37 resultados para Serviço social Orientação profissional
Resumo:
Esta Dissertao surge no mbito do V Curso de Mestrado em Serviço Social do Instituto Superior Miguel Torga, em Coimbra. seu objecto de estudo, a anlise das Tecnologias de Informao e Comunicao (T.I.C.) como componente da formao, de 1 ciclo, dos Assistentes Sociais. Os objectivos desta investigao prendem-se com a compreenso do posicionamento do Serviço Social (S.S.) na sua relao com as T.I.C., caracterstica da Sociedade Contempornea; com a reflexo sobre as tendncias das Polticas Educativas no que se refere apropriao das Novas Tecnologias no contexto do Ensino Superior e com o aprofundamento sobre a forma como a formao, de 1 ciclo, em Serviço Social, equaciona as T.I.C. como componente integrante dos seus Planos de Estudo. Para atingir estes objectivos, desenvolveu-se uma metodologia quantitativa e qualitativa de anlise de dados recolhidos a partir dos planos de estudo das diferentes Instituies de Ensino Superior (I.E.S.) que leccionam o curso de Serviço Social, seleccionando, para o efeito, as Unidades Curriculares (U.C.) que fazem referncias s Novas Tecnologias e as que fazem a articulao entre estas e o S.S. Utilizou-se ainda uma entrevista semi-directiva realizada docente da U.C. Serviço Social e Novas Tecnologias do ISMT e a anlise de documentos disponibilizados por algumas das IES que leccionam este curso. Aps esta anlise, chegou-se concluso que as Novas Tecnologias no ocupam lugar de destaque nos planos de estudo dos cursos, de 1 Ciclo, de Serviço Social. Na verdade, proporcionado aos alunos, um contacto incipiente com as T.I.C. atravs de U.C. que permitem o uso da informtica em diferentes contextos. Mas, excepo feita a uma minoria de I.E.S., no existe ainda uma preocupao efectiva com a necessidade de preparar os alunos e futuros Assistentes Sociais para a possibilidade de uso crtico e reflectido das T.I.C. como seu instrumento de trabalho. No esquecendo que este uso no a soluo para os problemas ticos e tcnicos da profisso, o seu uso crtico e consciente e contacto permanente, a partir da formao, constituir uma mais-valia no contexto de ajustamento dos mtodos de trabalho do Assistente Social Sociedade no qual se insere.
Resumo:
Este trabalho analisa as polticas de ao social escolar no ensino superior pblico a partir da dcada de 60, nomeadamente na atribuio de bolsas de estudo a estudantes da Universidade de Coimbra. Analisa ainda as alteraes que estas polticas tm vindo a sofrer ao longo dos anos e a sua relao com o direito ao ensino e igualdade de oportunidades de acesso e xito escolar consagrado na Constituio Portuguesa. O Serviço Social tem uma interveno relevante nos Serviços de Ao Social da Universidade de Coimbra, em vrias reas, praticamente desde a sua criao. Neste trabalho, a anlise das prticas do Serviço Social centra-se na atribuio de bolsas de estudo, nos ltimos 10 anos. Trata-se de um estudo exploratrio realizado com base em pesquisa bibliogrfica e documental. Outra fonte de recolha de informao foi a entrevista, realizada Assistente Social, e Responsvel pelo Serviço de Bolsas entre 1978 e 2012, Dra. Elisa Decq Motta. As alteraes s polticas de ao social no que se refere atribuio de bolsas de estudo, relacionadas com o clculo dos rendimentos ou com as condies de elegibilidade, tm vindo a pr em causa o direito igualdade de oportunidades dos estudantes, no acesso e na permanncia no ensino superior. Muitos deles, economicamente carenciados, esto a ficar de fora do sistema de ao social no ensino superior em virtude destas alteraes. preocupao dos Serviços de Ao Social da Universidade de Coimbra a regresso a que se tem vindo a assistir, e as suas consequncias para os estudantes do ensino superior, pelo que urgente inverter este caminho. / This study analyses the academic social policies in the high-level educational institutions since the 60s, namely in the allocation of scholarships to students from the University of Coimbra. Furthermore, the changes that such policies have been suffering over the last years, and their relationship with the right to education and equal opportunities to the access and scholar success that every citizen has, as stated by the Portuguese Constitution, are also examined. Since its establishment, the Social Service is a relevant area of the Social Services of the University of Coimbra, in several areas. The analyses present in this study will focus on the last 10 years, specifically on the scholarships allocation. This study is based on literature and documents research, as well as on an interview to the Social Worker responsible for the Scholarships Service from 1978 to 2012, Dra. Elisa Decq Motta. The social policies changes related with the scholarships assignment, especially those associated with the income assessment and eligibility conditions are serious hindrances to the right of equal admission opportunity and maintenance in higher education that all students have. Due to these changes, several students with financial issues are not supported by the social service in higher education. The observed changes, and its consequences for students are a matter of concern for the Social Services of University of Coimbra. It is imperative to revert the current situation.
