11 resultados para Ave Grande, Ilha (RJ)
Resumo:
A sndroma ovo -ave uma entidade clnica rara, em especial em idade peditrica. Descreve -se o caso de criana de sexo masculino, 5 anos, que habita zona rural, com clnica sugestiva de alergia ao ovo e carne de frango desde os 7 meses. Aos 2,5 anos apresenta queixas de asma brnquica, rinite alrgica e eczema atpico. Os testes cutneos foram positivos para extractos de clara e gema de ovo. Dosearam -se IgE especfi cas para clara e gema de ovo (>100 kU/L), carne de frango (1,0 kU/L), -livetina (0,7 kU/L), penas de frango (15,3 kU/L). O estudo de immunoblotting evidenciou ligao de IgE a bandas com peso molecular entre 30-66 kDa e 32-45 kDa para clara e gema, respectivamente, 38/39/42 kDa para carne de frango e 33-45 kDa para penas de frango. Em doentes com alergia a carne de aves, expostos a factores ambientais de risco e sensibilizao elevada a gema de ovo, dever -se - suspeitar da sndroma ovo-ave.
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Objectivos: Estudar a prevalncia, factores de risco, evoluo clnica e abordagem teraputica da sfilis congnita em recm-nascidos (RN) de risco, nascidos numa maternidade de referncia com apoio perinatal diferenciado. Mtodo: Realizou-se um estudo transversal para clculo de prevalncia nascena de sfilis congnita, entre Janeiro de 1993 e Dezembro de 2004, atravs de recolha de dados registados nos processos clnicos das mes e respectivos RN. De acordo com os critrios definidos pelo Centers for Disease Control and Prevention (CDC) em 1989, os RN filhos de me com VDRL e/ou TPHA positivo foram divididos em trs grupos de risco. Resultados: Foram identificados 467 recm-nascidos, verificando-se que a prevalncia de risco de sfilis congnita nascena se tem mantido ao longo dos anos (5,6). A maioria dos recm-nascidos (65%) enquadra-se no grupo de maior risco. Dezanove RN (4%) apresentaram sfilis congnita sintomtica ao nascimento, a maioria pertencente ao grupo de maior risco. Outros factores de risco encontrados foram a gravidez no-vigiada, em 30% das mes, toxicodependncia em 9%, coinfeco por vrus da hepatite B em 5%, por vrus da hepatite C em 4,7% e por vrus de imunodeficincia humana em 3,4% dos casos. Em alguns casos existia mais do que um factor de risco associado. Concluses: Verificou-se que a prevalncia de risco de sfilis congnita no sofreu grandes variaes ao longo dos doze anos, pelo que a sfilis continua a constituir um problema de Sade Pblica em Portugal, com custos econmicos e sociais.
Resumo:
Apresentao de Caso Clnico e respetiva interveno da equipa da VMER So Jos com o intuito de refletir na e sobre a prtica de cuidados ao Grande Queimado em contexto de Pr-Hospitalar aquando do Workshop Trauma em Situaes Especiais realizado no dia 8 de Dezembro de 2012 no CHLisboa Central.
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Introduo: Os Inquritos de prevalncia so estudos transversais que medem o nmero de doentes com infeco um determinado dia. Enquadramento: foram realizados dois inquritos de prevalncia em Portugal em anos sequenciais 2009 e 2010. O hospital de Dona Estefnia participou em ambos. O objectivo deste estudo foi mostrar os resultados obtidos num hospital peditrico e compar-los com resultados nacionais e do CHLC. Populao: Para efeitos do estudo foram excludas grvidas e purperas e mulheres internadas em enfermaria de ginecologia e as crianas transferidas de outros hospitais para tratarem infeces adquiridas nesses hospitais. Foram includos no estudo 121 doentes no primeiro ano e 126 no segundo. Resultados: A percentagem de RN foi semelhante nos dois anos (19% e 20,6%) assim como a de lactentes (24,8% e 27,8%). A taxa de infeco hospitalar foi de 11,6% em 2009 e 4,8% em 2010. A grande prematuridade (IG<28s) e o muito baixo peso (PN<1500g) como risco intrnseco e a puno venosa perifrica e a cirurgia como risco extrnseco sobressaram como os mais importantes nos dois anos. No que respeita a exposio a dispositivos invasivos, procedimentos e intervenes sobressaram a NPT, a ventilao mecnica e os CVC. A infeco da corrente sangunea e a pneumonia foram as localizaes mais frequentes da infeco. Em 2009 houve 14,2% de infeces de rgo/espao e 7,1% de infeco incisional/superficial em doentes operados mas em 2010 no foram registadas infeces em doentes cirrgicos. A infeco hospitalar foi mais prevalente em unidades de cuidados intensivos, enfermaria de urologia e de queimados. Foram isolados 10 agentes infecciosos - Candida, Klebsiella, Staph aureus, E. coli e rotavirus. Os antimicrobianos mais utilizados foram cefotaxime, gentamicina, ampicilina/amoxicilina e metronidazol. Comparando com dados nacionais e do CHLC verifica-se que a percentagem de doentes com infeco hospitalar em 2010 foi superior na populao peditrica nacional excluindo o HDE e que nos dois anos foi muito superior nos adultos, sobretudo nos do Centro Hospitalar, a localizao da infeco foi diferente assim como os agentes isolados e os antimicrobianos utilizados podendo concluir-se que um hospital peditrico continua a ser uma ilha no panorama da infeco hospitalar.
