12 resultados para Dengue, prevenção
Resumo:
A alergia alimentar tem expresso e gravidade crescentes em idade peditrica. Estando documentada maior incidncia familiar, tm sido tentadas medidas de prevenção primria, cuja efi ccia permanece controversa. Descreve-se o caso de uma criana de alto risco que fez prevenção primria de alergia alimentar. Apresentou, no entanto, desde os 2 meses, eczema atpico e, aos 12 meses, reaco anafilctica aps ingesto acidental de peixe. Testes cutneos por picada e IgE especficas positivos para diversos peixes e ovo. Apesar da evico prescrita, aos 22 meses ocorreu nova reaco anafilctica, no infantrio, aps inalao de vapores de peixe e, aos 42 meses, vmitos aps ingesto acidental de alimento contendo ovo. A prevenção primria da alergia ao leite de vaca foi eficaz. Este caso salienta a complexidade da abordagem preventiva da alergia alimentar e destaca a necessidade do envolvimento da famlia e da escola na prevenção e na actuao rpida e eficaz na anafilaxia alimentar.
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A Tuberculose uma doena altamente contagiosa que atinge sobretudo idosos e pessoas com maior vulnerabilidade, embora afecte tambm a populao activa, em particular os mais expostos como os profissionais de sade. A sua transmisso potenciada por factores demogrficos, pela urbanizao, pelo aparecimento de formas resistentes medicao habitual e pela associao infeco por VIH. Apresenta-se o modelo, estratgia, mtodos e resultados da interveno de prevenção do risco profissional de Tuberculose no CHL/Hospital S. Jos desenvolvida pelo Servio de Sade Ocupacional (SSO). O SSO constitudo por equipa multiprofissional composta por Medicina do Trabalho, Ergonomia, Higiene e Toxicologia, Psicologia e Segurana do Trabalho, e inclui uma componente tcnica orientada para os problemas de sade no trabalho e a prevenção dos riscos ocupacionais, e uma componente clnica vocacionada para os problemas de sade individual e o atendimento na doena aguda e crnica, assegurando cuidados de sade personalizados e integrados (primrios, secundrios e tercirios), com nfase na prevenção primria e promoo da sade no trabalho. A equipa de Enfermagem intervm na mediao e personalizao dos cuidados da Medicina do Trabalho e da rea clnica, interagindo com a equipa tcnica no que se refere aos problemas da sade no trabalho. No Hospital trabalham cerca de 2500 profissionais (68%do sexo feminino), dos quais os grupos profissionais mais representativos correspondem enfermagem (29%), auxiliares (25,8%) e mdicos (19,5%), apresentando diferentes factores de vulnerabilidade, predisposio e doena associados a hbitos, comportamentos e estilos de vida, e a riscos particulares das tarefas da sua actividade. O SSO iniciou a interveno sistemtica de prevenção e controlo do risco de Tuberculose nos profissionais do Hospital em Abril de 1996 com a disponibilizao do rastreio activo, em colaborao com o Centro de Diagnstico Pneumolgico da Praa do Chile, o qual representa, at ao presente, a maior adeso registada em hospitais do pas. Reflecte-se o nvel de risco de exposio ocupacional dos profissionais tuberculose, particularidades de risco dos cenrios e adequao da proteco individual, isolamento e ventilao; o rastreio activo (Mantoux, Rx trax) inicial, peridico conforme o nvel de risco, aps exposio e em profissionais com vulnerabilidade Mantoux negativos, imunocomprometidos (VIH, corticoterapia, imunossupresso, insuficincia renal, ); a informao personalizada aos profissionais, formao individual e de grupo, em sala e no local de trabalho; e os resultados (taxa de Tuberculose latente, taxa de viragem tuberculnica, quimioprofilaxia, Tuberculoses profissionais).
