2 resultados para Fortis, Albverto, 1741-1803.
Resumo:
A escoliose congénita persiste como uma entidade desafiante para o clínico de Medicina Física e de Reabilitação. Deve-se a uma anomalia do desenvolvimento vertebral, condicionando uma apresentação em idades mais jovens, comparativamente à maioria das escolioses idiopáticas. As curvaturas congénitas tendem a ser rígidas e refractárias ao tratamento conservador, o que aliado ao potencial de crescimento vertebral remanescente, pode resultar em graves deformidades da coluna. Os autores fazem uma revisão da literatura publicada subordinada a escolioses congénitas, visando a actualização dos aspectos fundamentais do respectivo diagnóstico e tratamento. As anomalias vertebrais são classificadas em defeitos de segmentação, formação ou mistos. Os defeitos de formação podem ser completos ou parciais, dando origem a uma hemivértebra ou a uma vértebra em cunha. Entre os defeitos de segmentação, distinguem-se as barras não segmentadas e, na ausência completa de formação do disco, o bloco vertebral. A avaliação consiste numa história clínica detalhada, incluindo os antecedentes pré-natais, o parto e neonatais, história familiar, etapas do desenvolvimento psicomotor e revisão de sistemas. O exame objectivo inclui um exame cuidado do ráquis, alterações cutâneas, deformidades torácicas, genitais, das mãos e pés e exame neurológico. É importante o reconhecimento de anomalias congénitas associadas, nomeadamente intra-espinhais, genito-urinárias, cardiovasculares entre outras. O diagnóstico atempado e o seguimento clínico, são a chave para evitar a progressão da escoliose e o aparecimento de complicações. A radiologia simples permite o diagnóstico das malformações vertebrais, a quantificação da progressão da curva escoliótica e a determinação do potencial de crescimento. A evolução depende da área envolvida, do tipo de anomalia vertebral, idade na altura do diagnóstico, da compensação e padrão da curva. A presença de uma barra não segmentada unilateral está associada a mau prognóstico. A vértebra em bloco alia-se ao melhor prognóstico. Apesar de o tratamento ortóptico permanecer controverso, a possibilidade de atraso da progressão da curvatura escoliótica, permitindo a cirurgia mais tardia, justificam-no como opção terapêutica, em casos seleccionados. O tratamento é cirúrgico nas curvaturas escolióticas curtas, rígidas e progressivas. A MFR desempenha um papel importante no diagnóstico, orientação terapêutica e interface com outras especialidades, atendendo à especificidade individual do tratamento e carácter nefasto das complicações.
Resumo:
Background: Brain natriuretic peptide is a predictor of mortality in multiple cardiovascular diseases but its value in patients with chronic kidney disease is still a matter of debate. Patients and methods: We studied 48 haemodialysis patients with mean age 70.0±13.9 years,62.5% female, 43.8% diabetics, with a mean haemodialysis time of 38.1±29.3 months. To evaluate the role of brain natriuretic peptide as a prognostic factor in this population we performed a two-session evaluation of pre- and postmid-week haemodialysis plasma brain natriuretic peptide concentrations and correlated them with hospitalisation and overall and cardiovascular mortality over a two-year period. Results: There were no significant variations in pre– and post-haemodialysis plasma brain natriuretic peptide concentrations. Pre- and post-haemodialysis brain natriuretic peptide concentrations were significantly greater in patients who died from all causes(p=0.034 and p=0.001, respectively) and from cardiovascular causes (p=0.043 and p=0.001, respectively). Patients who were hospitalised in the two-year study period also presented greater pre- and posthaemodialysis brain natriuretic peptide concentrations(p=0.03 and p=0.036, respectively). Patients with mean brain natriuretic peptide concentrations ≥ 390 pg/mL showed a significantly lower survival at the end of the two-year study period. Conclusion: Brain natriuretic peptide was a good predictor of morbidity and mortality (overall and cardiovascular) in our population.