41 resultados para MESTRADO EM CUIDADOS CONTINUADOS INTEGRADOS
Resumo:
A primeira referncia a controlo de infeco em Portugal remonta a 1930 mas s em 1979 que publicada a primeira circular informativa da Direco-Geral dos Hospitais a qual divulgava a Resoluo 31 do Conselho da Europa sobre a institucionalizao das Comisses de Controlo de Infeco. Em 1986 recomendado a todas as unidades de sade o controlo de infeco, tambm pela DGH e, novamente, seguindo uma disposio do Conselho da Europa. Em 1993 aquela Direco Geral decide pela necessidade de institucionalizao das CCIH mas s em 1996 que so criadas as CCIH em todas as unidades hospitalares pblicas e privadas com definio, afectao de recursos humanos, fsicos e financeiros e definida a composio e as atribuies. Trs anos depois nasce o Programa Nacional de Controlo de Infeco com o objectivo de divulgar a verdadeira dimenso do problema e promover as medidas necessrias para a preveno da infeco. O PNCI foi criado na DGS em 1996, transferido para o INS Dr. Ricardo Jorge em 1999, tendo regressado DGS em 2006. No ano seguinte foi aprovado pelo Sr. Ministro da Sade Dr. Correia de Campos e publicado em DR o Programa Nacional de Controlo de Infeco Associada aos Cuidados de Sade. No mesmo ano determinada pela DGS a reestruturao das CCI em todas as unidades de sade, definida a organizao, constituio e atribuies dos agrupamentos de Centros de Sade, Administraes Regionais e Unidades de Cuidados Continuados. O PNCI tem misso bem definida e projectos desenvolvidos em reas de vigilncia epidemiolgica, desenvolvimento de normas e boa prtica e funes de consultoria e apoio. Em vigilncia epidemiolgica tem em campo os projectos HELICS-UCI, HELICS - Cirurgia, Infeces nosocomiais da corrente sangunea, infeces em UCI - recm-nascidos e Inquritos Nacionais de Prevalncia. Tm sido emanadas inmeras normas de boa prtica e protocolos divulgados no stio da DGS, micro stio do PNCI. Os vrios estudos tm gerado informao sob o ponto de vista nosolgico, microbiolgico, de resistncia bacteriana e de uso de antibiticos, de importncia fundamental para interveno dirigida e avaliao de resultados.
Resumo:
A febre uma manifestao muito frequente e por vezes inespecfica na criana, que motiva frequentemente a ida a um servio de urgncia e o internamento (National Institute for Health and Clinical Excellence, 2007). Est por vezes associada a morbilidade e mortalidade, sobretudo em crianas com menos de 5 anos, contudo, nem sempre expressa uma doena. Este facto justifica, por um lado, a preocupao dos pais e profissionais de sade e por outro a necessidade de identificar a sua causa de modo a intervir de forma adequada (Behrman, Kliegman, Jenson, 2002, National Institute for Health and Clinical Excellence, 2007). Nestas situaes, os enfermeiros assumem um papel preponderante tanto ao nvel de uma interveno adequada junto da criana, bem como no apoio, ensino e superviso dos pais promovendo a autonomia, responsabilidade e confiana, inerentes ao seu papel parental. Os aspectos referidos justificam a nossa preocupao relativamente ao tema, sobretudo dada a prevalncia deste sintoma nas crianas que recorrem ao servio de urgncia s quais prestamos cuidados durante o nosso estgio, no mbito do Mestrado em Enfermagem de Sade Infantil e Pediatria da Universidade Catlica Portuguesa. Pelo facto, elabormos este artigo, com vista a partilhar com outros enfermeiros alguns aspectos que consideramos relevantes no cuidado criana/famlia com febre.
