9 resultados para Colo do Útero
Resumo:
O carcinoma cervical como neoplasia frequente e importante causa de morbilidade e mortalidade feminina está intimamente relacionado com a infecção pelo Papiloma Vírus Humano (HPV). No entanto, esta infecção não é condição suficiente para a transformação maligna. O contributo das hormonas esteróides tem demonstrado ser um cofactor cada vez mais plausível. Os estrogénios e a progesterona parecem ser candidatos para esta transformação através, quer de efeitos tróficos independentes, quer por sinergia com a infecção a HPV. Este artigo resume alguns conceitos propostos como hipótese, nesta nova abordagem, para a compreensão da fisiopatologia do carcinoma cervical, onde a possibilidade terapêutica consequente evidencia a importância da sua investigação.
Resumo:
Os autores apresentam um caso de anomalia congénita rara do aparelho digital feminino – agenesia do colo com dois hemiúteros rudimentares não comunicantes, tendo um deles endométrio residual, funcional. Esta anomalia condicionou um síndrome doloroso pélvico que conduziu a uma histerectomia. Terminam os autores com uma breve revisão bibliográfica.
Resumo:
Algumas complicações maternas ou fetais no decorrer da gravidez tornam necessária a indução do trabalho de parto. O misoprostol é um análogo sintético da prostaglandina Eı que mimetiza a acção endógena destas substâncias na maturação do colo do útero. A dose ideal, via e frequência de administração continuam sob investigação. O objectivo deste trabalho foi avaliar a eficácia do misoprostol na indução do trabalho de parto e a morbilidade associada à sua administração oral e vaginal. Foi efectuada uma avaliação retrospectiva das grávidas internadas para indução do trabalho de parto durante o ano de 2002, no serviço de Medicina Materno Fetal da Maternidade Dr. Alfredo da Costa. Foram seleccionadas as grávidas que efectuaram misoprostol oral (100 mg) e vaginal (50 mg). Foi avaliado o intervalo de tempo até à fase activa, ao parto, a necessidade de perfusão com occitocina, a via de parto e a morbilidade materna e fetal. Consideraram-se 238 grávidas, 194 efectuaram misoprostol oral e 44 vaginal. O intervalo da indução ao parto vaginal foi 24,3 horas na via oral e 16,9 horas na via vaginal (p=0.01), a dose total administrada foi significativamente inferior na via vaginal (p=0.00), a paridade foi um factor importante na via de parto (p=0.01). Não se verificaram diferenças entre os dois grupos em relação às complicações maternas e fetais. A administração vaginal de misoprostol, quando comparada com a oral, mostrou-se mais eficaz.
Resumo:
Introdução: A Incompetência Cérvico-Ístmica (ICI) caracteriza-se pela história obstétrica de abortos do 2º trimestre ou partos pré-termo em que a dilatação do colo ocorre insidiosamente, resultando a expulsão de feto inviável ou prematuro. Objectivo: Comparação dos resultados entre Terapêutica Médica versus Cerclage nos casos de ICI detectada entre as 18 e as 27 semanas. Material e Métodos: Entre Janeiro de 1998 e Dezembro de 2000 foram internados no SMMF 74 casos de ICI. Efectuou-se uma análise retrospectiva de 33 grávidas cujo diagnóstico foi efectuado entre as 18 e as 27 semanas, com os seguintes critérios de inclusão: colo curto ≤ 25 mm, sem protusão da bolsa, sem dilatação do colo, e sem contractilidade uterina. Resultados: Dentro deste subgrupo de 33 grávidas, 23 grávidas foram submetidas a terapêutica cirúrgica, Cerclage de McDonald modificada, associada a tocólise a antibioterapia no peri-operatório, 10 grávidas foram submetidas a terapêutica médica: repouso absoluto em, posição de Trendlenburg, tocólise e antibioterapia. Conclusões: Concluiu-se que em ambos os grupos se obteve um prolongamento da gravidez (terapêutica médica permitiu prolongar a gravidez em 9,2S ± 3,5S, enquanto a cerclage prolongou a gravidez em 12,5S ± 3,5S), e que o grupo da cerclage não obteve melhores resultados em relação à idade gestacional do parto ou à morbilidade perinatal quando comparado com o grupo da terapêutica médica.
