2 resultados para TOXOPLASMA-GONDII INFECTION
Resumo:
Introducão: A toxoplasmose congénita é evitável: rastreio universal, serologias repetidas na gravidez de mulheres com serologia negativa e início precoce de terapêutica aquando de seroconversão durante a gravidez são medidas de grande importância para a prevenção da infecção congénita. Apesar disso não é consensual o rastreio universal na gravidez e muitos países desenvolvidos não o fazem. Em Portugal é feito o rastreio sistemático com 3 determinações serológicas nas mulheres negativas. Contudo não é conhecido o número de casos de infecção congénita. Em Janeiro de 2006 teve início o Registo Nacional da Infecção Congénita por Toxoplasma gondii com o objectivo de conhecer o número de casos de infecção congénita em Portugal. Materiais e Métodos: Desenho: Estudo de vigilância epidemiológica nacional. A metodologia do registo foi explicada em estudos anteriores e os critérios de inclusão bem definidos. Resultados: Foram notificados 30 casos nos 2 anos. Houve 12 seroconversões durante a gravidez; em 10 casos havia positividade de IgM e IgG ou IgM sem IgG; 7 tinham serologia compatível com infecção antiga e num caso não foram referidos os resultados das serologias. Em 13 grávidas foi realizada amniocentese, em 8 foi determinada a PCR no LA – negativa em todas; num caso foi determinada a IgM no LA também negativa e em 4 caso foi realizada inoculação de LA no murganho – resultados todos negativos. Apenas 6 casos foram validados: dois eram sintomáticos e ambos tinham PCR e IgM positiva. Os restantes 4 casos eram assintomáticos: dois tinham, PCR positiva e IgM negativa e outros dois tinham PCR negativa/IgM negativa. No total foram realizadas PCR no sangue em 16 RN, 4 dos quais tiveram resultado positivo; IgM em 27, dos quais 4 tiveram resultado positivo; não foi referido nenhuma inoculação no murganho. Não é conhecido o estudo evolutivo de nenhuma destas crianças. Comentários: A incidência de infecção congénita encontrada no estudo foi de 2,9/100 000NV. De acordo com os valores encontrados pelo IRJ seria de esperar uma incidência de 12/100 000 NV. O baixo número de casos deve-se provavelmente a sub notificação e impede tirar qualquer conclusão.
Resumo:
Introduction: Toxoplasmosis is caused by Toxoplasma gondii and may be acquired from food or water contaminated with cat feces or by vertical transmission. Severe fetal complications can overcome during pregnancy. There are also rare case-reports of congenital toxoplasmosis from previously immunized pregnant women; usually these women being had prior retinal toxoplasmic lesions. Immunosuppresion is one of the risk factors which accounts for some of these cases. Case report: 30 year-old pregnant woman, OI 2002, brazilian, previously healthy, admitted in Ophtalmology Department because of sudden left eye amaurosis in June, 2010. The fundoscopy revealed retinal scars suggesting previous infections; she was treated with corticoids and spiramycin for ocular toxoplasmosis reactivation. Previous serum analysis (2008) showed immunity to T. Gondii, but in July the IgM was negative and high levels of specific IgG were found (1227UI/mL). The serologic findings were later confirmed by a more accurate laboratory technique which found the IgM to be also positive. An amniocentesis was performed and it was negative for fetal transmission. Clinical and ultrasound follow-up throughout the rest of the gestational period was normal; daily spiramycin intake was maintained. An uneventful term delivery was performed. Neither the newborn’s serum analysis nor the histopathological study of the placenta were positive for congenital infection. Conclusion: Toxoplasmosis reactivation in pregnant women without immunosuppression is rare but is more likely to occur if previous post-infectious retinal scars are present. T. gondii infection is endemic in Brazil, so the geographical origin is important. If risk factors are present, fundoscopy should be performed every three months during pregnancy and one should always be aware of any visual symptoms. If you suspect reactivation, start medical prophylaxis for fetal transmission, perform amniocentesis and regular ultrasound follow-up.