Resumo:
Os doentes com doena crnica avanada so uma presena diria nas enfermarias de Medicina Interna, no existindo um protocolo de interveno universal e uniforme. Este estudo pretende ser uma primeira abordagem para avaliar a forma como tratamos e cuidamos destes doentes, quer de etiologia neoplsica, quer de outras doenas crnicas, igualmente consumptivas, como demncia, insuficincia cardaca, VIH/SIDA, doena pulmonar crnica obstrutiva (DPCO). Foram recolhidas informaes retrospectivas dos processos clnicos acerca das atitudes e tratamentos prestados a 285 doentes falecidos em 16 meses num hospital de agudos em Lisboa. A caracterizao epidemiolgica da populao foi a esperada, com predomnio de populao idosa, dependente, com prevalncia de doenas cardacas e acidentes vasculares cerebrais (AVC), como diagnsticos principais, seguidas de demncia e doenas respiratrias. Do total de falecimentos, 73% foram esperados, mas destes apenas 44% dos doentes estavam integrados em cuidados paliativos. A dor foi avaliada principalmente em doentes de foro neoplsico, sendo a analgesia administrada em 77% dos casos. A deciso de receberem cuidados paliativos foi discutida com a famlia em 26% dos doentes, mas no foi em nenhum caso discutido com o prprio doente. Consideramos que necessrio formao e informao para uma abordagem mais sistematizada do doente com doena crnica avanada e das suas necessidades. A definio explcita das expectativas de vida e uma abordagem sistemtica da pesquisa de dor em todos estes, necessria para garantir melhor qualidade dos cuidados prestados em fim de vida.
Resumo:
Este artigo pretende reflectir sobre a temtica humanizao dos cuidados na perspectiva dos cuidados paliativos. dada uma panormica geral do que a humanizao, atravs da explorao do seu conceito e do parecer de alguns autores que desenvolveram trabalhos neste mbito. O significado da humanizao depende do contexto com o qual se correlaciona. A humanizao dos cuidados paliativos deve ter como base a sua filosofia cujo enfoque est relacionado com a garantia de uma vida digna.
Resumo:
As alteraes do comportamento frequentemente observadas em doentes internados nas unidades de cuidados intensivos (UCI), podem ser adequadamente designadas, na maioria das vezes, por estado confusional agudo, o qual se caracteriza por: flutuao do estado de viglia, distrbio do ciclo viglia-sono, dfice de ateno e concentrao, desorganizao do pensamento, manifestado entre outras formas por discurso incoerente, distrbios da percepo sob a forma de iluses e/ou alucinaes, desorientao no tempo e no espao, agitao ou diminuio da actividade psicomotora e perturbao da memria. O estado confusional agudo nas UCI resulta, geralmente, das seguintes situaes: doenas e distrbios melanclicos/sistmicos, tais como a sepsis, a insuficincia renal e a insuficincia heptica; exposio a agentes txicos exgenos, tais como medicamentos; privao de substncias de abuso, como o lcool; e doenas primariamente intracranianas, tais como infeces do sistema nervoso central. Frequentemente, coexistem outras causas, sendo as principais: a privao de sono, os dfices cognitivos prvios, o medo e a ansiedade, bem como, em certos casos, o tipo de personalidade do doente. O tratamento compreende a correco dos distrbios metablicos/sistmicos; a suspenso de txicos e/ou o uso de antdotos; o tratamento da privao; o uso de haloperidol com ou sem benzodiazepinas; e medidas no farmacolgicas que diminuam o stress ambiental e promovam o bem-estar fsico e mental.
Resumo:
O objectivo deste artigo consistiu na avaliao da adequao e execuo de um protocolo de nutrio entrica, implementado numa unidade de cuidados intensivos, e que havia sido programado em funo dos doentes nela admitidos. Num perodo de 3 meses, foram seleccionados e avaliados 34 processos clnicos, com internamento superior a 48 horas. Verificou-se que a avaliao nutricional, clnica ou laboratorial, mesmo sumria, ainda no entrou na prtica clnica. O registo do suporte nutricional efectuado insuficiente, embora a nutrio entrica ou parentrica determine maior rigor. A dieta qumica polimrica adequada, sendo raramente necessria uma alternativa de mais fcil absoro. O protocolo foi adequado, mas h necessidade de avaliao regular e maior proficincia nos cuidados de aplicao. Prope-se um novo protocolo com registo e determinao das necessidades de nutrientes de forma individualizada.
