12 resultados para Hepatite C Aspectos genéticos - Teses
Resumo:
Os vrus da hepatite B (VHB) e da hepatite C (VHC) constituem a causa mais frequente de doena heptica crnica. A partilha de vias de transmisso contribui para o risco de coinfeco VHB-VHC. Nos doentes co-infectados com o VHB e VHC verifica-se uma progresso mais rpida para a cirrose heptica e existe um risco aumentado para o carcinoma hepatocelular. A teraputica da co-infeco VHB/VHC emprica, consistindo na indicada para a infeco exclusiva pelo VHC, o qual, na maioria dos casos, o vrus dominante. A utilizao do tratamento padro para a hepatite C, nomeadamente interfero alfa peguilado e ribavirina, no mostra diferenas significativas na resposta virolgica sustentada ao VHC comparativamente com a dos monoinfectados pelo VHC. incerto o benefcio da associao de anlogos dos nucles(t)idos. A aco teraputica pode modificar a interaco entre os dois vrus e, designadamente, exacerbar a doena por reactivao do VHB. Os autores apresentam o caso clnico de uma doente com co-infeco VHB-VHC, sem reconhecimento de vrus dominante, em que a resposta teraputica instituda superou a expectativa da evidncia cientfica disponvel.
Resumo:
Chronic hepatitis C virus (HCV) infection exists in a large proportion of patients undergoing renal transplantation. Nowadays it is not considered to be an absolute contraindication to transplantation; however, it is associated with an increased risk for the patient and accounts for a shorter half-life of the renal allograft. We present three transplant recipients who displayed serious hepatic dysfunction after renal transplantation due to an HCV infection. In two of these cases, the liver biopsies established the diagnosis of FCH. In the third case, the liver biopsy was compatible with the early stages of FCH. All patients were started on peg-interferon alfa 2-b and ribavirin with subsequent normalization of hepatic function and early complete viral responses.
Resumo:
Contexto: Nos ltimos anos tem-se verificado um aumento da patologia mdica associada toxicodependncia, em particular infecciosa, condicionando internamento hospitalar. O prprio internamento, por seu lado, muitas vezes complicado por problemas directamente associados ao estado de dependncia fsica e psquica, nomeadamente sndrome de abstinncia, comportamento indisciplinado e alta precoce por abandono. Os autores pretenderam caracterizar o impacto desta populao numa enfermaria de Medicina Interna durante um ano (1998). Mtodos: Foram revistos todos os processos dos doentes internados durante o ano de 1998 numa enfermaria de Medicina Interna. Foram identificados dois grupos: o primeiro constitudo por todos os toxicodependentes (definido como doentes com consumo activo de substncias ilcitas na altura da admisso hospitalar - grupo TD); o segundo pela restante populao internada (grupo controlo). Foram identificados para todos os doentes: motivos do internamento, durao do mesmo, e mortalidade; dados demogrficos (sexo e idade); todos os episdios infecciosos (na admisso e nosocomiais) e serologias positivas para os vrus da imunodeficincia humana, hepatite B e hepatite C. No grupo TD foram ainda caracterizados os hbitos de consumo e as complicaes do mesmo em internamento (em particular sndrome de privao). Resultados: Foram identificados 80 toxicodependentes(5,8% do total de internamentos): 50 homens (7,1 %) e 30 mulheres (4,5%). A idade mdia no grupo TD foi de 31 anos (no grupo controlo foi de 68,5 anos). Em 70% do grupo TD foi identificada serologia positiva para o VIH e em 48,7% para o VHC (no grupo controlo essa prevalncia foi de 2,4% e 1,2%, respectivamente). A mortalidade foi de 11,3% e de 12,7 % respectivamente nos grupos TD e controlo, sendo a demora mdia de 18,7 e de 16,0 dias. Foram identificados 46 casos de tuberculose (18,8% em doentes TD e 2,4 % nos restantes), 293 de pneumonia (28,7% e 21%) e 54 casos de infeco dos tecidos moles (27,5% e 1,5% respectivamente). S foram identificados 4 casos de endocardite (2 em cada grupo) e 6 de hepatite aguda (todos no grupo TD). No grupo TD verificaram-se 33 casos de sndrome de privao (41,3%). 16 das altas (20%) foram precoces; destes doentes, 4 tinham diagnstico de tuberculose. Desta populao 10 doentes (12,5%) eram sem abrigo (9 homens, 1 mulher) e 66 (82,5%) eram consumidores de drogas endovenosas. Concluses: No ano de 1998 os doentes toxicodependentes constituram uma percentagem significativa da populao internada, tendo tido demora mdia e mortalidade semelhantes s da restante populao, embora fossem significativamente mais jovens. A maioria foi internada por patologia infecciosa, sendo de assinalar a alta prevalncia de tuberculose e de infeco pelo VIH e VHC. igualmente relevante o elevado nmero de altas precoces nesta populao, algumas das quais de doentes com patologia potencialmente contagiosa.