Resumo:
A Radioterapia é uma das especialidades com maior importância na ginecologia oncológica. O estadiamento da doença é, sempre que possível, cirúrgico actuando a Radioetrapia quer como terapêutica adjuvante (ex: neoplasia do endométrio), neo-adjuvante com o objectivo de reduzir as dimensões e permitir uma cirurgia num tumor previamente irresecável (ex: neoplasia do colo do útero) ou exclusiva caso as dimensões tumorais impossibilitam de todo uma abordagem cirúrgica. Por outro lado têm vindo a ser empregues cada vez mais protocolos de Quimioradioterapia no sentido de uma potenciação da terapia com resultados encorajadores.
Pseudoaneurisma do Ventrículo Esquerdo com Duplo Orifício de Entrada após Enfarte Agudo do Miocárdio
Resumo:
Doente do sexo feminino, 78 anos de idade, internada previamente por EAM combinado. A evolução clínica subsequente decorreu sem complicações, tendo alta ao 10.º dia. Cerca de 12 horas depois foi readmitida no Serviço de Urgência, por dor retrosternal prolongada, hipotensa e prostrada. O ECG (Fig. 1) mostrou re-elevação do segmento ST nas derivações anteriores e inferiores, sendo admitida na Unidade de Cuidados Intensivos com o diagnóstico de provável re-enfarte. O Ecocardiograma realizado na admissão revelou função sistólica global comprometida, sendo possível definir um volumoso espaço anecogénico no ápex do ventrículo esquerdo (VE), com solução de continuidade na transição do terço médio/apical da parede inferior (Fig. 2) e uma segunda solução de continuidade na transição do terço médio/apical da parede lateral do VE (Fig. 3). Em ambos os orifícios foi confirmada a presença de fluxo bidireccional por Doppler Pulsado e Cor (Fig. 2), sugerindo a presença de um pseudoaneurisma do VE com duplo orifício de entrada. A doente foi transferida para um centro cirúrgico, onde, após confirmação intra-operatória do pseudoaneurisma com duplo orifício, foi submetida a encerramento do colo com patch de teflon. Teve alta estável, sendo seguida em consulta de Cardiologia desde há cerca de 16 meses, sem eventos.
Resumo:
Este trabalho foi realizado no âmbito do Curso de Pós-Licenciatura da Especialização em Enfermagem de Saúde Infantil e Pediatria da Escola Superior de Saúde no ano lectivo 2006/2007. Na sociedade actual o pai está mais presente, tendo o seu papel sofrido grandes alterações nos últimos anos, tanto a nível social como familiar, sendo-lhe atribuído novo protagonismo. Este é um estudo de cariz qualitativo, que teve como objectivo o de conhecer, se a primeira vivência do colo do pai teve influência no posterior cuidar do filho. Foram levadas a cabo entrevistas semi-estruturadas num serviço de medicina de um Hopsital Pediátrico Central de Lisboa, a pais primíparos, considerados bons cuidadores segundo uma grelha de critérios pré-definida pelos autores deste estudo. Para serem incluídos na amostra deste estudo, além de preencherem estes critérios, os pais teriam de coabitar com a mãe e as crianças prímiparas, nascidas de parto eutócito teraim de se encontrar internadas em Abril de 2007 na institutição já mencionada. As entrevistas foram posteriormente sujeitas à análise do seu conteúdo. Os resultados obtidos revelam que nesta amostra, o primeiro colo do pai teve influência no cuidar, no entanto, outros factores como: desejar ser pai, acompanhar a gravidez e estar presente durante o trabalho de parto, foram determinantes para os pais serem considerados bons cuidadores.
Resumo:
A reconstrução de defeitos nasais deve preservar a integridade das funções e expressões faciais. A localização do tumor, o tamanho, as camadas atingidas e a disponibilidade de tecido dador devem ser considerados, de modo a estabelecer o procedimento cirúrgico adequado. Em qualquer reconstrução nasal, é necessário ter em conta três camadas: revestimento interno, suporte cartilagíneo e revestimento externo. Os autores descrevem a reconstrução de um defeito de espessura total do terço inferior do nariz após excisão de carcinoma basocelular recidivado, com retalho septal mucoso ipsilateral para a reconstrução do revestimento interno, enxerto livre de cartilagem auricular para o suporte cartilagíneo e retalho de transposição nasogeniano para o revestimento externo, num único tempo cirúrgico e com resultado estético e funcional final aceitável.