20 resultados para institucionalizados
Resumo:
Este estudo integra-se no coorte I de um Projecto de Investigação baseado na população, denominado “ Trajectórias do Envelhecimento de Idosos em Resposta Social: Estudos dos factores Preditivos do Envelhecimento Saudável e da Demência. O principal objectivo deste estudo é verificar e descrever se existe relação entre a satisfação com a vida e os recursos sociais reais e os percepcionados pelos idosos institucionalizados do concelho de Coimbra. Como objectivos específicos propusemonos avaliar: a relação entre os recursos sociais reais e os percepcionados pelos idosos; a relação entre os recursos sociais reais e os percepcionados pelos informantes; conhecer a avaliação dos recursos sociais dos idosos avaliados pelo OARS; conhecer a satisfação com a vida dos idosos avaliados pelo SWLS; e finalmente avaliar a correlação entre o SWLS e o OARS. Foram avaliados 45 idosos com idades compreendidas entre os 65 e os 95 anos que se encontram em resposta social (lar e centro de dia). Na colheita de dados utilizámos o SWLS, (Satisfaction with Life Scale) e o OARS (Olders Americans Research and Services). A população idosa do nosso estudo revela na sua maioria estar insatisfeita com a vida e com limitações ao nível da saúde física, mental e no desempenho das actividades diárias. Verificámos no entanto, que não existe relação entre a satisfação com a vida e os recursos sociais, económicos, mentais e físicos, sendo que estes se correlacionam entre si. Este estudo possibilitou que se fizesse uma análise crítica acerca da institucionalização dos idosos, com vista a uma maior humanização neste grupo etário. / This study is part of the cohort I of a research project based on the population, called "Trajectories of Aging Social Response in the Elderly: Study of the Predictive Factors of Healthy Aging and Dementia. The main objective is to study and describe whether a relationship exists between life satisfaction and social resources are real and perceived by the institutionalized elderly in the municipality of Coimbra. Specific objectives we set out to assess: the relationship between social resources and the actual perceived by the elderly, the relationship between social resources and the actual perceived by informants, to know the assessment of social resources of the elderly evaluated by OARS; know the satisfaction life of the elderly evaluated by the SWLS, and finally evaluate the correlation between the SWLS and the OARS we evaluated 45 elderly aged 65 and 95 years who are in social response (home and day care). In data collection used in the SWLS (Satisfaction with Life Scale) and OARS (Olders Americans Research and Services). The elderly population of our study reveals mostly being dissatisfied with life and with limitations in terms of physical, mental and performance of daily activities. We found however, that there is no relationship between life satisfaction and social resources, economic, mental and physical and these correlate with each other. This study made it possible to do a critical analysis of the institutionalization of the elderly with a view to further humanize this age group.
Resumo:
Sendo um dos objetivos do Serviço Social a promoção do bem-estar social, e considerando a relevância das redes sociais pessoais e do suporte social no bem-estar das pessoas idosas, o presente estudo analisa perfis de redes sociais pessoais de idosos, tendo em conta as suas características estruturais, funcionais e relacionais-contextuais, na perspectiva do Serviço Social sistémico. Na última etapa da vida identificam-se na rede social de um individuo vários determinantes com efeitos cumulativos que favorecem o estreitamento das redes sociais, sendo os contextos de vida, as necessidades de apoio de respostas sociais e a institucionalização, fatores relevantes para a investigação. A investigação quantitativa, utilizou um inquérito por questionário para caracterizar sociodemograficamente a amostra e o Instrumento de Análise de Rede Social Pessoal (Guadalupe, 2009) para caracterizar a rede nas suas dimensões e características, privilegiando-se uma análise bivariada das variáveis. A amostra é composta por 317 idosos com idade igual ou superior a 65 anos. Comparámos três subamostras: 209 idosos que não usufruem do apoio de respostas sociais (65,9%), sendo estes maioritariamente de sexo feminino, casado(a)s ou a viver em união de facto e com média de 75 anos; 71 idosos que usufruem de apoio de respostas sociais (22,4%), na sua maioria de sexo feminino, viúvo(a)s e com 80 anos de média de idade; 37 idosos institucionalizados em Lar (11,7%), mulheres na sua maioria, viúvo(a)s, com média de 83 anos. A hipótese inicial do nosso estudo era a existência de três perfis distintos nas redes sociais pessoais de idosos, conforme a sua relação com as respostas sociais, no entanto, concluiu-se que existe um padrão comum nas redes sociais destes idosos, quer a nível estrutural, como a nível funcional ou contextual. Todavia, identificamos algumas diferenças significativas (p < 0,041) entre os perfis explorados, na composição das redes, na reciprocidade de apoio, na satisfação da rede, na densidade, na frequência de contactos, na distância geográfica e na durabilidades das relações. O estudo constitui-se como um contributo para o Serviço Social, na medida em que oferece conhecimento sobre as redes sociais dos idosos em diferentes contextos de vida, não oferecendo, no entanto, uma categorização que possibilite a construção cabal de tipologias, mas antes, fornece uma base orientadora da avaliação das redes sociais pessoais e de suporte social de idosos para o diagnóstico social. / Being one of Social Work goals the promotion of social well-being, and considering the relevance of personal social networks and social support in the well-being