amostra (34 jovens, de ambos os sexos e com idades compreendidas entre os 11 e os 18 anos). O protocolo de investigação incluiu um questionário sociodemográfico e a versão portuguesa do Inventory of parent and peer attachment (IPPA, Armsden & Greenberg, 1987). Os resultados dão conta da perceção normativa dos comportamentos sociais, a despeito de se tratar de uma população de adolescentes institucionalizados. Relativamente à qualidade da vinculação, este estudo dá conta que, apesar da aparente instabilidade da retaguarda familiar, uma parte destes adolescentes tem, ainda assim, a perceção de uma vinculação segura aos pais. / The quality of attachment is essential for the healthy development of children and adolescents, both socially and emotionally. The goal of this study was to analyze the eventual association between the quality of attachment and social behaviors among the institutionalized adolescents in study (34 adolescents from both genders aged 11 to 18 years-old). The research protocol included a social-demographic questionnaire and the Portuguese language version of "Inventory of parent and peer attachment (IPPA, Armsden & Greenberg, 1987). The results show that the perception of social behavior among these adolescents is normative, despite their institutionalization. In what relates to attachment data shows that, regardless of the apparent disorganization of the familial background, these adolescents have the perception of a secure attachment to their parents.