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Objectives: Literature review of classification, epidemiology, pathophysiology, microbiology, clinical presentation, diagnosis, complications, treatment and prevention of urinary tract infections (UTI) in pregnancy. Data Sources and Review Methods: Bibliographic research in Medline, through PubMed and Medscape, of systematic reviews, observational studies, clinical guidelines, meta-analyses and randomized controlled trials published between January 1992 and December 2010. Results: Asymptomatic bacteriuria occurs in 2 to 10% of pregnant women, 30% of which will develop acute pyelonephritis if left untreated. Treatment of asymptomatic bacteriuria has been shown to reduce the risk of pyelonephritis in pregnancy. Therefore, screening and treatment of this form of UTI has become a standard of obstetrical care, although the ideal duration of the treatment is still controverse. Acute pyelonephritis is one of the most common medical complications of pregnancy and may be associated with maternal, obstetric and perinatal complications. There is no clear consensus in the literature regarding antibiotic choice or duration of therapy for symptomatic UTI. Increasing antibiotic resistance complicates the choice of empirical regimens and local resistance rates need to be taken into account when deciding the therapy. Considering the high rate of recurrence of UTI during pregnancy, prophylactic measures need to be taken in pregnant women who have already experienced UTI during their current pregnancy. Conclusions: Although UTI is a generally benign condition in non-pregnant women, it may be a potentially serious complication during pregnancy. Early diagnosis and treatment of UTI during pregnancy are mandatory and can prevent severe maternal and perinatal complications.
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Neste trabalho as autoras salientam os principais aspectos do tratamento da Medicina Fsica e de Reabilitao (MFR) na criana queimada no sentido de prevenir ou minimizar as sequelas estticas, funcionais ou psicolgicas e as respectivas repercusses no seu desenvolvimento psicomotor. Aps a abordagem sucinta das particularidades das queimaduras na criana so referidos os objectivos do programa de reabilitao. Quando que este deve ser iniciado e o contexto que deve ser efectuado, assim como as diferentes reas de interveno da MFR (fisioterapia, terapia ocupacional, terapia da fala) e as suas particularidades. No internamento, destaca-se a importncia dos posicionamentos e das diferentes tcnicas cinesiolgicas, como a cinesioterapia respiratria e as diversas formas de mobilizao. No ambulatrio, a necessidade de acompanhamento peridico em consulta, e a avaliao dos critrios para uso do material compressivo assim como a importncia da colaborao dos pais no sucesso do tratamento da criana queimada As complicaes que podem ocorrer, no decurso da evoluo do processo cicatricial e que so mais frequentes na criana, nomeadamente o aparecimento de cicatrizes hipertroficas, queloides ou retraces cutneas. Terminando por destacar a prevenção como o melhor tratamento das queimaduras.
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As recomendaes da Seco de Neonatologia da Sociedade Portuguesa de Pediatria (SNN-SPP) prevem a profilaxia medicamentosa da infeco por vrus sincicial respiratrio (VSR) com palivizumab em idades gestacionais (IG)inferiores a 30 semanas. Alguns Hospitais de Apoio Perinatal Diferenciado seguem prticas mais restritas, limitando o seu uso extrema prematuridade e/ou a prematuros com doena pulmonar crnica da prematuridade. Objectivos. Estimar a relao custo-eficcia da profilaxia com palivizumab segundo as recomendaes da SNN-SPP, atravs da aplicao de um modelo terico a uma coorte real de prematuros. Metodologia. Estudo prospectivo histrico. Coorte de crianas nascidas num Hospital de Apoio Perinatal Diferenciado entre 1/10/2002 e 30/04/2005 com IG 35 semanas. Considerou- se caso o internamento no mesmo hospital por bronquiolite por VSR nas pocas 2003/04 e 2004/05. Baseando-nos nas recomendaes SNN-SPP e no Number Needed to Treat dos estudos IMpact e IRIS, estimmos a reduo prevista nas taxas de hospitalizao caso a profilaxia fosse efectuada, comparando os seus custos com a reduo de custos de hospitalizao. Resultados. Dos 356 recm-nascidos elegveis, nove foram excludos por bito e dois por administrao de palivizumab. A taxa de hospitalizao por bronquiolite por VSR nas 345 crianas includas foi 9,3%. No subgrupo com indicao para profilaxia (26 crianas) a taxa de hospitalizao foi 15,4%, com uma estimativa de custo mdio de hospitalizao de 6.542,35. No ocorreu nenhuma morte por infeco por VSR. A reduo estimvel no nmero de hospitalizaes sob profilaxia seria de 1,5 (IMpact) ou 2,4 (IRIS). O custo necessrio para prevenir um internamento seria de 26.263,11 na melhor estimativa e 57.716,26 na pior estimativa. Concluso. Com o modelo desenvolvido, no conseguimos demonstrar nesta coorte uma estimativa de relao custo-eficcia favorvel administrao de Palivizumab segundo recomendaes da SNN-SPP.