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Com a crise financeira que se tem vindo a agudizar, com o agravamento da pobreza e excluso social, associados a problemas de sade e emergncia de problemas sociais (como o desemprego e a pobreza) tem assomado uma vaga de iniciativas de movimentos da sociedade civil. So novas formas de organizao e resposta a situaes especficas de grupos de indivduos na luta por polticas pblicas e direitos sociais tais como o da sade, da habitao, da educao, do trabalho, entre outras. Nos finais da dcada de 70, em Portugal, a criao do Serviço Nacional de Sade intenta o acesso sade garantido a todos os cidados. Nos anos 80 o Estado limita este direito baseado no princpio da justia social protegendo os grupos mais desfavorecidos. Institui as taxas moderadoras e define as isenes para alguns doentes crnicos. Perante a desigualdade de direitos que da advm, no Hospital Peditrico de Coimbra, a partir dos anos 90, surgem movimentos associativos em prol dos direitos de sade, criados e dinamizados por Assistentes Sociais, nomeadamente as Associaes Acreditar em 1993, a Corao Feliz em 1994, a Associao Nacional de Fibrose Qustica em 1996 e j no sculo XXI a Diabticos Todo o Terreno em 2004 e a Hepaturix em 2006. A Hepaturix Associao de Crianas e Jovens Transplantados ou com Doenas Hepticas fundada j no sculo XXI e cuja actividade ser descrita neste trabalho, tem vindo a lutar pelos direitos sociais desta populao, com a colaborao da Assistente Social que, no Hospital Peditrico de Coimbra, apoia a Unidade de Transplantao Heptica Peditrica. Entre outros, a iseno das taxas moderadoras para os doentes transplantados e para os dadores vivos assim como o direito aos transportes nas deslocaes para o hospital aps o transplante, so direitos sociais alcanados pela Hepaturix atravs da sensibilizao do poder poltico. A Assistente Social tem sido um pilar neste percurso, sendo mediadora entre a instituio e a associao, em prol do direito destas crianas e jovens. / With the financial crisis that has been worsening, with increased poverty and social exclusion associated with health problems and the emergency of social problems (such as unemployment and poverty) there has been a loomed wave of initiatives for movements from the civil society. These are new ways of organization and response to specific situations of groups of individuals in the strike for public policies and social rights such as health, habitation, education, work, among others. In the late 70s, in Portugal, the creation of the National Health Service intents the access to health care guaranteed to all citizens. In the 80s the government limits this right based on the principle of social justice, protecting the most disadvantaged groups. Establishes user fees and defines the exemptions for some chronically ill. Before the inequality of rights resulted from this, there has been a rising of associative movements for health rights, created and dynamized by Social Workers at the Pediatric Hospital of Coimbra, from the 90s on: "Acreditar" in 1993, "Corao Feliz" in 1994, Associao Nacional da Fibrose Quistica" in 1996 and now, in the XXI century: "Diabticos Todo o Terreno"in 2004 and "Hepaturix" in 2006. The Hepaturix - Association of Transplanted Children and Youth or with Hepatic Diseases - founded in the twenty-first century, whose will be discussed in this work, has been fighting for social rights of this population, with the cooperation of the Social Work who, at the Childrens Hospital of Coimbra, supports the Pediatric Hepatic Transplantation Unit. Among others, the exemption of user fees for transplanted patients and living donors as well as the right to transport at dislocations to the hospital after transplant, are social rights accomplished by Hepaturix, through the awareness of political power. The Social Worker has been a pillar in this journey, being a mediator between the institution and the association on behalf of the rights of these children and youth.