of the elderly, the present study analyzes personal social network’s profiles of elderly people, taking into account their structural, functional and relational-contextual characteristics, in a Social Work systemic perspective. In the last stage of life are identified in an individual's various social network determinants with cumulative effects favouring the narrowing of social networks, being life contexts, the support needs of social responses and institutionalization, relevant factors to the investigation. Our quantitative research used a survey to characterize socially and demographically the sample and the Personal Social Network Analysis Tool (Guadalupe, 2009) to characterize the network in its dimensions and characteristics, using a bivariate analysis of the variables. The sample is composed of 317 elderly aged 65 years old or more. We compared three sub-samples: 209 seniors who do not have the support of social services (65.9%), mostly female, married or cohabiting and with an average of 75 years old; 71 seniors who have support of social services (22.4%), mostly women, widowed and with 80 years of average age; 37 institutionalized elderly (11.7%), mostly women, widowed, with an average age of 83 years. The initial hypothesis of our study was the existence of three distinct personal profiles on social networks, according to their relationship to the social services, however, we have concluded that there is a common pattern in social networks of these elderly, at their structural, functional or contextual level. However, we identified some significant differences (p < 0.041) between the explored profiles, in the composition of networks, support reciprocity, network satisfaction, density, frequency of contacts, geographical distance and durability of relations. The study is a contribution to Social Work, insofar as it provides knowledge about personal social networks of the elderly in different life contexts, not offering, however, a fully categorization that allows the construction of typologies, but rather, provides guidance lines in the evaluation of personal social networks and social support of the elderly to the social diagnosis.
Resumo:
A problemática do envelhecimento tem assumido, nos últimos anos, uma crescente importância na consciência coletiva da população, tornando-se cada vez mais importante compreender a população idosa e a sua realidade. Posto isto, foi realizado um estudo quantitativo e correlacional, que teve como objectivo avaliar a qualidade de vida e atitudes face à velhice de idosos, bem como a relação entre estas e as variáveis sociodemográficas e familiares. Foram inquiridos 100 idosos, com mais de 65 anos e sem deficit cognitivo . Para a recolha de dados utilizou-se uma entrevista estruturada, constituída dados sóciodemográficos do idoso, WHOQOL-AGE (Caballero, Miret, Power, Chatterji, Tobiasz-Adamczyk, Koskinen, Leonardi, Olaya, Haro &Ayuso-Mateos, 2013) e o AAQ ( Laidlaw, Power, Schmidt and the WHOQOL-OLD Group, 2007). Dos resultados destacamos os seguintes: A amostra é constituída por 52% de idosos do sexo masculino tendo uma média de idades de 74,7 (DP=6,8). È no fator Perdas Psicossociais e no Desenvolvimento Psicológico que os idosos têm uma melhor atitude face ao envelhecimento. É no item “Tem dinheiro suficiente para satisfazer as suas necessidades?” que os idosos apresentam uma menor qualidade de vida. Não ter doença diagnosticada e ser do sexo masculino permitem ter melhores atitudes face ao envelhecimento. A Qualidade de Vida está relacionada com a idade, com o estado de saúde e com a intensidade de preocupação da família. Constatou-se que os idosos que não estão institucionalizados apresentam uma melhor qualidade de vida e uma melhor atitude face à velhice. Quem não precisa de ajudas técnicas para se movimentar apresenta uma melhor qualidade de vida. Diferenças nas atitudes face ao envelhecimento consoante a residência onde habita são significativas nas mudanças físicas e no desenvolvimento psicológico sendo que os idosos que não vivem em lares têm uma atitude mais positiva em ambos os fatores. / Over the past few years the issue of aging has played a growing importance in the population`s collective consciousness becoming increasingly important to understand the elderly population and this reality. Therefore a quantitative correlational study was performed to assess the quality of life of seniors and their attitudes towards old age, and the relationship between these and the socio-demographic and family factors. 100 seniors with more than 65 years and without cognitive deficit were surveyed. For data collection we used a structured interview consisting of sociodemographic data of the elderly, WHOQOL-AGE (Caballero Miret Power Chatterji Tobiasz-Adamczyk Koskinen Leonardi Olaya Ayuso-Mateos & Haro 2013) and AAQ (Laidlaw Power Schmidt and the WHOQOL-OLD Group 2007). We highlight: The sample is composed of 52% of males with a mean age of 74.7 (SD = 6.8). It is in the factor Psychosocial Losses and Psychological Development that elderly people have a better attitude towards aging. It is in the item "Do you have enough money to meet your needs?" that seniors show less quality of life. Not having illness and being male allows having better attitudes towards aging. Quality of Life is related to age, health condition and the intensity of family concerns. It was observed that the elderly who are not institutionalized have a better quality of life and a better attitude towards old age. Who does not need assistive devices to move around has a better quality of life. Differences in attitudes towards aging, according to residency, are significant in physical changes and psychological development, thus verifying that elderly who do not live in nursing homes have a more positive attitude in both factors.
