5 resultados para Beck Anxiety Inventory
em REPOSITÓRIO ABERTO do Instituto Superior Miguel Torga - Portugal
Resumo:
O termo parentalidade tem evoluído com os estudos que foram sendo desenvolvidos na área, na sua maioria pretendem compreender como as crianças percecionam as competências parentais dos seus progenitores e qual o comportamento da criança em função do estilo educativo exercido. Para avaliar e analisar a parentalidade é necessário conhecer a comunidade onde se insere a família, sendo já amplamente discutida a influência do meio e contexto no comportamento e na perceção que temos de nós e do outro. O presente estudo propôs-se a entender quais os fatores sociodemográficos e comportamentais que podem condicionar o exercício das competências parentais. Constitui-se como um estudo descritivo-correlacional, com uma amostra não probabilística aleatória por conveniência, com 62 pais de crianças com idade compreendidas entre os 6 e os 11 anos e frequentam o 1º Ciclo do Ensino Básico no Distrito de Leiria. Para responder ao objetivo inicial foram utilizados os seguintes instrumentos: para a perceção das competências parentais recorreu-se às escalas EMBU-P e EMBU-C, para avaliar a ansiedade nos pais foi aplicado o Inventário de Ansiedade de Beck (IAB) e finalmente, o questionário sociodemográfico que pretendia identificar características da amostra (residência, idades, empregabilidade, escolaridade, frequência de ATL, rotinas familiares). Os resultados obtidos evidenciam que os pais percecionam fornecer um elevado suporte emocional aos filhos, que é coincidente com o sentido pelas crianças. Sendo de destacar que quando os pais exercem uma tentativa de controlo ou rejeição, o seu índice de ansiedade tendem a aumentar antevendo uma relação entre ambas as variáveis. Outro resultado com relevância estatística significativa é a relação entre a perceção da sua competência parental e o número de filhos que têm. Destaca-se, ainda, que existem dados sociodemográficos que apresenta uma relação estatisticamente significativa com o exercício da competência parental, como o rendimento mensal do agregado, a existência de irmãos e a subescala de tentativa de controlo. / The term parenting has evolved along with the studies in this field, and most of them aim to understand how children perceive their parents’ parenting skills as well as the child's behaviour depending on the style of education. To evaluate and analyse parenting it is also necessary to know the community, as we are aware of the influence of the environment on the behaviour and perception of ourselves and the people next to us. This study aims to understand which sociodemographic and behavioural factors might influence the performance of parenting skills. It is a descriptive-correlational study with a non-probabilistic sample, randomly chosen, with 62 parents, whose children are not only aged 6-11 years but also attending the primary school in the District of Leiria. In order to respond to the initial goal we used the following instruments: the scales EMBU-P and EMBU-C were used to perceive parenting skills, Beck’s Anxiety Inventory (BAI) was used to assess parents’ anxiety, and finally, the sociodemographic questionnaire was used to identify the characteristics of the sample (residence, ages, employment, education, ATL (after-school activities), family routines). The results show that parents believe they provide a high emotional support to their children, which is coincident with the children’s opinion. It is also important to mention that whenever parents attempt to control or reject, their level of anxiety tends to increase, foreseeing a relationship between both variables. Another result presenting significant statistic relevance is the correlation between parents’ perception of their parental competence and the number of children they have. Finally, it is worth mentioning that there are sociodemographic data that show a statistically significant correlation with parental competence, such as the monthly income of the household, the existence of siblings and the control subscale.