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O objetivo principal analisar a Interveno social com crianas refugiadas em Portugal e as estratgias profissionais do Serviço Social como resposta s necessidades dessas crianas. Assim, pretendemos conhecer de que forma o assistente social, enquanto agente ativo na sociedade e capacitado de uma ao meditativa, produz respostas a esta problemtica e conhecer tambm a realidade do nosso pas relativamente chegada de crianas refugiadas. A metodologia de investigao usada foi qualitativa tendo sido, realizado um questionrio com oito perguntas fechadas e abertas, sendo divulgado on-line pelas redes sociais em grupos de serviço social. Foram recolhidas oito respostas, no entanto dois inquritos no se enquadravam nos critrios de incluso definidos pelo que foram excludos. A partir dos dados obtidos foi possvel perceber que existe uma estrutura preparada em Portugal para proceder ao acolhimento de crianas refugiadas sozinhas, que considera nos seus procedimentos o superior interesse da criana mas que padece ainda de algumas lacunas, nomeadamente ao nvel da formao dos agentes de interveno no terreno e do ensino da lngua portuguesa. / The present study aimed to analyze the social intervention with refugee children in Portugal and the professional strategies of social workers in order to insure the needs of these children. Our main objective was to understand how the social worker, as an active agent in society and capable of a meditative action, produces answers to this problem and also know the reality of our country in respect to the arrival of refugee children. By the use of qualitative research methodology and the application of a questionnaire, composed with eight open and closed questions, published online in social networks of social service groups, we came up with eight responses. However two surveys did not fit the inclusion criteria defined and, therefore, were excluded. From the data obtained it was revealed that there is a structure prepared in Portugal to carry out the reception of refugee unattended children. It is a structure that considers the procedures regarding the best interests of the child, but it still suffers from some shortcomings, particularly in terms of training of intervention agents on the ground and in the tutorship of Portuguese language.
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O trabalho de investigao que pretendo realizar centrar-se- no estudo das redes sociais, pondo o acento tnico na poltica social em Portugal e os impactos da rede social nos processos de trabalho do Assistente Social. As novas ideias que surgiram contriburam para criar um novo paradigma neste campo, sendo absolutamente necessrio que o sistema de proteco social se adapte s novas exigncias e aos novos desafios. No parecem existir dvidas relativamente metamorfose que as polticas sociais tm sofrido, fruto da necessidade de adaptao s caractersticas da vida moderna. O nascimento das redes sociais foi um importante marco e uma pea fundamental de valorizao do Homem e da Comunidade e no se pode abstrair do fluxo de progresso e modernidade que tem assaltado todas as reas da existncia humana, com as naturais consequncias. Assim, num primeiro momento, procurarei debruar-me sobre as polticas sociais em Portugal, sublinhando que, em meados do sculo XX, nasceu a ideia de Estado-Providncia, fruto das consequncias de um trabalho com poucas proteces sociais agravadas com o ps-Segunda Guerra Mundial. Depois, referir-me-ei ao conceito de Sociedade-Providncia, nascido nos anos 70, resultante da trajectria do Estado-Providncia e das mutaes econmicas e sociais entretanto decorridas. Mais tarde, falarei das redes sociais, tema principal da minha tese, salientado as suas caractersticas e o processo de implementao. Como base de sustentao cientfica, apresentarei os resultados de entrevistas que realizei a 7 assistentes sociais e uma anlise crtica de contedos das ideias nelas colhidas.
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O presente relatrio tem por objecto a proteco de crianas e jovens em perigo em Portugal. Trata-se de um documento que entrelaa dois temas: a interveno social junto de crianas e jovens em perigo e a caracterizao da situao de acolhimento, no distrito de Santarm. Partindo de uma breve caracterizao do percurso profissional, como Tcnica Superior de Serviço Social, desde 1992 em exerccio de funes, surge uma abordagem interveno social exercida num serviço pblico: Instituto da Segurana Social - Centro Distrital de Santarm, com relevncia nas funes acometidas Equipa Multidisciplinar de Assessoria Tcnica aos Tribunais. Estamos perante uma interveno que se preconiza verdadeiramente multidisciplinar e interinstitucional, assente numa cultura de trabalho em parceria e desenvolvida numa perspectiva subsidiria, por entidades pblicas ou privadas, com atribuies em matria de infncia e juventude. Nela se destaca a apresentao do Plano de Interveno Imediata, instrumento de diagnstico sobre a situao de acolhimento das crianas e jovens em Portugal, (conforme o artigo 10.do Capitulo V da Lei n. 31/2003, de 22 de Agosto). O estudo apresentado surge, em complemento a esta obrigao legal, como relatrio indito apresentado em 2009 sobre a situao das crianas e jovens em acolhimento no ano de 2008, no distrito de Santarm, reconhecido como boa prtica pelo Centro Distrital de Santarm. De realar o facto de ter garantido a caracterizao da totalidade do universo de crianas e jovens em perigo, integradas no sistema de proteco e acolhimento do Distrito de Santarm. Os resultados vieram demonstrar que existe um elevado nmero de crianas e jovens em situao de acolhimento, apesar de haver uma tendncia para a sua diminuio relativa. As sadas do sistema de acolhimento resultaram essencialmente em integraes familiares e processos de adopo, tendo a maioria das crianas a sua situao jurdica regularizada. Incorporando o princpio de que, uma interveno social sustentada implica o conhecimento prvio da realidade sobre a qual se pretende intervir, surge uma reflexo prtica do Serviço Social com algumas propostas de melhoria, decorrentes da prtica do exerccio profissional, na rea da promoo e proteco de crianas e jovens em perigo.