Resumo:
Objectivos: Estudar a prevalncia, factores de risco, evoluo clnica e abordagem teraputica da sfilis congnita em recm-nascidos (RN) de risco, nascidos numa maternidade de referncia com apoio perinatal diferenciado. Mtodo: Realizou-se um estudo transversal para clculo de prevalncia nascena de sfilis congnita, entre Janeiro de 1993 e Dezembro de 2004, atravs de recolha de dados registados nos processos clnicos das mes e respectivos RN. De acordo com os critrios definidos pelo Centers for Disease Control and Prevention (CDC) em 1989, os RN filhos de me com VDRL e/ou TPHA positivo foram divididos em trs grupos de risco. Resultados: Foram identificados 467 recm-nascidos, verificando-se que a prevalncia de risco de sfilis congnita nascena se tem mantido ao longo dos anos (5,6). A maioria dos recm-nascidos (65%) enquadra-se no grupo de maior risco. Dezanove RN (4%) apresentaram sfilis congnita sintomtica ao nascimento, a maioria pertencente ao grupo de maior risco. Outros factores de risco encontrados foram a gravidez no-vigiada, em 30% das mes, toxicodependncia em 9%, coinfeco por vrus da hepatite B em 5%, por vrus da hepatite C em 4,7% e por vrus de imunodeficincia humana em 3,4% dos casos. Em alguns casos existia mais do que um factor de risco associado. Concluses: Verificou-se que a prevalncia de risco de sfilis congnita no sofreu grandes variaes ao longo dos doze anos, pelo que a sfilis continua a constituir um problema de Sade Pblica em Portugal, com custos econmicos e sociais.
Resumo:
Introduo: O rastreio sistemtico para infeces de transmisso vertical durante a gravidez permite melhorar o prognstico e o seguimento dos doentes eventualmente afectados e facilita o raciocnio do pediatra ou neonatologista. Objectivo: Avaliar a imunidade materna e a evoluo nos ltimos anos e a estudar a influncia da idade e da nacionalidade no estado imunolgico para estas doenas. Mtodos e doentes: Estudo no probabilstico de prevalncia de imunidade e infeco durante a gravidez. Dados obtidos dos processos clnicos dos recm-nascidos da Maternidade do Hospital (Abril, 2004-Diciembro, 2009). Resultados: Em 3162 mulheres recolheram-se 9508 resultados de serologa 2639 resultados de rastreio para Streptococcus do grupo B (SGB). A taxa de imunidade para rubola foi 93,3%, significativamente mais elevada em mes portuguesas e tambm mais elevada que no perodo 1988-95; para a toxoplasmosis foi 25,7%, superior nos grupos de mes com mais idade e entre estrangeiras e mais baixa que no perodo 1988-95; foi encontrada IgG positiva para virus citomeglico humano (CMV) em 62,4% das mulheres. No perodo 1988-95 era de 85%. As provas no treponmicas foram positivas em 0,5%. O AgHBs foi identificado em 2,3%, com taxa mais elevada entre as estrangeiras. Os anticorpos para o vrus da hepatite C e para o vrus da imunodeficincia humana foram encontrados respectivamente em 1,4% e 2,8% das mulheres rastreadas. No forma diagnosticados casos de infeco congnita. A taxa de seroconverso para a Toxoplasmose diminuiu de 1988 para o perodo em estudo. O rastreio para o SGB revelou que 13,9% das mulheres eram portadoras. Concluso: Em vinte e cinco anos foi possvel identificar uma mudana importante na seroprevalncia e taxa de seroconverso de algumas doenas infecciosas de transmisso vertical durante a gravidez.