Resumo:
O número 2 do segundo volume da RPICS integra cinco artigos originais, contando com os trabalhos de autore(a)s do Instituto Superior Miguel Torga e da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra. Este número da RPICS caracteriza-se por apresentar uma diversidade de temáticas, podendo todas elas serem englobadas na área abrangente da saúde mental. Assim, são apresentados resultados sobre: a literacia em saúde mental em adolescentes e jovens portugueses; a qualidade subjetiva do sono, sintomas depressivos, sentimentos de solidão em idosos institucionalizados e não institucionalizados; e o impacto da idade na memória e no envelhecimento. Outros dois manuscritos expõem um trabalho estatístico sobre instrumentos de avaliação da população idosa, nomeadamente a validação da Bateria de Avaliação Frontal em idosos com Acidente Vascular Cerebral e o estudo das propriedades psicométricas da versão Torga do Teste Stroop.
Resumo:
RESUMO Objetivos: A presente investigação teve como principais objetivos descrever a qualidade subjetiva do sono e as perturbações do sono e analisar a intensidade dos sintomas depressivos e dos sentimentos de solidão em idosos institucionalizados; comparar estes dados com um grupo de idosos não institucionalizados e analisar a relação entre estas variáveis nos dois grupos. Métodos: Este estudo insere-se no Projeto Trajetórias do Envelhecimento de Idosos em Resposta Social de onde foi retirada uma amostra de cento e quarenta idosos sem défice cognitivo, com 70 institucionalizados e 70 não institucionalizados emparelhados por idade, sexo, escolaridade e estado civil. A média de idades foi de 76,58 (DP = 6,10), incluindo 104 mulheres e 36 homens. Como instrumentos foram utilizados um Questionário Sociodemográfico, o Questionário sobre o Sono na Terceira Idade, a Escala Geriátrica de depressão e a Escala de Solidão da Universidade da Califórnia, Los Angeles. Resultados: Verificou-se que os idosos institucionalizados apresentavam mais sentimentos de solidão do que os não institucionalizados. Contudo, não se verificaram diferenças entre os dois grupos em relação aos sintomas depressivos, qualidade subjetiva do sono ou perturbações do sono, com algumas exceções: os idosos residentes na comunidade mostraram ter a perceção de demorar mais tempo a adormecer, de acordar mais cedo e de ter mais pesadelos. Através de uma análise correlacional verificou-se, na amostra global, que quanto pior a qualidade subjetiva do sono mais sintomas depressivos se observavam e quanto mais sintomas depressivos, mais sentimentos de solidão, não havendo, contudo, relação entre o sono e a solidão. Conclusões: Concluímos que a situação de institucionalização se acompanha de mais sentimentos de solidão, mas não de sintomas depressivos ou de pior qualidade de sono. Por esse motivo, sugere-se que se desenvolvam programas de intervenção dirigidos à solidão em idosos institucionalizados. ABSTRACT Aims: The main objectives of this investigation were to describe the subjective quality of sleep and sleep disorders and analyze the intensity of depressive and loneliness symptoms in institutionalized elderly people; compare these data against a non-institutionalized elderly people subsample and analyze the relationship between these variables in both subsamples. Method: This study is part of Trajectories of Elderly Aging in Social Response Project from which a sample of one hundred and forty elderly people with no cognitive impairment was taken, with 70 institutionalized and 70 non-institutionalized matched by age, sex, education, and marital status. The average age was 76.58 (SD = 6.10), including 104 women and 36 men. The tools used for this analysis were a sociodemographic questionnaire, the Questionnaire About Sleep in the Older Adults, Geriatric Depression Scale, and the Loneliness Scale of the University of California, Los Angeles. Results: The study confirmed that institutionalized elderly people had more feelings of loneliness than those non-institutionalized. However, there were no differences between the two subsamples regarding depressive symptoms and subjective sleep quality or sleep disturbances, with some exceptions: Elderly people living in the community showed to have the perception of taking more time to fall asleep, waking up earlier, and having more nightmares. Through a correlational analysis it was found, in both subsamples, that the worse the subjective sleep quality the more depressive symptoms were observed; and the more depressive symptoms, the more feelings of loneliness, despite of not existing a relation between sleep and loneliness. Conclusions: We concluded that institutionalization is linked to more feelings of loneliness but not to depressive symptoms nor to worse quality of sleep. For this reason, it is suggested that intervention programs are developed with a focus on elderly institutionalized populations.