Resumo:
A literatura realça a importância do impacto do comportamento parental no desenvolvimento de ansiedade em crianças e adolescentes. Dado a pertinência do tema, o foco do presente estudo visa analisar o papel que a perceção dos adolescentes sobre os estilos educativos parentais tem sobre a manifestação de sintomatologia ansiosa. A amostra desta investigação envolveu 136 adolescentes do 3º ciclo do ensino básico, 48 rapazes e 88 raparigas com idades compreendidas entre os 12 e os 15 anos, com uma média de idades de 13,2 anos, recolhida no Colégio São Martinho em Coimbra. O protocolo de investigação incluiu os seguintes instrumentos de colheita de dados: Questionário Sociodemográfico, State-Trait Anxiety Inventory for Children (STAIC) e EMBU-A. Os resultados do estudo sugerem que os adolescentes mais velhos manifestam maior sintomatologia ansiosa, estatisticamente significativa ao nível da ansiedade-estado. No que respeita ao desempenho académico, são os adolescentes com elevado insucesso escolar que exteriorizam mais ansiedade-traço. Porém, não foram encontradas diferenças significativas na manifestação da ansiedade dos adolescentes em função das variáveis género, posição na fratria e habilitações literárias dos pais. Por seu lado, em relação aos estilos educativos parentais, os jovens que têm maior insucesso escolar percecionam níveis elevados de sobreproteção da mãe, e de rejeição do pai e da mãe. Os adolescentes que têm um pai com mais baixo nível de escolaridade percecionam maior rejeição materna, e são os filhos de mães com menos habilitações literárias que sentem maior sobreproteção da mãe e rejeição do pai. Verificou-se, em particular, uma associação significativa entre a rejeição paterna e níveis mais elevados de sintomatologia ansiosa. O modelo preditivo avançado no estudo confirma que a rejeição paterna, em conjunto com a idade do adolescente, são bons preditores da sintomatologia ansiosa. Especificamente, a rejeição paterna é evidenciada como o melhor preditor da sintomatologia ansiosa, sendo o principal responsável pela manifestação de ansiedade nos adolescentes. Os resultados sugerem que a rejeição do pai desencadeia níveis elevados de sintomatologia ansiosa. Assim, este estudo permite concluir que a rejeição paterna é o estilo educativo parental que exerce maior influência na manifestação de ansiedade nos adolescentes. / The literature highlights the importance of the impact of parental behavior on the development of anxiety in children and adolescents. Given the relevance of the topic, the focus of this study is to analyze the role that the adolescents’ perception about parental rearing styles have on the manifestation of anxiety symptoms. The sample of this research involved 136 adolescents from the 3rd cycle of basic education, 48 boys and 88 girls aged between 12 and 15 years, with a mean age of 13,2 years, gathered in Colégio São Martinho in Coimbra. The investigation protocol included the following data collection instruments: Sociodemographic Questionnaire, State-Trait Anxiety Inventory for Children (STAIC) and the EMBU-A. The results of the study suggest that older adolescents show greater anxiety symptoms, statistically significant at the level of state anxiety. With regard to academic performance, are adolescents with high failure rates that externalize more trait anxiety. However, there were significant differences in the manifestation of anxiety in adolescents function of the variables gender, sibling position and educational background of the parents. For its part, in relation to parental rearing styles, young people who have higher academic failure perceive high levels of overprotection of the mother, and rejection of father and mother. Adolescents who have a father with the lowest educational level perceive greater maternal rejection, and are the children of mothers with less qualification who feel greater overprotection of the mother and father's rejection. There was, in particular, a significant association between paternal rejection and higher levels of anxiety symptoms. The predictive model advanced in the study confirms that parental rejection, together with the adolescents’ age, are good predictors of anxiety symptoms. Specifically, parental rejection is evidenced as the best predictor of anxiety symptoms, being primarily responsible for the manifestation of anxiety in adolescents. The results suggest that the father rejection triggers high levels of anxiety symptoms. Thus, this study shows that rejection is the paternal parental rearing style that has more influence on the manifestation of anxiety in adolescents.
Resumo:
Introdução: Muitos estudos sobre o envelhecimento, mais especificamente, sobre o declínio cognitivo, enfatizam que uma das funções mentais prejudicadas é a atenção. Também tem sido apontada uma clara associação entre o declínio e a ansiedade e os sintomas de depressão. A associação entre declínio e as variáveis demográficas tem sido encontrada, em particular, uma correlação significativa com a idade. Pretendemos explorar as associações entre a atenção seletiva avaliada pelo Teste de Stroop (Stroop Respostas Corretas_ Leitura, Stroop Respostas Corretas_Cor, Diferença entre Stroop Respostas Corretas_Leitura e Stroop Repostas Corretas_Cor, Stroop Rácio Leitura: divisão das respostas corretas pelo tempo; Stroop Rácio Cor: divisão das respostas corretas pelo tempo e Diferença entre Stroop Rácio Leitura e Stroop Rácio Cor) e o declínio cognitivo avaliado pelo MoCA (como uma variável estratificada por idade e escolaridade e dicotomizada, e como variável contínua), numa amostra de idosos institucionalizados. No caso de obtermos resultados significativos pretende-se verificar o valor preditivo dos resultados obtidos com o teste Stroop (seis variáveis) para o declínio cognitivo (MoCA dicotomizado: ausência/presença de declínio cognitivo), controlando a ansiedade e os sintomas de depressão e as variáveis sociodemográficas, caso encontremos associações significativas entre estas variáveis e declínio cognitivo. Metodologia: A amostra incluiu 140 idosos (média de idades, M = 78,4; Desvio-padrão, DP = 7,48; variação = 60 - 97) sob resposta social em instituições do Distrito de Coimbra que aceitaram responder voluntariamente ou cujos cuidadores concederam o consentimento a uma bateria de testes (incluindo questões sociodemográficas, o MoCA, o Geriatric Anxiety Inventory/GAI, a Geriatric Depression Scale/GDS e o teste de Stroop). Resultados: Da nossa amostra, 52 idosos (37, 1%) apresentam declínio cognitivo versus 88 (62, 9%) que não o apresentam. No que diz respeito às seis variáveis Stroop, o Stroop Respostas Corretas_Leitura apresentou uma média/M = 82, 2 (DP = 32, 47), o Stroop Respostas Corretas_Cor uma M de = 31, 2 (DP = 27, 88), a Diferença entre Stroop Respostas Corretas_Leitura e Stroop Repostas Corretas_Cor uma M de = 50, 34 (DP = 31, 60), o Stroop Rácio_Leitura uma M de = 0, 69 (DP = 0, 27) e o Stroop Rácio_Cor uma M de 0, 26 (DP = 0, 23), a diferença entre Stroop Rácio_Leitura e Stroop Rácio_Cor uma M de = 0, 43 (DP = 0, 26). O MoCA dicotomizado encontrou-se associado ao Stroop Respostas Corretas_Leitura, Stroop Respostas Corretas_Cor, Stroop Rácio_Leitura e Stroop Rácio_Cor. Mostrou-se, também, associado ao GDS e revelou uma associação estatisticamente significativa com a variável sociodemográfica escolaridade×profissão. A idade e escolaridade não foram testadas, uma vez que estratificámos a variável MoCA de acordo com a idade e a escolaridade. O GDS, o Stroop Rácio_Leitura e o Stroop Rácio_Cor mostraram-se preditoras de declínio cognitivo, na regressão logística realizada. Conclusão/Discussão: Mesmo que apenas transversalmente, os resultados confirmam a literatura, uma vez que se verificou associação entre Stroop Respostas Corretas_Leitura, o Stroop Respostas Corretas_Cor, o Stroop Rácio_Leitura e o Stroop Rácio_Cor e o declínio cognitivo, ou seja, confirmou-se que a atenção seletiva é menor quando o idoso revela declínio cognitivo. Embora não se tenha verificado associação entre o MoCA dicotomizado e as diferenças calculadas entre as Respostas Corretas (Stroop Respostas Corretas_Leitura e Stroop Respostas Corretas_Cor) e os Rácios (Stroop Rácio_Leitura e Stroop Rácio_Cor), corroborámos a associação com o GDS. As análises preditivas confirmaram o papel preditivo da atenção seletiva e da sintomatologia depressiva para a presença de declínio cognitivo. Será relevante intervir junto da população idosa, através de reabilitação cognitiva, para melhorar a sua habilidade atencional (atenção seletiva) e, assim, eventualmente reduzir a sintomatologia depressiva e ansiosa e retardar o declínio cognitivo.
Resumo:
Introdução: Os sintomas neuropsiquiátricos (SNP) afetam a maioria das pessoas que sofrem de Declínio Cognitivo e da doença de Alzheimer (DA). O nosso principal objetivo passa por relatar a prevalência dos SNP avaliados através do Neuropsychiatric Inventory Questionnaire (NPI-Q) numa amostra de idosos recolhida em instituições do Concelho de Coimbra. o nosso principal objetivo passa por relatar a prevalência e gravidade dos sintomas neuropsiquiátricos avaliados através do NPI-Q, numa amostra de idosos recolhida em instituições do Concelho de Coimbra. Estudaremos também a título exploratório a prevalência e gravidade do declínio cognitivo, bem como a gravidade dos sintomas depressivos e dos sintomas ansiosos. Pretendemos, ainda, verificar se existem associações estatisticamente significativas entre a gravidade e grau de perturbação associado aos SNP (tal como avaliados pelos cuidadores formais) (NPI-Q)e o declínio cognitivo (avaliado com o MoCA, administrado junto dos idosos). É igualmente nosso objectivo averiguar se existem correlações estatisticamente significativas entre a sintomatologia depressiva (GDS) / a ansiosa (GAI) avaliado junto dos idosos e as variáveis