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Aim: To characterise clinically the patients with C4d in peritubular capillaries deposits (C4dPTCD) and/or circulating anti-HLA class I/II alloantibodies. To determine the correlation between positive C4dPTCD and circulating anti-HLA class I/II alloantibodies during episodes of graft dysfunction. Subjects and Methods: C4d staining was performed in biopsies with available frozen tissue obtained between January 2004 and December 2006. The study was prospective from March 2005, when a serum sample was obtained at the time of biopsy to detect circulating anti-HLA class I/II alloantibodies. Results: We studied 109 biopsies in 86 cadaver renal transplant patients. Sixteen of these (14.7%) presented diffuse positive C4dPTCD. There was a 13.5% rate of +C4dPTCD incidence within the first six months of transplantation and 16% after six months (p>0.05). Half of the +C4dPTCD in the first six months was associated with acute humoral rejection. After six months, the majority of +C4dPTCD (n=7/8) was present in biopsies with evidence of interstitial fibrosis/tubular atrophy and/or transplant glomerulopathy. The C4dPTCD was more frequent in patients with positive anti-HCV antibodies(p<0.0001), a previous renal transplant (p=0.007), and with a panel reactivity antibody (PRA) 50%(p=0.0098). The anti-HCV+ patients had longer time on dialysis (p=0.0019) and higher PRA(p=0.005). Circulating anti-HLA I/II alloantibodies were screened in 46 serum samples. They were positive in 10.9% of samples, all obtained after six months post transplant. Circulating alloantibodies were absent in 92.5% of the C4d negative biopsies. Conclusion: We found an association between the presence of C4dPTCD and 2nd transplant recipients,higher PRA and the presence of anti-HCV antibodies. The presence of HCV antibodies is not a risk factor for C4dPTCD per se, but appears to reflect longer time on dialysis and presensitisation. In renal dysfunction a negative alloantibody screening is associated with a reduced risk of C4dPTCD (<10%).
Resumo:
Introduo: A infeco pelo vrus da hepatite C (VHC) em doentes com coagulopatias congnitas (CC), como consequncia da teraputica empregue entre os anos 70 e 80 com transfuso de derivados de plasma humano, constitui um problema de sade substancial e relevante. Objectivos: Anlise e avaliao da relevncia representada pela infeco VHC e suas complicaes no tratamento duma populao de doentes com CC. Mtodos: Anlise retrospectiva duma srie de 161 doentes com CC tratados no Servio de Imunohemoterapia do Centro Hospitalar de Lisboa Central (Lisboa, Portugal). Reviso sistemtica de processos clnicos. Elaborao duma base de dados compreendendo a informao reunida e estudo estatstico das suas variveis: idade, gnero, tipo e gravidade da coagulopatia e modalidade de tratamento. Relativamente infeco por VHC: genotipo, tipo e durao do tratamento, frequncia de resposta mantida ao tratamento e recidiva, co-infeces e complicaes major e minor. Resultados: Dos 161 doentes 65 (40%) esto infectados pelo VHC. Dos doentes com hemofilia A: 36% so grave e 62% dos quais esto infectados pelo VHC; 9% moderada com 57%; 25% ligeira com 20%. No grupo da hemofilia B: 8% so grave com 23% infectados e 6% moderada ou ligeira com 10%. Relativamente ao grupo com doena de von Willebrand: 12% so tipo 2 com 16% infectados e 4% tipo 3 com 86%. Uma coorte de 26 doentes foi submetida a teraputica para a infeco pelo VHC, com o primeiro doente a receber tratamento em 1993. Destes, 5 eram seropositivos para o VIH. O tratamento variou de monoterapia com interfero a teraputica combinada de interfero ou interfero-peguilado com ribavirina. Concluses: A infeco pelo VHC representa uma complicao significativa do tratamento empregue no passado na populao em estudo. Considerando que a maioria destes doentes foi infectada nos finais dos anos 70 e incio dos anos 80 assim como a evoluo natural da infeco pelo VHC em doentes sem CC, prev-se que a prevalncia de complicaes major dever aumentar significativamente nos prximos anos. de suma importncia a implementao de medidas profilcticas na reviso e adaptao dos protocolos de seguimento de forma a prevenir a progresso da patologia heptica nestes doentes.