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A presente Dissertao insere-se no mbito do plano curricular do Mestrado em Serviço Social, da Escola Superior de Altos Estudos - Instituto Superior Miguel Torga, em especfico na Linha de Investigao O Serviço Social face s Questes Sociais Contemporneas e na sublinha Globalizao, Riscos e Polticas Sociais. A temtica versou o estudo da problemtica da infncia e juventude e, no decurso da parte emprica, procedeu-se anlise da prtica profissional dos Assistentes Sociais nas Comisses de Proteco de Crianas e Jovens (CPCJ) pertencentes sub-regio do Baixo Mondego do distrito de Coimbra. Deste modo, pretendeu-se entender a importncia do trabalho dos Assistentes Sociais neste mbito, uma vez que se tem verificado um constante arraso prtica quotidiana destes profissionais. Quando tudo decorre sem problemas e se conseguem resultados positivos nada se diz e nem sequer se valoriza, agora quando existem situaes que correm menos bem, comenta-se logo e transporta-se de imediato para os meios de comunicao social, realidades, por vezes, muito desfocadas. Sem realmente existir, priori, um conhecimento da realidade e, em especial, valorizar o esforo e dedicao dos profissionais que ali trabalham, nomeadamente os de Serviço Social. Muitas vezes esquecemo-nos de que as CPCJ em Portugal so constitudas por equipas multidisciplinares, ou seja, constitudas por mdicos, enfermeiros, psiclogos, socilogos, , em suma, um conjunto de tcnicos de outras reas do saber. Conclui-se que esta uma rea bastante complexa, onde o bom senso e a capacidade criativa so factores extremamente importantes. Ao nvel do funcionamento das Comisses de Proteco de Crianas e Jovens, pensamos ser importante que se analise e se pensem em novos modos de actuar e fazer com que o sistema funcione com o objectivo ltimo de promover os direitos das crianas e proteg-las de todos os perigos. urgente que as Comisses trabalhem a srio, ou seja, num processo contnuo e sistemtico com estas famlias, que as acompanhem a ultrapassar as suas dificuldades, no lhes dando o peixe mas ensinando-as a pescar, a desenvolverem as suas potencialidades mais escondidas e a devolver a muitas destas crianas um sorriso. Muitas das dificuldades dos profissionais de Serviço Social, prendem-se com os factores externos, isto , com os recursos da sociedade que nem sempre existem e/ou que no se dispem a colaborar neste trabalho rduo com as famlias. Este um trabalho necessrio e urgente para o bem da sociedade, por isso todos temos o dever de colaborar para o bem da vida daqueles que sero os homens e mulheres do amanh.
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Este estudo exploratrio, de carter descritivo, tem como objetivos compreender a relao do Estado com a organizao profissional dos assistentes sociais nas diferentes conjunturas scio-histricas da trajetria da profisso; conhecer o contributo do associativismo sindical e profissional para a organizao dos assistentes sociais em Portugal; caraterizar as diversas formas de associativismo profissional e sindical dos profissionais de Serviço Social e compreender a importncia da regulao profissional para a categoria. Na trajetria do Serviço Social no nosso pas, identificmos vrias estruturas associativas desde os anos 50 do sculo XX. Apesar dessa diversidade ao nvel da organizao profissional, nos ltimos anos tem sido o projeto de constituio da ordem o que tem congregado os profissionais de Serviço Social, embora de forma fragmentada. Em Portugal no existe um estatuto jurdico de regulao da profisso de assistente social, sendo do interesse dos profissionais, utentes e sociedade que o mesmo seja efetivado. A criao de uma ordem profissional poder vir a fortalecer o trabalho dos profissionais de Serviço Social, bem como proteger e regulamentar o exerccio profissional e a formao acadmica. Com a eroso do Estado Social, as relaes de trabalho tendem a ser desregulamentadas e flexibilizadas, subsistindo a precariedade e o desemprego. O enfrentamento a estas questes por parte do movimento associativo tnue e a sua no articulao fragiliza a proteo dos profissionais, como indiciam a subsistente ausncia da constituio da ordem profissional e a extino do Sindicato Nacional de Profissionais de Serviço Social, apesar do ressurgimento do associativismo sindical durante o presente ano (2013). As condies atuais diferem das existentes aquando do processo de obteno da licenciatura e estruturao e implementao das carreiras profissionais de Serviço Social que potenciaram e galvanizaram os assistentes sociais. A categoria profissional apresenta-se desmobilizada e com pouco poder reivindicativo, e as associaes profissionais e sindicais vivem com constrangimentos financeiros, funcionando em regime de voluntariado, o que denota a insipincia da sua estrutura organizativa. A atual conjuntura justificaria uma maior convergncia, debate e processos de resistncia por parte das estruturas associativas face ao agravamento de polticas baseadas na austeridade, que tm reflexos no mercado de trabalho, formao e organizao profissional. Parece justificar-se a existncia de estratgias articuladas com maior clareza sobre o projeto para a categoria, apostando num debate que se faa com os seus diversos intervenientes. Desta forma, o associativismo poder constituir uma alavanca que confira maior dinamismo s