2 resultados para Auto-organização dos Estados-membros
em REPOSITÓRIO ABERTO do Instituto Superior Miguel Torga - Portugal
Resumo:
O principal objectivo do presente estudo é perceber de que forma a auto – compaixão se relaciona com o auto – criticismo e sintomas psicopatológicos, mais concretamente, a ansiedade, a depressão e o stress na adolescência. Paralelamente pretendeu-se testar a aplicação da escala de auto – compaixão a uma amostra de adolescentes pelo que se procedeu à sua adaptação e estudo das qualidades psicométricas a este período desenvolvimental específico. Fizeram parte da amostra 130 rapazes e 48 raparigas, com uma média de idades de 16.92 anos (DP=1.40) e uma média de anos de escolaridade de 9.99 (DP=1.67). No estudo apresentado foram utilizados os seguintes instrumentos: a Escala de Auto – Compaixão (SCS), a Escala de Ansiedade Depressão e Stress (EADS-21), e a Escala das Formas de Auto – Criticismo e de Auto – Tranquilização (FSCRS). A escala de auto – compaixão mostrou uma boa consistência interna e uma boa estabilidade temporal. Os resultados indicaram que os rapazes apresentam níveis de auto – compaixão significativamente mais elevados que as raparigas. Em ambos os sexos foram observadas correlações no sentido esperado entre a auto – compaixão e os estados emocionais negativos, o auto – criticismo e a auto – tranquilização. Por outras palavras, quanto maior o nível de auto – compaixão do adolescente, menor sintomatologia depressiva, ansiosa e associada ao stress apresenta, bem como menor é o seu auto – criticismo. Em contraste, quanto maior a auto – compaixão, maior a capacidade de se auto – tranquilizar. Conclusão: Partindo da investigação disponível em adultos, o contribuo do presente estudo consistiu em alargar para adolescentes não só a avaliação da auto-compaixão, como também a sua associação às variáveis em estudo. Assim, os resultados sugerem que nos adolescentes, a auto-compaixão pode diminuir a sua vulnerabilidade aos estados emocionais negativos traduzidos, quer por sintomas de ansiedade, depressão e de stress, quer pela adopção de um estilo auto-crítico exacerbado e disfuncional. / The main objective of this study is to understand how self - compassion is related to the self - criticism and psychopathological symptoms, specifically, anxiety, depression and stress in adolescence. At the same time we sought to test the application of the scale of self-pity to a sample of adolescents and it is carried to its adaptation and psychometric study of this specific developmental period. The sample included 130 boys and 48 girls with a mean age of 16.92 years (SD = 1.40) and average years of schooling was 9.99 (SD = 1.67). In the present study we used the following instruments: the Self - Compassion (SCS), Depression, Anxiety and Stress Scale (DASS), and the Forms of Self – Criticizing/Attacking and Self – Reassuring Scale (FSCRS). The scale of self- compassion showed good internal consistency and good temporal stability. The results indicated that the boys present levels of self - compassion significantly higher than girls. In both sexes were observed in the expected correlations between self-pity and negative emotional states, self-criticism and self-reassurance. In other words, the higher the level of adolescent self-pity, less depressive symptoms, anxiety and stress associated with the present as well as lower your self-criticism. In contrast, the larger the self-compassion, the greater the ability to self-reassuring. Conclusion: Based on the available research in adults, I contribute to this study was to extend to adolescents not only the assessment of self- compassion, as well as their association with variables. Thus, the results suggest that in adolescents, self- compassion can reduce their vulnerability to negative emotional states translated, either by symptoms of anxiety, depression and stress, either by adopting a self-critical style exaggerated and dysfunctional.
Resumo:
Objetivos: A literatura científica tem mostrado que as experiências precoces na infância, nomeadamente as relacionadas com sentimentos de ameaça ou de segurança desempenham um papel fundamental no desenvolvimento emocional e social posterior. O presente estudo apresenta os seguintes objetivos: 1) Adequar e analisar as propriedades psicométricas da escala de memórias precoces de calor e segurança (EMWSS) à população de adolescentes, garantindo, uma medida confiável do constructo em estudo; 2) Examinar o impacto das memórias precoces de calor e segurança nos estilos de vinculação; 3) Explorar a relação entre as memórias positivas precoces e indicadores de desajustamento psicológico (sintomas de depressão, ansiedade e stress). Método: A amostra é constituída por 651 adolescentes (330 rapazes e 321 raparigas) com idades compreendidas entre os 12 e os 19 anos a frequentarem o ensino básico e secundário do ensino regular. Foram completados 3 instrumentos de auto - resposta que avaliaram as memórias precoces de calor e segurança (EMWSS), vinculação (AQ) e sintomas de ansiedade, depressão e stress (DASS-21). Resultados: A EMWSS evidenciou uma boa consistência interna, uma estrutura fatorial unidimensional, uma excelente estabilidade temporal e uma boa validade discriminante. As memórias precoces de calor e segurança mostraram uma correlação moderada negativa com os sintomas de ansiedade, depressão e stress e uma adequada validade discriminante relativamente à qualidade de vinculação. Os adolescentes classificados com o estilo de vinculação segura evidenciaram significativamente mais memórias positivas de infância, que os jovens com um estilo de vinculação insegura (ambivalente ou evitamento). Conclusões: À semelhança dos estudos realizados com adultos, a EMWSS parece ser uma escala útil na prática clínica com adolescentes, revelando excelentes características Memórias Positivas Precoces, Estilos de Vinculação e Estados Emocionais Negativos 6 psicométricas. Este estudo mostrou igualmente como as memórias emocionais precoces (de calor e segurança) diferem em função da qualidade de vinculação (segura/insegura).