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Introduo: O rastreio para doenas de transmisso vertical na gravidez contribuiu para a melhoria dos cuidados perinatais. Objectivo: Avaliar o resultado de serologias para infees do grupo TORCH e do rastreio para Streptococcus do grupo B (SGB) numa amostra de grvidas de uma maternidade, estudar a influncia da idade e da nacionalidade, e identificar casos de infeco congnita. Material e Mtodos: Estudo no probabilstico de prevalncia de imunidade e infeco durante a gravidez. Resultados: Registmos 9508 serologias TORCH e 2639 resultados de rastreio para SGB. A taxa de imunidade para rubola foi 93,3%, significativamente mais elevada em portuguesas; 25,7% das mulheres tinham IgG positiva para Toxoplasma goondii; a taxa foi mais elevada nas mulheres mais velhas e entre estrangeiras; encontrmos IgG positiva para vrus citomeglico humano (CMV) em 62,4%; no houve variao com a idade. O VDRL foi reactivo em 0,5%; 2,3% das mes tinham AgHBs positivo, mais frequente nas estrangeiras; 1,4% tinha anticorpos para o vrus da hepatite C e 0,7% tinha VIH positivo. No houve casos declarados de infeo congnita; 13,9% das mulheres eram portadoras de SGB. Discusso: A elevada taxa de imunidade para a rubola resultado da poltica nacional de vacinao. A baixa taxa de imunidade para a toxoplasmose torna mais dispendioso o seguimento das grvidas. A elevada prevalncia do CMV est de acordo com o encontrado na comunidade. Para algumas infees foram encontradas diferenas de acordo com a nacionalidade. Concluso: O conhecimento da imunidade e infeco na populao um instrumento importante para o planeamento dos rastreios durante a gravidez.
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AIMS: Data on efavirenz in HIV/viral hepatitis co-infected patients is non-consensual, probably due to liver function heterogeneity in the patients included. METHODS: A case control study was performed on 27 HIV-infected patients, with controlled and homogenous markers of hepatic function, either mono-infected or co-infected with HBV/HCV, to ascertain the influence of viral hepatitis on efavirenz concentrations over a 2-year follow-up period. RESULTS: No differences were found in efavirenz concentrations between groups both during and at the end of the follow-up period: control (2.43 +/- 1.91 mg l(-1)) vs. co-infected individuals (2.37 +/- 0.37 mg l(-1)). CONCLUSION: It was concluded that HBV/HCV infections in themselves do not predispose to an overexposure to efavirenz.