suas estruturas organizacionais, maior visibilidade e presena pblica da categoria, mas tambm uma maior solidez das suas organizaes, que no sendo corporativas ou elitistas, salientem o primado da tica do serviço sobre a tica do ganho. / This descriptive exploratory study aims to understand the relationship between the State and the professional organisation of the social workers in the different social-historical situations of the profession course; to know the contribute of the unions and professional membership drive to the organisation of the social workers in Portugal; to characterise the several ways of the social workers professional and union membership drive and to understand the importance of the professional regulation for the area. In the Social Service trajectory in our country, we have identified several associative structures since the 1950s. Despite this diversity concerning the professional organisation, the project of constituting the professional order has been responsible for the social workers congregation in the past years, although in a fragmented way. In Portugal, there is not a legal status of regulation of the social workers profession, and it is of the interest of the professionals, users and society that this may be brought about. The creation of a professional order may strengthen the activity of the social workers, as well as it may protect and regulate the profession exercise and the university education. With the Social States erosion, the work relationships tend to be deregulated and softened, persisting the job insecurity and the unemployment. The associative movement does not strongly face these issues, and its non-articulation weakens the professionals protection, as the permanent absence of the professional order creation and the extinction of the National Social Workers Union show, despite the reappearance of the union membership drive during the present year (2013). The current conditions are not equal to the ones existent in the process of obtaining the university degree and the structuring and implementing of professional careers in the Social Service area, which have strengthened and galvanised the social workers. The professional category is not mobilised and it has few claimable power; the professional and unions associations live with financial problems, functioning in a volunteering regime, which shows the insipience of its organisation structure. The current situation would justify a bigger convergence, debate and resistance processes on behalf of the associative structures regarding the worsening of policies based on austerity this has consequences in the work market, training and professional organisation. It seems to be pertinent the existence of strategies articulated in a clearer way about the project for this professional area, investing in a debate among its several participants. Therefore, the professional membership drive may constitute a lever that can give more dynamism to its organisational structures, a bigger visibility and public presence of the area, but also a stronger solidity in its organisations which, being not corporative or elitist, may highlight the services ethics over the profits ethics.
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O presente trabalho baseia-se na pesquisa documental e na anlise crtico-reflexiva sobre o serviço social no Poder Local, a sua evoluo, influncias e implicaes no trabalho desenvolvido no (pelo) Gabinete de Ao Social do Municpio de Pampilhosa da Serra. O serviço social assume, durante o Estado Novo, um papel de controle, com uma prtica associada essencialmente ao Estado e a algumas entidades da sociedade civil, nomeadamente Igreja Catlica. Com a Era Democrtica, assiste-se ao crescimento da interveno do Estado e descentralizao da sua atuao para as Autarquias, assumindo-se o SAAL (1974) como um marco histrico. A interveno ganha, assim, um carter territorial crescendo as responsabilidades das autarquias, quer no mbito das transferncias de competncias por parte do Poder Central, quer ao nvel da dinamizao de serviços de mbito municipal e da criao de respostas sociais especficas. O PRS (1997) e a RLIS (2013), apresentam-se como exemplos dessa territorializao, reforando as atribuies das Autarquias ao nvel da ao social. O primeiro, implementado a nvel nacional, visa a articulao de recursos e uma interveno integrada. Tem como princpios, a promoo a participao da populao e dos agentes locais quer na elaborao de diagnsticos sociais, quer na criao de respostas adequadas s necessidades. A segunda, em fase de implementao, visa a criao de uma metodologia de trabalho ao nvel do atendimento e acompanhamento social. Destaca-se o papel das Autarquias e da Sociedade Civil, na efetivao de uma interveno social de proximidade. A crescente desresponsabilizao do Estado na interveno social, em particular do Poder Central, motivada pela Crise Econmica, provoca alteraes nas polticas sociais. Surgem as polticas de insero direcionadas para pblicos especficos, tendencialmente contratualizadas e centradas no sujeito. Estas alteraes tiveram, tambm, implicaes na atuao do Municpio de Pampilhosa da Serra, onde o serviço social se desenvolveu a par da implementao dos programas de mbito comunitrio, nomeadamente do PDIAS e PLCP (1996) e do projecto-piloto do RMG (1997). Sistematizou-se com a implementao