avaliadas junto dos cuidadores formais . — . a gravidade e o grau de perturbação associados aos SPN . — ., assim como verificar se existem correlações estatisticamente significativas entre o declínio cognitivo (MoCA) e as sintomatologias depressiva e ansiosa. Queremos igualmente observar se existem eventuais associações entre as variáveis gravidade e grau de perturbação (NPI-Q) e as variáveis sociodemográficas em estudo. Na medida em que a literatura refere associações significativas entre o declínio cognitivo, a sintomatologia depressiva e ansiosa e as diferentes variáveis sociodemográficas, pretendemos explorar se estas associações estão presentes na nossa amostra. Não deixaremos de explorar também eventuais associações entre as variáveis sociodemográficas e os diferentes SNP(item por item) e por fim pretendemos constatar se na nossa amostra temos associações estatisticamente significativas entre cada item do NPI-Q e as pontuações do MoCA, GDS e GAI. Metodologia: A amostra incluiu 40 idosos(média de idades, M = 79,80; Desvio-padrão, DP = 6,42; variação = 67-90) sob resposta social em instituições do Concelho de Coimbra que aceitaram responder voluntariamente ou cujos cuidadores concederam o consentimento a uma bateria de teste(incluindo questões sociodemográficas, o MoCA, o Geriatric Anxiety Inventory/GAI, a Geriatric Depression Scale/GDS e o NPI-Q. Resultados: Os SNP mais prevalentes foram a Ansiedade (30%) e a Irritabilidade/Labilidade (27,5%). Não se verificaram associações estatisticamente significativas entre a gravidade dos SNP e grau de perturbação associado (NPI-Q) e o declínio cognitivo nos idosos (MoCA). Não se encontraram associações estatisticamente significativas entre a gravidade dos sintomas o grau de perturbação dos mesmos (NPI-Q) e as variáveis sociodemográficas, nem entre a sintomatologia depressiva e ansiosa e a gravidade e grau de perturbação associado aos SNP. As mulheres idosas manifestavam maior sintomatologia ansiosa face aos homens; bem como os idosos que se encontram na valência de Centro de dia manifestavam maior sintomatologia ansiosa do que os idosos residindo em Centro de noite/Lar de idosos. Os idosos que não frequentaram a escola apresentavam um valor inferior no MoCA por comparação com os que frequentaram a escola.Discussão/Conclusão: Ao contrário do esperado, não se observou uma associação entre a gravidade e grau de perturbação associados aos SNP avaliados junto dos cuidadores formais e o declínio cognitivo, avaliado junto dos idosos. Entre os motivos possíveis para este facto salientamos o tamanho reduzido da amostra e o facto dos SNP terem sido avaliados por funcionários da instituição que podiam ou não possuir a formação necessária para os avaliar, ou não os conhecer há tempo suficiente, ou ainda não estar em contacto directo com os idosos. Outro dado relevante foi a ausência de associações significativas entre a gravidade/grau de perturbação associado aos SNP, a sintomatologia depressiva/ansiosa e as variáveis sociodemográficas. Importa, em estudos futuros, com uma amostra maior, verificar se os resultados se mantêm e comparar os obtidos quando o NPI-Q é respondido por clínicos, familiares e auxiliares dos idosos.
Resumo:
No presente trabalho, estudamos a Ansiedade aos Testes, entre a população estudantil adolescente. Queremos estudá-la enquanto traço comum da Perturbação de Ansiedade Social; simultaneamente, desejamos captar o papel desempenhado por outras variáveis psicológicas, como o auto-criticismo, e as competências de aceitação e consciência de si (minfulness). A amostra do estudo consiste em 449 estudantes de uma escola secundária de Coimbra, que responderam a um conjunto de 5 questionários. Adoptámos como medidas da ansiedade aos testes a versão portuguesa do Test Anxiety Inventory (TAI) (Ponciano, 1980) e a Escala de Cognições e Comportamentos na Ansiedade aos Exames (ECCAE) (Pinto-Gouveia, Melo e Pereira, 2005); da Ansiedade Social a EAESSA (Escala de Ansiedade e Evitamento de Situações Sociais para Adolescentes – Cunha, Pinto-Gouveia e Salvador, 2002); como medida da auto-complacência e consciência de si a versão portuguesa ad hoc da CAMM (Child Acceptance and Mindfulness Measure - Greco, Smith & Baer, 2008); do auto-criticismo a adaptação portuguesa do FRSC (Forms of Self-Criticizing/Attacking and Self-Reassuring Scale, Gilbert et al., 2004, Castilho e Pinto-Gouveia, 2005). De maneira geral, os resultados desta investigação coadunam-se com a literatura, no que diz respeito ao efeito de género e da preponderância do componente cognitivo na ansiedade face aos exames (frequência de cognições ansiosas); por outro lado, indicam que determinados construtos psicológicos, como o auto-criticismo (selfcriticism) e as competências de aceitação e consciência de si (acceptance e mindfulness), se encontram associadas à ansiedade aos exames. Os estudos futuros devem esclarecer a arquitectura funcional desta relação.