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Development of some immune-mediated disorders may depend on dysregulation of the hypothalamic-pituitary-adrenal (HPA) axis. To explore neuropsychologic mechanisms in relation to the abnormal endocrine reactivity in patients with systemic lupus erythematosus (SLE) and chronic hepatitis C (CHC) we used the corticotropin releasing hormone (CRH) test, the Minnesota Multiphasic Personality Inventory (MMPI), and the Edinburgh Inventory of Manual Preference Inventory (EIMP). Compared to controls, the adrenocorticotrophic hormone (ACTH) response to CRH was reduced in CHC, while SLE presented reduced baseline dehydroepiandrosterone sulfate levels; higher neurotic scores were found in SLE and higher behavior deviant scores in CHC. Peak ACTH levels were a significant factor for the MMPI profile variability, while the manual preference score was a significant factor for the ACTH response. Personality and manual preference contribute to neuroendocrine abnormalities. Different behavioral and neuroimmunoendocrine models emerge for these disorders.
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Este estudo de investigao teve subjacente a preocupao com a exposio microbiolgica acidental nos profissionais de sade, sabendo que os acidentes de trabalho por exposio microbiolgica acidental constituem um dos principais riscos de transmisso ocupacional de infeces por contacto com sangue e outros fluidos corporais. Os agentes infecciosos mais frequentemente envolvidos neste tipo de acidente so os vrus da hepatite B, C e o vrus da imunodeficincia humana (VIH). Teve como objectivo identificar e caracterizar os acidentes de trabalho por exposio microbiolgica acidental ocorridos nos profissionais de sade de um Hospital Central da regio de Lisboa durante os anos de 2002 a 2006 e conhecer as Representaes e os Comportamentos dos profissionais de sade aquando da ocorrncia de uma exposio microbiolgica acidental. Tratou-se de um estudo descritivo e exploratrio, inserido numa abordagem quantitativa e qualitativa. Os participantes deste estudo foram os profissionais de sade (mdicos, enfermeiros e tcnicos de diagnstico e teraputica) que tenham sofrido um acidente de trabalho com exposio microbiolgica acidental do ano de 2002 at Julho do ano de 2007, tendo-se constitudo uma amostra no probabilstica de 20 participantes utilizando a tcnica de amostragem por convenincia e que se disponibilizaram a participar no estudo aps o Consentimento Informado. Para a realizao do estudo optou-se por recorrer a um conjunto de mtodos de colheita de dados, privilegiando a anlise documental atravs do questionrio epidemiolgico de caracterizao e anlise dos acidentes de trabalho e do processo de sade individual e da realizao de uma entrevista semi-directiva no mbito da qual se aplicou um questionrio de caracterizao scio-demogrfica, apoio social e actividades de tempos livres, aspectos relacionados com a percepo sobre os riscos a que se encontram expostos no ambiente hospitalar e com o circuito de notificao do acidente de servio/trabalho. Elaborou se um guio de entrevista semi-directiva de acordo com os objectivos da investigao. Optou-se por uma metodologia quantitativa no que diz respeito anlise dos acidentes de trabalho que envolveram exposio microbiolgica durante o perodo em estudo e dos dados scio-demogrficos do questionrio aplicado no mbito da entrevista, atravs do programa informtico pakage estatstico Statistica/Program for Social Sciences-SPSS para Windows (verso 12). Posteriormente optou-se por uma metodologia qualitativa no que concerne ao tratamento dos dados relativos s entrevistas efectuadas, que consistiu na anlise de contedo temtico das entrevistas. A anlise dos resultados obtidos revelaram que os acidentes de trabalho ocasionados por material perfuro-cortante entre os profissionais de sade so frequentes devido ao nmero elevado de manipulao destes instrumentos, principalmente de agulhas e apresentam prejuzos aos profissionais e Instituio. Verifica-se que dos 305 acidentes notificados, a categoria profissional que tem o maior nmero de notificaes a dos enfermeiros com 142 acidentes no total dos anos representando 46,6%. A picada acidental o tipo de acidente mais frequente com 205 acidentes o que representa 67% do total. O instrumento