das Redes Sociais e operacionaliza-se no Gabinete de Ao Social, atuando em trs dimenses: mediao, promoo e execuo. Da anlise e reflexo em torno da atuao do GAS, no qual inscrevemos a nossa interveno profissional, consideramos que esta se desenvolve numa relao sociopoltica e operacional, assumindo a Autarquia um papel ativo ao criar e/ou reforar medidas de apoio socioeducativo e econmico, de forma a garantir o bem-estar social e a qualidade de vida dos cidados Pampilhosenses. O municpio assume-se como o patamar de atuao de proximidade por excelncia, onde o local se perspetiva como o espao onde a interveno social se operacionaliza, enquanto que o Poder Local, em conjunto com a sociedade Civil, assumem o poder de co construir a mudana social. / This work is based on documentary research and critical and reflective analysis of the social service in Local Government, its evolution, influences and implications on the work of the (at) Social Action Office of the municipality of Pampilhosa da Serra. The social service assumes, during the Estado Novo, a paper control, primarily associated with a practice the state and some civil society organizations, including the Catholic Church. With the Democratic Era, we are witnessing the growth of state intervention and the decentralization of its activities to the local authorities, assuming the SAAL (1974) as a historical landmark. Intervention win, so a character "territorial" growing responsibilities of local authorities, or within the transfer of responsibilities from the Central Power, both in terms of promotion of municipal services and the creation of specific social responses. The PRS (1997) and the RLIS (2013), are presented as examples of territorial, strengthening the powers of local authorities to the level of social action. The first, implemented nationally, aimed at articulating features and an integrated intervention. Its principles, promoting the participation of the population and local actors when developing social diagnosis, whether the creation of appropriate responses to the needs. The second, under implementation, aims to create a working methodology in terms of care and social support. It highlights the role of local authorities and civil society in the execution of a social intervention proximity. The growing irresponsibility of the state in social intervention, in particular the Central Power, motivated by the economic crisis, causes changes in social policies. Arise inclusion policies targeting specific audiences tend contracted and centered on the subject. These changes have also implications for the work of the municipality of Pampilhosa da Serra, where the social work developed together with the implementation of Community-wide programs, including the PDIAS and PLCP (1996) and the pilot project of RMG (1997). Systematized with the implementation of Social Networks and made operational in the Social Action Office, working in three dimensions: mediation, promotion and implementation. Analysis and reflection around the GAS operation, in which we inscribe our professional intervention, we believe that this is developed in a socio-political and operational relationship, assuming the Municipality an active role to create and / or strengthen measures of socio-educational and economic support, to ensure the welfare and quality of life of citizens Pampilhosenses. The municipality is assumed as the proximity actuation level par excellence where the location is perspective as the space where social intervention made operational, while the Local Government, together with civil society, assume the co power build social change.
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No actual contexto da sociedade da incerteza, agravado pelas consequncias da crise econmica e financeira global, assiste-se a um retomar de prticas de mbito comunitrio que comportam um conjunto de desafios interveno social e, consequentemente, ao Serviço Social como profisso nuclear da interveno social. A presente dissertao visa por um lado, compreender, a partir de um estudo de caso centrado nos Centros Sociais Municipais de Santana, as transformaes que se tm operado no mbito da Interveno Comunitria e por outro, desenvolver uma reflexo no s sobre as relaes existentes entre a Interveno Comunitria e os Centros Sociais, como novos-velhos paradigmas institucionais, mas tambm entre a Interveno Comunitria e o Serviço Social de Comunidades. Partindo de um enfoque qualitativo, dentro da metodologia da grounded theory, privilegiou-se como tcnicas a observao das relaes sociais nos Centros Sociais Municipais e as entrevistas compreensivas em profundidade, tanto s tcnicas superiores dos Centros Sociais, como coordenadora. Adoptando uma postura reflexiva, interrogativa e problematizadora constante, percebeu-se que, efectivamente, a Interveno Comunitria desenvolvida em Santana , mais concretamente, uma actuao pluralista de mbito comunitrio, a qual resulta do processo de destradicionalizao do Serviço Social de Comunidades, aproximando-se da Interveno em Comunidades. Os Centros Sociais so locus privilegiados da interveno de mbito comunitrio, na medida em que se tm recontextualizado, respondendo s (pseudo) transformaes culturais, institucionais e polticas, legitimando assim uma prtica profissional de funes mediadoras, dentro de um eixo normalizador.
