24 resultados para Fígado gordo não alcoólico


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Nas últimas décadas, houve um declínio marcado da incidência global da insuficiência renal aguda (IRA) associada a causas obstétricas nos países desenvolvidos, devendo-se à melhoria significativa dos cuidados perinatais e à diminuição do número de abortos sépticos. Não obstante, a IRA ainda ocorre, tendo uma mortalidade elevada durante o período agudo, não sendo rara a progressão para insuficiência renal terminal. A IRA durante a gravidez pode ter várias causas, as quais são diferentes na primeira e na segunda metades da gravidez. Numa fase inicial da gravidez os problemas mais comuns são a doença prérenal devido à hiperémese gravídica e a necrose tubular aguda resultante do aborto séptico. Nos estadios mais tardios, pode ser causada por necrose tubular aguda ou necrose cortical renal, as quais podem ser originadas no contexto de várias situações, tais como a pré-eclampsia e/ou eclampsia, o descolamento prematuro da placenta, a placenta prévia, a hemorragia pós parto, o fígado gordo da gravidez e a embolia do líquido amniótico. Pode ainda ser causada pelo síndrome hemolítico-urémico pós-parto e a obstrução do aparelho urinário, entre outras. Na abordagem terapêutica da IRA na gravidez, é preconizada a colaboração estreita entre obstetra e nefrologista, devendo o tratamento ser individualizado.

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Os autores apresentam um caso de esteatohepatite não alcoólica numa mulher obesa, não diabética, que evoluiu para cirrose hepática. A propósito desta entidade revêem a literatura discutindo a sua história natural e os principais processos patológicos a ela associados. Destacam a importância da obesidade no desenvolvimento da esteatohepatite e da vantagem, em casos seleccionados, da execução de biópsia hepática, como técnica de diagnóstico fundamental.

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A necrose esofágica aguda é uma entidade raramente descrita na literatura, caracterizada endoscopicamente por uma coloração negra da mucosa do esófago. Tem sido associada à ingestão de cáusticos, à hipersensibilidade a fármacos, a infecções locais da mucosa e, mais frequentemente, a fenómenos da isquémia por instabilidade hemodinâmica. Recentemente, foram detectados alguns casos em doentes com ingestão alcoólica aguda e crónica e suas complicações, admitindo-se uma relação entre as duas entidades. Os autores descrevem um caso de esófago negro num doente internado por intoxicação alcoólica aguda, hematemeses, choque hipovolémico e pneumonia de aspiração. Atribui-se uma etiopatogénese multifactorial, que inclui a lesão directa e indirecta do álcool sobre a mucosa esofágica, assim como fenómenos de isquémia secundários ao choque hipovolémico e à pneumonia.

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Os AA apresentam um caso clínico de sarcoma indiferenciado do fígado no adulto com metástases pulmonares, cardíacas e com recidiva local hepática. Salienta-se a contribuição dos exames complementares de diagnóstico, com especial relevo para a ecocardiografia no diagnóstico precoce de metástases intracardiacas. Não encontrámos qualquer outro caso descrito na literatura portuguesa.

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As doenças hepáticas constituem uma das causas frequentes de internamentos em serviços de Medicina Interna. Os autores fizeram um trabalho de revisão de cinco anos dos internamentos num Serviço de Medicina Interna cujos diagnósticos foram de doença hepática crónica, hepatite aguda e carcinoma hepatocelular. Concluíram que houve uma diminuição de internamentos por doença hepática crónica ao longo dos anos e um crescente aumento de hepatites agudas, a maioria delas associada a doentes toxicodependentes e com SIDA.

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A cirurgia dos tumores do pâncreas continua a ser marcada pela pobreza dos resultados obtidos. No caso dos tumores localmente invasivos, os doentes são habitualmente sujeitos a uma mera cirurgia de derivação, com escassa sobrevivência e má qualidade de vida. Os autores operaram sete doentes com tumores do pâncreas localmente invasivos, sujeitos a cirurgia de ressecção radical, com bons resultados. É apresentada uma técnica original de reconstrução da circulação arterial hepática.

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Os A.A apresentam dois casos clínicos de tumores hepáticos associados ao torotraste, dois colangiocarcinomas, observados numa enfermaria de Medicina Interna de um hospital de Lisboa. É feito um comentário sobre o efeito nefasto das radiações ionizantes em geral sobre o organismo humano, particularizando os efeitos do torotraste. Comenta-se, ainda, o prolongado tempo de latência que existiu nestes dois casos, bem como o facto de, provavelmente, estarmos perante os últimos casos de tumores induzidos pelo torotraste.

