3 resultados para Encontro nacional de escolas de governo
Resumo:
A estratégia nutricional actual em recém-nascidos muito prematuros em cuidados intensivos, consiste em iniciar desde o primeiro dia de vida nutrição parentérica com elevadas doses de nutrientes e alimentação trófica o mais precocemente possível. Pretende-se assim prevenir o atraso de crescimento extrauterino, a osteopenia e a mánutrição cerebral. O leite humano (LH) é o preferido, por todas as vantagens biológicas e imunológicas no pré-termo. A partir de certa altura o LH pode não suprir as necessidades do pré-termo em crescimento, sendo necessário suplementá-lo com “fortificantes”. Na indisponibilidade de LH, estão recomendadas Fórmulas para pré-termo substancialmente enriquecidas em energia, macro- e micronutrientes. Após alta, de acordo com as recomendações da ESPGHAN (JPGN 2006;42:596), quando a criança atinge as 40 semanas (porventura 52 semanas) de idade corrigida: 1) se a evolução ponderal for adequada, está indicada a amamentação exclusiva, ou, se esta não for suficiente, suplementação com Fórmula para Lactente enriquecida em ácidos gordos polinsaturados de cadeia longa; 2) se a evolução ponderal for deficitária, será necessário fortificar o leite materno, ou introduzir Fórmula para Após Alta (postdischarge formula – PDF), mais rica em energia e nutrientes.
Resumo:
Introdução: Na criança e no adolescente os episódios depressivos podem apresentar-se como tristeza generalizada, anedonia (característica bastante típica da 1ªInfância), tédio ou irritabilidade (que substitui muitas vezes o humor depressivo) e sentimento de indiferença perante actividades que anteriormente causavam prazer. É a presença de comprometimento funcional que distingue a depressão dos “altos e baixos” normais da infância e adolescência. Estima-se que a prevalência de depressão na 2ª Infância seja de 1-2%. Esta prevalência aumenta proporcionalmente com a idade, podendo atingir, no fim da adolescência, os 20%. O diagnóstico pode ser difícil: por vezes a irritabilidade e as alterações do comportamento dominam o quadro clínico. Objectivos: Este trabalho tem como principais objectivos fazer uma revisão das teorias biólogicas existentes e abordar, sucintamente, o tratamento farmacológico da depressão, dando ênfase aos fármacos mais utilizados em Psiquiatria da Infância e da Adolescência. Resumo: Trata-se de um trabalho de revisão bibliográfica onde serão abordados conceitos farmacológicos chave como as definições de Resposta, Remissão, Recuperação, Recaída, Recorrência, bem como o funcionamento dos neurónios e circuitos monoaminérgicos (noradrenérgicos, serotoninérgicos e dopaminérgicos). Nas bases biológicas da depressão serão enfatizadas as teorias da monoamina e dos receptores de neurotransmissores. Abordar-se-á de modo sucinto a influência dos receptores de monoaminas na transdução de sinal e regulação da expressão de genes. O vasto grupo farmacológico dos antidepressivos engloba, entre outros, os inibidores da monoamina oxidase, os antidepressivos tricíclicos e os inibidores selectivos da recaptação da serotonina. Não se pretendendo uma revisão exaustiva, tentar-se-á salientar os grupos mais importantes e os novos antidepressivos. Sendo a Infância e a Adolescência uma faixa etária para a qual existem poucos estudos de eficácia vs efeitos secundários dos antidepressivos, tentaremos salientar os fármacos melhor estudados e aqueles que estão recomendados.
Resumo:
INTRODUÇÃO: O Gabinete Coordenador de Colheita e Transplantação (GCCT) do Hospital S. José – CHLC, EPE, criado através do Despacho nº 269/1993, de 17 de Novembro, tem como missão prestar um serviço de excelência na área da doação, colheita e transplantação de órgãos e tecidos, e propor soluções inovadoras com vista à otimização de processos e à melhoria contínua da qualidade dos serviços que presta. O programa de transplantação dos Hospitais Civis de Lisboa (HCL) remonta ao ano de 1961, com os primeiros transplantes de córnea no Hospital de Santo António dos Capuchos. Posteriormente entraram em funcionamento as unidades de transplantação cardíaca no Hospital de Sta Marta e unidade de transplantação renal no Hospital Curry Cabral em 1988. Em 1991, é realizado o primeiro transplante de coração pulmão no Hospital de Sta Marta, em 1992 iniciou-se o programa de transplante hepático no Hospital Curry Cabral e em 1997 tem inicio o programa de transplante de medula no Hospital de Stº António dos Capuchos. Nesta altura, o enxerto de pele era uma terapêutica vulgarizada nos Hospitais Civis de Lisboa. No ano de 2007, foi implementado o programa de colheita de membrana amniótica e até ao momento presente é o único GCCT que tem este programa ativo. Não obstante o esforço desenvolvido pelo GCCT, em estreita colaboração com o Banco de Tecidos do Instituto Português do Sangue e da Transplantação, IP (IPST, IP), entidade responsável pela análise, processamento, preservação, armazenamento e distribuição de tecidos de origem humana com a qual o GCCT estabeleceu protocolo de colaboração para todos os tecidos colhidos (à exceção das córneas), tem-se constatado que o país não é autossuficiente no que aos tecidos diz respeito sendo recorrente a importação de tecidos pelo referido Banco de forma a dar resposta às solicitações nacionais. METODOLOGIA E RESULTADOS: Para conhecer o potencial de doação de tecidos em dador em coração parado procuramos a nossa amostra em dois grupos diferentes: os dadores de córnea do CHLC, EPE em coração parado de 2013 (83 dadores) e os falecidos no CHLC, que em 2013 que cumpriam critérios para dadores de córneas e não foram referenciados. Para ambos os grupos foi definida a idade limite para doação de algum tipo de tecido (além das córneas), os 65 anos (idade limite para a doação de tecidos, de acordo com os critérios em vigor - 2010 - do Banco de Tecidos do IPST, IP com o qual o GCCT estabeleceu protocolo de colaboração). A nossa amostra é, então, composta por 29 dadores de córneas em 2013 com idade inferior a 65 anos e 26 falecidos não referenciados com idade inferior a 65 anos (consulta diária dos mapas dos falecidos permite identificar os falecidos não referenciados pelas unidades/serviços). Os resultados obtidos levam-nos a concluir que é decisiva a implementação de programas de colheita de tecidos em dador em coração parado de forma a alargar o número de dadores e, desta forma, contribuir para a autossuficiência nacional, em conjunto com a reorganização desta atividade nos dadores em morte cerebral bem como a revisão dos critérios de seleção de dadores de aloenxertos, de acordo com as várias recomendações internacionais.