que esteve associado directamente com a ocorrncia destes acidentes foram as agulhas (41,6%), nomeadamente as agulhas subcutneas (18,8%), as agulhas intravenosas (9,4%), as agulhas intramusculares (5%), outras agulhas (8,4%). As lminas de bisturi representam 13,1% dos acidentes ocorridos nos anos de 2002 a 2006. Estes acidentes podem oferecer riscos sade fsica e mental dos profissionais de sade, com repercusses psicossociais, levando a mudanas nas relaes sociais, familiares e de trabalho. Da forma como o indivduo vivncia e ultrapassa a situao e dos meios encontrados para lidar com o stress provocado pelo acidente, depende o seu bem-estar futuro na profisso e na Organizao evitando o turnover. Todos os entrevistados manifestam a percepo que o maior risco na sua actividade a relacionada com a exposio a agentes biolgicos com nfase na preocupao em adquirir uma doena infecto-contagiosa. A percepo do risco de contaminao atravs do sangue e fluidos corporais est relacionada com a ideia do VIH conduzir a uma doena fatal e incurvel apesar de existir uma perspectiva de esperana e qualidade de vida devido aos avanos das teraputicas actualmente. Os sentimentos e as emoes ocasionadas aps a exposio microbiolgica e manifestadas pelos participantes so a ansiedade, o medo, a angstia e a preocupao, raramente referem a frustrao e a revolta por se sentirem trados, da a importncia do apoio social que tiveram por parte da sade ocupacional, da famlia e amigos, bem como dos colegas de trabalho, fundamental para ultrapassar um episdio crtico da sua vida. No entanto a representao que tm das doenas como o VIH/SIDA e das hepatites B e C, como podem ser prevenidas e o nvel de controlo que sentem exercer sobre os factores de transmisso, reflectem a percepo de que as medidas preventivas podem reduzir o risco de contaminao. Uma das concluses deste estudo prende-se com a necessidade de reformulao do circuito de notificao dos acidentes de trabalho, com o objectivo de diminuir o tempo e os vrios constrangimentos durante o percurso. A anlise dos dados referentes aos acidentes de servio por exposio microbiolgica, os relatrios de anlise das causas, a seleco e avaliao dos instrumentos aplicados promovem a criao de uma cultura de segurana. Como medidas organizacionais, a preveno pressupe o treino e a formao dos profissionais de sade nos procedimentos de preveno da transmisso da infeco, o incentivo notificao das exposies e o desenvolvimento de um sistema adequado de monitorizao e gesto das exposies ocupacionais. Sendo que a preveno destes acidentes passa essencialmente pela introduo de dispositivos mdicos com sistemas de segurana, por prticas de trabalho seguras, e pela formao dos profissionais de sade.
Resumo:
Pregnancy loss is the most common obstetric complication. Multiple factors have been associated with recurrent or sporadic pregnancy loss, and genetic factors, particularly at earlier gestational ages, are the most important ones. The proportion of miscarriages due to chromosomal factors decreases with increasing gestational age. The most common chromosomal abnormalities in early losses are autosomal trisomies, monosomy X and polyploidy. In later losses, aneuploidies are similar to those found in live newborns (trisomies 21,18 and 13, X monosomy and polysomy of sex chromosomes. In cases of recurrent miscarriage the most common cytogenetic changes are trisomies, polyploidy, monosomy X and unbalanced translocations. Identification of the causes of pregnancy loss facilitates the families grief and may indicate if there is the risk of repetition, in order to reduce recurrence. The investigation recommended in each case is far from consensual, and the cost/benefit analysis of diagnostic exams is essential. The determination of the karyotype of the products of conception is indicated in cases of fetal loss and recurrent miscarriage, while the parental karyotypes should be performed only in selected cases. Couples with identified genetic conditions should be counseled about reproductive options, including prenatal or pre-implantation diagnosis. Surveillance of a future pregnancy should be multidisciplinary and adjusted in each case. The cytogenetic factors, due to their high prevalence and complexity, have a fundamental, but still not completely clear, role in pregnancy loss.