4 resultados para Immersive VR
Resumo:
Introdução: Na grávida hipertensa, a importância prognóstica da MAPA é defendida em alguns trabalhos. Objectivo: Analisar o valor prognóstico da MAPA. Material e Métodos: Estudo prospectivo a 114 grávidas com PA elevada, vigiadas na consulta de HTA da MAC. Foram divididas em dois grupos: GRUPO 1, grávidas com HTA crónica (n=88) e GRUPO 2, grávidas com HTA diagnosticada na gravidez (n=26). Todas fizeram a MAPA uma vez na gravidez. Resultados: A MAPA diagnosticou 31% de grávidas com HTA, 80% no grupo das hipertensas crónicas. Observaram-se 46.5% de complicações, 36.8% foram no grupo 1 e 9.7% no grupo 2. Da comparação das complicações observadas com a presença de HTA e/ou VR na MAPA nunca se obteve significância estatística. Conclusão: A MAPA não tem um valor prognóstico sendo, no entanto, importante na monitorização da grávida hipertensa. Deverá fazer parte da vigilância de grávidas com HTA não controlada ou suspeita de HBB.
Resumo:
Introdução: A narcolepsia é uma doença do sono REM com desregulação do ciclo de sono-vigília, consequente sonolência diurna e eventual associação a alucinações hipnagógicas, paralisia do sono e cataplexia. A sua prevalência é de 0,05 a 0,02% no adulto mas desconhecida na idade pediátrica. Caso clínico: Criança de seis anos, previamente saudável com sonolência excessiva até 18 horas/dia e discinésia oromandibular, desequilíbrio na marcha e movimentos coreiformes dos membros superiores. Duas semanas antes realizara vacinação para a gripe pandémica. Registou-se ainda hiperfagia diurna e nocturna durante cinco dias com resolução espontânea, episódios de cataplexia perante riso e alterações emocionais e tremor da cabeça e dos membros superiores com melhoria clínica progressiva após oito dias. Realizou RMN-CE e EEG sem alterações. O exame líquido céfalo-raquidiano e PCR para painel de vírus herpes, Mycoplasma pneumoniae e enterovírus negativas. Nesta fase realizou polissonografia com teste de latências múltiplas do sono (TLMS) sem alterações. Exame cultural do exsudado faríngeo, TASO e anticorpo AntiDnase B negativos. Da exaustiva investigação que realizou apresentava serologias ELISA e WB compatíveis com infecção por Borrelia burdorferi, pelo que cumpriu ceftriaxone 14 dias. Serologias para influenza A mostraram IgM 39 UA/mL com IgG 194 UA/mL com segunda amostra com IgM 43 UA/mL e IgG 162 UA/mL (VR IgM<20;IgG<20). O estudo da autoimunidade revelou ANA 1/320, anticorpos anticardiolipina e antinucleares extraíveis negativos. Restantes autoanticorpos e doseamento de complemento normal. Anticorpos Anti-NMDA e VKCG negativos. Doseamento de hipocretina muito diminuído com HLA DR2 e DQB1*0602 presentes. A polissonografia com TLMS, sete meses após a primeira, confirmou sonolência excessiva com quatro inícios do sono REM sugestivos de narcolepsia. Faz terapêutica com metilfenidato, a sonolência diurna diminuiu e cumpre o seu horário escolar sem limitações. Comentários: O diagnóstico de narcolepsia foi sugerido pela clínica e confirmado pelo teste de latências múltiplas. O valor de hipocretina diminuído pode sugerir uma etiologia autoimune. Uma infecção como a borreliose ou a vacinação prévia para H1N1, responsabilizada por outros casos de narcolepsia podem ter sido desencadeantes de uma alteração imunitária responsável pela doença, nesta criança com a susceptibilidade HLA DR2 e DBQ1*0602.
Resumo:
A doença hipertensiva está entre as complicações mais comuns na gravidez e é uma das causas principais de morbilidade e mortalidade materna e perinatal em todo o mundo. Avaliar a importância prognóstica duma melhor caracterização da pressão arterial (PA) através da MAPA nas grávidas com hipertensão arterial (HTA). Estudo retrospectivo com 29 grávidas vigiadas na consulta de HTA da Maternidade Dr. Alfredo da Costa que realizaram a MAPA. A média de idades foi 32 anos; 43,2% eram nulíparas; das grávidas com HTA crónica, 52,2% eram nulíparas; a MAPA revelou HTA em 37,8% das mulheres; 75,7% das doentes tinham uma ou mais variáveis de risco (VR) presentes e destas, metade tinha uma PA normal; registaram-se 58,6% de complicações e, nestas grávidas, 88,2% tinham VR presentes; as doentes com HTA tiveram 76,9% de complicações e 77% de parto prematuro; a maioria dos recém-nascidos de baixo peso tiveram mães com diagnóstico de HTA na MAPA. Porque a MAPA é um exame importante no diagnóstico da HTA e na avaliação das VR, a sua realização é muitas vezes essencial na monitorização e vigilância destas doentes de alto-risco. Em alguns assuntos, os resultados são muito sugestivos mas não estatisticamente significativos. Levanta-se a questão da reduzida dimensão da nossa amostra e da importância de continuar a analisar a nossa população.
Resumo:
Lamivudine has been demonstrated safe and efficacious in the short term in a large cohort of children with chronic hepatitis B (CHB), but optimal duration of treatment has not been elucidated and limited data on the safety of long-term lamivudine administration have been reported. In addition, the durability of favourable therapeutic outcomes after lamivudine therapy in children has not been well characterized. The aim of this study was to examine the safety of lamivudine and the durability of clinical responses in a group of children who received up to 3 years of treatment for CHB. One hundred and fifty-one children from centres in nine countries who had previously received lamivudine in a large prospective trial were enrolled. During the first year, children had been randomized to either lamivudine or placebo treatment. Subsequently, in a separate extension study, those who remained hepatitis B e antigen (HBeAg) positive were given lamivudine for up to 2 years and those who were HBeAg negative were observed for additional 2 years. Results of these studies have been previously reported. In this study, these children were followed for 2 additional years. Data gathered from medical record review included weight, height, signs and symptoms of hepatitis, alanine aminotransferase (ALT) levels, serologic markers, hepatitis B virus (HBV) DNA levels and serious adverse events (SAEs). Other pharmacological treatments for CHB were allowed according to the practices of individual investigators and were documented. Subjects were divided into two groups for analysis, those who had achieved virological response (VR), defined as HBeAg negative and undetectable HBV DNA by the bDNA assay by the end of the extension study at 3 years, and those who had not. In those who had achieved VR by the end of the extension study, long-term durability of HBeAg seroconversion was 82% and >90% in those who had received lamivudine for 52 weeks and at least 2 years respectively. This compares to 75% for those who had achieved seroconversion after placebo. In those who had not achieved VR by the end of the extension study, an additional 11% did so by the end of the study; they had all received lamivudine in the previous trial, and none had received further treatment during the study. Eight children lost hepatitis B surface antigen during the study and all had received lamivudine at some point during the previous trials. Evaluation of safety data revealed no SAEs related to lamivudine. There was no effect of treatment on weight or height z scores. Clinically benign ALT flares (>10 times normal) were seen in 2% of children. Favourable outcomes from lamivudine treatment of CHB in children are maintained for at least several years after completion of treatment. Up to 3 years of lamivudine treatment is safe in children.