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O leite materno tem propriedades que o tornam nico e inimitvel. Sob o ponto de vista de prevenção da infeco,o leite de uma me , na generalidade dos casos, o alimento de eleio para o seu filho. certo que h situaes infecciosas que contra indicam o aleitamento materno mas elas so, hoje em dia, bem definidas e limitadas. Por outro lado, os conhecimentos actuais sobre as vantagens do aleitamento materno so to baseados na cincia e na evidncia, que se pode considerar um falhano dos servios de sade ter uma criana no amamentada. Aceitamos que toda a me tem o direito de dizer no, mas s se esse, for um no esclarecido. O leite materno um simbitico, uma fonte natural de lactobacilos e bfidobactrias (pr-biticos) e uma fonte natural de oligossacridos (pr-biticos) que, s por si e independentemente de todas as outras substncias que o compem, constituem uma proteco contra doenas infecciosas e no infecciosas em todos os perodos da vida nomeadamente na idade adulta. O recm-nascido pr-termo beneficiar muito se for alimentado com leite materno pelas condies que envolvem o seu nascimento e primeiros tempos de vida mas, muitas vezes, esse beneficio no utilizado, tendo frequentemente como justificao precisamente esses condicionalismos.
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Introduo: Nos ltimos 30 anos, em vrios pases, tem sido relatado um aumento da incidncia de tosse convulsa, sobretudo em adolescentes e adultos, apesar das altas taxas de cobertura de imunizao primria. Objectivos: Rever aspectos da epidemiologia da tosse convulsa, descrever algumas estratgias de controlo, com nfase nas que incluem a utilizao de vacinas com menores quantidades do toxide diftrico e de alguns componentes pertussis (dTpa), e a avaliao da eficcia e efectividade destas vacinas. Mtodos: Seleco de artigos relevantes, atravs da base de dados PubMed e stios de acesso livre da internet, publicados entre 1991 e 2011. Resultados: As alteraes do padro epidemiolgico so atribudas, principalmente, diminuio da imunidade ao longo dos anos, aps a vacinao ou infeco natural. Os adolescentes e adultos foram identificados como importantes fontes de transmisso da doena para lactentes muito jovens que, uma vez no imunizados ou parcialmente imunizados, so mais vulnerveis s complicaes relacionadas com a doena e apresentam maior mortalidade. A vacina (dTpa), formulada para o uso em adolescentes e adultos segura e eficaz. A sua utilizao tambm reduz a transmisso da tosse convulsa para os grupos etrios com alto risco de complicaes. Concluso: A disponibilidade da dTpa oferece novas oportunidades para reduzir o impacto da tosse convulsa. A modificao das estratgias preventivas pode levar a um melhor controlo global da doena.
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A hemorragia ps-parto (HPP) continua nos dias de hoje a ser uma complicao obsttrica frequente com elevada morbilidade e mortalidade materna. Os autores fizeram uma reviso do mtodo de avaliao rpida e aplicao de teraputica mdica, cirrgica e radiolgica na HPP.
