2 resultados para Necessitats de despesa


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Introdução: O crescimento da despesa com antidiabéticos orais tem levado a preocupações questionando os ganhos de saúde e vantagens para o sistema de saúde gerados por esses medicamentos. Este estudo contribui para responder a estas questões. Material e Métodos: Numa primeira fase apresentam-se estimativas das três variáveis centrais a utilizar na análise: 1) a prevalência tratada da diabetes por ano e por região de saúde baseadas nos consumos de antidiabéticos orais, 2) o número de episódios de internamento hospitalar atribuíveis à diabetes com base nos riscos relativos das várias patologias e os seus custos e 3) uma caracterização quantitativa dos antidiabéticos orais consumidos através do cálculo da sua vintage média. Através do uso de observações para 10 anos e cinco regiões, perfazendo um total de 50 observações, foi possível estimar um modelo econométrico explicando estatisticamente os internamentos e os custos hospitalares atribuíveis à diabetes por características regionais, pela prevalência tratada e pela vintage média dos antidiabéticos orais. Resultados: Os resultados dos modelos de regressão múltipla mostram que as despesas hospitalares são proporcionais à prevalência tratada, tudo o mais constante mas que quanto mais recente for a vintage dos antidiabéticos orais usados menores são os custos hospitalares. Os efeitos para o número de internamentos são similares. Discussão e Conclusões: Para uma observação média na amostra, se a vintage média dos antidiabéticos orais fosse um ano superior então os custos hospitalares seriam 5,3% inferiores (cerca de € 11 milhões em 2009) e o número de internamentos seria 3,8% menor (cerca de menos 3965 episódios em 2009). Um exercício contra factual permite estimar que para o ano de 2009 a introdução da classe dos inibidores de DPP IV permitiu reduzir o número de internamentos atribuíveis à diabetes em 8480 e com isso poupar € 23,3 milhões em custos hospitalares.

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Introdução: Os acidentes constituem uma importante causa de morbimortalidade infantil e de recurso ao serviço de urgência pediátrica. A nível nacional conhecem-se apenas alguns dados epidemiológicos. Métodos: Estudo observacional transversal com análise da coorte das crianças observadas no serviço de urgência pediátrica de um hospital nível II por motivo de acidente, durante um período de nove meses, com dados obtidos através de um inquérito e submetidos a análise estatística. Resultados: Das 22502 admissões de crianças até aos 14 anos registadas, 1746 (7,8%) foram por acidentes. A maioria era do sexo masculino e tinha mais de 5 anos. Os acidentes ocorreram maioritariamente no exterior da escola (29,1%) e interior de casa (25%), predominando a queda como tipo de acidente (55,5%) e a contusão como mecanismo de lesão (54,2%). A maioria das crianças (77,3%) foi submetida a exames complementares de diagnóstico destacando-se os radiológicos. Os diagnósticos mais frequentes foram os traumatismos superficiais (47,9%) e os ferimentos (24,8%). Em 6,6% (115) dos casos os acidentes foram considerados graves. Estas admissões por acidentes associaram-se a uma despesa imediata estimada de 124 mil euros. Discussão: A frequência elevada e o local de ocorrência dos acidentes coincidiram com a literatura. Apesar do predomínio das lesões minor superficiais (47,9%) verificou-se um número significativo de crianças com necessidade de cuidados hospitalares. Não foram registados óbitos. Os autores concluem que os acidentes em crianças foram um motivo frequente de ida ao serviço de urgência pediátrica com importante consumo de recursos. A sensibilização dos cuidadores é essencial na prevenção dos acidentes.