Resumo:
A pertinncia da rutura e reconstruo dos laos sociais nas pessoas em situao de sem-abrigo leva-nos abordagem dos seus processos idiossincrticos de emergncia e manuteno do capital social nos laos sociais. A investigao pretende, atravs dos discursos de pessoas que experienciam a situao de sem-abrigo, compreender como emerge e se mantm o capital social nos laos sociais. Assim, utilizou-se a entrevista semiestruturada para aceder s suas narrativas. A escolha dos participantes teve em considerao a acessibilidade e disponibilidade dos indivduos na cidade de Coimbra. Das narrativas dos seis entrevistados verificou-se que apresentam um capital social vulnervel associado a uma escassa rede de apoio (formal e/ou informal). Emergiu dos seus discursos que um dos principais fatores que concorre para a emergncia da situao de sem-abrigo a rutura com os diferentes tipos de laos sociais, sobretudo os familiares, que potencia a diminuio da rede de suporte, e tem repercusses nas diferentes dimenses do capital social, dificultando a sua emergncia. A rutura dos laos de filiao e parentescos foram identificados pelos entrevistados como o principal fator para a emergncia da situao de sem-abrigo, evidenciando tambm uma quebra dos nveis de confiana para a possvel criao de novos laos ou reativao/reconstruo dos laos quebrados. As concluses da presente investigao constituem um contributo para o Serviço Social, na medida em que um conhecimento mais aprofundado da situao de sem-abrigo, pelas suas prprias vozes, assim como dos seus laos sociais e das suas ruturas, e das dificuldades sentidas na emergncia e manuteno do capital social, permitiro a concertao de estratgias de interveno mais ajustadas realidade com estas pessoas e com este problema social.
Resumo:
O objectivo deste estudo consiste em avaliar o desporto adaptado como factor de integrao social da pessoa com deficincia motora, nomeadamente dos atletas praticantes no Centro de Medicina de Reabilitao da Regio Centro - Rovisco Pais (CMRRC-RP), baseando-se nos princpios orientadores de uma poltica de desporto para todos. Assim, a trajectria do desporto adaptado e sua importncia aos nveis de integrao social individual e/ou colectivo das pessoas com deficincia motora permite compreender e analisar os factores intervenientes na integrao de pessoas com deficincias, tendo em linha de conta os programas de desporto adaptado promovidos pelas polticas pblicas em vigor e sua receptividade pelos praticantes, identificando os obstculos ou constrangimentos que se colocam para a prtica de desporto adaptado. Neste estudo qualitativo, os resultados obtidos atravs das 12 entrevistas realizadas aos atletas praticantes de desporto adaptado no CMRRC-RP, sugerem que o desporto adaptado est intrinsecamente ligado ao domnio da sade e da reabilitao. Os principais resultados sublimam que o desporto adaptado desenvolvido no CMRRC-RP pressupe uma medida efectiva de aplicao de poltica social de direito, reconhecendo o papel do desporto como um meio de integrao social da pessoa com deficincia motora. Observam-se ainda, inmeros efeitos com a prtica do desporto adaptado a vrios nveis considerando-se a reabilitao como um processo fsico, psicolgico, social, vocacional e educacional, compatvel com o seu deficit fisiolgico ou anatmico, limitaes ambientais, desejos e planos de vida.