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Introduo: Apesar de em Portugal no haver malria endgena,a crescente mobilidade das populaes e os laos histricos com frica possibilitam a importao de casos para o nosso pas. O presente estudo pretende contribuir para melhorar o conhecimento epidemiolgico e clnico da malria importada na regio de Lisboa. Mtodos: Realizou-se um estudo descritivo das crianas com malria, internadas em dois hospitais da Grande Lisboa, durante um perodo de seis anos (1999-2004). Resultados: Foram identificados 134 casos, sendo a mediana das idades de sete anos. A maioria (93,3%) era de origem africana e referia estadia em regio endmica (90%). O Plasmodium falciparum foi o agente etiolgico mais frequente (73%). A febre foi a manifestao clnica mais frequente, seguida de manifestaes gastrointestinais e cefaleias. Ocorreram complicaes em 42% dos doentes, sendo a trombocitopenia (19,4%) e a anemia grave (9%) as mais frequentes. A halofantrina e o quinino foram os anti-malricos mais usados. Concluses: A malria importada uma patologia relativamente comum na Grande Lisboa e, dada a inespecificidade do quadro clnico, todas as crianas febris ou doentes com estadia recente num pas endmico devem ser rastreadas para esta entidade.
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O grande queimado um doente de grande labilidade hidroelectroltica, que justifica internamento numa unidade de cuidados intensivos at sua estabilizao. Efectuou-se um estudo retrospectivo dos doentes queimados internados na UCIP do HDE, num perodo de oito anos e meio compreendido entre Abril de 1991 e Setembro de 1999. Foram internadas 33 crianas, 8 das quais tiveram mais do que um internamento. Os agentes causais foram o fogo em 12 crianas, a corrente elctrica tambm em 12 crianas e os lquidos quentes em 9. Os doentes queimados por fogo apresentaram rea mais extensa de queimadura (46.9 22.6%), e consequentemente maior durao de internamento (462.1 884.1 horas), maior grau de instabilidade fisiolgica (pRISM 11.3 4.9) e maior interveno teraputica (TISS 31.2 9.0). Nao se observaram reinternamentos no grupo das queimaduras electricas, que globalmente apresentaram menor gravidade nas variveis estudadas. Dos 8 reinternamentos, 6 ocorreram no grupo dos queimados pelo fogo. Observaram-se 6 bitos, cinco dos quais no grupo dos reinternamentos. Todos os bitos foram causados por spsis e choque sptico.
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Os AA avaliaram dois grupos de crianas oriundas de diferentes estratos socio-familiares, procurando variantes do normal, que confirmem a importncia do jardim de infncia como factor atenuante de ambiente familiar menos estimulante. Material Mtodos: Foram seleccionados aleatoriamente pelo Servio Social do Hospital, dois jardins de infncia, em Lisboa. A avaliao incidiu num grupo de crianas dos dois aos quatro anos, sem patologia. Na caracterizao social e familiar foi utilizada a escala de Graffar. A avaliao de desenvolvimento psicomotor foi efectuada por observado nico; o teste utilizado foi o "Schedule of Growing Skills in Practice" e a anlise estatstica foi efectuada pelo teste The Student (significncia p=<0,05). Resultados: A populao estudad foi constituda por 34 crianas, 14 das quais frequentava Jardim de Infncia particular (JIP) e as restantes 20, Insitutio Particular de Solidariedade Social (IPSS), com idades compreendidas entre os 2 e os 4 anos. Na subescala da Locomoo, a pontuao obtida foi de 12,8 e 12,9 respectivamente no IPSS e JIP (=0,824) e na Manipulao foi de 19,3 (IPSS) e 20,7 (JIP) (p=0,006). Os resultados obtidos na rea da Viso foram de 16,1 e 17,3 respectivamente na IPSS e JIP (p=0,005). A avaliao da Audio/Linguagem revelou resultados de 13,1 (IPSS) e 15,5 (JIP) (p=0,002) e na subescala da Fala/Linguagem, foram obtidos resultados de 14,5 (IPSS)e 17,3 (JIP) (p=0,008). As reas de interaco social e autonomia, revelaram ambas pontuaes de 18,3 (IPSS) e 19,8 (JIP), (respectivamente p=0,001 e p=0,017). Concluses: Na avaliao efectuada, no encontrmos diferenas estatsticamente significativas nas subescalas de Locomoo e da Manipulao. Nas reas da Autonomia, Audio/Linguagem e Fala/linguagem, os resultados foram estatsticamente superioes no grupo de crianas que frequentavam o JIP (oriundas de classes socio-familiares mais favorecidas e de famlias menos numerosas), comparativamente s que frequentavam a IPSS.