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Chronic hepatitis C virus (HCV) infection exists in a large proportion of patients undergoing renal transplantation. Nowadays it is not considered to be an absolute contraindication to transplantation; however, it is associated with an increased risk for the patient and accounts for a shorter half-life of the renal allograft. We present three transplant recipients who displayed serious hepatic dysfunction after renal transplantation due to an HCV infection. In two of these cases, the liver biopsies established the diagnosis of FCH. In the third case, the liver biopsy was compatible with the early stages of FCH. All patients were started on peg-interferon alfa 2-b and ribavirin with subsequent normalization of hepatic function and early complete viral responses.

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INTRODUCTION AND AIMS: Adult orthotopic liver transplantation (OLT) is associated with considerable blood product requirements. The aim of this study was to assess the ability of preoperative information to predict intraoperative red blood cell (RBC) transfusion requirements among adult liver recipients. METHODS: Preoperative variables with previously demonstrated relationships to intraoperative RBC transfusion were identified from the literature: sex, age, pathology, prothrombin time (PT), factor V, hemoglobin (Hb), and platelet count (plt). These variables were then retrospectively collected from 758 consecutive adult patients undergoing OLT from 1997 to 2007. Relationships between these variables and intraoperative blood transfusion requirements were examined by both univariate analysis and multiple linear regression analysis. RESULTS: Univariate analysis confirmed significant associations between RBC transfusion and PT, factor V, Hb, Plt, pathology, and age (P values all < .001). However, stepwise backward multivariate analysis excluded variables Plt and factor V from the multiple regression linear model. The variables included in the final predictive model were PT, Hb, age, and pathology. Patients suffering from liver carcinoma required more blood products than those suffering from other pathologies. Yet, the overall predictive power of the final model was limited (R(2) = .308; adjusted R(2) = .30). CONCLUSION: Preoperative variables have limited predictive power for intraoperative RBC transfusion requirements even when significant statistical associations exist, identifying only a small portion of the observed total transfusion variability. Preoperative PT, Hb, age, and liver pathology seem to be the most significant predictive factors but other factors like severity of liver disease, surgical technique, medical experience in liver transplantation, and other noncontrollable human variables may play important roles to determine the final transfusion requirements.

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Acute renal failure (ARF) is common after orthotopic liver transplantation (OLT). The aim of this study was to evaluate the prognostic value of RIFLE classification in the development of CKD, hemodialysis requirement, and mortality. Patients were categorized as risk (R), injury (I) or failure (F) according to renal function at day 1, 7 and 21. Final renal function was classified according to K/DIGO guidelines. We studied 708 OLT recipients, transplanted between September 1992 and March 2007; mean age 44 +/- 12.6 yr, mean follow-up 3.6 yr (28.8% > or = 5 yr). Renal dysfunction before OLT was known in 21.6%. According to the RIFLE classification, ARF occurred in 33.2%: 16.8% were R class, 8.5% I class and 7.9% F class. CKD developed in 45.6%, with stages 4 or 5d in 11.3%. Mortality for R, I and F classes were, respectively, 10.9%, 13.3% and 39.3%. Severity of ARF correlated with development of CKD: stage 3 was associated with all classes of ARF, stages 4 and 5d only with severe ARF. Hemodialysis requirement (23%) and mortality were only correlated with the most severe form of ARF (F class). In conclusion, RIFLE classification is a useful tool to stratify the severity of early ARF providing a prognostic indicator for the risk of CKD occurrence and death.

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Orthotopic liver transplantation has become the treatment of choice for familial amyloidotic polyneuropathy. The aims of this study were to evaluate the renal complications post orthotopic liver transplantation in familial amyloidotic polyneuropathy and their impact. We retrospectively studied 185 recipients who underwent 217 orthotopic liver transplants. Mean age 36.8±9.5 years, 59% males, 14.3% with renal dysfunction pre orthotopic liver transplantation. Mean follow-up 3.6±3.7 years. Thirty-two patients died. Univariate and multivariate analysis were performed, and p<0.05 was considered significant. Acute kidney injury occurred in 57 patients and renal replacement therapy was needed in 16/57. In multivariate analysis, acute kidney injury was correlated with development of chronic kidney disease (p<0.001). Relating to development of chronic kidney disease, 23.5% had progress to stage 3, 6% to stage 4 and 5.1% to stage 5d. According to Spearmen correlation, risk factors for chronic kidney disease development were age (p<0.001), renal dysfunction pre orthotopic liver transplantation (p<0.001) and acute kidney injury post orthotopic liver transplantation (p<0.001). Mortality was correlated with age (p<0.001), retransplantation need (p=0.004), renal dysfunction pre orthotopic liver transplantation (p<0.001), acute kidney injury post orthotopic liver transplantation (p=0.04), and chronic kidney disease stage 5 (p<0.001). Using binary regression, mortality was correlated with chronic kidney disease development (p=0.02). In conclusion, familial amyloidotic polyneuropathy patients are disposed to renal complications that have a negative impact on the survival of these patients.