2 resultados para Sima, Guang, 1019-1086.
Resumo:
Introdução: O mutismo selectivo (MS) é um distúrbio da comunicação, caracterizado por incapacidade persistente em falar em situações sociais específicas apesar do discurso fluente ser possível noutras circunstâncias. A prevalência estimada é de 0,7 a 2%, sendo habitualmente identificado entre os 6-8 anos de idade. É ligeiramente mais frequente no sexo feminino (ratio feminino:masculino 1,2:1). A duração varia de alguns meses até vários anos, embora na maioria dos casos se observe remissão da sintomatologia de forma espontânea. Apesar desta aparente remissão, podem persistir quadros de ansiedade e de fobia social, além de alterações permanentes nos hábitos de conversação. A escola é o local onde mais frequentemente são manifestados os sintomas de MS, por oposição ao contexto familiar, onde os sintomas são menos evidentes. Métodos: Pesquisadas palavras-chave “mutismo selectivo” e “mutismo electivo” na PubMed. Foram seleccionados os artigos considerados relevantes e artigos de revisão publicados desde 2001. Resultados/Conclusões: Observaram-se alterações significativas na conceptualização do MS nos últimos anos, descrito como entidade clinicamente heterogénea e para cuja etiologia contribuem inúmeras variáveis. É possível que vulnerabilidades do neurodesenvolvimento predisponham ao MS, expresso em contexto de padrões de interacção desajustados. Outcomes a longo prazo são ainda incertos e a literatura sugere que estas crianças apresentam risco de desenvolvimento de perturbações fóbicas na idade adulta. Como abordagens terapêuticas mais comuns e estudadas permanecem a terapia individual e familiar, intervenções escolares e farmacológicas. Mais estudos são necessários para compreensão dos factores de vulnerabilidade.
Resumo:
Objective. To access the incidence of infectious problems after liver transplantation (LT). Design. A retrospective, single-center study. Materials and Methods. Patients undergoing LT from January 2008 to December 2011 were considered. Exclusion criterion was death occurring in the first 48 hours after LT. We determined the site of infection and the bacterial isolates and collected and compared recipient’s variables, graft variables, surgical data, post-LT clinical data. Results. Of the 492 patients who underwent LT and the 463 considered for this study, 190 (Group 1, 41%) developed at least 1 infection, with 298 infections detected. Of these, 189 microorganisms were isolated, 81 (51%) gram-positive bacteria (most frequently Staphylococcus spp). Biliary infections were more frequent (mean time of 160.4 167.7 days after LT); from 3 months after LT, gram-negative bacteria were observed (57%). Patients with infections after LT presented lower aminotransferase levels, but higher requirements in blood transfusions, intraoperative vasopressors, hemodialysis, and hospital stay. Operative and cold ischemia times were similar. Conclusion. We found a 41% incidence of all infections in a 2-year follow-up after LT. Gram-positive bacteria were more frequent isolated; however, negative bacteria were commonly isolated later. Clinical data after LT were more relevant for the development of infections. Donors’ variables should be considered in future analyses.