Resumo:
A Tuberculose uma doena altamente contagiosa que atinge sobretudo idosos e pessoas com maior vulnerabilidade, embora afecte tambm a populao activa, em particular os mais expostos como os profissionais de sade. A sua transmisso potenciada por factores demogrficos, pela urbanizao, pelo aparecimento de formas resistentes medicao habitual e pela associao infeco por VIH. Apresenta-se o modelo, estratgia, mtodos e resultados da interveno de preveno do risco profissional de Tuberculose no CHL/Hospital S. Jos desenvolvida pelo Servio de Sade Ocupacional (SSO). O SSO constitudo por equipa multiprofissional composta por Medicina do Trabalho, Ergonomia, Higiene e Toxicologia, Psicologia e Segurana do Trabalho, e inclui uma componente tcnica orientada para os problemas de sade no trabalho e a preveno dos riscos ocupacionais, e uma componente clnica vocacionada para os problemas de sade individual e o atendimento na doena aguda e crnica, assegurando cuidados de sade personalizados e integrados (primrios, secundrios e tercirios), com nfase na preveno primria e promoo da sade no trabalho. A equipa de Enfermagem intervm na mediao e personalizao dos cuidados da Medicina do Trabalho e da rea clnica, interagindo com a equipa tcnica no que se refere aos problemas da sade no trabalho. No Hospital trabalham cerca de 2500 profissionais (68%do sexo feminino), dos quais os grupos profissionais mais representativos correspondem enfermagem (29%), auxiliares (25,8%) e mdicos (19,5%), apresentando diferentes factores de vulnerabilidade, predisposio e doena associados a hbitos, comportamentos e estilos de vida, e a riscos particulares das tarefas da sua actividade. O SSO iniciou a interveno sistemtica de preveno e controlo do risco de Tuberculose nos profissionais do Hospital em Abril de 1996 com a disponibilizao do rastreio activo, em colaborao com o Centro de Diagnstico Pneumolgico da Praa do Chile, o qual representa, at ao presente, a maior adeso registada em hospitais do pas. Reflecte-se o nvel de risco de exposio ocupacional dos profissionais tuberculose, particularidades de risco dos cenrios e adequao da proteco individual, isolamento e ventilao; o rastreio activo (Mantoux, Rx trax) inicial, peridico conforme o nvel de risco, aps exposio e em profissionais com vulnerabilidade Mantoux negativos, imunocomprometidos (VIH, corticoterapia, imunossupresso, insuficincia renal, ); a informao personalizada aos profissionais, formao individual e de grupo, em sala e no local de trabalho; e os resultados (taxa de Tuberculose latente, taxa de viragem tuberculnica, quimioprofilaxia, Tuberculoses profissionais).
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OBJECTIVE: to characterize and to assess in terms of severity the surgical and trauma patients admitted to a medical intensive care unit (ICU). DESIGN: retrospective study base on clinical records and the ICU computerized database. SETTING: the medical ICU of a tertiary hospital. RESULTS: of the 2468 patients admitted to the ICU in 1989, 289 (11.7%) were surgical or trauma ones. The more frequent reasons for admission were: the need for mechanical ventilation, metabolic problems, and depression of consciousness. Of these 289 patients, 48.1% required mechanical ventilation, 14.9 hemodialysis; 4.8% had a pulmonary artery catheter inserted. Mean APACHE II, TISS and MOF scores were high (20.09 +/- 9.29, 24.17 +/- 11.45 and 5.4 +/- 3.59); they were determined in 79.2, 88.2 and 43.9% of patients respectively. Both APACHE and TISS scores were correlated with mortality. When compared with medical patients, surgical/trauma ones although younger (52.9 +/- 20.7 years versus 55.9 +/- 20.2, p = 0.00152), had a longer mean stay in the ICU (7.63 +/- 12.7 days v. 3.64 +/- 7.61, p = 0.0001), and a higher mortality (also in the ICU) (28.7 v. 16.7, p = 0.0005. COMMENTS: these are seriously ill patients, who are frequently referred to the ICU in late stages of clinical evolution. We propose they should be closely followed, from the earliest possible stage, by medical-surgical teams, in order to benefit from a multidisciplinary approach.