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Introduo: O dengue uma doena viral, autolimitada, transmitida pelo mosquito do gnero Aedes. A introduo do vetor de transmisso na ilha da Madeira levantou a ameaa de uma epidemia. Apesar da implementao de medidas de controlo do vetor, oito anos aps a sua deteo verificou-se o primeiro surto de dengue na regio. Este estudo teve como objetivo a caracterizao dos casos de dengue em idade peditrica no primeiro surto desta doena na Madeira. Mtodos: Estudo retrospetivo, observacional e descritivo. Foram includas crianas e adolescentes dos zero aos catorze anos com diagnstico de dengue confirmado laboratorialmente. Foi feita a caracterizao das variveis demogrficas, clnicas e analticas, com posterior anlise e tratamento estatstico. Resultados: Foram confirmados laboratorialmente 182 casos, verificando-se predomnio do sexo masculino e idade mdia de 9,6 anos. A taxa de incidncia foi de 413,5/100000 habitantes, com pico de incidncia em novembro de 2012. Os sintomas de apresentao mais frequentes foram febre (98,3%), cefaleias (75,2%), mialgias (66,5%) e exantema (51,6%), surgindo manifestaes hemorrgicas em 9,9% dos casos. A taxa de internamento foi de 15,9%, com durao mdia de 3,8 dias, no sendo registados bitos. Foi identificado somente o serotipo DEN-1. Concluses: A elevada densidade do vetor associada presena de hospedeiros suscetveis poder ter originado a exploso do surto, aps a introduo do vrus na regio. Sendo a imunidade serotipo-especfica, a presena de um novo serotipo poderia ter consequncias devastadoras, pelo que dada a possibilidade de um novo surto, devero ser mantidas as medidas de controlo entomolgico e de proteo individual.
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Introduo: O papel do cido acetilsaliclico (AAS ou aspirina) na prevenção das complicaes associadas pr-eclmpsia tem sido objeto de estudos e de controvrsias ao longo de 30 anos. Os primeiros trabalhos de investigao acerca do papel da placenta na gnese da pr-eclmpsia surgiram em finais dos anos 70 e assinalavam um aumento da atividade plaquetria e alterao da sntese das prostaglandinas, como consequncia da deficiente adaptao da placenta. Ao longo dos ltimos 20 anos do sculo XX, sucederam-se estudos de investigao acerca do papel profiltico da aspirina na reduo do risco de pr-eclmpsia. Material e Mtodos: Para analisar os trabalhos publicados sobre o uso da aspirina na prevenção da pr-eclmpsia, bem como sobre a dose mais adequada e momento de administrao, foram consultados apenas estudos prospetivos, revises sistemticas e meta-anlises atravs das seguintes fontes pesquisa (PubMed, Cochrane, Embase). Os artigos citados foram considerados os mais relevantes. Os trabalhos foram divididos em dois grupos: no primeiro foram includos os trabalhos em que a aspirina era administrada at s 16 semanas e o segundo, com incio de administrao por um perodo mais alargado. Resultados e Discusso: No primeiro grupo, com menor nmero de casos, mas com incio mais precoce de administrao do frmaco, at s 16 semanas, concluiu-se que a aspirina poderia ter um papel positivo na reduo de risco de gravidade da pr-eclmpsia; o segundo grupo, com maior nmero de casos nos estudos, mas com condies menos restritas de entrada e de tempo de incio do frmaco, teve resultados mais controversos. As meta-anlises destes estudos concluram que os resultados favorveis estavam associados s condies de e momento da administrao. Concluso: No existindo ainda alternativas ou frmacos que lhe possam ser associados, a aspirina em baixas doses (80 a 150 mg/dia) ao deitar, iniciada no 1 trimestre e at s 16 semanas mantm-se um frmaco seguro, que tem contribudo para reduo do risco de pr-eclmpsia precoce, com as consequncias que lhe esto associadas.