Resumo:
Para compreender a auto-avaliao e avaliao social atribuda ao trabalho da mulher Domstica, partiu-se da anlise e interpretao de 8 Trajetrias Identitrias de Mulheres Domsticas Alentejanas que ao longo da sua vida tenham sido Domsticas a tempo inteiro, ou que de algum modo tenham conciliado ou conciliem a Dupla Tarefa. A Problematizao do Trabalho realizado pela Mulher Domstica considerou teorias de autores como Parsons e Daniel Bertaux, tendo sido a conceptualizao do Trabalho Domstico elaborada tendo por base Virgnia Ferreira;, Gules Lipovetsky e Ana Nunes de Almeida. A partir das narrativas exemplares e seguindo uma metodologia compreensiva qualitativa, atravs do Mtodo de Escrita como Praxis Analtica, identificaram-se: algumas Lgicas de Aco; vrios Territrios Scio-Identitrios; as Reaces sentidas pelas 8 narradoras nas suas Trajetrias e, ainda, as Estratgias adoptadas pelas Mulheres Domsticas Alentejanas na relao com o trabalho domstico e com a dupla tarefa. Ao concluir a interpretao dos casos percebe-se que, para alm da Condio de Domstica comum entre todas as narradoras, existe ainda a predominncia de alterao dos Territrios Scio-Identitrios Laboral, Escolar e Familiar. clara a conscincia destas mulheres quanto desvalorizao do Trabalho Domstico pela Famlia e pela Sociedade. Neste sentido, tambm negativa a auto-avaliao, das tarefas de diariamente realizam. Da que seja unnime a vontade de libertao atravs da Dupla Tarefa, ou seja, a colocao profissional vista como uma garantia de reconhecimento do seu trabalho e, tambm, um modo de autonomia econmica e identitria.
Resumo:
O presente trabalho teve como objectivo principal, analisar a agncia do assistente social nos contextos da pobreza e excluso social, tendo em conta que a mesma se desenvolve inserida numa estrutura social reguladora. Assim, pretendia-se compreender de que forma o assistente social, enquanto agente competente e capacitado de uma aco reflexiva, produz transformaes e mudanas sociais nas relaes que estabelece com outros agentes (utilizadores dos serviços de assistncia social) considerando perspectivas de aco normalizante e/ou emancipatrias das situaes de pobreza e excluso social. Para isso, feita uma exposio dos conceitos de cidadania e politica social uma vez que estas podem ser um meio para que os cidados possam ver reconhecidos os seus direitos de cidadania. Alm disso, estabelece-se uma relao com estes conceitos e a pobreza e excluso social, pois os indivduos em situao de pobreza e excluso social, esto desapossados de direitos, pelo que urgente a criao de polticas e programas sociais eficazes para combater estes fenmenos sociais. O assistente social, enquanto tcnico privilegiado na interveno social, deve ser alm de executor, participante na avaliao e elaborao dessas polticas. O trabalho apresenta ainda um estudo emprico utilizando como instrumento a medida do RSI, enquanto poltica actualmente definida pelo Estado como prioritria na interveno realizada pelos assistentes sociais na pobreza e excluso social.
Resumo:
A deficincia mental numa famlia constitui-se como um acontecimento que afecta o quotidiano da mesma, tendo impacto na sua organizao, estrutura e dinmica. O presente estudo descreve as caractersticas e formas de organizao familiar no mbito da deficincia mental de 15 famlias, onde se verifica a existncia do sub-sistema parental e em que pelo menos um dos filhos frequenta o Centro de Actividades Ocupacionais da Unidade Funcional de Arganil da Associao Portuguesa de Pais e Amigos do Cidado Deficiente Mental de Coimbra. Para a avaliao das variveis em estudo, utilizou-se um inqurito por questionrio com perguntas fechadas e semi-abertas, que permitiu conhecer as caractersticas das famlias, a forma como se organizam no seu quotidiano e na relao com a sua vida profissional e familiar. Utilizou-se tambm o Instrumento de Anlise da Rede Social Pessoal (Guadalupe & Alarco, in Guadalupe, 2009) que identifica o suporte social das famlias, e a Escala dos Processos Chave na Resilincia Familiar (Souza, 2003, verso portuguesa de Loureno & Guadalupe, 2007, in Loureno, 2009) que permitiu caracterizar o nvel de resilincia percebida pelas famlias. Os resultados indicam que grande parte da amostra evidencia que um filho com deficincia mental condiciona o percurso das famlias, nomeadamente das mes, que assumem um papel central nos cuidados ao filho com deficincia e no prprio quotidiano domstico. Verificam-se condicionantes laborais, financeiras e at mesmo nos tempos de lazer. As famlias encontram suporte social sobretudo na famlia extensa, verificando-se a existncia de redes sociais coesas e pequenas. Os apoios sociais para estas famlias so diminutos, identificando-se como principal preocupao a indefinio do futuro dos seus filhos, independentemente dos padres de resilincia apresentados pela famlia. A complexidade que a deficincia mental traduz, impe uma interveno social directa e alargada com a famlia e seu contexto, nomeadamente na promoo de competncias e na consolidao de direitos para indivduos com deficincia. A partilha de experincias entre famlias e tcnicos, atravs de diferentes meios, poderia enriquecer os percursos desenvolvidos, assim como delinear caminhos para produzir conhecimento no mbito da interveno social com pessoas com deficincia mental, consolidando novas formas de agir.