Resumo:
Num grupo de 64 doentes de uma Unidade de Cuidados Intensivos, 24 dos quais submetidos a ventilao mecnica, foi determinada a influncia da modificao da volmia nas caractersticas do Doppler cardaco, atravs da negativizao do balano hdrico e correspondente modificao da presso venosa central. Com a modificao da volmia, a relao E/A do fluxo transvalvular mitral mostrou uma tendncia para reduzir, o tempo de desacelerao da onda E mitral para diminuir, o tempo de relaxamento isovolumtrico para aumentar, e a veia cava inferior reduziu o seu dimetro expiratrio e aumentou o valor do colapso inspiratrio. No se observou uma correlao significativa entre os valores das variveis estudadas e a modificao da volmia, inclusivamente entre a presso venosa central e o balano hdrico. A modificao da volmia em doentes crticos modifica as caractersticas de determinados parmetros de ecocardiografia- -Doppler, mas no possvel predizer a magnitude dessa variao.
Resumo:
Introduo e objectivos: O Hospital de Dona Estefnia um hospital peditrico com rea de Cirurgia Peditrica e uma Maternidade da Apoio Perinatal Diferenciado. O objectivo deste estudo prospectivo histrico analisar a populao de recm-nascidos (RN) admitidos na Unidade de Cuidados Intensivos Neonatais (UCIN) submetidos a interveno cirrgicanum perodo de 25 anos. Mtodos e doentes: Os dados foram obtidos de estudos de casustica e do ficheiro electrnico da UCIN. Foi realizada pesquisa individual pelo cdigo de interveno cirrgica e pelo cdigo de cada uma das condies cirrgicas. Todos os RN submetidos a interveno cirrgica foram englobados. Cada doente foi contabilizado apenas uma vez mas as anomalias cirrgicas major foram contabilizadas uma a uma. As taxas de letalidade so brutas, englobando-se no denominador todos os RN com a mesma anomalia, operados. Resultados: Neste perodo foram admitidos na UCIN 5937 RN dos quais 1140 (19.2%) foram operados. A mediana do tempo de internamento foi 30 dias. O nmero de RN submetidos a interveno cirrgica subiu de 2% dos admitidos em 1983 para 29.4% em 2007. Vinte e seis por cento do total de operados nasceram na maternidade do hospital. A patologia gastrointestinal foi a mais frequente tanto no grupo da patologia congnita como no grupo da adquirida; a patologia torcica/pulmonar ocupou o 2 lugar no grupo da patologia congnita, constituindo a hrnia diafragmtica congnita a situao mais frequente. Na alta, 35% dos doentes (n=404) foram enviados para o domiclio, 51% (n=581) foram transferidos para outro servio e 14% faleceram (n=155). A mortalidade diminuiu de 22% nos primeiros 10 anos para menos de 10% nos ltimos 10 anos e 5% nos ltimos 5. A mortalidade da atrsia do esfago baixou de 22% nos primeiros 15 anos para 3,8% nos ltimos 5 e a da hrnia diafragmtica de Bochdalek de 34% nos primeiros 15 anos para 28% nos ltimos 10. Concluses: A concentrao de patologia cirrgica neonatal num centro de referncia melhora a experincia das equipas multidisciplinares podendo contribuir para um melhor prognstico de doentes com patologia grave.