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O Rastreio Universal da Audio Neonatal tem sido um objectivo que vrias geraes de audiologistas, otorrinolaringologistas e pediatras tem tentado ao longo dos anos. Os autores fazem uma reviso dos principais mtodos utilizados para a avaliao da audio dos recm-nascidos, bem como das dificuldades encontradas e limitaes da sua utilizao. Desde o inicio da dcada de noventa vm a ser implementados verdadeiros mtodos de deteco precoce e universal da surdez infantil, utilizando mtodos fisiolgicos tais como os potenciais evocados auditivos e as otoemisses acsticas (c1ssicos e automticos). So descritos os artigos mais importantes que fundamentam a necessidade de diagnstico e interveno precoces na surdez sensorioneural, com vista a melhorar a aquisio e desenvolvimento da fala e da competncia lingustica, o que permite uma melhor integrao da criana, independentemente do seu grau de surdez. So tambm enunciadas as directivas do "European Consensus Development on Neonatal Hearing Screening" e do "Joint Comitee on Infant Hearing".
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Com o presente artigo pretende-se apresentar um caso clnico de um pr-termo (28 semanas), nascido num contexto familiar desfavorecido e disfuncional, onde so evidentes as dificuldades sociais, bem como as respostas da comunidade. Estamos perante uma mulher de trinta e oito anos, com cinco filhos institucionalizados, um percurso pessoal onde se evidenciam hbitos alcolicos e prostituio. A partir desta caracterizao as autoras tentam descrever a interveno social em articulao com a equipa clnica e os recursos do meio.
Resumo:
Introduo: A abordagem inicial do grande queimado at sua estabilizao hemodinmica e hidroeletroltica fundamental para diminuir a morbimortalidade. Material e Mtodos: Estudo retrospectivo, descritivo e analtico, de todos os internamentos por queimadura numa Unidade de Cuidados Intensivos Peditricos durante o perodo de 20 anos (Abril/1991 a Dezembro/2010). Avaliaram -se parmetros nosodemogrficos, agente causal, gravidade e extenso da queimadura, procedimentos, teraputica, complicaes e resultados. Resultados: Ocorreram 137 internamentos por queimadura correspondentes a 123 doentes e a 1,8% do total de internamentos na UCIP. A mediana de idade foi 3,6 anos e 62,4% era do sexo masculino. Verificou -se maior incidncia em Agosto (13,0%). Foram agentes da queimadura: lquido fervente (38,1%), fogo (38,1%) e eletricidade (23,9%). A mediana da superfcie corporal queimada foi de 30% (0,5 -92,0%), com queimaduras do terceiro grau em 59,0% dos doentes. Necessitaram de ventilao mecnica 45,5% e de cateter venoso central 64,2% dos doentes. As complicaes incluram: spsis (29,2%), falncia respiratria (21,1%), falncia cardiovascular (16,5%) e falncia multiorgnica (18,8%). Verificou -se melhoria em 88,6% dos casos e ocorreram 10 bitos (8,1%), nove dos quais nos primeiros 10 anos do estudo e nove devido a causa infeciosa. No entanto, o score avaliador do risco de mortalidade (PRISM), ndice de interveno teraputica (TISS) e o risco de probabilidade de morte (RPM) foram mais elevados no segundo decnio. Concluses: Nos ltimos anos do estudo, apesar do maior nmero de admisses e da sua maior gravidade, verificou -se uma diminuio do nmero de mortes, o que poder dever-se melhoria dos cuidados prestados.